Emprego precário, aqui e acolá “num verdadeiro faz de conta”.
Reconhecidamente, 66.000 homicídios e mais 55.OOO mortos em acidentes de trânsito, remetem aos números de uma guerra perdida e a sensação de derrota não faz bem a ninguém.
Reconhecidamente, 66.000 homicídios e mais 55.OOO mortos em acidentes de trânsito, remetem aos números de uma guerra perdida e a sensação de derrota não faz bem a ninguém.
Neste início de governo é normal que os mais
diversos temas venham a tona, como objeto de apreciação quanto a oportunidade
de se alterar o emprego de novas alternativas para os dispositivos existentes.
No caso da segurança pública de natureza
complexa e deveras importante para a nação, visto que sua complexidade, considerada
a extensão territorial do país e a
depauperação das relações sociais pelo descaminho da juventude no uso e
comércio das mais diversas drogas que além da atração deles quanto ao consumo,
tem o chamamento irresistível de ser um
meio de vida pelo ganho na comercialização, “uma
primeira remuneração satisfaz socialmente à maioria desempregada”.
Tenho o registro da
apreciação de que a Força Nacional dá forma como foi constituída, não passou de
um mero paliativo a mascarar ação do governo federal no apoio aos estados, na
coordenação de recursos humanos deles próprios numa estrutura matricial com
emprego precário, aqui e acolá “num verdadeiro faz de conta”. O certo é que a
criminalidade só aumentou. Com exceção de São Paulo, Paraná e Santa Catarina
que dela jamais se utilizaram. O primeiro nos últimos anos reduziu de 13 para 6
o números de assassinatos por 100 mil habitantes, enquanto em todos outros
aumentou e muito este índice! Lembro-me de oportunamente ter criticado a
remessa de 200 homens para Porto Alegre como reforço temporário. “Um paliativo
descabido, ante o efetivo da Brigada Militar no estado, 16.000 PM”!
Pois bem, ontem o ex-ministro
da segurança pública Raul Jugman expôs apreciação sobre a necessidade de reformulação
de como está para um efetivo definitivo.
Comecei minha carreira
militar pelo Batalhão da Guarda Presidencial. Tive a honra de guarnecer o posto
do Palácio do Planalto, ocupado pelo Marechal Humberto de Alencar Castelo
Branco. Fui ter ao Exército motivado pela história de vida de meu pai, que
frustrado por ter sido dispensado em 1939, no auge da 2ª. Guerra, narrava o
episódio repetidas vezes aos amigo, o
fato e circunstâncias de propiciaram que servisse!
Ao término do tempo
ingressei na Polícia Militar do Distrito Federal com vários companheiros de baixa,
não só do BGP, mas de outras guarnições
de Brasília, inclusive da aeronáutica e marinha. Tenho sugerido neste blog situação bem mais complexa, pois a minha experiência
profissional, passa pelo servir no BGP, em 1966, auge da tensão do pós 31 de
março/64, na PMDF em seu nascimento em Brasília e no Batalhão Tobias de Aguiar
no nascimento da ROTA e na Campanha de Registro no combate aos terroristas,
inclusive na noite da emboscada, fato sobre o qual escrevi o livro “Tributo A Um
Herói”.
Em percepção particular há tempo, escrevi que seria oportuna uma Força
Tarefa Especial Federal por uma tropa de comandos sediados nas cidades sedes
dos cinco Exércitos, entretanto desvinculada dos comandos, porém estrategicamente
empregadas em suas áreas e com apoio em diversos aspectos, principalmente na
formação e apoio no emprego, com especial atenção ao ensino e treinamento.
Também evidenciei que reservistas
voluntários poderiam permanecer por tempo variado nestas forças de forma a ter
um primeiro emprego e depois se adaptados, porque não engajarem como profissionais
de policia permanente. Para minha surpresa, um dos candidatos que parecia forte
de início, trouxe esta proposta como “plano de governo”.
Sei que as gerações das
forças de segurança dos últimos trinta anos têm em seu âmago frustrações pelas
graves condições de segurança reinantes em nosso país. Reconhecidamente, 66.000
homicídios e mais 55.OOO mortos em acidentes de trânsito, remetem aos números de uma guerra perdida e a sensação de derrota
não faz bem a ninguém.
É bom para a nação que o
faz de conta acabe de uma vez, em todas
as áreas, sendo que na segurança seria inimaginável que tenhamos passado por
isso, mas passamos. O país é gigante e por isso mesmo a incompetência dos governantes
se esvai em justificativas que o povo aceitava, mas não está aceitando mais,
pois os meios evoluíram de forma que a Operação Lava Jato, provou que havendo seriedade
e competência, dá para fazer frente aos
criminosos. Avante Brasil!!!
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