Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Força Nacional um paliativo!

 Emprego precário, aqui e acolá “num verdadeiro faz de conta”.

 Reconhecidamente, 66.000 homicídios e mais 55.OOO mortos em acidentes de trânsito, remetem aos números  de uma guerra perdida e a sensação de derrota não faz bem a ninguém.



Neste início de governo é normal que os mais diversos temas venham a tona, como objeto de apreciação quanto a oportunidade de se alterar o emprego de novas alternativas para os dispositivos existentes.
No caso da segurança pública de natureza complexa e deveras importante para a nação, visto que sua complexidade, considerada a extensão  territorial do país e a depauperação das relações sociais pelo descaminho da juventude no uso e comércio das mais diversas drogas que além da atração deles quanto ao consumo, tem o  chamamento irresistível de ser um meio de vida pelo ganho na comercialização, “uma primeira remuneração satisfaz socialmente à maioria desempregada”.
Tenho o registro da apreciação de que a Força Nacional dá forma como foi constituída, não passou de um mero paliativo a mascarar ação do governo federal no apoio aos estados, na coordenação de recursos humanos deles próprios numa estrutura matricial com emprego precário, aqui e acolá “num verdadeiro faz de conta”. O certo é que a criminalidade só aumentou. Com exceção de São Paulo, Paraná e Santa Catarina que dela jamais se utilizaram. O primeiro nos últimos anos reduziu de 13 para 6 o números de assassinatos por 100 mil habitantes, enquanto em todos outros aumentou e muito este índice! Lembro-me de oportunamente ter criticado a remessa de 200 homens para Porto Alegre como reforço temporário. “Um paliativo descabido, ante o efetivo da Brigada Militar no estado, 16.000 PM”!
Pois bem, ontem o ex-ministro da segurança pública Raul Jugman expôs apreciação sobre a necessidade de reformulação de como está para um efetivo definitivo.
Comecei minha carreira militar pelo Batalhão da Guarda Presidencial. Tive a honra de guarnecer o posto do Palácio do Planalto, ocupado pelo Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Fui ter ao Exército motivado pela história de vida de meu pai, que frustrado por ter sido dispensado em 1939, no auge da 2ª. Guerra, narrava o episódio repetidas vezes aos amigo,  o fato e circunstâncias de propiciaram que servisse!
Ao término do tempo ingressei na Polícia Militar do Distrito Federal com vários companheiros de baixa, não só do BGP, mas de  outras guarnições de Brasília, inclusive da aeronáutica e marinha. Tenho sugerido neste blog situação bem mais complexa, pois a minha experiência profissional, passa pelo servir no BGP, em 1966, auge da tensão do pós 31 de março/64, na PMDF em seu nascimento em Brasília e no Batalhão Tobias de Aguiar no nascimento da ROTA e na Campanha de Registro no combate aos terroristas, inclusive na noite da emboscada, fato sobre o qual escrevi o livro “Tributo A Um Herói”.
Em percepção particular  há tempo, escrevi que seria oportuna uma Força Tarefa Especial Federal por uma tropa de comandos sediados nas cidades sedes dos cinco Exércitos, entretanto desvinculada dos comandos, porém estrategicamente empregadas em suas áreas e com apoio em diversos aspectos, principalmente na formação e apoio no emprego, com especial atenção ao ensino e treinamento. Também evidenciei que  reservistas voluntários poderiam permanecer por tempo variado nestas forças de forma a ter um primeiro emprego e depois se adaptados, porque não engajarem como profissionais de policia permanente. Para minha surpresa, um dos candidatos que parecia forte de início, trouxe esta proposta como “plano de governo”.
Sei que as gerações das forças de segurança dos últimos trinta anos têm em seu âmago frustrações pelas graves condições de segurança reinantes em nosso país. Reconhecidamente, 66.000 homicídios e mais 55.OOO mortos em acidentes de trânsito, remetem aos números  de uma guerra perdida e a sensação de derrota não faz bem a ninguém.
É bom para a nação que o faz de conta acabe de uma vez,  em todas as áreas, sendo que na segurança seria inimaginável que tenhamos passado por isso, mas passamos. O país é gigante e por isso mesmo a incompetência dos governantes se esvai em justificativas que o povo aceitava, mas não está aceitando mais, pois os meios evoluíram de forma que a Operação Lava Jato, provou que havendo seriedade e competência, dá  para fazer frente aos criminosos. Avante Brasil!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário