O privilégio de presenciar Batatais 2 x São Paulo 2.
A exigir dos atletas o limite extenuante, que os fez passar mal no inadequado horário das 11 horas, mesmo com intervalo adicional.
Vimos no domingo último que atletas em alta competitividade na partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Campeonato Nacional de Futebol se sentirem mal, em razão do horário em que foi disputada: 11 horas. Nos dias de hoje a dinâmica deste esporte é radicalmente diversa da que conhecemos, lá pelos idos dos anos 50, 60 e 70.
Seguidor dele, lembro-me do primeiro jogo que assisti aos sete anos na Fazenda Santana do Estreito em Batatais. Chamou-me a atenção a altura que o goleiro chutava a bola. Era um tal de três quiques no chão e lá vai a pelota para o alto.
Depois disso, aos 11, fui ao tradicional estádio Osvaldo Scatenna, onde tive o privilégio de presenciar Batatais 2 x São Paulo 2. O escrete da Capital com o argentino Poy, De Sordi e companhia, todos campeões paulistas de 1957.
O Batatais por sua vez, disputara a decisão do acesso à 1a. divisão em 1953 com o Guarani de Campinas, portanto era uma equipe competitiva à época. De minha parte, corintiano aos 7 anos, contagiado pelo título do Quarto Centenário em 1954, fui pelas tabelas ver meu time ser campeão aos 30 anos.
Mas tudo que se refere ao torcedor fica de lado neste escrito, em essencial segue análise técnica e tática quanto a evolução do esporte que pratiquei até os 68 anos. Como lazer, terapia física e psicossocial: acompanho, senti e vejo os benefícios de quem tem o privilégio da prática dessa atividade, mesmo havendo pequenas restrições físicas, ela é compensadora, devendo ser monitorada com regulares exames, evidentemente.
Este ano, uma série de fatores complicadores de assistência a familiar e uma dengue feroz adquirida, quando iniciava um descanso para voltar mais equilibrado, restringe minha participação, então por coerência ao título, estou inativo.
Quanto a abordagem, importa falar também, sobre a evolução deste esporte, materializada nos 10x1 que o Brasil levou, somados os dois escores na última Copa do Mundo: Alemanha 7x1 e Holanda 3x0, nos nossos domínios. As vitórias nos esportes ao nível mundial, compõe uma referência positiva para as Nações.
Terminadas as Paraolimpíadas entres as Américas, fomos campeões disparados e o número de medalhas, fantástico. Sob o ponto de vista esportivo um orgulho para os brasileiros, evidente que há aspectos diversos a serem considerandos.
O futebol é um esporte conservador quanto às regras, entretanto assistimos uma evolução em todos os sentidos, desde o emprego dos conhecimentos avançados das estratégias e táticas de campo e principalmente dos meios técnicos-médicos quanto a fisiologia do corpo humano de forma que o esforço físico foi dia a dia aumentando, a exigir dos atletas o limite extenuante, que os fez passar mal no inadequado horário das 11 horas, mesmo com intervalo adicional.
Respeitar limites é um conceito determinante em nossas vidas, por respeitá-lo voltarei com outras edições sobre este tema para falar de como era enfadonho o futebol praticado naqueles tempos. Aos saudosistas minhas desculpas: a discussão está aberta.
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