Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 25 de março de 2017

Agir em confiança!

Visitamos as terras do Alentejo 

Jovens retiravam seus pertences, enquanto o motorista verificava o acesso de passageiros, sem qualquer fiscalização, denotando ser um procedimento comum o não controle das bagagens.

Tive a  felicidade de acompanhar familiar amigo pelos rincões de Portugal. Visitamos as terras do Alentejo de onde há muito anos seguiram para o Brasil seus avós e pai ainda menino.
Estivemos em Pias, Serpa e Beja,  a primeira mais ao extremo, pequenina, hoje com 2.800, que na época dos festejos religiosos em agosto, recebe seus concidadãos residentes em outras plagas reunindo mais de 5.000, população que já teve.
Sob o prisma emotivo uma reação singular e forte, pois saber que dali sairam os ancestrais. Esta sensação já fora por mim vivenciada nas terras da Itália em Ponso e Rovigo  de onde sairam meus avós e dele também por parte de mãe, em 2009.
Deixando a emoção sentida naquele lugarejo, relato que estivemos em Serpa e Beja. A ressaltar a eficiência dos servidores públicos que nos atenderam, sendo obtido pleno êxito com a expedição da certidão, contedo os dados do seu genitor que buscava.
Em liame ao título, consto reação muito peculiar ao constatarmos em Beja, município de 30 mil habitantes que não nos foi fornecido qualquer controle de bagagem e ao retirá-la com outro atendente, após algumas horas, num depósito com várias outras, informou-me que não incidia problema. Tudo era feito na confiança
O mesmo procedimento presenciei em Fátima, onde há intensa visitacão religiosa. Jovens retiravam seus pertences, enquanto o motorista verificava o acesso de passageiros, sem qualquer fiscalização, denotando ser um procedimento comum o não controle das bagagens.
Resta a observação de que por aqui, além de anotarmos nosso registro de identidade, há a identificação de tudo que for despachado.
Atingiremos um dia o agir em confiaça?. Às novas gerações a indagação...
Domingo dia do Senhor, amenidades e reflexões cidadãs. Que o Senhor seja louvado para sempre louvado seja! De Portugal um abraço especial a você leitor!

sábado, 18 de março de 2017

Entre o ideal e a política, descompasso!

Escala de necessidades que impulsionam o homem nas suas condutas!

Incrédulos os brasileiros se perguntam por que tantos acusados. É mais fácil identificar quem não o foi no seleto rol deles.

Se buscarmos na teoria do psicólogo e sociólogo francês Abraham Maslow a escala de necessidades que impulsionam o homem nas suas condutas, onde se vê que as reações nobres estão reservadas àqueles que saciaram as necessidades primitivas fisiológicas de sobrevivência, principalmente a fome. Aí cabe a pergunta intrigante que não se cala – políticos e empresários passam fome?
Sendo evidente que os políticos não tem necessidades básicas, incrédulos os brasileiros se perguntam por que tantos acusados. É mais fácil identificar quem não o foi no seleto rol deles.
Fez se coisa comum o manusear do vil metal ao seu bel prazer para conseguir a perpetuação no poder. Até parece que a vida de cada um deles perecerá se não participarem de mutretas. Num processo político limpo e decente os dons pessoais seriam a âncora para o sucesso, enquanto isso  os vemos acusados e presos.
A escala de Maslow está assim disposta pelas necessidades: fisiológicas, segurança, sociais, status/estima e auto realização. Ao que vemos pelo mundo, realmente com fome é difícil fazer planos; sem segurança não temos o domínio de nós mesmos, então desde que tive acesso a este ensinamento  observo que mundo afora, as mais diversas realidades, sejam distantes  ou  a nossa volta.
Este pensar ampliado pelas mais diversas experiências, aumenta, creio que na maioria dos nacionais a indagação de como chegamos ter a tantos da classe política de alto escalão, acusados que estão de prática corruptiva e pior ainda nos mais diversos absurdos métodos constatados na administração pública brasileira.
Há necessidade de reinventar condutas generalizadas de ponta a ponta a partir do indivíduo. A solução é a educação, pois se mudarmos, tudo mudará! Que o Mensalão e a Lava Jato sejam a inspiração às novas gerações de que o crime não compensa! Ser preso por corrupção, a pior infâmia por que pode passar o vivente! Aos bons e justos, esperança sempre!

domingo, 12 de março de 2017

Vidas e anseios comuns!


Com certeza propiciamos um ao outro a solidariedade reconfortante!

Neste  domingo,  consto sentimento de quem soube do passamento de amigo que se viu frustrado pela reprovação em concurso expressivo nos propósitos de vida almejados na juventude. Sendo comuns os objetivos  e a dor do inesperado resultado, nos abraçamos solidariamente, com consolo de que no ano seguinte estudaríamos juntos. Escola de cabo frequentada, chega o momento de rever matéria para o deslinde, na aprovação em sequencial classificação na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Ao parceiro, o descanso em paz. A mim,  a lembrança feliz  que sempre tive  dele, uma vez que servimos  distantes. Com certeza propiciamos um ao outro a solidariedade reconfortante que  conduz ao ânimo da vitória.  Viva a vida bem vivida. Saudade!


Vidas e anseios comuns!

Primeiro, mais forte deles o amor!
Buscas aonde, reconforto ao léu,
Distante ou perto, acreditas no céu?
Caminhe, voe, veja o beija-flor,
Ombreie  pares, coragem na alegria e dor.

Além do horizonte esperança, limites a ultrapassar,
Casual, voluntários de mãos dadas,
Tudo! Não importa também,  se nada!
Mais vale indubitável em atitude somar
Todas as pessoas, indistintamente sempre considerar.

Centro da Paulicéia movimento intenso aos turbilhões!
Realidade diversa desperta máxima atenção,
Objetivos futuros segues impassível e com  destemor,
Profissão desafiadora coragem e intrepidez nas ações,
Alguns pereceram em acidentes, pelas armas, canhões...

Missão bem cumprir, objetivos a atingir,
Entremeios diversos e conceitos legais dispersos,
Defender inquestionável atitude, predisposição constante,
Independe da dificuldade mesmo ante ao cruel agir,
Sem dissimulação, tampouco deves fingir.

Distância perambular, idas e vindas, saudade!
Valores introspectivos, futuro promissor a mirar,
Energias compartilhadas somam força no caminhar
Vias inúmeras, dilemas sem maldade,
Permear atitudes na missão cumprida com responsabilidade!


Com certeza o trilhar de muitos que comungam valores é comum a todas as profissões, pois o trabalho dignifica o homem e seja qual seja sua atividade - se realizada com amor, o fortalece. Um interior íntegro de uma vida vivida com amor, o segredo para a felicidade. Que o Senhor seja louvado para sempre louvado seja. Bom domingo, leitores!

sexta-feira, 10 de março de 2017

Um monstro chamado Inflação!

Sendo uma experiência fortíssima falar destes conceitos.

Abordo o tema  numa avaliação do que passamos, pois tresloucados assumiram os destinos do país, fizeram do exercício do cargo meio de partilhar.

Artigo publicado na íntegra no jornal " O Regional" de Catanduva em 12/03/2017.




O lema rotário anual de 1995/96 foi “Integridade , Amor e Paz”, ou seja, Atue com integridade – Sirva com amor – Trabalhe pela paz. Fomos incentivados a divulgar estes conceitos na comunidade e escolhemos o público universitário, revezávamos em pequenos grupos, sendo uma experiência fortíssima falar destes conceitos a um público relativamente esclarecido e ávido para interagir.
Lembro-me de abordar o tema da inflação na Fafica, como situação deprimente ao indivíduo. Aos 46 anos, com dois filhos em idade escolar, sentia enorme dificuldade para dar uma formação integral a eles, pois o valor dos vencimentos era corroído de tal sorte que não tínhamos como planejar nada, enquanto havia inflação. Uma tormenta constante.
Quem viveu os 20 anos da perversa incerteza pode avaliar o que afirmo. Após várias tentativas frustradas, até que  veio o Plano Real para, em 1º. de julho de 1994, redimir o povo brasileiro. Lembro-me que comemoramos o aniversário do   mês num almoço num restaurante, em 1º. de julho e pagamos com o rateio da despesa - R$ 6,00, sendo que a moeda forte recobrou a estima da brasileiro.
Abordo o tema  numa avaliação do que passamos, pois tresloucados assumiram os destinos do país, fizeram do exercício do cargo meio de partilha para manterem o poder “ad eterno” e até a inflação estavam nos devolvendo, não bastasse as asneiras dos conceitos retrógrados e conturbados face ao viés ideológico que disseminaram, cujos resultados estão aí escancarados e dos efeitos danosos todos  nós padecemos.
A notícia de que a inflação de fevereiro é a menor em 17 anos, não pode ser excessivamente comemorado, pois é resultado da recessão, principalmente. Entretanto, várias iniciativas de mudança estão sendo tomadas, como na educação que se faz essencial, frente aos pífios resultados em avaliações internacionais e, pior que isso, o estado de anomia vivido.
Há um desregramento avassalador que precisa ser estancado, pois democracia é regime que se baseia em cumprimento de leis, respeito aos conceitos republicanos. A coisa pública tem regramento próprio consagrado na Constituição e leis, por isso não está sujeita à vontade própria do administrador.
Os indiciamentos e prisões de inúmeros políticos e empresários, cúmplices em interesses pecuniários recíprocos escusos, denotam a desordem na administração da coisa pública. Notícias dão conta de outras reformas, como as da previdência e trabalhista.

Que sejam mesmo efetivadas quantas forem necessárias. A política principalmente. A população merece, todos merecem, até os envolvidos porque viver na ilicitude como provado está é atitude contraditória ao próprio juramento que fazem ao assumir os cargos em que são empossados. Um mau exemplo às novas gerações, uma vergonha a todos, denegrir as suas  próprias biografias. Esperança sempre!

domingo, 5 de março de 2017

Comissão da meia verdade!

Renomeado e publicado na íntegra. Esta foi mais uma ação deletéria que proporcionou indenizações descabidas aos malfeitores da Pátria! Meia Verdade, de 16/10/2014.

Passados 10 anos do auge da luta armada, houve a abertura política.

Os vitimados das forças regulares não constaram deste documento, muitos dos acusados nele não foram ouvidos, não tiveram direito à defesa, deixando de contemplar a Comissão o amplo e irrestrito direito, pelo que recebe o cognome de Comissão da Meia Verdade.

A apresentação do relatório da Comissão da Verdade, constituída há dois anos, deu-se no Palácio do Planalto. Uma ênfase que se quis dar para caracterizá-lo como um documento histórico, como realmente é, enquanto registra acontecimentos de um período da vida nacional sob a visão de uma facção que pretendeu assumir o poder político a força e foi derrotada.
Passados 10 anos do auge da luta armada, houve a abertura política, ocorrendo  a redemocratização do país pelo consenso de ambas as partes, quando foi assinada a Lei da Anistia. Como já ocorrera em outras etapas da vida nacional com o revezamento de militares e civis na Presidência da República, houve a instalação do Poder Constituinte que concluiu seu trabalho em 5 de outubro de 1988, editando a Constituição Cidadã.
No lançamento do apurado pela Comissão da Verdade, houve lágrimas da mandatária maior do país, elas foram contidas, mas aconteceu, as quais chamo de “lágrimas nossas”, com a seguinte justificativa: se foram pela situação em que se encontra o país é de todos porque está triste mesmo, basta ver a intensidade das  denúncias de corrupção que atinge autoridades públicas; se foram pelos mortos da luta armada, também são nossas, porque os temos em quantidade, são mais de 100.
Não constaram deste documento os vitimados das forças regulares, muitos dos acusados nele não foram ouvidos, não tiveram direito à defesa, deixando de contemplar a Comissão ao amplo e irrestrito direito, pelo que recebe o cognome de Comissão da Meia Verdade.
Tudo que se faz pelo poder central recebe expressiva repercussão, posto que envolve autoridades federais, o núcleo  forte da gigantesca Federação do Brasil. Há algum tempo foi exumado o corpo do ex-Presidente João Goulart  para que fosse periciado, sob a suspeita de que sua morte se deu por envenenamento. Toda nação assistiu ao noticiário, entretanto recentemente circulou de forma singular que o resultado foi inconclusivo, pois não há mais como chegar a um diagnóstico com o material coletado. No imaginário popular ficou que "ele foi assassinado". E o que se conhece sobre propaganda subliminar? Uma forma de conquista  e perpetuação no poder. Depois não compreendemos o porquê do resultado da eleição.
Estamos no auge de um processo de deterioração do caráter das pessoas pelo toma lá da cá. Somos ricos de riqueza patrimonial, ainda concentrada e desigual nos grotões, sendo que a elite política não corresponde aos anseios do país de forma a fortalecer o caráter nacional, pela deslavada manipulação do dinheiro público, na busca desenfreada do poder pelo poder.

sábado, 4 de março de 2017

Bobo da corte é o povo!


O humor do rei fosse mantido nas alturas.

Está nítido que todos os partidos desfrutaram da via clandestina do caixa 2. Falou que havia uma terceirização da propina que era intermediada pela Odebrecht.

Artigo publicado na íntegra no jornal " O Regional" de Catanduva!


A expressão “bobo da corte” é originária de um cenário das reuniões nababescas em que todos se sentavam a volta do Rei para se locupletarem enfastiados das mordomias da coroa - comidas, bebidas, orgias e tudo mais que ainda reina mundo afora. Nelas haveria de ter um palhaço para que o humor do rei fosse mantido nas alturas, então aquele que mais fizesse patacoadas o seria, mesmo que por uma noite o bobo da corte. Havia dentre os serviçais aquele oficial que estava em todas as reuniões, cujos trejeitos  divertiam o monarca.
Numa delação que desnuda os bastidores fedentinos dos porões da República, Marcelo Odebrecht e toda cúpula da empresa assinaram delação premiada - são mais de setenta membros ouvidos. Entretanto, a fala dos líderes-proprietários dá o norte de tudo que acontecia, corroborando com o que já foi visto no Mensalão - esquemas e mais esquemas de dinheiro para custear as eleições e enriquecer políticos e suas proles.
Está nítido que todos os partidos desfrutaram da via clandestina do caixa 2. Falou que havia uma terceirização da propina que era intermediada pela Odebrecht, não bastassem as altas somas que disponibilizou diretamente, além disso, quis se fazer de vítima ao dizer que era induzido a conduzir empreendimentos que nem mesmo queria participar.
São de estarrecer as informações sobre as altas somas destinadas aos políticos, por conta deste caixa 2. Todos eles negam, com a recorrente alegação que as verbas foram apresentadas ao Tribunal de Justiça Eleitoral e aprovadas. Entretanto o cipoal que se apresenta e a condenação de tantos desmentem cabalmente as declarações de todos os políticos.
A pergunta que se faz: como a sabedoria empreendedora dos líderes de tão renomada empresa se renderia à imagem do “Bobo da Corte”? Empresário de tanto sucesso e seu clã são definitivamente cúmplice do que mais abjeto aconteceu neste país, ou seja, a promiscuidade do público com o privado, sob a égide de que “os fins justificam os meios, mesmo que ilícitos”. Aos políticos o que importava é “nos perpetuarmos no poder, somos a redenção do povo!”. Aos empresários, o enriquecimento a qualquer custo!
O pior é que institucionalmente está comprovado que a sanha pelo dinheiro está presente na cobrança de impostos para custear altos salários de alguns segmentos do serviço público, comprometidos também pelo excesso de mordomias, principalmente dos políticos e de seus asseclas.