Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 28 de novembro de 2015

Despedida dos lindos cafezais!

Naquelas terras o café era colhido no pano

Esta foi a fase áurea delas que evoluíram da escravidão, passando para colonos, depois vieram os meeiros e ainda o regresso  dos volantes bóias frias, mais adiante.


O título se justifica porque aqueles foram os cafezais mais lindos que vi em minha vida. A plantação era nova, rodada e verdejante numa época, branca em flores noutra e vermelha  próximo da colheita, café Bourbon. Diferentemente de outras regiões, naquelas terras o café era colhido no pano, sendo a maior alegria e entusiasmo dos familiares - quando quatro pés dava uma saca e isto acontecia várias vezes no dia. Meeiros eles faziam as contas.
Ao ler sobre a evolução das relações entre os fazendeiros e trabalhadores, detectei que esta foi a fase áurea delas que evoluíram da escravidão, passando para colonos, depois vieram os meeiros e ainda o regresso dos volantes bóias frias, mais adiante.
Confesso que ao escrever estas linhas deste tempo saudoso, deixo a cada mudança um cadinho de mim, da minha infância querida que não volta mais, como disse o poeta. Elas são lembranças gratas.
Extraordinário era enxame de abelhas Europa no porão! Nós morríamos de medo, mas os pais estavam acostumados, diminuíam bem o rítmo do animal que passava bem perto mesmo, mas elas não atacavam. Foi aproximadamente um ano,  sem picadase e os favos enormes, e deliciosos. Cultura cabocla, convivência temerosa.
Nestas terras assisti ao primeiro jogo de futebol, com destaque para o chutão do goleiro: quicava a bola no chão uma, duas, três vezes e mandava a pelota nas alturas.
Também teve o dia que o animal não bebeu da água, soprava, soprava e refugava, acostumado com a lida dele meu pai impediu que a família a tomasse, entretanto eu já tinha tomado – de madrugada fui levado ao médico, a água  da cisterna estava contaminada. Afinidade e intuição que conseguiu identificar na reação, a anomalia. Assim, despedimo-nos  para mudar para a Fazenda São Sebastião na Barrinha, sempre com o amor e carinho familiar. Um bom domingo a todos os leitores. Que o Senhor seja louvado para sempre louvado seja. Um bom domingo na paz de Cristo a todos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Relevância dos tribunais!

Número do partido político pelo qual foram candidatos  (“45” obras).

Que sejam responsabilizados todos que traiam os valores maiores do contrato social que impinge honestidade no trado da coisa pública!


Artigo publicado na íntegra no jornal " O Regional" de Catanduva em 30/11/15


Confesso que este título estava anotado no arquivo há alguns dias, coincidindo a prisão de um senador como mais um entre tantos atos decorrentes dos tribunais.  Há pouco tempo, tivemos a notícia da inegibilidade do prefeito, vice e do suplente de deputado estadual eleito por Catanduva, em razão de condenação em em segunda instância em processo cível por incidirem na prática de propaganda eleitoral ilegal na divulgação do número de obras em placas pela cidade, coincidente com o número do partido político pelo qual foram candidatos  (“45” obras).
A disponibilidade deste blog permitiu-me registrar opinião sobre fatos que entendo em descompasso com a razoabilidade, seja por excessos e também por ilegalidades praticadas na administração pública em todos os níveis.  Em “Cuidado com a Estatística”,  observo  várias publicações institucionais em placas espalhadas pela cidade e faço um arrazoado detalhado de minhas convicções.
Nesta semana tivemos a prisão de um Senador da República por atos que denotavam ânimo delitivo de obstar ações investigativas  dos responsáveis pela Operação Lava Jato. É um absurdo atrás do outro que se vê espalhado, país afora.
 O conhecimento dos aspectos que deflagraram a tomada da Bastilha, idealizados pelos iluministas desde: os políticos aos econômicos, e; toda a gama de escritos dos pensadores principalmente de  Russaou - Contrato Social e Montesquieu – O Espírito da Lei. Eles estruturaram o estado moderno, principalmente deram os fundamentos da tripartição dos poderes: executivo, legislativo e judiciário, deflagrando em 1789, a Revolução Francesa, início da era moderna.
O entendimento do que seja a exploração das castas dominantes nas condições registradas, influenciou-me. Tudo que elvolveu esta época foi reforçado pelos esclarecedores estudos acadêmicos, adquirindo maior força ainda o meu pensar que os citei sempre que fosse pertinente nas manifestações em processo.
Sobre a tripartição do poder, vê-se que  os fundamentos  das relações entre eles são nobilíssimos e de uma pureza que encanta e emociona. Ao contrário disso, constatamos no Brasil a deturpação de valores, com ressurgimento dos novos burgueses encastelados nos núcleos do poder, a mentir e explorar o povo, escandalosamente.
Que sejam responsabilizados todos que traiam os valores maiores do contrato social que impinge honestidade no trado da coisa pública! Que as pessoas ocupem as ruas por causas nobres sempre!
Salve a democracia idealizada por iluminados pensadores. Abaixo todos os  vis enganadores e exploradores do povo.  Aí de nós se não tivéssemos os tribunais!  

sábado, 21 de novembro de 2015

Uma cena inspiradora!

 Lembro-me bem deles sentados e ela de pé,  a ler toda garbosa.

Senti ali, naquele momento uma energia a perpassar o corpo querendo dizer - é isto que vais fazer  em tua vida - ler para os outros e para isso precisas estudar.


Já citei a prima Zezé e agora também o primo Luiz. Estas duas pessoas fazem parte de forma especial de minha vida, tanto que são meus padrinhos de casamento.
A primeira  citada por trabalhar num restaurante onde na época entregava,  semanalmente ovos. O segundo por ser três anos mais velho e residir com a avó paterna  Inocência. A  ele acompanhava em jogos de futebol da meninada e outras brincadeiras de rua.
Num dia, presenciei   reunidos  meu pai e tios, enquanto a prima solenemente, ali naquela sala, leu a eles uma carta ou documento não consigo precisar. Lembro-me bem deles sentados e ela de pé  a ler toda garbosa numa postura compatível à importância de quem naquela época, dentre os caboclos colonos, era alfabetizada.
Esta cena é inspiradora, jamais a esqueci pelo seu significado para mim. Senti ali, naquele momento uma energia a perpassar o corpo querendo dizer - é isto que vais fazer  em tua vida - ler para os outros e para isso precisas estudar.
Cinco anos  depois, em razão da morte de minha mãe, convidado que fora quando ela ainda em vida, ingressei no Seminário e aos 24 na Academia da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Certamente não estudei tanto como o senti naquele dia, mas vontade não me faltou.
Hoje, sinto-me muitíssimo bem ao escrever estas linhas, após a carreira militar onde alcancei o oficialato em seu último posto, com especialização em Educação Física e Advogar por mais de 10 anos, em Catanduva.
Não tenho dúvida de que jamais me apartei daquela sensação e a curti a cada momento que me vi sentado num banco escolar; e mais ainda nos atos de comando, principalmente nas instruções e na defesa de pessoas, no rito do cerimonial forense como advogado.
Leitores dominicais, um espaço aberto antes de me despedir daqueles lindos cafezais dos Tostes, pois daquela leitura aos familiares e de minha reação jamais esqueci, assim como da convivência do querido primo, órfão em tão tenra idade, o que iria acontecer, comigo e irmãos, mais a frente.
Despeço-me com a emoção própria de quem fala de pessoas queridas e de ocasiões especiais da vida. É bom assim. Compartilho-a com todos leitores que certamente tem os seus momentos semelhantes. Que o Senhor seja louvado, para sempre louvado seja. Um bom domingo a todos  na paz de Cristo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Veto do aumento dos vereadores

Diferentemente de tempos atrás, não prosperou a saga de alguns vereadores.

Parabéns a todos que lutaram por esta causa, principalmente aos populares que assinaram as relações declinando sem receio seus dados pessoais completos.

Teor publicado na íntegra em 22/11, no jornal O Regional de Catanduva


Diferentemente de tempos atrás, não prosperou a saga de alguns vereadores de Catanduva de agirem em benefício próprio em total descaso com os objetivos maiores que o cargo lhes impõe, ao contrariar frontalmente os anseios populares que devem representar.
É óbvio que o aumento de cadeiras facilita a perpetuação na vereança, então enquanto não houver legislação restritiva à recondução deles, para todo sempre,  quanto mais cadeiras maior é a facilidade de alcançar o objetivo e assim segue a carruagem.
Mesmo com o noticiário de que no Paraná três municípios conseguiram reduzir o número de vereadores, assim como o salário, em Catanduva seis deles votaram a favor do aumento de cadeiras de treze para 17, vejam só! Quatro numa tacada só.
Diligentemente, o Grupo Vem Pra Rua Catanduva agiu, o Bispo da Diocese Dom Otacílio, contatado, não só aderiu, como escreveu contundente carta aos edis e sensibilizou o Clero que motivou os fiéis a aderirem a um abaixo assinado.
Outros seguimentos também aderiram de forma que foram coletadas 7.000 assinaturas para a propositura de projeto de lei de iniciativa popular, pleiteando não só a diminuição das quatro vagas aumentadas, como a redução do salário de mais de oito mil reais para cinco, tendo por comparação o  município vizinho de S.JRio Preto, de quatrocentos mil habitantes.
Como aconteceu no passado em que reajustes de 100%  foram auto arbitrados em total desprezo aos princípios constitucionais da razoabilidade e da moralidade pública, insertos nas Cartas Magnas Federal e Estadual, artigos 37 e 111. Enquanto a inflação era mínima, por isso o salário deles  está entre os maiores do Estado. Só perdem para São Paulo e Campinas.
O Prefeito sentindo a pressão popular vetou o projeto de aumento, que discutido ontém foi mantido, desfazendo-se o equívoco inicial dos edis. Entretantos a vitória da última sessão foi parcial, posto que o pleito do projeto popular é duplo - a diminuição das cadeiras foi conquistado, resta agora a diminuição do salário.
Está na Constituição  Federal que todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. Para que os administradores tenham   parâmetros existem os princípios constitucionais que regem a administração pública, desde o da razoabilidade aos mais explícitos.
Parabéns a todos que lutaram por esta causa, principalmente aos populares que assinaram as relações declinando sem receio seus dados pessoais completos. Assim, conseguir-se-á   um Brasil melhor para as futuras gerações.
O exercício pleno da cidadania é a argamassa que dá a liga para a construção de um país forte, próspero e são nas relações políticas. Hoje, infelizmente o Brasil cambalea. 

sábado, 14 de novembro de 2015

Aula na Academia Militar

É  a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas...

Brindo a todos com estes momentos especiais do aprendizado na Academia da Polícia Militar do Estado de São Paulo.



A propósito de falar da vida, hoje vou dar um salto de 17 anos para cair no dia 24 de setembro de 1971. Este mês contagiante em minha vida, pois entrei na Força Pública de São Paulo e  nasceu minha filha no dia em que chega a primavera.
Já anotei que tenho minha vida estudantil apostilada. Compulsando os alfarrábios, deparei com esta aula de Português  com o Professor Pedro no 1º. Ano do Curso Preparatório de Oficiais da APMBB, com um texto sempre atual do Pe Antonio Vieira:
                            A Guerra
É  a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas e quanto mais come e consome menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre que leva os campos, as casas, as vilas, as cidades, os castelos, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há  mal algum que  ou não se padeça ou não se tema, nem bem que seja próprio e seguro: o pai não tem seguro  o filho; o rico não tem segura a fazenda; o pobre não tem seguro o seu suor; o nobre não tem segura a sua honra; o eclesiástico não tem segura  a imunidade; o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro.
- Paráfrase é dizer o que disse o autor com outras palavras.
Quadro sinótico de uma  sequência para a interpretação do texto:
1º. Leitura atenta do texto; 2º. Localização; 3º. Determinação do tema; 4º. Determinação da estrutura; 5º. Análise da forma partindo do tema, e 6º. Conclusão.
É bom voltar no tempo e ter uma aula do Alemão poliglota que dissecava radicais, prefixos e sufixos em vários idiomas e dizia em sua primeira aula: perguntem sempre,  se eu não souber anoto e respondo na aula seguinte. Lição de humildade.

Brindo a todos com estes momentos especiais do aprendizado na Academia da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a propósito do título do blog e do triste fato que acometeu no coração da civilização moderna – Paris. Que o Senhor reconforte o coração dos Parisienses. Um bom domingo a todos na paz de Cristo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Conluio antidemocrático

A desmoralização que atingiu  o Presidente da Câmara Federal

 Constata-se agora, em parte, um parlamento liderado por acusados que ombreiam com  a Presidente nos malfeitos ao longo destes anos,  frustrando as esperanças daqueles que acreditaram na redemocratização da Nação Brasileira

Artigo publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 15/11/2015

Vimos nesta semana que se finda escabrosa articulação na Câmara dos Deputados para dar fôlego ao que denomino de conluio antidemocrático o qual visa ganhar tempo, contemporizando através de argumentos pseudo legalistas, a desmoralização que atingiu  o Presidente da Câmara Federal pelas comprovadas contas que dispõe no exterior. Líderes de 13,  dentre o estratosférico número de 32 partidos, assinaram manifesto de apoio ao acusado no Conselho de Ética daquela casa.
Enquanto de Curitiba vem ação, vemos que no parlamento exsurge muita embromação. É um tal de olhar para o próprio umbigo e jogar fichas no futuro, sem a preocupação de reverter o caos implantado no Brasil da ação inescrupulosa da perpetuação no poder -  “a qualquer meio mesmo que ilícito”.
A constatação desta artimanha, é vergonhosa, posto que o manifesto, conforme exposto na grande imprensa, foi redigido do gabinete do líder do partido detentor do poder executivo, primeiro e principal interessado, uma vez que o pedido de  Impeachment da Presidente depende da decisão do acusado.
Enquanto o país afunda no mar de lama da corrupção, em proporção jamais vista, implantada lá atrás no início deste governo, a partir de  2002, quando a indigitada autoridade exercia fortes influências nos destinos da empresa na condição de Presidente do Conselho Administrativo da Petrobras. Constata-se agora, em parte, um parlamento liderado por acusados que ombreiam com  a Presidente nos malfeitos ao longo destes anos,  mergulhando as esperanças daqueles que acreditaram na redemocratização da Nação Brasileira, na sua mais profunda crise de credibilidade, interna e externamente, com consequências que muito fará sofrer seu explorado povo.
Afora os ricos privilegiados pelo draconiano e voraz sistema financeiro; os empresários amigos do Rei; a claque de funcionários que mamam nas tetas do governo, principalmente os comissionados, resta os demais segmentos de desvalidos pagadores de altos impostos e os manipulados  que se veem minimamente aquinhoados com as míseras ajudas de um governo que quer ser eterno. O desemprego, as catástrofes fruto da falta de fiscalização, a criminalidade um quadro desolador.
Salvou-se desta pequenez uma uma parte da oposição consciente que pediu publicamente  a condenação do Presidente da Câmara. Já era tempo de ser mais contundente e o foi. Caminha célere na busca do Impeachment e que ele que venha logo!
Esgrimo solo da trincheira em que Guilherme de Almeida nos legou pela poesia – Oração ante a última trincheira - na qual exalta a lembrança do Soldado Constitucionalista e num dos versos, assim está consignado:
 Essa é a trincheira que não se rendeu: a que atenta nos vigia, a que invicta nos defende, a que eterna nos glorifica!
Unidos no caminho do bem venceremos! Sempre foi assim, diz o espirito poético - não há mal que  sempre dure!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Dados e circunstâncias estarrecedoras!

Adoção do Ciclo Completo de Polícia.


 Há na verdade como pano de fundo da resistência ao Regime Militar, um sentimento anárquico, emuldurado pela beligerância criminosa. 



Cuida a AOPM através da  FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS  (FENEME) do interesse da sociedade através estudos sobre a segurança pública, pleiteando mudança no estado atual dos procedimentos policiais que há muito tempo se mostram ineficazes face ao agravamento dos dados estatísticos criminais. Defenderam os líderes da Fundação na Carta de Natal como medida essencial a Adoção do Ciclo Completo de Polícia, já abordado em postagem anterior e a criação do Conselho Nacional de Polícia.
A propósito da situação atual foi registrado em matéria na Revista AOPM News de set/2015 os dados alarmantes das estatísticas criminais que seguem: “não é possível suportar uma situação como esta que vivemos, com 56.000 mortes por ano, razão pela qual ocupamos o 1º. Lugar no mundo nesta terrível estatística. Ocupamos o 4º. Lugar em mortes no Trãnsito (46.000), o 3º. em mortes por tabagismo ( mais de 200mil), o 5º. Em alcoolismo (mais de 80.000), 0 8º. em suicídios mais de 11 mil) e o 1º. Do mundo também em Policiais mortos no desempenho de sua missão. Para qualquer analista de mínima compreensão, vivemos um Estado onde todas as instituição estão comprometidas e nos transformamos em uma sociedade de total infelicidade, condição que absolutamente não se coaduna com o mínimo interesse coletivo”
“Não devemos nos iludir, o mal é daqui, surgiu e se agigantou aqui, no nosso povo, entre nós, somos os responsáveis e cabe-nos o desafio de encontrar uma solução”
Certamente digno Presidente Cel PM Salvador Pettinato Neto Presidente da AOPM. Tomo a liberdade de convidá-lo  e quem acessar esta postagem a ler obra Guerra Civil – Estado e Trauma de    Luis Mir - São Paulo: Geração Editorial. Destaco como parágrafo essencial – Equílibrio de Gabinete.
A propósito, conforme objetivos do blog constatar anomalias políticas da atualidade – consigno trecho da entrevista do Senador RANDOLFLE RODRIGUES NA Vej ed. 2451-ano 48 n. 45. Perguntado a Corrupção não constrange mais o Congresso – “ Não tenho dúvida. O meu grande medo é que isso contamine a sociedade, porque, no dia que as pessoas deixarem de se indignar contra tudo isso , a República estará perdida...Ma aqui no Congresso, não. Estou no Senado desde 2011, não sei como era nos anos anteriores, mas acho que estamos vivendo uma das piores legislaturas da história.
De tudo que está escrito neste blg, sobre política minha postagem mais contundente é: Síndrome do Impeachmente II. Estava  presente, assisti as manifestações é relê-lo. Há na verdade como pano de fundo da resistência a Ditadura, um sentimento anárquico, emuldurado pela beligerância criminosa. Daí a aceitação do estado de coisas tão bem registrado nas páginas 6e 7 da Revista AOPM News que pode ser acessada pelo site: www.aopm.com.br. Parabéns pela luta que é de todos!


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Encanto de criança!


Naquele dia do enlace, tudo foi especial.




Ao narrar os fatos destes anos de minha vida o faço  por um sentimento forte que me impulsiona a retratar de situações que deixaram rapidamente de existir. O êxodo rural que se viu em seguida no Estado de São Paulo pos abaixo esta maneira de vida com o advento do bóia fria no pau de arara. Condição de trabalho inóspita de muito sacrifício para sobreviver e de muita exploração pelo produtor.
A caminho da Santana do Estreito vi o sumiço temporário da cachorra de estimação que se atrelou aos cães dos caçadores e só chegou em casa lá pelas tantas da noite, apesar do hábito de acompanhar a carroça. Participei de uma reunião de meninos para saborear caçarola italiana, quando fui orientado pelo pai para não exagerar que desmaiaria. Mais tarde soube de crianças que tinham mesmo este sintoma por subnutrição. Cautela não faz mal a ninguém. Outras situações e fatos ficam para a despedida daquele rincão.


Encanto de criança!

Naquele dia do enlace, tudo foi especial;
Desde a companhia e transporte até o final.
Enquanto sempre me deslocava de carroça,
Ou a pé quando  levava o almoço  na roça.
No casamento fui com os tios de charrete,
Poucos haviam na época, carro e camionete.
Lá fui  alegre pela  expectativa da festança,
Pensava na comida, também  haveria dança.

No caminho por aqueles campos e matas,
O orvalho no amanhecer escorria em cascatas.
Lindos arbustos, deveras, paisagem verdejante,
De longe, pássaros  e  ciriemas, vê o viajante.
Tenra idade que será desse dia, o tio por guia,
Fui só,  de carona, separado da minha família.

Alfio e Toninha se uniram em casamento,
Dia especial na vida, como  vai  pensamento.
De um canto observo tudo e de súbito olhar,
Linda, esguia fico de olhos fixos  a admirar.
No degrau estática posa altiva a moreninha,
Inevitável o pensamento como será a minha.


O projetar da imaginação em tão ínfima idade,
Estímulos  entrelaçam, projetam a maioridade.
Ali estava por um motivo familiar coloquial,
Ao menino, assistir primeiras núpcias,  especial.
Lugar  comum, casamento,  um dia vai acontecer,
Nada de excepcional, o menino espectador antever.
Ficou na mente candidamente aquela lembrança,
A silhueta daquela moça linda, encanto de criança.



Tantas são as histórias que algumas já foram registradas em outros escritos. A do casamento repeti em minha vida, pois foi uma emoção indelével,  a de  fixar olhar em alguém e projetar o futuro.  Me casei aos 29 anos com uma jovem esbelta, porém ruiva. Nos divertíamos muito com as lembranças de criança dos momentos especiais em nossas vidas. Ela também caboclinha das bandas de Elisiário, cultura e hábitos semelhantes, tinha as suas. Que o Senhor a tenha em sua glória e reconforte quem nesta dimensão ficou, derramando suas infinitas graças sobre nós.   Um bom domingo a todos na Paz de Cristo!

sábado, 7 de novembro de 2015

Só depois do carnaval!

Quanto ao saneamento deste Triunvirato dos Acusados.

Tudo que se lê é uma de ignomínia só. Os bilhões do ex Presidente  e de  sua família; as nababescas viagens  uma vergonha.


Mesmo com o país indo à falência; mesmo com a criminalidade praticada pelos três líderes maiores da República: Presidentes do Executivo;  Senado e da Câmara Federal, acusados em  ações delituosas,  a líder maior inclusive  de fraudar as eleições, cujo resultado impossível auditar, podemos esperar até depois do carnaval para qualquer decisão de interesse nacional quanto ao saneamento deste Triunvirato dos Acusados, em que as recíprocas práticas criminais geram um estado de cumplicidade, perverso aos interesses da Nação Brasileira.
A partir de 15 de novembro, arrefece o ânimo beligerante entre os políticos para dar lugar aos preparativos dos festejos de Natal e Ano Novo. De 20 de dezembro a 10 de janeiro para tudo mesmo. Vejam que o carnaval é em 9 de fevereiro, então está de colher para emendar o lazer da corte para refestelo dos apaniguados do poder.
Nem Impeachment, nem deposições e tampouco julgamentos que não seja lá por Curitiba. Até o povo nas ruas parece ter datas e época mais apropriadas, o meio do ano; como aconteceu em 2013, com as manifestações do no mês de junho.
Tudo que se lê é uma de ignomínia só. Os bilhões do ex Presidente  e de  sua família; as nababescas viagens  uma vergonha. As ações atreladas ao poder com fins particulares. A Presidente do Conselho Administrativo da Petrobras quando negócios escusos já esclarecidos como a aquisição de Pasadena e implantação do Petrolão continua  a dizer ao mundo que é incorruptível e está incólume na liderança do país e o que é pior, a nos presidir.
Enquanto isso os líderes do PSDB ficam a observar qual a melhor estratégia lhes convém individualmente e não ao projeto Brasil. Os do PMDB idem, então o período de baixar a guarda pelos festejos de fim de ano e carnavalescos  lhes interessa para ganhar tempo. Pobre Brasil dos ricos e dos  políticos inescrupulosos, fantoches de sim mesmos.
Sua imensidão e potencialidades pela diversidade natural, não a acompanha sua liderança, assim suas maravilhas e riqueza é imerecida pela sua malfadada elite atual, cujas consequências recaem  nos mais necessitados.   Até as próximas gerações quem sabe, porque os líderes políticos de agora são pífios, sem exceção. É só ver os resultados dos últimos 13 anos!!!

domingo, 1 de novembro de 2015

A vida como ela é!

Soube um dia sobre a morte de Getúlio Vargas.

Por isso mesmo, todo sábado entregava no restaurante do Abreu uma cesta de ovos, quem recebia era a prima Zezé; às vezes se comercializava  frangos; matava um porco e assim ia a vida.

Nas terras dos Tostes, vivíamos sozinhos, o tio e primos estavam do outro lado do cafezal, bem distante. Nosso contato mais próximo era um sitiante.  Lembro-me das jabuticabeiras no seu quintal, uma delícia e de um terço quando filei um docinho, enquanto os adultos rezavam. Levei um pito à distância do pai e foi só. O casal nos recebia muito bem, fico devendo o nome.
Mas a vida continuava, além da queda já narrada, soube um dia sobre a morte de Getúlio Vargas. Dois senhores conversavam enquanto eu passava com o almoço –“hoje a escola está fechada, não há aula, o Presidente  morreu, a professora chorou”!  No plano pessoal, via o sacríficio de minha mãe para tirar água da cisterna que era muito funda e eu ainda não reunia força para ajudá-la que reclamava do esforço.
Ela estava gravida de meu  do irmão João, o 4º., que nasceu, acredito na cidade, não consigo precisar onde, caso fosse no casarão, lembraria, pois recordo do nascimento das duas irmãs nitidamente, uma antes e a outra depois dele.
As querelas paternas, patronais, com médico que queria saber como iria receber para tratar do caso de urgência do meu irmão com fratura exposta, sendo que de tudo lembro-me, vivamente. As dificuldades de quem vive praticamente sem dinheiro, são muitas. Por isso mesmo, todo sábado entregava no restaurante do Abreu uma cesta de ovos, quem recebia era a prima Zezé; às vezes se comercializava  frangos; matava um porco e assim ia a vida.
Neste período fizemos duas visitas a familiares:  uma na Fazenda Cachoeira e outra na Lage. Na primeira moravam meus tios Lázaro e Bem, na segunda meu avô e tios por parte de mãe. Minha avó Rita não conheci e de meu padrinho Jerominho ganhei uma leitoa que não resistiu a castração para a engorda. Sei que a distância da cidade a nossa casa era de 18km e as fazendass eram bem mais longe, locomoção em carroça, imagine quanto demorava.
Tempos outros de dificuldades por toda parte, daí  o título. Domingo dia do Senhor, registros às novas gerações de uma realidade que o título de  - "a vida como ela é". Alguns aspectos da realidade do momento porque nem tudo são flores. Eles atestam  o modos de vida da época às novas gerações. Que  sejamos contemplados com a Paz de Cristo. Uma boa semana a todos, sob a proteção de nosso Divino Mestre!