Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

domingo, 30 de novembro de 2014

TANTO AMOR


Cantinho Seu!

Em tributo a meus pais!  Texto inédito deVanderlei Carlos Facchin

Hoje, especialmente, adoto as palavras do autor para homenagear toda minha família paterna desde Joaquim Camillo e Inocência, até o mais novo dos filhos Geraldo Camillo que em 25/11 nos deixou.
Família tudo de especial. A minha Tia e primos em luto nosso amor e carinho.

Num certo dia, um belo dia eu fui gerado.
Por vosso amor, tão profundo, pra vir ao mundo eu fui convocado.
Foi longa a espera, tão longa foi ela, até que chegou
A esperada hora, ao romper da aurora outra vida raiou.

O tempo foi se passando, vocês me ensinando como se viver.
Nos vossos braços os primeiros passos passei a aprender.
Momentos de medo, futuro é segredo. Vamos confiar,
Nosso protetor é Deus, o Senhor, nada vai faltar.

Quando eu estava tão triste vocês me alegraram
Quando eu não tinha forças vocês me carregaram.
Tanto amor não sei de onde vem,
Eu só sei que esse amor por vocês eu sinto também.

E assim fui vivendo, sempre aprendendo as suas lições,
Às vezes sem crer, por não entender as suas razões.
Passou a adolescência e a experiência me fez compreender:
Certas contrariedades buscavam verdades que hoje eu posso ver

Toda atenção e dedicação que recebi
Eu sei que jamais serei capaz de retribuir
Mas se algum dia, por acaso da vida, o pão faltar
Podem ter certeza que à minha mesa terão seu lugar.

sábado, 29 de novembro de 2014

FORÇA PACIFICADORA

Dois meliantes caminharem de posse de fuzis...

A campanha eleitoral escancarou a falta de uma estratégia de âmbito nacional que busque minimizar a grave situação da segurança pública no país.

Três imagens distintas, entre tantas, tenho fixas em minha memória. Estávamos assistindo ao Jornal Nacional, capitães do curso para major em São Paulo, no  segundo semestre de 1992, quando do nada vimos o Comando Vermelho,  içar sua bandeira através de um  balão, em área central do Rio de Janeiro. Em outra,  no Rio, assisti na TV a dois meliantes caminharem de posse de fuzis e pelas costas ferirem mortalmente dois patrulheiros que guarneciam a entrada de um túnel, ao lado da viatura. Eles não tiveram nenhuma chance, ação covarde. A terceira foi ver uma centena de marginais correndo morro acima das forças pacificadoras quando das primeiras ações. Ali senti que a autoridade estava dando seu grito de “salva”.
Era 2008 e tudo parecia um renovar e foi, aquela cena da tomada simbólica do poder nas comunidades pelas forças regulares; os tanques morro acima e as pessoas caminhando e comemorando a posse das ruas, um momento especial para quem por 32 anos, presou pela ordem.
Fazem 6 anos desde o início, e só agora foi atingido mortalmente um militar das Forças Armadas, o Cb EB Michel Augusto Mikami. Os marginais tem a sua lógica e como  elas agem em apoio, o alvo sempre foram os policiais.
A campanha eleitoral escancarou a falta de uma estratégia de âmbito nacional que busque minimizar a grave situação da segurança pública no país. Ela  em São Paulo esteve pior. No final da década de noventa, por 3 anos seguidos, morreram 400 PM, são 1200, uma verdadeira carnificina, resultado de um governo que tinha asco das forças policiais militares, praticou arrocho salarial, em total desprestígio a classe. Além disso, implantou a progressão continuada nas escolas, tirando de professores e pais qualquer possibilidade de conter seus discípulos e filhos, um pensamento anárquico que no final de 2013 está sendo revisto, mesmo que pelo seu afilhado político, ainda bem. Um caos, cuja reversibilidade demorará anos a fio, apesar da reformulação agora pela aprovação por ciclos, pelo menos isso.
No Rio, a morte do militar, um mal sinal para a Força Pacificadora. É hora de tomar as rédeas da situação a nível nacional. Se os governos não se reciclarem e não mudarem o que aí está,  a situação da segurança pública ficará cada vez pior, infelizmente para todos os brasileiros.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

LICENCIOSIDADE DESMEDIDA!

Este estado de coisas é desestimulante.

Aquela que  brote dos nichos de privilégios pela  renuncia deles, terá certamente efeito  tsunami nas ondas das redes sociais. Aí sim, possivelmente conseguiremos atuar ao nível do subconsciente a atingir as próprias gangs; aos drogados e degredados míseros e de colarinho branco, também.

Há alguns dias atrás, escrevi sobre os nichos de privilégios. Eles estão por toda parte, sendo noticiado exaustivamente. Eliana Calmon disse com todas as letras:  “é doloroso para um juiz enfrentar um processo tão político. Você aprende que um magistrado deve ficar afastado da política, mas na hora H tem de passar a cuia entre os políticos pedindo  uma indicação”. Pág 18 de 12/09/2012-Veja. Referiu-se aqui a ascensão aos tribunais. Joaquim Barbosa por sua vez desfiou a teia do jogo de interesses entre as partes envolvidas nos processos e não eximiu ninguém, quanto às manobras em total conluio.
Desta forma leitores, a Constituição Cidadã oriunda de um lastro contaminado pela filosofia comunista, em que pese seu núcleo e vertente principal, traçar conceitualmente os princípios democráticos; nestes 26 anos propiciou uma legislação infraconstitucional e evoluir político institucional anárquico de forma a contemplar condições propícias ao desenvolvimento de uma sensação de anomia (descrença nas leis e valores) de tal  de forma que a corrupção entre servidores e elite dominante passasse desapercebida, pois desenvolveu-se um conceito de que todos são corruptos.
Este estado de coisas é desestimulante, quanto às possibilidades que o desenvolvimento econômico propicie às novas gerações. As melhorias  devem chegar aos mais remotos rincões da pátria e não chamarmos de evoluir ao simples fato de dar um prato de comida. Entendemos de progresso individual, uma mudança de atitude que contamine. 
Aquela que  brote dos nichos de privilégios pela  renuncia deles, terá certamente efeito  tsunami nas ondas das redes sociais. Aí sim, possivelmente conseguiremos atuar ao nível do subconsciente a atingir as próprias gangs; aos drogados e degredados míseros e os de colarinho branco, também.
Se não os atingir pelo efeito psicológico, os atingirá no social porque a riqueza da nação está sendo surrupiada e dividida por uma parafernália de políticos sem nenhum escrúpulo, autoridades públicas e empresários que confundem apoio político, com a compra de consciência de todos, generalizadamente, inclusive na hora da obra e do voto também, o que é pior.
Recobrar é preciso. Revolvam-se os valores, mude-se o “modus operandi”. Copie-se as profissões que não param, elas fazem a nossa riqueza. O Estado deve fazer a sua parte. Os marginais não fazem expediente, agem a todo instante. Os hospitais; as cortes de justiça, a polícia nunca parou. Todas as autoridades devem ter plantões e estarem ao lado dos munícipes, ininterruptamente.
O estado de prontidão de todo servidor público, deve vir de uma atitude individual proativa de quem optou viver para servir e não se servir: honestidade, transparência, resignação e tantas outros  procedimentos virtuosos que as leis lhes obrigam, mas que hoje vemos muitos estão na vala comum da corrupção, quando não da injustificada ineficiência.Tempos malfadados a injustiças generalizadas, infelizmente.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PENAS ALTERNATIVAS

No exercício da advocacia tive inúmeras causas abrangidas pela lei. 
Principalmente pela possibilidade da lavratura do Termo Circunstanciado, que desburocratizaria os registros de ocorrências, um entrave histórico que sempre retardou a ação deles pela excessiva espera nas delegacias. A medida foi  adotada por alguns estados e outros não, como é o caso de São Paulo.
Artigo publicado nesta data no Jornal "Diário da Região de Catanduva"
Foi inaugurada no dia 7 deste mês  a 60ª. Central de Penas Alternativas em Catanduva. Ela esta localizada na Rua Paraíba 355, no centro. Destaco o evento, pois tudo que acontece nas cidades que inovam deve ser muito bem visto pelo cidadão, pois representa avanço e é disso que precisamos: a mesmice não acrescenta.
Sobre as penas alternativas, tenho a dizer que em 1992, no curso para Major um dos temas monográficos foi sobre a lei das pequenas causas, editada sob o no. 9.099/95. 
De posse do esboço da lei interagimos com o grupo responsável. Entendemos o espírito da futura lei e reconhecemos seus avanços, mormente na área penal cujas mudanças nos procedimentos vinham de encontro com anseios policiais militares, principalmente pela possibilidade da lavratura do Termo Circunstanciado, que desburocratizaria os registros de ocorrências, um entrave histórico que sempre retardou a ação deles pela excessiva espera nas delegacias. A medida foi  adotada por alguns estados e outros não, como é o caso de São Paulo. 
Recentemente, acompanhamos o caso de racismo no Rio Grande do Sul, resolvido sem que os envolvidos necessitem  ficar encarcerados e ainda optaram por comparecerem na delegacia e ali ficarem em todos os jogos do Grêmio no próximo campeonato, mesmo quando o mando for do adversário, ao invés do uso da tornozeleira. Curioso neste caso dos crimes de menor potencial ofensivo, foi saber que os princípios da lei tem origem, lá trás na Declaração  Universal dos Direitos do Homem, sendo recomendado  em 1955 a aplicação de pena não privativa de liberdade. Em 1966, o pacto Internacional dos Direitos Políticos e Civis veio reforçar a implantação, execução e fiscalização das alternativas à pena de prisão que foi referendado pelas regras mínimas, em 1986 conhecidas como: Regras de Tóquio. Elas preveem a adoção de alternativas penais como: a restrição de direitos, a indenização da vítima e a composição do dano causado. 
Ao instalar 60 destas centrais em curto tempo, o Estado de São Paulo se tornou o pioneiro neste procedimento, noticiou o representante da Secretaria do Estado da Administração Penitenciária.
A central vai acompanhar no mínimo 100 beneficiários, além cadastrar e manter instituições parceiras e interessadas em aderir ao programa e inserir 100% dos cumpridores de penas e medidas alternativas que preencham os requisitos necessários no Programa Pró Egresso.
Os presídios estão abarrotados, o Brasil tem um excesso de 200 mil presos e dentre os encarcerados milhares não tem processo regular e tampouco defensor acusou recente relatório da ONU, sendo que o preso, é do conhecimento de todos, tem um custo altíssimo para o estado brasileiro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ZORRA TOTAL!

As inúmeras denúncias na maior empresa nacional são estarrecedoras!

Esta prosa de comissão é coisa de bandido de um lado e de outro, corrupção pura. Cadeia e perda do cargo do agente político  e do direito de contratar ao particular.

Fôssemos    buscar subsidio   em ensinamentos de fatos citados nas escrituras, verificaríamos que à corrupção exacerbada, seguiu-se  tragédias, assim como à  desmedida busca de poder. Sodoma e Gomorra explicam a primeira hipótese, enquanto a confusão de línguas na Torre de Babel a segunda.
Também o adágio popular do “quem tudo quer nada tem ou acaba perdendo o que conquistou”, uma boa referência ao que acontece no Brasil nos dias atuais.
As inúmeras denúncias na maior empresa nacional são estarrecedoras, pior do que elas são as argumentações das  justificativas dos envolvidos.
Milhões e mais milhões extraviados  e os corruptos e corruptores, sendo presos com esfarrapadas desculpas de que senão der dinheiro não pega obra. Esta conduta  é um despropósito criminoso que deve mandar  todos para o cárcere, como feito com os crápulas do Mensalão.
Em 32 anos de exercício profissional, narro um fato no - Livro Tributo a Um Herói em que um cidadão numa barreira policial, ante o longo engarrafamento - ofereceu dinheiro para se adiantar aos demais condutores. Levado o fato ao superior foi permitido que se adiantasse e ao chegar expusemos as consequências da corrupção ativa a ele, na presença das filhas já adultas. Ele aguardou a sua vez ordeira e exemplarmente aos outros condutores da fila.
É aviltante o que está acontecendo nas hostes do poder, imaginava que depois do Mensalão, haveria mudança de conduta, mas não mudou. A estratégia de manutenção do poder político continua a mesma, sem nenhuma mesura, ao contrário é escrachante, repugnante a afrontar os brasileiros de bem.
Cresce dia a dia a indignação de vários segmentos da sociedade. Não se justifica a permanência da Presidente da Petrobrás, a frente do cargo e muito menos a vitória na eleição  exime a Presidente do Conselho da Estatal da responsabilidade de possíveis atos de conivência de que venham ser provados contra ela.
Assisti a ação de bate-panelas dos vencedores das eleições pelas ruas protestando contra tudo e todos, nos anos 80/90. Prelecionava os comandados para não reagir às provocações nas passeatas, ao final fazia "o volta a calma" para irem em paz para suas casas de tanto que eram ofendidos. Hoje... são agredidos, veja onde chegamos.
Esta prosa de comissão é coisa de bandido de um lado e de outro, corrupção pura. Cadeia e perda do cargo do agente político  e do direito de contratar ao particular. O Brasil tem jeito! "Embora pra rua" ordeiramente e sem black blocs. Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, é constitucional. Vamos exercê-lo, dentro dos limites legais, com garra e derteminação!

domingo, 23 de novembro de 2014

PAÍS A AMAR




 Cantinho seu

 Hoje especial poema dedicado aos meus avós imigrantes, italianos e afro e também à minha avó indigena! 


Entre a mente e o coração, quanto há?
De tudo um pouco certamente, falo convicto,
Vida a perambular, caminhar, trilhar que é diferente.
Forte, intenso e puro amor no coração,
Mais ainda, difícil  quem se livra da ilusão

Devaneios que se  fazem fugazes,
Fruto da imaginação contemplativa,
Não imaginas, tente e viverás.
Sob a realidade da intensa  e vibrante emoção,
Vai, vai às vezes , pés na relva ou até no chão.

Vulcões, explosões expelem cinzas e lavas,
Fugas pra longe, milhares a correr,
Venham! Veja certamente a tragédia,
Se espalhou no céu e no chão,
Não permitas, vá imune, proteja seu coração.

Anseios, desafios à frente sempre a seguir,
Sem amarras, em mira estudar , aprender .
É fácil, é difícil depende do olhar fixo,
Quantos obstáculos! Correr, saltar, pular o paredão.
É a vida amigo, pertinácia, à volta sempre não.

E os entremeios,  ao destino final,
Quando e onde, temos  o a pé,  e  o bonde,
Que verso é este, não fujas da rima, pense,
Quem tem fé, não precisa muita intuição,
O amor como alavanca, cumpre sempre a missão.

Estás seguindo com coerência, assim é razoável,
Que termo é este, poeta sem trova. Que anseias?
Transmitir a todos experiências, boas e novas,
O comunitário viver, reflexo da intensa energia,
 Iniciativas mil, pensar forte leva à magia.

Que vida é esta, realidade sempre pra que,
Não,  vez ou outra o dilema da chance ao além,
Siga, vá sem recuar,  também  não à escravidão.
Importante das ruinas da terra partir ao mar,
Longe está, bem definido  o  grande  país a amar!

sábado, 22 de novembro de 2014

UM DIA ESPECIAL


Neste dia, houve lágrimas de alegria de Diretor .
O quadro associativo sempre esteve aberto a comunidade, assim como a cessão em aluguel das dependências, sendo que atende pelo clube a nossa sempre secretária Sueli e seu esposo Clodoaldo, que há 25 anos seguem cuidando com esmero e carinho daquele “cantinho nosso”, a quem somos muito gratos.
Artigo de minha autoria publicado no jornal O Regional neta data.
A  Associação Desportiva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, é  oriunda da fusão da    Associação Esportiva da  Guarda Civil de São Paulo, fundada em 1º. de junho de 1933, data em que se comemora o  aniversário da ADPM, e do Grêmio  Desportivo “Força Pública, criado em 30 de junho de 1967.
A ADPM é consequência da unificação das duas forças policiais em 1970 e teve como consequência a criação de várias regionais, inclusive a de Catanduva. Os livros atas estão devidamente preservados, constando desde o termo de abertura até hoje, os seguintes policiais militares presidentes, entre oficiais e praças que  distingo pela ordem: Macota, Mello, Rui Barbosa e Xavier ambos, duas vezes cada, Nelson Oliveira, Paiva, Robson e Larocca, este com apoio de abnegada diretoria, que de forma eficiente, desde 2011 dá sequência a vida da entidade.
Em 1980, a Regional recebeu em doação da Prefeitura, pelas mãos do então Prefeito e hoje vereador José Alfredo, área de 8.200m que foi dobrada em 1989 pelo também Prefeito Warlei A. Romão, possibilitando a construção de  linda e ampla sede, entre clubes e lindas chácaras no Jardim dos Coqueiros II. Ela foi inaugurada em 15 de novembro de 1991, há 23 anos.
Neste dia, houve lágrimas de alegria de Diretor que não acreditava ser possível a construção das piscinas e  ver seu clube com área dobrada em 3 anos, apenas. Ele foi concluído 4 anos depois com a construção do salão social;  ampliação da cantina e do rancho de  Sales.
Hoje a Regional de Catanduva tem: 2 salões para 400 pessoas cada um; 3 piscinas, sendo uma semiolímpica em solário de 9OOm; amplos vestiários com saunas: feminina e masculina;  2 minicampos, um iluminado; 4 quiosques em área arborizada; brinquedos infantis  e estacionamento interno calçado para 150 veículos e ainda rancho contiguo a Praia do Torres, em área de 7.000m.
O quadro associativo sempre esteve aberto a comunidade, assim como a cessão em aluguel das dependências, sendo que atende pelo clube a nossa sempre secretária Sueli e seu esposo Clodoaldo, que há 25 anos seguem cuidando com esmero e carinho daquele “cantinho nosso”, a quem somos muito gratos.
No último sábado, feriado de 15 de novembro, relembrando as emoções da inauguração festiva, foram realizadas duas partidas de futebol com equipes de jovens e veteranos contra o as do Bar do Dinei, às quais seguiu confraternização com almoço e  animada conversa, regada a boa cerveja, evidentemente.

José Carlos Xavier  - Coronel PM - Sócio Colaborador

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O PAPEL DA POLÍCIA MILITAR

Cantinho Seu!

Excepcionalmente, por ser oportuno, registro o artigo do Eminente Jurista Ives Granda  da Silva Martins. 

Publicado no jornal Diário do Comércio, Seção Opinião, em 20/10/2014, página 02.


Tem crescido a criminalidade em São Paulo. Mês após mês as estatísticas estão piores. Por outro lado, os denominados grupos sociais estão cada vez mais voltados à desfiguração das instituições e ao esfrangalhamento  da  ordem jurídica. O líder de um deles, que orienta as invasões de prédios e terrenos, declara publicamente que o movimento vai muito além das invasões ilegais, e objetiva instituir no País um regime marxista, no estilo apregoado pelo pensador alemão, o qual, segundo Galbraith, era um intelectual admirado - desde que não estivesse morando no país que o elogiava.
O movimento quer eliminar as elites, os empresários e os ricos, substituindo-os
pelos "saqueadores", na feliz expressão da escritora Ayn Rand no livro, A revolta de Atlas, pois, na visão deles, é bom que os que souberam construir nação sejam despojados daquilo que têm em prol daqueles que não sabem construir. O pior é que os que defendem que ricos e pobres devem se unir para fazer a nação mais rica, e os pobres, ricos, são considerados elites.
Pretendem, pois, em vez de fazer os pobres, ricos, fazer os ricos, pobres. Por isso a nação vai muito mal, e ao lado da Argentina, Cuba e Venezuela, ostenta as piores performances econômicas do continente. Para impor a ordem e permitir que os que desejarem modificações, que as promovam através de seus representantes nos Legislativos e não por meio da violência, as polícias militares são fundamentais - e São Paulo tem uma polícia militar de nível e de valor. Ocorre todavia, entre nós, fenômeno que impressiona. Exatamente aqueles que deveriam apoiar a ação de policiais militares em defesa da ordem, da sociedade e da paz social, pois dela se beneficiam, são os que a combatem (mídia e sociedade), se colocando ao lado dos criminosos e dos agitadores, como se os direitos humanos devessem estar mais voltados à defesa dos meliantes do que da sociedade. 
Raramente os jornais publicam o número de mortos entre os policiais. Só em São Paulo foram mortos, este ano, 73 policiais em choque com os criminosos. Defende-se , todavia, que devem ser respeitados os direitos dos desordeiros,que não respeitam a vida, o patrimônio público e privado e muito menos o direito de ir e vir dos cidadãos. 
Nos países civilizados, em que há ordem, as passeatas e manifestações são autorizadas. Mas em alguns deles, os que promovem tais movimentos são obrigados a limpar o local depois. E os criminosos são perseguidos e presos, em nome da ordem. 
No Brasil, os próprios policiais militares têm, atualmente, receio de defender os cidadãos e o   patrimônio público e privado, pois, quando o fazem, se algum cidadão, num celular, fotografar sua ação de defesa, em que um criminoso ou arruaceiro é afastado, às vezes, com aplicação da violência necessária, este militar sofrerá inquérito e terá que defender-se das acusações às suas expensas.
Creio que há dizendo- se defensores deles, apoiam sistematicamente os que dilaceram as instituições.necessidade de as funções dos que defendem a sociedade serem  valorizadas, o que fez o Conselho Superior de Direito da Fecomercio,  que    presido, em reunião na qual, após exposição acentuando o trabalho que vem sendo realizado pelas Polícias Militares, apesar das críticas, manifestou-se,  elogiosamente, a respeito de sua atuação. 
É necessário que os direitos humanos de toda a sociedade, o que cabe à Polícia Militar defender, não sejam pisoteados por aqueles que, dizendo- se defensores deles, apoiam sistematicamente os que dilaceram as instituições.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

NOSSAS ARENAS

Agora surge o problema da ociosidade de algumas delas. 

O problema é como terá sido a gestão dos gastos com o atropelo que se deu na realização das obras da Copa. Se na Petrobrás, uma estatal consolidada há tempos, a “farra do boi” está no nível constatado, e se no Mensalão as denúncias começaram pelos Correios, arre...

Artigo publicado nesta data no Jornal O Regional

No dia 1º deste mês, entre familiares, fizemos um turismo ao conhecer a Arena Corinthians. Antes da Copa, nos foram apresentadas, uma a uma, todas construídas para aquele fim. Entre uma reportagem e outra descobrimos que as sedes do evento só foram 12, pela insistência do governo, pois seriam 8.
Agora surge o problema da ociosidade de algumas delas em estados onde o futebol não tem maior expressividade. Neste final de semana, dois jogos do Campeonato Brasileiro serão fora do local de mando: um em Cuiabá e o outro em Manaus.
A crítica esportiva não se conforma que na reta de chegada da competição, jogos decisivos são marcados fora dos domínios das equipes, porque a torcida tem influência no ânimo dos atletas, que decide partidas, vide o “eu acredito” dos mineiros. Além deste aspecto existe o desgaste dos atletas pela distância, em longas viagens.
Mas o contraste está no luxo das instalações. Na do Corinthians os saguões são de mármore preto; tanto os sanitários quanto as cadeiras das arquibancadas e os vestiários, de puro requinte. O sonho do corintiano se transformou em visão fantasmagórica de um feito inimaginável pelo custo da obra e tempo recorde em que foi construída.
Na África do Sul tivemos conhecimento, por reportagens, dos verdadeiros elefantes brancos, que se tornaram os estádios, fato passível de acontecer entre nós, como afirmado.
Inevitável pensar na Cracolândia que, do “treme treme”, na Avenida São João, nas imediações do Edifício Copam, hoje foi estendida de forma incontrolável, onde  vemos cenas horríveis. A droga se alastrou país afora, sendo a criminalidade incontida na maioria dos estados brasileiros, e nela seu indutor mais grave.
O problema é como terá sido a gestão dos gastos com o atropelo que se deu na realização das obras da Copa. Se na Petrobrás, uma estatal consolidada há tempos, a “farra do boi” está no nível constatado, e se no Mensalão as denúncias começaram pelos Correios, arre... o que assisti recentemente na Parada Gay do Rio de Janeiro, com várias agressões causadas por gangues, assim como no futebol, no caso do cerco e morte de torcedores palmeirenses e santistas, uma verdadeira selvageria, horripilante, ambos os casos, como tantos outros.
Os investimentos em diversas frentes estruturais para a logística nacional ficará para depois das Olimpíadas, o ópio do momento dos brasileiros. Antes teremos dois carnavais, pouco mais do que isso.
Vivemos mesmo num país continental e fantasioso, onde o resultado do esforço do trabalho de muitos vão para as mãos de poucos, em ações de manipulação de uma minoria.
Quem recebe está satisfeito, aqueles que distribuem mais ainda, mesmo que a diferença nas eleições seja por pouco. Segue a nave a que rumo? Com certeza, poucos conseguem vislumbrar. A promiscuidade entre autoridades corruptas e empresários corruptores é uma sina que apequena o gigante Brasil. Riqueza sem enobrecimento de valores e costumes de pouco serve. É fútil.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

FROTA X ACIDENTES!

Editada no dia em que chegava a primavera, 23 de setembro de 1997

A vasta tecnologia de ponta de hoje dá o alento de que os procedimentos acompanhem a evolução do crescimento da frota para minimizar o número de mortos e acidentados graves. Vamos esperar com otimismo.

Veja que existe um número fenomenal de veículo automotor em Catanduva, sendo 1,22  por habitante, e total da frota de 97.014 veículos, para uma população de 120 mil. Ocorre que no Brasil, na área de trânsito, fomos brindados por uma lei das melhores editadas neste país. Ela ficou 10 anos em discussão em audiências públicas por todo país.
Editada no dia em que chegava a primavera, 23 de setembro de 1997, teve como “vacatio legis” quatro meses, passando a vigorar em janeiro de 1998. Naquele ano, houve uma sensível redução dos acidentes graves de trânsito. Em nossa cidade as mortes caíram de 13 para 4, em 1999 repetiu-se o número e depois voltou a subir.
Atualmente a região apresenta um elevado número de acidentes. Aqui, no último mês, próximo no município de Borborema, uma colisão de ônibus de excursão com um caminhão matou 13 pessoas e deixou vários feridos. Toda semana tem mortes no trânsito nas estradas e vicinais, envolvendo treminhões e mesmo capotamentos por excesso de velocidade, falhas humanas e mesmo embriaguez no volante.
O aumento das motocicletas no trânsito urbano também contribui para o crescente número de mortes; o que vemos no noticiário em relação ao condutor de moto é estarrecedor, principalmente no norte e nordeste, pois condutas que já foram assimiladas no sul e sudeste como o uso do capacete e não condução de crianças que não estejam equipadas por lá é comum: o visual assusta, é uma parafernália só, sendo que  as mortes dos motociclistas dobraram ultimamente por lá. O fato também se repete nos grandes centros, pelo excesso das motos, e abusos dos condutores, aqui especialmente ao ultrapassar entre os veículos.
Como constou a norma, apesar de contestada, é boa. Ela vem sendo atualizada, inclusive quanto aos equipamentos nos novos carros. Também há maior rigor na punição dos crimes, com a inovação da imputação da hipótese do dolo presumido. Acontece que falta o julgamento de pronto. Inicia-se em nosso estado a instalação das seções de pronta decisão dos crimes de menor potencial ofensivo, onde se inserem várias condutas delituosas na área do trânsito. Estamos engatinhando, ante os avanços vertiginosos dos problemas.
A vasta tecnologia de ponta de hoje dá o alento de que os procedimentos acompanhem a evolução do crescimento da frota para minimizar o número de mortos e acidentados graves. Vamos esperar com otimismo.
Ocorre que nossa cultura é de contemplar a benevolência e ignorar ou mesmo tergiversar sobre o rigor da norma. Então o que era para facilitar foi implantado de imediato enquanto os aspectos de rigor foram sendo protelados.

domingo, 16 de novembro de 2014

REVERÊNCIA MERECIDA

No cantinho seu, uma homenagem!

A dedicação e esmero de José Garcia foi inegável e reconhecida pela comunidade. Seu desprendimento de buscar novos conhecimentos  altamente louvável.

Matéria publicada no O Regional, nesta data.

Ao chegar de viagem,  surpreendi-me com a notícia do passamento do  ex-Secretário de Trânsito de Catanduva no período de 2002 a 2010,   José Garcia Júnior a quem conheci melhor em reuniões partidárias,  nas quais demonstrava sempre o intuito de se candidatar a vereança, o que fez por mais de uma vez e ultimamente conversávamos, na Academia do CTC.
Empossado no cargo com a mudança de administração, compareceu em minha residência, convidado para avaliar a situação do trânsito no bairro, pois dispúnhamos de um abaixo assinado pelos moradores com os quais se reuniu.  Este documento havia sido entregue em comissão em 2000, as autoridade municipais: Diretor de Trânsito, Prefeito e Presidente da Câmara, com veementes pedidos, sem nenhum resultado
A conversão de mão dupla para única da rua Campinas no trecho entre a São Joaquim da Barra e Sete de Setembro, consistiu num grave erro técnico,  porque seccionou uma via coletora de trânsito entre bairros  para direcioná-lo a vias secundárias que em pouco tempo estavam esburacadas, pois o asfalto não suportou o peso dos caminhões e ônibus que por ali transitaram.
Após a reunião, visitei a  Direção do Colegião para auxiliar na compatibilização dos recíprocos interesses de vizinhança e ficamos ao aguardo. Uma vez implantada a mudança,  surpreendeu positivamente  a todos e perdura até hoje.
Certo dia, viajava de ônibus a São Paulo a trabalho junto a fóruns e repartições públicas, quando conversei longamente com o Secretário que demonstrou ânimo pelo curso de trânsito que frequentava  na Capital.
Foram muitas as iniciativas em seguida, como a  retirada do semáfaro da rua Ourinhos,  a implantação de diversas  rotatórias  nas inúmeras avenidas que foram abertas; o aumento de vagas de estacionamento no centro,  culminando com o projeto da eliminação do  semáfaro de 4 tempos da rua Altair x José Nelson Machado, cujo projeto deixou em execução, o qual foi concluído nesta administração.
A dedicação e esmero de José Garcia foi inegável e reconhecida pela comunidade. Seu desprendimento de buscar novos conhecimentos  altamente louvável.  Há 28 anos em Catanduva, assisti ao passamento de líderes desta comunidade quando pude estar entre amigos, na última despedida.
Neste triste momento para familiares e amigos, exponho esta merecida reverência ao diligente cidadão  José Garcia Júnior,  que tão bem atendeu aos moradores vizinhos e  por  outras infindáveis iniciativas que caracterizou sua ação em benefício da comunidade que tanto amava.  
Com nossas orações, descanse em paz! Aos familiares enlutados o nosso respeito e condolências!


José Carlos Xavier
Munícipe catanduvense.





sábado, 15 de novembro de 2014

CAMINHOS DO SUL





Estudei ao lado de uma senhorinha e admirava seu esforço!


Vi na parte norte da Ilha de Florianópolis, uma alameda  com umas 30 casas, onde inexistem grades e garagens fechadas, em 90% delas. No mesmo bairro um mercadinho aberto às 21h30. A jovem ali sozinha no caixa nos informou que não tinha a menor preocupação, pois jamais fora vítima de assalto. Mais ao centro um condomínio luxuoso, com câmera, porém sem nenhuma grade.


Os contrastes de um país gigantesco senti algumas vezes bem palpável como  agora com o mapa do resultado das eleições. Em Brasília bem jovem e cheio de esperança, com os paulistas que eram distinguidos pelo alistamento voluntário de jovens com altura mínima de 1m70 para servir no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), assim como dos catarinenses que compunham o Batalhão da Polícia do Exercito (PE).
Após dar baixa por lá fiquei e frequentei escolas em período noturno que envolvia todas faixas etárias, com indivíduos dos mais remotos rincões. Uma verdadeira salada de brasileiros, os candangos pioneiros, cada um a procura de seu norte.
Estudei ao lado de uma senhorinha e admirava seu esforço, era como uma injeção de ânimo, vê-la ali atenta ao professor. Até que passado algum tempo, entre um intervalo e outro senti liberdade para indagar-lhe sobre seus  os objetivos: almejo falar melhor com meus netos, entende-los melhor quando crescerem. Minha admiração por ela só fez aumentar, o ânimo e a convicção de  estar no caminho certo, também.
A convivência escolar neste período e o acesso à condição de servidor público com estabilidade no emprego duas vertentes que me reconduziram ao que esperava para o meu futuro e assim foi. O observar de tudo e o conhecimento formal via escola, uma condição inquebrantável que fortalecia minha esperança de dias melhores.
É bom falar deste período, peço vênia ao leitor, entretanto temos estes registros  de lá distante quando a esperança de um Brasil com ordem diversa da comunista, enchia de orgulho sua gente que trilhava um caminhar promissor.
De 2 a 9 do corrente mês trilhei os caminhos do Sul até Florianópolis. Uma apreensão maior no caminho, ao ver os mananciais d’água baixos, mesmo entre florestas, pois elas estão preservadas, caminho afora.
Vi na parte norte da Ilha de Florianópolis, uma alameda  com umas 30 casas, onde inexistem grades e garagens fechadas, em 90% delas. No mesmo bairro um mercadinho aberto às 21h30. A jovem ali sozinha no caixa nos informou que não tinha a menor preocupação, pois jamais fora vítima de assalto. Mais ao centro um condomínio luxuoso, com câmera, porém sem nenhuma grade.

Entre as idas e vindas pelo país são inegáveis os contrastes. Que saudade daquele São Paulo  com um mínimo de  crimes. As portas das casas da Vila Maria em Batatais em 1966, quando a deixei ainda não precisavam de trancas para curtas ausências, creio que por Catanduva, também. Hoje, saímos e  os bandidos arrombam tudo no menor tempo que encontram. Vão mais além, atacam pessoas nas casas, chácaras e  ruas. Registro apesar de ser de domínio público: roubam nossos carros num piscar de olhos, sem contar a odiosa corrupção que ocupa as primeiras páginas dos jornais. Até quando?

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

DA PUBLICIDADE!

Na maioria dos países inexiste o procedimento investigativo através de inquérito policial.

Sendo a ação processual no seu todo de domínio do Ministério Público, quanto à persecução na elucidação dos crimes. Evidente que é apoiado pela polícia que pode ser tanto a Civil como a Militar – outorgando a cada uma o ciclo completo de polícia.

Artigo de minha autoria publicado hoje, no Diári da Região de Catanduva.


Os reflexos dos protestos pacíficos de junho de 2013 foram tumultuados pelas ações violentas dos black blocs que seguiram logo após disseminando terror em diversas capitais, confundindo a população quanto ao seu direito de ir às ruas quando discordar das políticas adotadas pelos governantes. Eles são de origem anarquista e atacam quando lhes convêm – e era o caso da interrupção daquelas manifestações pacíficas.
Ocorreu, entretanto, algumas mudanças na atitude dos parlamentares como foi o caso da PEC 37, que estava sendo trabalhada para receber o aval dos congressistas, que foi votada e teve como resultado a derrota dos situacionistas, de 400 a 9 votos.
Segmentos do governo, incomodados com a imparcial atuação do Ministério Público, reduto da luta contra a corrupção e desvios de conduta de toda ordem na administração pública brasileira, queriam calar-lhe a voz. Oportuno ressaltar que na maioria dos países inexiste o procedimento investigativo através de inquérito policial, sendo a ação processual no seu todo de domínio do Ministério Público, quanto à persecução na elucidação dos crimes. Evidente que é apoiado pela polícia que pode ser tanto a Civil como a Militar – outorgando a cada uma o ciclo completo de polícia.
Em terras tupiniquins pugnavam os defensores da PEC por uma estrutura arcaica que já deu mostra de sua ineficiência, da qual deriva o incontestável retardamento dos julgamentos com consequente impunidade dos criminosos. Caminhemos à frente!
Quanto à publicidade, é um dos princípios básico da administração pública, alcançado pelos meios constitucionais do mandado de segurança; direito de petição; ação popular e habeas data, insertos na CF, art. 5º. Incisos LXIX; XXXIV; LXXIII e LXXII.
Exsurge que a celeuma criada quanto a não divulgação da questão dos vereadores que estão sendo investigados sobre a apropriação de parte do salário dos assessores contrariava o princípio legal da publicidade que foi superada quando o jornal estampou a foto de todos com breve resumo do acontecido.
A decisão do promotor público da comarca de Catanduva, ao publicar a investigação, tornou inócua a discussão no parlamento municipal que acompanhou a decisão judicial, dando publicidade também a sua apreciação interna.
Imaginando a urbe com um corpo humano, diríamos ser capilar a relação do vereador com a comunidade que o elegeu. Ora, se neste nível a transparência não for total, o que será das demais instâncias do poder?
Entendo que as penas da difamação atiradas ao vento da torre são mesmo difíceis de serem resgatadas, porém hoje os mais diversos meios de comunicação permitem a recuperação da imagem em possível interpretação precipitada, mesmo porque a proximidade com seu público pelo edil é a mais representativa da essência do regime democrático.

O sigilo processual não é contemplado no presente caso. Sábias interpretações das autoridades: judicial e política. Assim, sai fortalecida a democracia e quanto às consequências nas próximas eleições – cada um é cada um e responsável pelos seus atos públicos que, ao rigor da lei, devem ser dado publicidade, como feito.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

PARÂMETROS DISTINTOS

A rua em que passamos um cenário de guerra.


Ou mudamos as estruturas e  legislação para melhores resultados; assim como  aprimoramos a educação e a cultura de forma a buscar mais elevados padrões de comportamento individual do brasileiro ou teremos muito em breve uma terra arrasada.



Evidencio preliminarmente que não tenho motivos para me ater à negatividade da existência humana e tampouco fazer dela um apanágio, entretanto a evolução social não se dá por uma contemplação passiva, muito pelo contrário - a crítica faz evoluir; enquanto aquela atitude benfazeja, tende a mesmice e ao retrocesso.
Se olharmos as estruturas organizacionais de muitos seguimentos da administração pública no Brasil, veremos que a ineficiência é secular.elas são inamovíveis e só interessam à acomodação dos servidores, enquanto políticos incompetentes passam uma, às vezes duas décadas no poder sem nada mudar. Gastam fábulas de dinheiro em equipamentos e projetos marqueteiros, e ainda conseguem fazer que as elas piorem de rendimento pelo desprestigio ao seguimento humano.
Quanto aos parâmetros, registro que em agosto de 2011 conheci a capital do Estado da Paraíba, João Pessoa, onde passei alguns dias. Ao sair do aeroporto, o táxi, cujo motorista buzinou 11 vezes, sem necessidade de um só, até a Pousada, desviou de um viaduto interditado por motivo de obras quando presenciei uma cena conflitante com a boa fama da cidade: o bairro de periferia com casas simples que tinham grades horríveis, parecendo refugo de construções, sendo que a arrumação delas às portas e muros transformou a rua em que passamos um cenário de guerra.
Difícil de compreender, como constrangedor foi adentrar pela primeira vez numa favela às margens do rio Pinheiros, no distante agosto de 1975. O que terá a proteger nos simples casebres aquela população da capital paraibana. Nas colônias as portas ficavam abertas. No Canadá elas ficam até hoje.
De 02 a 09 último, conheci o Sul. Os 7 dias em Florianópolis foi de visita às diversas ilhas e praias, quando  chamou  atenção, encontrar uma alameda de casas nada suntuosas, mas com uma característica ímpar ao Brasil de hoje: com mais de 30 moradias; duas ou três tinham grades, as demais apenas jardins, nem garagens fechadas possuíam. Ali perto um pequeno Mercado cuja caixa nos informou seu destemor a assalto que jamais houve naquele estabelecimento, isto às 21h30.  Também, no Jurerê Internacional, um complexo luxuosíssimo, com várias câmeras, entretanto nenhum muro.
Esta é a distinção que faço e para finalizar, reportagem de minutos atrás dá conta de que no Brasil aconteceram 51 mil estupros em 2013 e que dentre 10 deles 3 apenas são denunciados. A concluir que os números podem chegar a mais  de 300 mil por ano. No mesmo programa, notícias sobre carros furtados; roubados e comércio ilegal de peças em São Paulo - algo degradante.
Ou mudamos as estruturas e  legislação para melhores resultados; assim como  aprimoramos a educação e a cultura de forma a buscar mais elevados padrões de comportamento individual do brasileiro ou teremos muito em breve uma terra arrasada.
Florianópolis aliviou meu pesar, pois pelo que lá constatei, nem tudo está perdido. Para o otimista sempre resta um fio de esperança. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

RESSACA POLÍTICA


O infausto acontecimento provocou um turbilhão de reações no emotivo latino.

Neste momento  de tristeza mesmo pela forma como vem sendo conduzida a nação, resta-nos  buscar forças para um  questionamento jamais visto da prestação do serviço público no Brasil, iniciando-se pela atuação  dos políticos, sem o menor espaço para a prática da corrupção e inépcia nos atos de responsabilidade funcional.


Desde a fatídica quarta-feira de 13 de agosto do corrente ano, um turbilhão de emoções tomou conta da sociedade brasileira, formada ainda por uma maioria de pessoas humildes e necessitadas. A plástica ilusória da benevolente riqueza natural, esconde uma triste realidade em que a falsa contemplação de muitos, proposital ou não, sempre tirou razões, para uma super avaliação da realidade nacional, explorada pela liderança atual, a seu bel prazer como projeto de poder.
Líder de sucesso, numa região onde o partido da situação e vencedor da eleição,  mantém a hegemonia de longa data. Qualificado quanto a estirpe política, pois que neto de reconhecido revolucionário, como gosta de ser chamado  quem resistiu ao governo militar. O extinto carregava consigo respaldo para agregar a oposição e os anseios daqueles que de branco proporcionaram dias de glória cidadã, nas ruas da pátria amada do Brasil, em junho de 2013.
O infausto acontecimento provocou um turbilhão de reações no emotivo latino, nos mais remotos rincões do país. Na rabeira dele, a sucessora foi elevada aos píncaros do reconhecimento de sua tenaz e dissidente militância e foi assim que por uns dias Marina Silva se viu presidente pelas pesquisas que a colocava como imbatível contendora.
A onda se desfez quando foi colocada sob fogo cruzado da polarização PT x PSDB. De um lado toda munição ante a ameaça do confronto intestino com dissidente que obtivera 22 milhões de votos, em 2010 e de outro pela exposição ao ridículo de não ir para o 2º. Turno.
Restou ao final os dois adversários dos últimos 20 anos e o resultado foi o que os defensores das mudanças não esperavam. Não adianta agora discurso de autoconsolo. Foi uma derrota inexplicável ante ao desserviço que os argumentos dos debates assistidos expuseram. Índices baixíssimos em todas as áreas da administração pública, somados a desmedida corrupção. Mais uma vez  não houve  nas oposições líder que provocasse reações a catalisar sentimento,  a contagiar o povo de forma a sepultar esta etapa do pensar político pátrio.
Neste momento  de tristeza mesmo pela forma com vem sendo conduzida a nação, resta-nos  buscar forças para um  questionamento jamais visto da prestação do serviço público no Brasil, iniciando-se pela atuação  dos políticos, sem o menor espaço para a prática da corrupção e inépcia nos atos de responsabilidade funcional.
A ressaca fica por conta das mentiras dos debates de quem agora dá início a práticas das quais acusava seus adversários de que aumentariam: os juros;  a energia; os combustíveis, os impostos....Ela fica também pela  mesmice da ideologia anárquica que tantos males produz ao indivíduo brasileiro, desprovido de pensamento filosófico-ético, onde inexiste a mínima lógica no viver. Estes dados são constatados pelas notícias policiais, com números estarrecedores de mortes violentas, no analfabetismo de mais de 11 milhões de brasileiros e tantos outros índices negativos, inclusive e pior o da corrupção envolvendo os governantes. Há que se melhorar isso, responsabilidade de todo cidadão, principalmente dos 51 milhões  de dissidentes dos vencedores. Com aqueles que estão contente com a situação que estamos vivendo, não podemos contar.