Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Redução de vereadores e salários!

O resultado foi apertado 6x5, mas foi aprovada.

Reverter este quadro em ordem, mas com barulho para mostrar que a rua é do povo e dele sai a opinião de como o proceder o homem público é uma arma democrática. 



Lei de iniciativa popular que reduz o número de vereadores e de seus salários de mais de 8 para 5 mil foi protocolada a dias.Encamparam a luta o movimento Vem Pra Rua e outros segmentos, a destacar o apoio explícito do Bispo Diocesano Bom Otacílio que enviou carta aos edis, repudiando a infeliz decisão em causa própria como vem sendo entendida pelos 7 mil populares que aderiram ao abaixa assinado,  em Catanduva. Também marcou presença nesta luta a Subseção da Ordem dos Advogados que emitiu nota condenando a atitude daqueles que votaram a favor de tão desproposital norma.
Há maisde um mês dava-se a fatídica sessão, em que 11 parlamentares, não se sabe o destino de 2 que se ausentaram da discussão e votação de tão importante matéria. O resultado foi apertado 6x5, mas foi aprovada.  O Prefeito Municipal vetou o projeto que voltou a Câmara para discussão e manutenção ou reprovação do veto. No vácuo foi protocolado o projeto de lei pedindo da aprovação anterior, uma iniciativa fortalecendo a outra
Prevê a lei n. 9.709 de 18 de novembro de 1998: Art. 1o - A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante:
I – plebiscito; 
II – referendo; 
III – iniciativa popular.
Um exemplo notório dessa iniciativa foi a Lei da Ficha limpa que teve  no apoio da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros) seu um sustentáculo maior e  importantíssimo para sua aprovação. Devagar vamos aprendendo.
Sugerem os entendidos que o sucesso da  proposta popular deve ter apoio político. Neste caso a manifestação dos vereadores Nilton e Julinho, assim como o aludido  veto, são trunfos a favor, importantíssimos. Manchete de hoje do vereador Davoli dá conta de que as despesas serão acrescidas em 848 mil reais por ano. São portanto significativas para os cofres do município.
Bem possível que a conduta dos paranaenses de irem em massa às câmaras em repúdio, a lei do mesmo teor, no dia da votação delas é a mais segura de todas. Não há político que não ceda a um orquestrado e barulhento  bate-panela. Reverter este quadro em ordem, mas com barulho para mostrar que a rua é do povo e dele sai a opinião de como o proceder o homem público é uma arma democrática. Valemo-nos dela! 
                    Muda Catanduva, assim mudará  também o Brasil!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Até que enfim Lula!

Ninguém acreditou que José Dirceu no andar de baixo do Palácio do Planalto

As operações em curso que apuram o maior escândalo de corrupção do pais ao longo de sua história, propiciam alcançar familiares do ex-Presidente e a ele também, seu total desmascaramento está próximo.

O que todos políticos a nível nacional já sabiam começa  a ser exposto na mídia pelo que já foi detectado no progresso empresarial dos filhos do ex-Presidente e não bastasse isso Gilberto de Carvalho, seu ministro é acusado de intermediar medida provisória com interesses  escusos.
Ninguém acreditou que José Dirceu no andar de baixo do Palácio do Planalto, tivesse a liberdade de liderar o Mensalão, havendo no caso o que sempre se dá em política - o equilíbrio de gabinete que  acontece com a anuência dos caciques dos partidos.
Alguém acha que o pessoal  de esquerda poria em jogo os vinte anos de luta contra a Ditadura, num impeachment de Lula que poderia reagir e provocar derramamento de sangue. Este foi o óbice. Escolheram o caminho do menor esforço: a via eleitoral. Só não imaginaram  perder as eleições como perderam, mesmo com o escândalo dos aloprados às vésperas do pleito.
As operações em curso que apuram o maior escândalo de corrupção do país ao longo de sua história, propiciam alcançar familiares do ex-Presidente e a ele também, seu total desmascaramento está próximo. Por mais que o blindem, os delatores querem vingança, pois só eles  estão presos. Os políticos por enquanto nada de irem para o xilindró.
Há uma gama farta de dados que não deixam dúvidas que o esquema Petrolão foi montado concomitantemente com o Mensalão, ficando de forma inequívoca ser ambos artimanhas para corromper deputados e senadores de forma que a magnânima vontade do rei dos operários prevalecesse soberana, como se estivesse acima do bem e do mal.
São treze malfadados anos. Infelizes os líderes que propiciaram a ascensão desse sujeito a liderança nacional, sendo um dos maiores culpados Fernando Henrique Cardoso ao não resistir aos encantos do poder e se render a infeliz iniciativa da reeleição.
Todos no mesmo barco e o povo pagando o preço como sempre. Muda Brasil. Poder Constituinte Já!

sábado, 24 de outubro de 2015

A primeira missão e queda!

 Lembro-me de levar rotineiramente o almoço ao meu pai.

O primeiro incidente grave que me envolvi e que jamais esqueci porque ninguém quer ferir seu próprio irmão.


                    Tem uma sequência as narrativas de domingo, onde falo dos tempos da infância, às vezes em singelos versos outras não. Na Santana completo sete anos, com o hábito de estar ao lado do pai na chácara do Romanin, o dia todo.
                                                                                                           .
                                                           Na fazenda dos Tostes,   lembro-me de levar rotineiramente o almoço ao meu pai, assim como de ir pegar os animais quando ele montava um e eu, o outro. Tinha ainda que estar por perto de minha mãe, auxiliando no que ela pedisse de suas tarefas, como ir pegar algo de mistura, frutas,  ovos, bater gemada, enfim atividades do dia a dia. Água da cisterna, jamais me pediu, ela mesma o fazia, apesar da dificuldade pela profundeza dela.
                                               Certa vez faziam linguiça  e acabou a tripa que era comprada na venda, próxima da Igreja. Não houve dúvida: monte o animal e vá buscar! Atravessei a mata que não era muito densa, distância de uns três quilômetros. Não tinha altura e nem destreza para montar, recorrendo ao auxílio de obstáculos onde pudessem me apoiar para ganhar o lombo do bicho. Sorte que apesar de ágil era manso e assim quebrei a cisma de percorrer trechos maiores e da própria mata.
                                               Neste período, incidente nefasto me aguardava. Na primeira vez que cavalgou meu irmão foi na garupa. A frente ia meu pai em animal mais novo e sujeito a algum refugo. Aconteceu que ele abortou a esquerda no carreador, enquanto eu segui, ao voltar para acompanhá-lo, olha o desequilíbrio: segundo irmão para um lado; eu para o outro; quando voltamos, fomos os dois para o mesmo lado e  tivemos o chão como limite. Fratura exposta do braço esquerdo dele que segurava no meu quadril.
                                O primeiro incidente grave que me envolvi e que jamais esqueci porque ninguém quer ferir seu próprio irmão. Tempos de hábitos primitivos, onde os desafios eram colocados aos filhos com muita naturalidade, pois os obstáculos eram muitos e quanto mais cedo perdessem o medo melhor, entendiam nossos genitores.
                                        Dos saudosos pais uma indelével lembrança com muito carinho e amor, destes tempos. Entre nós irmãos uma amizade e benquerênça que transcende a distância das residências e tempo, pois Antonio é um exemplo de homem, pai e cidadão. Mesmo distante nos vemos regularmente e o amor é o mesmo dos idos tempos da Morada Cabocla. Felizmente este sentimento reina na numerosa família.
                                               Domingo dia do Senhor, temas coloquiais em registros às novas gerações. Que o senhor seja louvado, para sempre louvado seja. Uma boa semana a todos na Paz de Cristo.



quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Só falta o Presidente do Senado!

Quando os líderes traem o povo, este  deve mesmo ir para as ruas e destitui-los.

Dilma está por um fio, Cunha nem tem fio mais  e para a caracterização do Triunvirato dos Acusados, título de postagem recente deste blog, só falta o indiciamento de Renan.

Por muito menos do que acontece hoje, em 2013 o povo foi para as ruas e estava certo pela lógica  decorrente das normas do  regime democrático, centradas no texto constitucional de que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido. Quando os líderes traem o povo este    deve mesmo ir para as ruas e destitui-los.
Dilma está por um fio, Cunha nem tem mais fio e para a caracterização do Triunvirato dos Acusados, título de postagem recente deste blog, só falta o indiciamento do Presidente do Senado. Contestado nas ruas há 3 anos, está se mantendo, apesar de ser também um dos acusados na Lava-Jato, cujos atos foram esmiuçados  pela imprensa, neste último final de semana.
De quem não exerce mandato e ainda não foi indiciado, o ex-Presidente Lula é o mais citado e suspeito de falcatruas de toda ordem.  O enriquecimento de sua prole direta e outros parentes próximos  não deixa dúvidas de que  derivou do jogo de influência em  negociatas escusas de toda ordem. Várias são as citações de delatores e acusados da aproximação com o líder  dos mandatários atuais.
Então que se apure sobre Renan e tantos quantos estiverem envolvidos, pois é isso que todo brasileiro quer, que haja o exaurimento das investigações, sejam quais forem as consequências delas. 
Elas estão sendo conduzidas com maestria, a partir da equipe de apoio devidamente liderada pelo Juiz Federal Sérgio Moro, sediado em Curitiba que para surpresa de muitos já prendeu diversos  empresários, os quais se beneficiaram de privilégios em troca do pagamento de propina a líderes políticos, em que pese na Comissão Parlamentar de Inquérito, finda recentemente no Congresso, nehum político tenha sido identificado como envolvido no escândalo do Petrolão. 
Assim segue a nau a deriva, em busca de novos líderes, pois os que aí estão nos  poderes: Executivo e Legislativo precisam ser afastados para que haja mínima isenção na apuração de suas próprias responsabilidade quanto ao envolvimento direto com a corrupção do caso Petrolão e outros. Estou entre aqueles que entendem que só um novo Poder Constituinte, amenizará o estrago feito, conduzindo o país a patamares daqueles  desenvolvidos. O ciclo de 30  anos da Carta Cidadã precisa de profunda revisão.

sábado, 17 de outubro de 2015

Domingo na Paulista!

Linda e enigmática sempre.

Afirmo que o trânsito no Brasil é uma matéria tão abandonada que se estão gerando polêmica, está melhor do que nada.

O que falar? Sou de uma época das rodovias de terra, de deslocar-me com a família 30km de carroça para visitar parentes e ainda parar  a  catar marolo;  gabiroba, marmelo e bacopari. Uma vida que em pouquíssimas regiões ainda existe.
Residi em São Paulo de 1969 a 1978, depois disso sempre voltei em visitas a familiares, missões profissionais  e nos últimos 15 anos, fui muito a trabalho advocatício quando me desloquei em transporte público, indo de 8 a 10 repartições públicas por dia de ônibus, van e metro. Acompanho a vida do paulistano, meus dois filhos residem na  região metropolitana. Na Paulista tenho processos e volta e meia estou por lá. Linda e enigmática sempre.
Quanto às polêmicas sobre o trânsito na Paulicéia, concluo sempre, nas que me envolvo - seja com familiares,  amigos, taxistas, enfim todos: afirmo que o trânsito no Brasil é uma matéria tão abandonada que se estão gerando polêmica, está melhor do que nada.
No país  são mais de 50 mil mortes ano e outros tantos inválidos por graves sequelas . Sou a favor de  ciclofaixa; faixa exclusiva para ônibus; extensão de calçadas para pedestre e fechamento de logradouro público para lazer aos domingos e feriados.
Vibrei com o calçadão nos anos 70. Vejo que o administrador público tem que inovar mesmo e buscar influenciar o bom hábito do lazer nas imediações da residência. Lazer em família de forma econômica para o bolso que vai de encontro da visão de sustentabilidade.
Sempre passei no contrafluxo do trânsito nos finais de ano, ou ia a praia no começo de dezembro ou final de janeiro. Servidor público com férias a gozar podia escolher quando ir. Fico abismado quando ouço que as pessoas passam 6h dentro de um carro para deslocar-se por 80 quilômetros. Uns passam o ano novo nas estradas, uma verdadeira loucura.
Sempre é tempo de mudar. Adoraria passar um domingo de Bike na Paulista e jamais 6h num automóvel para ir a praia, depois de ficar 2h diariamente, nas mesmas condições.
Um tema da área do lazer para o nosso domingo de assuntos amenos. Falar em lazer é falar em saúde, fator primordial  para o indivíduo. Que o Senhor seja louvado para sempre louvado seja. Uma boa semana na Paz de Cristo para quem acessar e tiver a paciência de me acompanhar nestas breves e singelas reflexões.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Ciclo completo de polícia

Seminário debate proposta de Ciclo Completo da Polícia

O Ciclo Completo de Polícia consiste em que uma mesma corporação policial concentre atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal e de prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública.

Reproduzo o texto do site da AOPM por ser de relevante interesse da sociedade brasileira. Durante o evento fez  uso da palavra representando  – Associação dos Oficiais da Polícia Militar de São Paulo - o Cel PM Flammarion Ruiz. Em comentário a matéria, assim me expressei: 
Em 1987 escrevi artigo na Revista “O 30BPMI n. 1”, comemorativa ao 1º. Aniversário da unidade com o seguinte título - Duplicidade de Ação: Polícia x Polícia e Polícia x Justiça, até quando? 
Passados 28 anos, deparamos com iniciativas que finalmente devem corrigir a distorção que ocorre no Brasil. Comandante de tropa por mais de 15 anos e  ao advogar por mais de 10, sempre me coloquei contra o sistema e metodologia atual. Tenho processos criminais suficientes para defesa de tese da ineficiência e inespressiva  efetividade como resultado finall da duplicidade de ações policiais e judiciárias, também.
"Sempre haverá esperança quando se tem amor no que se faz" -  expressão de um sentimento do autor.

Segue o texto:

Câmara Federal promove Seminário
Revista AOPM News

Seminário debate proposta de Ciclo Completo da Polícia


Assembleia Legislativa de São Paulo foi sede do seminário por uma nova arquitetura institucional da Segurança Pública: pela adoção no Brasil do Ciclo Completo de Polícia, realizado nesta sexta-feira, 9/10.
A audiência pública aconteceu no plenário Franco Montoro. Ela faz parte de uma série de 12 seminários que acontecerão em diversas capitais do Brasil. Já houve encontros em Santa Catarina, Pará, Minas Gerais, Distrito Federal e Sergipe.
Neste sexto seminário, o presidente da mesa, deputado federal Raul Jungmann (PPS/PE), membro da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, declarou que o objetivo é contribuir para assegurar a segurança nacional, tão importante para a cidadania. "É impossível discutir qualquer mudança no âmbito de segurança nacional sem um amplo debate. E este é o debate do contraditório. Conviveremos com opiniões contrárias, porém, com democracia", declarou o parlamentar.
O deputado estadual Coronel Camilo (PSD) ressaltou que o foco das discussões deve ser direcionado em benefício do cidadão brasileiro e não para uma ou outra instituição. "O cidadão brasileiro está sofrendo muito para chegar à Polícia. O Ciclo Completo pode ser um poupatempo para a população brasileira", completou Camilo.
O deputado estadual Delegado Olim (PP) entende que a união se faz necessária para o Ciclo Completo e ressaltou que, se cada um fizesse a sua parte, tudo estaria melhor. "O povo quer contar com as polícias para levantar de manhã, sair para trabalhar e voltar para casa vivo, em segurança", disse Olim.
O Ciclo Completo de Polícia consiste em que uma mesma corporação policial concentre atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal e de prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública, efetuada com presença ostensiva de policiais uniformizados nas ruas. A Constituição Federal, nos parágrafos 4º e 5° do inciso IV, do artigo 144, dispõe sobre duas corporações policiais estaduais de ciclo incompleto prevendo o exercício da polícia judiciária pelas polícias civis e a função de polícia ostensiva e preservação da ordem pública para as polícias militares.
Cada uma delas atua de forma isolada, havendo contato apenas no momento da apresentação, pelos policiais militares, de presos em flagrante nas delegacias da Polícia Civil para as providências de polícia judiciária.

Sete PECs em avaliação

O deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT/MG), autor da PEC (431/2014), afirmou que todas as sete propostas de emenda à Constituição (PECs) que estão sendo discutidas neste momento fazem a crítica à imposição do modelo de segurança existente hoje no país. "O que difere são as formas de implantação sugeridas por elas", complementa Gonzaga.
O deputado federal Major Olímpio (PDT/SP) considera que este é momento de construção e melhoria para a sociedade. Segundo ele, não se trata de um digladio entre as polícias Civil e Militar. Ao contrário, é necessário dar suporte às duas polícias para que possam atender à sociedade. "Em momento algum se falou em exclusividade. Nós vamos fazer todo esforço do mundo para mostrar à população o modelo escolhido ou os modelos que forem apresentados. Vamos legislar a partir do modelo aprovado pela população", declarou Olímpio.
Durante o seminário, foram ouvidos representantes de 20 entidades representativas da sociedade, entre elas a OAB, além do Tribunal de Justiça do Estado e do Ministério Público.
Participaram da mesa, além dos já citados, o deputado estadual Davi Zaia (PPS) e os deputados federais Celso Russomano (PRB/SP) e Capitão Augusto (PR/SP). Compareceram especialistas em segurança pública, oficiais das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal, e representantes dos Ministérios Públicos dos Estados, do Poder Judiciário e de associações de bairros. As próximas audiências públicas serão em Goiás, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Rondônia e a última, em Brasília. 

domingo, 11 de outubro de 2015

Morada cabocla



13 de novembro de 2015

Morada Cabocla

O casarão foi dividido ao meio porque era muito grande

Nestes tempos  se via dinheiro apenas na venda do café. As famílias tiravam o sustento da diversidade do  que plantavam e criavam:

O casarão foi dividido ao meio porque era muito grande para as cincos pessoas da família, pais e três filhos crianças. Na frente, o que chamamos de porta da sala um terreiro de café, aos fundos uma cisterna, um galinheiro, algumas frutas, laranjeira, goiabeira onde as galinha se  apinhavam, ao anoitecer.
Um fato pitoresco foi o barulho que o gambá fez na cozinha, certo dia. Meu velho, depois de passar o susto e ver o animal abatido com o lançamento de um ferro meio às escuras, contava e ria que aquele casarão dava a impressão de acolher entidades chamadas, popularmente de "sombração".


Caminho da roça!

As tarefas  diárias seguiam,
Em ordem natural se sucediam.
A escola abortada ficou para traz,
Ao menino de sete anos que mal faz?
Escola longe, temor que persiste,
Mesmo naquela época, malvadez existe.

Desde de cuidar das galinhas, distribuir alimento,
A levar o almoço para  o pai, lá vai o rebento.
Catar ovos e legumes pelo quintal e redondeza,
Jamais nesta época passou pelo menino, tristeza.
Dos estudos  não iniciados restou comentários,
Aspectos sobre a necessidade deles, eram  vários.

Esforço quanto ao labor diário  inexistia,
Cultura paterna sábia em conceitos consistia.
Serviços leves inerentes  à rotina dos pais,
Apoio em pequenas tarefas, como  água ao animais.
Vida formidável, lembranças diversas me faz  bem,
A principal de que, em tão tenra idade, já me sentia alguém.

Lindo trajeto percorria, entre a cultura e a mata,
Anjicais cujo perfume se esvai ao longe, sensação intacta.
A flor de São João, ali na cerca limite,  seu nectar a sugar,
Viver aqueles anos,   a interagir com a natureza do lugar.
Difícil  rever, meninos caboclos auxiliem com suas memórias,
Que não se perca na estrada do tempo, tão lindas histórias.


Durante o ano, nestes tempos  se via dinheiro apenas na venda do café. As famílias tiravam o sustento da diversidade do  que plantavam e criavam: por entre o café quando permitido; nos carreadores como frutas e legumes e em pequenas hortas nos quintais. Uma boa colheita de café representava razoável economia no regime de meeiro. Fica aqui registros esmiuçados  das tradições de outrora, abordagem do ano de 1954.
Um bom domingo aos leitores, este que é o dia do Senhor. Pausa nos problemas do dia a dia  para cultuar a rotina, tradições e valores caboclos. Reverenciar  o  Senhor ao caboclo que sempre pede bom tempo e  chuva com fé e esperança, numa atitude constante. Bom domingo na paz de Cristo  desejo a todos. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A carta do Bispo aos vereadores!

Seus salários são o terceiro maior do Estado. 

Não sei o que deu na cabeça dos seis vereadores que votaram a favor deste malfadado aumento do número deles de 13 para 17 e pior ainda de salário também.

Artigo publicado na íntegra no Jornal O Regional de Catanduva em 11/10/2015.


No dia 29 de setembro, último, parte dos vereadores de Catanduva  se compuseram e desenvolveram a moda antiga esquema que repetiu as votações de 2000,  advogando em causa própria, atribuíram a si aumento de 100% de salário, ante uma inflação que somados os quatro anos da  legislatura,  não chagava a 40%.
Por isso, agora foi constatado que seus salários são o terceiro maior do Estado, perde apenas de São Paulo e Campinas, sendo que  na vizinha São José do Rio Preto seus colegas edis recebem R$ 5.000,00 mensais para uma população de 400.000 habitantes.
Em dois mil participei ativamente da ação, anti-aumento:  usei nariz de palhaço e fui mais longe - patrocinei  individualmente como advogado Ação Popular contra os abuivos aumentos salariais que recebeu parecer favorável do Ministério Público em 2ª. instância, em sede de apelação. Ela não prosperou por questão formal de não ter sido impretada contra todos  vereadores mas apenas foi intimado o Presidente da Câmara, erro formal. Fiz minha parte cidadã, sem alarde.
Não sei o que deu na cabeça dos seis vereadores que votaram a favor deste malfadado aumento do número deles de 13 para 17 e pior ainda de salário também. Depois dos protestos de 2013 o Brasil é outro. População descontente é povo nas ruas e outras iniciativas populares legais, também.
Vale-se o Movimento Vem Pra Rua que acompanho e aplaudo da articulação de aproximação popular para a conquista de objetivos nobre dos quais o Brasil necessita, urgentemente. 
Desta feita é local, então visitaram o Bispo da Diocese de Catanduva Dom Otacilio Luziano da Silva que além de apoiar a causa, veio a público e editou missiva a Câmara na qual expõe de forma inequívoca as deformações contidas na decisão dos infelizes representantes populares.
Em síntese afirmou que a malfadada decisão se presta a “passa a ser mais um motivo para que a população aumente sua descrença nas pessoas públicas de nossa sociedade”.
O movimento Vem Pra Rua por sua vez age através da coleta de assinaturas para iniciativa popular que reverta legalmente esta esdrúxula decisão. Espero que haja um rio de assinaturas. Estou com uma lista. Chega dos  mesmos com as mesmas ações do venha nós, o vosso reino nada. Muda Catanduva, assim colaboraremos para também mudar o Brasil. Respeitosamente, Dom Otacilio parabéns!


terça-feira, 6 de outubro de 2015

O Impeachment se aproxima

Com se diz popularmente sua batata está assando.

Concomitantemente a Presidenta, vê o Tribunal Superior Eleitoral abrir processo que a envolve, enquanto esperneia contra o julgamentos das “Pedaladas Fiscais” no Tribunal de Contas da União.

Em "Triunvirato dos Acusados" título recente, afirmei que os três mandatários do poder politico nacional; Presidência, Senado e Câmara, estavam sob suspeita porque eram acusados na operação Lava-Jato, portanto deveriam sim deixar seus cargos. Hoje, passado mais de um mês, o prognóstico está na fase de consolidação uma vez que Cunha está na corda bamba com processo contra si e confirmado depoimento em que omitiu ter contas no exterior, deixando de ser verdadeiro ante seus pares, atitude que o desabona.
Concomitantemente a Presidenta, vê o Tribunal Superior Eleitoral abrir processo que a envolve, enquanto esperneia contra o julgamento das “Pedaladas Fiscais” no Tribunal de Contas da União. Caracterizada nesta instância a  ação contra a lei de responsabilidade fiscal, também por esta conduta estará sujeita ao impedimento legislativo. Com se diz popularmente sua batata está assando. 
Dos três líderes, dois estão acuados nas cordas do ringue, prontos para o nocaute. Esperneiam todos os envolvidos, em iniciativas tresloucadas de última hora,  na tentativa de pegar uma onda a favor para a travessia da turbulência , mas sem sucesso até o momento. Acontece um fato grave atrás do outro, cujas consequências  respingam nas autoridades citadas, desmerecendo-as com consequências diretas na imagem da Presidenta.
Com 7% de apoio não há como se sustentar e os fatos objetivos que a  incriminam são cada vez mais evidentes, aquecendo as baterias daqueles que a querem vê-la fora do Planalto, uma vez que não renunciará mesmo. Ela já disse. Que seja deposta o quanto antes para o bem do Brasil.

sábado, 3 de outubro de 2015

No caminho do Estreito

O mesmo  digo da morada na Santana do Estreito

A pureza que envolve o humano caboclo em tenra idade, o coloca bem próximo da conduta dos animais.

Se a chácara, teve sua memória preservada,  porque marcou a minha vida  com as primeiras imagens. O mesmo  digo da morada na Santana do Estreito. Por lá, há uma capela em homenagem a Santa Ana, adiante dela uns três quilômetros estava  habitação, nas terras dos Tostes, cultivadores de café, onde já residiam um tio de família numerosa e filha casada.
No caminho do Estreito tinha uma mata que ia desde a capela e venda até a nossa casa e em seu limite o cafezal. Por dentro dela chegávamos, onde havia um pequeno terreiro para secagem café.



Foi uma longa mudança,
Em cada trecho, um cadinho de esperança.
Vai longe, a chegada pelo caminho,
Sinto de perto, dos pais o carinho.
Quão distante por lá o destino,
Crescia, abria o horizonte do menino.

Os animais um reforço,
A égua beleza um colosso.
Para sua companhia quem,
Em curta negociação, a boneca vem.
Filha e mãe companheiras,
Na carroça e carpideiras.


Não tinha por perto linha de trem,
Por aquelas bandas quase ninguém.
Alguns proprietários, com seus meeiros,
Regime melhor que colono,  parceiros.
Eta!  Dezoito quilômetros, que distante,
Estrada de areia, carroça que  derrapava, delirante.


 A florada da lavoura nova de quatro anos,
Não deixava dúvida, nem desenganos.
Muitas vezes a cada quatro pés, uma saca,
Felizes ficavam e estesiados, quase de ressaca.
Vislumbrar boa colheita, felicidade ao caboclo,
Na entressafra, o dinheiro, era muito pouco.

Na próxima semana, o quarteto de versos consignados se somará a outros.  A pureza que envolve o humano caboclo em tenra idade, o coloca bem próximo da conduta dos animais. Integrado a natureza, corre, pula, joga bola com bexiga de boi, brinca de pega e pic, grita, chora, tem direito a quase tudo, pois o natural é desprendido e sem censura.
Gloriosa a vida integrada a mãe natureza na infância. Agradeço a Deus por estes ano junto aos meus pais, coladinho mesmo, cumprindo jornada ininterrupta entremeada por atividade direcionada, tarefas escolares,  trabalho e  lazer. Sem estresse.

Um bom domingo a todos, na paz de Cristo Nosso Senhor e salvador. Que o Senhor seja louvado, para sempre louvado seja.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Financiamento empresarial de campanha

O Congresso está na contramão das ruas, dos fatos e evidências

Por aquela janelinha que se vê – nuvens, montes e cascatas, aparece ao fundo os barracos pendurados nas encostas dos morros de várias cidades, este  não é um privilégio do Rio de Janeiro, como muitos pensam.

Depois dos milhões de reais já contabilizados de propina dos empresários a políticos e detentores de cargos da Petrobras e outras empresas, insistem as casas legislativas - Câmara e Senado na aprovação da doação de verba para campanha pela iniciativa privada, mesmo após sua vedação pelo STF.
O Congresso está na contramão das ruas, dos fatos e evidências. Os partidos devem ser auto sustentáveis,  os meios de comunicação hoje põe os candidatos na boca do povo, sem este disparate dessa gastança toda.
Olhe o entorno das cidades senhores legisladores. Lá de cima para baixo,  por aquela janelinha que se vê – nuvens, montes e cascatas, aparece ao fundo os barracos pendurados nas encostas dos morros de várias cidades, este  não é um privilégio do Rio de Janeiro, como muitos pensam.
Temos que atacar as fontes de corrupção, temos que atacar os privilégios de políticos e servidores públicos de algumas áreas é incontestável. Quem está preocupado com isso? Temos um carnaval de iniciativas contraditórias e a sanha para aprovar a doação empresarial é mais uma delas.
Todos torcem para que ela não aconteça, entretanto os representantes do povo no parlamento querem o contrário. Não bastasse as trapalhadas do Executivo, o Legislativo não quer ficar para trás e se deprecia num momento crucial em que propõe o impeachment da Presidenta.
Tem uma longa fila de iniciativas para corrigir o rumo do país e uma delas sempre foi cortar na carne, pois a gastança é demais.  O dinheiro dos empresários deve circular na produção de riquezas e não no patrocínio de campanhas. Saúde, educação e segurança aí sim deve haver patrocínio.
A iniciativa do Congresso não deve prosperar. Ela está na contramão de direção do anseio popular que representam. Avante Brasil!