Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Vigilância sem Trégua

 Ele nos colocou em contato através de pesquisa com toda milícia.

Defender os primeiros dos segundos uma decorrência lógica da atividade, por isso mesmo, quando boa parte dos líderes da nação são os criminosos, evidente que isto nos faz muito mal.

Da efervescência das atividades diárias,   o período de seis meses que frequentei o Curso de Formação para Major e Tenente Coronel,  foi uma experiência sensacional. Nele, conceitos novos de ensino foram introduzidos de forma a quebrar paradigmas que me fizeram muito bem, fortalecendo o processo decisório futuro, profissional e particular.
Ao contrário da vida corrente, o curso foi inovador quanto a integração com os estudantes do curso a Coronel, sendo que a base dele  consistiu em  palestras integradas que se desenvolveram em ciclos seguidos de debate e sínteses com trabalhos em grupo.
Da mesma forma, o trabalho monográfico sobre um tema muito interessante: “ O Comando Regional”. Ele nos colocou em contato através de pesquisa com toda milícia. Os comandos regionais foram instalados dez anos depois, de forma parcial ao que foi concebido à época.
Fiquei a pedido por conveniência da coordenação e minha também, no alojamento dos oficiais de outros estados, num total de onze. Uma inteiração muito forte. Novamente radicais de boa parte do país estavam a disposição, num momento especial da vida e carreira profissional.
Com o  estágio em Los Angeles, o fecho de um ciclo de aprendizado reformador. Uma das características da vida atual é a inovação e interação global e instantânea. Glória às novas gerações. À época foi reconfortante a metodologia aplicada que aboliu a atenção  maior sobre a nota das provas.
Vejo que este aprendizado auxiliou na decisão de advogar quando me inativei, pois ele rompeu barreiras em mim.  Por mais de dez anos desenvolvi a advocacia intensamente e ainda tenho processos e me mantenho habilitado, pois o advogado tem  um amplo lastro de atividade a desenvolver que não se resume na militância diária.
As atividades neste blog complementam um sentimento desenvolvido ao longo de uma vida de trabalho e esforço contínuo. Aos seis anos de idade,  acompanhava meu pai por onde fosse para fazer o que pedisse, numa linda chácara que toma conta, como um bom  menino e filho. Esta predisposição se fez presente em toda minha vida.
Na Polícia Militar, desde o primeiro dia de policiamento, lá nas proximidades da rodoviária de Brasília  incorporei por dever profissional, o compromisso de amparar o cidadão, sempre será assim ao PM: distinguir os bons dos maus e protegê-los.
Defender os primeiros dos segundos uma decorrência lógica da atividade, por isso mesmo, quando boa parte dos líderes da nação são os criminosos, evidente que isto nos faz muito mal. Vigilância ininterrupta e sem trégua é necessária. Essa é a essência da vida do Policial Militar.  Um 2015 com menos corrupção. Vida digna e feliz a todos. Salve o porvir!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

VITÓRIA INGLÓRIA

A interação entre as pessoas traz luz e força! Acredito nisso, você também? Interaja ele é nosso.

Chega de leis de privilégio aos detentores do poder em todas as instâncias. É hora de um país novo. A interação mundial é grande, vamos com as normas, hábitos e costumes dos melhores. Estamos a findar o primeiro quarto do século 21, que  profundas mudanças aconteçam.


Este é um espaço democrático, conquistado  e desenvolvido entre a utopia e o razoável, donde vem o verdadeiro sentido de uma existência que se pretende de um amor verdadeiro e sem rodeios: à família e à comunidade. Por não dispor de tantos dons, esgrimo neste espaço, pois a interação entre as pessoas traz luz e força! Acredito nisso, você também? Interaja ele é nosso.
A banalização das atitudes dos administradores públicos no poder há 12 anos, jamais vista com tanta intensidade na república, derivada dos mais deslavados atos de corrupção comprovados, alguns já julgados tantos foram os praticados neste governo que dita regras há 12 anos. 
Apesar de explodir em período eleitoral, como o caso do Mensalão; agora de repercussão inimaginável, como o maior escândalo mundial de uma empresa, onde milhões e milhões foram pelo ralo, entretanto insuficientes para a derrota. Porém, esta é a via suicida dos vencedores, pois o imbróglio que se meteram é de difícil de transposição.
Os últimos  dados  sociais avaliados por organismos internacionais, indicam condições pífias, quer seja na educação, segurança ou saúde; vetores básicos de toda sociedade. Os debates da campanha expuseram isso, uma anarquia na política com 32 partidos e tantas outras contradições no exercício da autoridade pública, com leis de privilégios, permissivas  e ineficientes.
O sistema de segurança precário; a justiça lenta; a educação com conceitos distorcidos. A avaliação pelo Índice de Desenvolvimento Humano abaixo de nações latinas para não comparar aos das desenvolvidas.
Ainda ontem uma denúncia no estado de  Sergipe,  incriminou uma dúzia de parlamentares que sorrateiramente ficaram com milhares de reais de entidades fantasmas. Há pouco tempo, num dos estados do  Norte, havia a farra dos salários chegando até o 18º. A convalidação da vitória veio dos grotões, via benefícios nem sempre eivados de uma distribuição zelosa quanto ao aspecto ético, porque não dizer sem corrupção.
Se o partido vencedor não se sentir constrangido com as condições da vitória, somente as pessoas nas ruas farão com que prevaleçam os anseios prementes dos mais elevados objetivos da nação. 
A reforma  política e tributária em primeiro e tudo o mais em seguida, é preciso dar um giro de 180 graus no leme, pois o barco chamado Brasil está a deriva. Chega de leis de privilégio aos detentores do poder em todas as instâncias. É hora de um país novo. A interação mundial é grande, vamos com as normas, hábitos e costumes dos melhores. Estamos a findar o primeiro quarto do século 21, que  profundas mudanças aconteçam.
Aos vencedores as batatas! A nós todos  um mínimo de coerência com novos conceitos e estruturas, de uma sociedade justa e solidária, sem privilégios e  corrupção. Vitória  inglória sim.  A retrospectiva de 2014 é testemunha. 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Sob Viadutos

O registro e a crítica tem que ser veemente


Entre o corpo estendido no chão; aqueles moradores de rua; o número de acidentes constatados.

Dia 23 último  viajei para passar o Natal em Barueri. Sempre passei esta data entre familiares, em mim nada superou até os dias de hoje este sentimento. Trabalhei em alguns, ossos do ofício.
Na viagem com tempo chuvoso,  elevado número de acidentes. Vimos caminhões tombados fora da pista;  carros no canteiro central amassados e  no acostamento mesmo,  o último um corpo estendido na Marginal do Tiete  viaduto do Piqueri,  acesso a Lapa,  8 ao todo.
O registro e a crítica tem que ser veemente, pois não havia clima para reeleição em 1º. Turno  em SP,  tampouco dar mais 4 anos  ao governante federal, consideradas as circunstâncias de momento.
O pedágio após Araraquara custa R$ 13,60, um absurdo que o atual governador prometeu revisar em várias eleições e nada fez, um fábrica de fazer dinheiro. O plano de pagar pela quilometragem rodada, não vingou.
A fiscalização é ineficiente, somente os radares não são suficientes deveríamos ter meios via satélite para flagrar infrações gravíssimas, como: excesso de velocidade, ultrapassagem proibidas, manobras próprias dos ébrios como ziguezaguear, a serem confirmadas pelo agente. Não se trata de um estado policialesco, mas de cidadãos que cumpram a lei , sob pena de punição.
 O  título tem uma razão, porquanto no dia 24 por volta das 14h passamos pelo viaduto sob a via Anhanguera, na rua Pirituba,  na Vila Jaguara. Ali estavam 3 pessoas: uma numa cadeira de rodas; elas aparentavam mais de 50 anos e de marmita nas mãos almoçavam. Ao lado um colchão, seus trajes maltrapilhos, próprio dos moradores de rua.
A região é rica, muitas empresas, comércio próspero e aqueles moradores em petição de miséria. Incompatível com os gastos com  a propaganda governamental  e eleitoral. Incompatível também com as verbas utilizadas nas campanhas eleitorais. Uma ignomínia considerada a corrupção estatal em que inúmeros são alvo de acusações diversas.
Entre o corpo estendido no chão; aqueles moradores de rua; o número de acidentes constatados. Somado o número de mortes violentas  no trânsito   que passa  de 106.000 em 2013,  um contra-senso absurdo.
Temos de eficiente a propaganda eleitoral onde são gastas fortunas que proporcionam a perpetuação no poder. Sem contar os nichos de privilégios instalados em tudo que se possa considerar corte neste país.
Em 1992 quando visitamos a polícia de Los Angeles, na base  um Capitão uniformizado dava as ordens ao efetivo do policiamento ostensivo; outro em trajes civis para os investigadores. Na Academia eles faziam ordem unida e cantavam canções, como que as cantamos na Academia do Barro Branco.  Não vimos um só acidente em 15 dias, uma coincidência positiva  em deslocamentos em comitiva por  mais  3.000Km até São Francisco.
Acorda Alice, o Império ficou há dois séculos, é hora de passar a régua nas estruturas ineficientes; corruptas e corruptoras deste país. As futuras gerações merecem!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

AO ÍMPROBO

Chamá-los de ímprobos sim, levá-los a justiça também.

É necessário passar a régua nas estruturas, vícios e benesses que vem do Império. As futuras gerações merecem um Brasil novo!
Artigo de minha autoria publicado nesta data no "O Regional" de Catanduva

O ano de 1992 foi especial,    imaginamos à época que a administração pública brasileira se reabilitaria quanto ao aspecto da ética nas relações das autoridades e particulares, e em relação ao toma lá dá cá que sempre  permeou interesses escusos recíprocos do público e do privado.
Aos dias 2 do mês de junho de 1992, o projeto de lei da Deputada Federal Rita Camata  que impingia normas às ações dos  agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício do cargo  foi sancionada. Neste ano, teve também os caras pintadas nas ruas que provocaram o Impeachment do Presidente Collor, que não resistindo às pressões, renunciou em 29 de dezembro.
A lei de improbridade é um verdadeiro tratado da forma com se deve conduzir o individuo particular e o  público enquanto autoridade no exercício do mandato ou função  de carreira. Ela esmiúça as condutas, estabelece ritos e penas ao administrador que incida em delito, em resumo condena a licenciosidade na gestão, impondo a ele: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
Vemos na atual administração da Petrobras que de nada adiantou a ação dos “caras pintadas” em 1992. Surgem ali as mais deslavadas atitudes de servidores públicos e políticos indignos dos cargos que ocupam pela prática dos mais diversos atos de improbidade. 
Chamá-los de ímprobos sim, levá-los a justiça também. Indiciar e responsabilizar quem quer que seja que tenha na função pública executiva ou no conselho administrativo da empresa  anuído  aos desmandos já comprovados,  sem a cúria   compatível ao cargo exercido. Que sejam levados às barras dos tribunais é uma conduta  mínima  para recolocar o Brasil nos trilhos.
A Presidente da Petrobrás dizer não sabe o que significa  esquartejamento e licitação ineficiente é uma prova de sua incompetência. Com ar de onipotência falou como se estivesse acima do bem e do mal. Ela deve ser deposta já. A denunciante disse a ela que a empresa estava sendo dividida e cada uma estava levando a sua parte. Ela nada fez. Três meses de denúncia e ela no cargo. Arre!
Do  que li nos compêndios sobre o estrato social, incorporei que: ”toda riqueza provem do suor do trabalhador”, acrescentaria  - do suor e do sangue, pois em muitas profissões  a morte é o limite, como a policial.
Sugiro àqueles que vivem nos “nichos de privilégios” que   viagem aos domingos na BR 101 para verem como as estradas estão cheias de trabalhadores transportando a riqueza do Brasil. É necessário passar a régua nas estruturas, vícios e benesses que vem do Império. As futuras gerações merecem um Brasil novo!
Ainda hoje, num café, vi uma criança de um ano e meio se encantar com um bebê de colo. É neste humano que devemos nos inspirar: sem barreiras e nem truques, muito menos privilégios. Feliz Natal leitor, um ano novo, novo mesmo, ao seu final. Façamos por merecê-lo!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

NOVA POLÍCIA!


Em 1987, escrevi o artigo “Duplicidade de Ação: Polícia x Polícia e Polícia x Justiça, até quando?"

De 1985 até hoje os governantes revolucionários que substituíram os militares não moveram uma palha para mudar nada na segurança quanto ao aspecto questionado.



Após trabalhar 12 anos como oficial na Polícia Militar, sendo 10 deles em unidades operacionais, em comando de fração de tropa, a maioria destacadas, quando me relacionei com autoridades judiciais e delegados de polícia de várias comarcas, senti de forma visceral a incompatibilidade da estrutura organizacional das polícias com a eficiência que delas necessita a sociedade e o indivíduo na sua vida diária.
Em 1987, escrevi o artigo “Duplicidade de Ação: Polícia x Polícia e Polícia x Justiça. Até quando?” Em 1992, em São Paulo frequentei o curso para major; o Comandante Geral à época, com uma visão muito a frente do seu tempo, desenvolveu duas pesquisas: uma sobre a eficiência da corporação comparando os serviços voltados para si mesma em relação aos direcionados à população e outra que reputo mais importante ainda, que envolveu toda escala hierárquica. O resultado: 80% do efetivo de soldado a capitão aprovou a unificação, enquanto de major a coronel apenas 40% esposou esta opinião.
Reproduzo na íntegra o tópico da entrevista do Coronel Benedito Roberto Meira, Comandante Geral da PM paulista que, em fevereiro, passa para a inatividade. A entrevista, um primor. Antes do texto, indago: Onde está a sensibilidade de todos estes governantes que se dizem de vanguarda, representantes das mudanças neste país que não aconteceram? Como se permitiram que a ineficiência organizacional expusesse a população paulista a este estado de coisa - refém de bandidos. Para que trabalhamos, pagamos impostos para ter 30 anos da mesmice, já detectada anacrônica desde os anos oitenta. Segue a entrevista, pulicada no Jornal O Estado de São Paulo em 21/12/2014, pág A24, caderno Metróple.
Repórter Marcelo Godoy: O senhor acha a Polícia Civil eficiente?
Comandante: “O modelo de segurança pública hoje no Brasil á arcaico e ultrapassado. Devemos seguir o exemplo de outros países. Não interessa se a polícia é civil ou militar. Ela deve ser um contingente que faça o ostensivo e outro que faça a investigação, uma polícia única. Essa divisão que temos no Brasil é prejudicial e danosa à sociedade. A integração que todo mundo almeja só acontece nos escalões superiores”.
De 1985 até hoje os governantes revolucionários que substituíram os militares não moveram uma palha para mudar nada na segurança quanto ao aspecto questionado. Tivemos, no ano passado, no país, 102 mil mortes violentas, e o continuísmo aí está: uns se elegem em primeiro turno... outros depois de 12 anos recebem mais 4.
Ai de nós! Sociedade de governantes míopes, quando não corruptos.

domingo, 21 de dezembro de 2014

VISITA ESPECIAL

O Cantinho seu:   era uma visita especial para mim.

Contempla hoje João Bernardo e Sebastina (Nica), tios queridos cujas atitudes solidárias mudaram  uma via!

Se você tem algo especial a retribuir a alguém. Escreva em verso ou texto resumido, sempre inédito  que será publicado aos domingos.        

Um feliz Natal na paz do Senhor a todos!

A vida dá voltas, uma incógnita permanente e foi assim que os conceitos e hábitos de família conduziram o meu crescimento.  Em fevereiro de 1959 fui ter no seminário da Congregação Nossa Senhora do Sião em São Sebastião do Paraiso, Minas Gerais.
Fora convidado pelo grupo da igreja que minha mãe frequentava,  às vezes estava por perto. Inexistiu insistência e foi abortado o propósito sem muita discussão familiar, minha mãe favorável, meu pai nem tanto e minha vó paterna sonhava com um familiar religioso. Fiquei  empolgado porque gostava muito de estudar, bem possível, o primeiro dilema entre tantos.
Neste mesmo período,  registro que  me vi puxando a calça de meu pai, ao insistir que me matriculasse, pois mudamos no meio do ano para a cidade, estava no 2º. do primário, atrasado em relação às crianças de minha idade.
Com a morte de minha mãe em 7 de janeiro de 1958, foi  confirmado o convite para o ano seguinte. Ao me apresentar, o Reitor Padre Chaves, disse que só aceitavam quem tivesse  o quarto ano completo. Depois de muita insistência, deu-me a chance de uma experiência por 3 meses, o primeiro desafio mais sério, se não  acompanhasse, haveria de voltar.
Aos 14 de idade, e dois meses depois de sair do seminário, deixei  o ginásio, não sem antes andar pensativo a sua volta no que seria de minha vida. Sai por absoluta falta de condição social. Razões adversas momentâneas,  3 anos depois, fizeram que encontrasse minha Tia Nica a alguns metros distante de casa, porque  ela veio ao meu encontro emocionada e mais uma vez o choro de uma lágrima só. Na despedida do seminário tanto eu como meu velho já havíamos, experimentado esta reação.
Foi com o apoio dos bondosos tios João Bernardo e Nica que minha vida tomou o rumo que esperava. Tratei dos meus dentes, seis extrações, dezessete obturações -  mais uns meses e  perderia todos. Ainda trabalhei numa fábrica de óleo de mamona, Macoil na fazenda Macaúbas de onde fui para o Batalhão da Guarda Presidencial em Brasília.
Desde então, todo ano entre os meses de dezembro e  janeiro, visitei meus tios em Ribeirão Preto. Era uma visita especial para mim. Nesta sexta-feira (19) visitei meus primos, os tios se foram a algum tempo. Resta um sentimento de gratidão do qual jamais me apartei. Visitei também um primo de meu pai com 95 e cinco anos, plenamente lúcido. A solidariedade da família foi fundamental para mim e irmãos, quando da  orfandade.
Ela resultou   numa profunda introspeção da qual não me aparto: nada substitui igualmente o afeto familiar, enquanto a gratidão dentre as virtudes resumidas pelo amor é a mais fácil de se praticar. Quanto a família, infelizmente há  tantos tipos de relacionamentos nos dias de hoje que ela se desfigurou. Conseguiram, os anarquistas parece estão vencendo, aonde vai dar? O  futuro dirá...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SUPERAÇÃO

De outro lado o bem é praticado  para ao final prevalecer, certamente.

Carece ao encerrar estas linhas exaltar o amor, a força motriz que faz a diferença  para o indivíduo e comunidade, pois ele acalenta corações, traz a luz da fé, da bondade e da perseverança.

Tema desenvolvido no jornal Diário da Região, publicado nesta data com o título: A prática do bem!

Leitores desta coluna, na próxima 5ª. é  Natal e na outra a visita  de 2015 bate às portas. Em razão deste clima festivo e harmonioso o tema de hoje é a superação. De onde  ela vem e para onde nos leva?
Complexo para responder, mas ela existe e está ao nosso redor. Inicialmente fixo os olhares em  Fernanda Miranda uma  brasileirinha adotada pela Fundação Americana Make a Wish que realiza o sonho de crianças doentes, oferecendo o tratamento e além disso um presente de sua preferência.
Fernanda pediu um piano, a mãe apreensiva indagou é um piano mesmo? Ela especificou: grande e branco. Atendido o pedido, ela ficou encantada e começou a praticar. A aptidão foi tal que passou a estudar, tocou em orquestras, deu recitais pela Europa. Já adolescente participou de um concurso internacional, cujo  prêmio foi tocar no Carnege Hall uma das principais salas de concertos em New York. A apresentação foi impecável segundo os críticos. Ela reside em Miami com seus pais e a cada dois anos faz o tratamento da nefrose de que é acometida, além de visitar mensalmente a professora russa em New York, que acredita no potencial dela.  
Como   na introdução, não farei  relato nada além de comemorar ter sido Fernanda bafejada pela sorte de ter em algum lugar no mundo, uma entidade que se destina a humanização das relações pessoais pela doação indistinta em atitude caritativa, louvável. Convivo em comunidade na qual esta atitude é a sua essência, resultado de uma cultura mundial, a mais de um século.
O  que mais me conforta escrever estas linhas é saber que há esta relatividade entre os humanos. Vemos atos e fatos horríveis acontecendo,   e de outro lado o bem é praticado  para ao final prevalecer, certamente.
Também, falar do indivíduo que em indecifrável  intuição vê surgir em si esta força, uma  preconcepção de que é um piano  o seu querer, e mesmo com as restrições da doença, logo desponta no âmbito internacional como concertista para enlevar o sentimento humano.
Carece ao encerrar estas linhas exaltar o amor, a força motriz que faz a diferença  para o indivíduo e comunidade, pois ele acalenta corações, traz a luz da fé, da bondade e da perseverança.   A doação do tratamento e  do presente preferido,  a dedicação dos pais que lutaram para consegui-lo, resultaram no êxito até agora alcançado de potencializar a capacidade musical de Fernanda.  Sem estas atitudes certamente nada teria acontecido.
Enalteço a vida comunitária virtuosa em que se contemple o amor na sua plenitude com um  Feliz Natal e próspero 2015, na paz do Senhor aos leitores e especialmente  a Fernanda com votos que supere  a doença e tenha total êxito pelo exercício dos  dons que lhe foram consagrados.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

MEIA VERDADE

Passados 10 anos do auge da luta armada, houve a abertura política.

Os vitimados das forças regulares não constaram deste documento , muitos dos acusados nele não foram ouvidos, não tiveram direito a defesa, deixando de contemplar a Comissão o amplo e irrestrito direito, pelo que recebe o cognome de Comissão da Meia Verdade.

A apresentação do relatório da Comissão da Verdade, constituída há dois anos, deu-se no Palácio do Planalto.  A ênfase que se quis dar para caracterizá-lo como um documento histórico, como realmente é, enquanto registra acontecimentos de umperíodo da vida nacional sob a visão de uma facção que pretendeu assumir o poder político a força e foi derrotada.
Passados 10 anos do auge da luta armada, houve a abertura política, ocorrendo  a redemocratização do país pelo consenso de ambas as partes, quando foi   assinada a Lei da Anistia. Como já ocorrera em outras etapas da vida nacional com o revezamento de militares e civis na Presidência da República, houve a instalação do Poder Constituinte que concluiu seu trabalho em 5 de outubro de 1988, editando a Constituição Cidadã..
No lançamento do apurado pela Comissão da Verdade, houve lágrimas da mandatária maior do país, elas foram  contidas mas aconteceu, as quais chamo de “lágrimas nossas”, com a seguinte justificativa: se foram pela situação em que se encontra o país é de todos porque está triste mesmo, basta ver a intensidade das  denúncias de corrupção que atinge autoridades públicas; se foram pelos mortos da luta armada, também são nossas porque os temos em quantidade, são mais de 100.
Não constaram deste documento os vitimados das forças regulares, muitos dos acusados nele não foram ouvidos, não tiveram direito a defesa, deixando de contemplar a Comissão ao amplo e irrestrito direito, pelo que recebe o cognome de Comissão da Meia Verdade.
Tudo que se faz pelo poder central  recebe expressiva  repercussão, posto que envolve autoridades federais, o núcleo  forte da gigantesca Federação do Brasil.  A algum tempo foi exumado o corpo do ex-Presidente João Goulart  para que   fosse periciado, sob a suspeita de que sua morte se deu por envenenamento. Toda nação assistiu ao noticiário, entretanto recentemente circulou de forma singular que o resultado foi inconclusivo, pois não há mais como chegar a um diagnóstico com o material coletado. No imaginário popular ficou que: "ele foi assassinado". E que se conhece sobre  de propaganda subliminar? Uma forma de conquista  e perpetuação no poder. Depois não compreendemos o  porque do resultado da eleição. 
Estamos no auge de um processo de deterioração do caráter das pessoas pelo toma lá da cá. Somos ricos de riqueza patrimonial, ainda concentrada e desigual nos grotões, sendo que a elite política não corresponde aos anseios do país de forma a fortalecer o caráter nacional, pela deslavada manipulação do dinheiro público, na busca desenfreada do poder pelo poder.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

DISPARO ACIDENTAL

No exercício da profissão policial militar, na qual fui 5 anos soldado, jamais recebi qualquer ensinamento que não fosse a retidão de conduta.

“Salve a Polícia Militar do Estado de São Paulo, corporação de lutas e glórias. Parabéns no dia de seu aniversário.”


Há 183 anos o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, governador da província de São Paulo constituiu uma força de segurança  com 100 homens a pé e 31 a cavalo, denominado Corpo de Guardas Municipais Permanentes de São Paulo, no cumprimento de decreto imperial do Regente Feijó, era os cento e trinta do trinta e um.
 Em 1970, a  Força Púplica, teve sua denominação alterada para Polícia Militar do Estado de São Paulo, assim como  com todas as milícias uniformizadas do Brasil, com exceção da Gaúcha que preservou o nome de Brigada.
Neste mesmo ano, seu aniversário coincidiu com a terça feira, sendo as solenidades militares comemorativas, antecipadas para o domingo 13. Jamais me impressionei com o esoterismo: passar sob escada, dia  3, 13, 21, todos são iguais, entretanto foi na comemoração desta relevante data para todos nós milicianos paulistas que aconteceu.
Adentrei a reserva de armas e quando me dirigia para pegar o fuzil, deu-se o disparo e o ardume na coxa esquerda. Fui carregado pelos colegas para o Hospital Militar que era ao lado, onde fiquei internado por cinco dias. Disseram ao armeiro que o tambor do revólver não girava. Ele o  experimentou, fui  a vítima.
Em visita, no meio da semana o médico disse-me - há estilhaço do projétil alojado bem próximo do fêmur e decidimos que é melhor não retirá-lo, ele se acomoda e não lhe trará problemas. Ele atravessara uma porta, atingiu uma parede e depois a mim. Já recebera visita do comandante de pelotão e me conformara de não participar da formatura do Curso de Cabo, que aconteceu no dia 18. Os acordes da banda na formatura, tão emocionantes foram ouvidos do outro lado da rua Jorge Miranda.
Calejado dos revezes, fiquei eufórico quando o médico anunciou que na sexta, teria alta. No domingo, lá estava  manquitolando na prova de português para a APMBB, 30 dias depois o exame físico.  O diagnóstico médico certíssimo. Prestara o exame em 1969; desta feita fui aprovado. O curso frequentado me fizera bem.
Em 2012, fiquei 6 meses em tratamento e uma bateria de exames da perna esquerda e coluna. Quando da ressonância tive que ser radiografado antes, qual não foi a surpresa ao descobrir que não tinha estilhaço coisa nenhuma e sim um projétil intacto.
Segue a vida, a decisão médica salvou a expectativa de progressão na carreira. Uma vez operado, jamais receberia alta a tempo do exame, era a última chance para o concurso em razão da idade. Fica uma reflexão que trago do seminário: o futuro a Deus pertence, faça a sua parte o melhor que puder e acredite.
Ter valores positivos como referência, bem melhor do que viver ao léu. Pior ainda de mãos dadas com o vício e criminosos. 
No exercício da profissão policial militar, na qual fui 5 anos soldado, jamais recebi qualquer ensinamento que não fosse a retidão de conduta.
“Salve a Polícia Militar do Estado de São Paulo, corporação de lutas e glórias. Parabéns pelo dia de seu aniversário.”

domingo, 14 de dezembro de 2014

MEU REINO DE AMOR


Cantinho seu

Texto Inédito de Vanderlei Carlos Facchin-  Nota do Autor - quem canta o amor louva a Deus!

Como é gostoso acordar de manhãzinha
E agradecer o dom da vida ao nosso Criador.
Olhar de lado e contemplar a formosura
Da mais linda criatura que no mundo Deus quis por.

Sair contente depois de um cafezinho
Mas não antes de um beijinho como despedida
Recomendar a ordem para os garotinhos
Que sejam bonzinhos para serem felizes na vida.

Tenho o suficiente pra viver
O que mais posso querer além desse calor
Tenho uma rainha e lindos principezinhos
Nunca estarei sozinho no meu reino de amor.

E no caminho eu vou recordando
A cada passo relembrando tudo o que vivi
E uma coisa sempre me deixa feliz
É lembrar que tudo que eu fiz não foi para deixar aqui.

Eu peço a Deus que me de muita saúde
E que também não mude o meu jeito de pensar
Que me dê forças pra ensinar aos meus filhinhos
Que o melhor caminho é aprender a amar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

LÁGRIMAS NOSSAS

O crime  e  a corrupção foram banalizados.

Se as lágrimas se deram pelo aviltamento de governar um país nestas condições, são nossas também porque a situação é triste mesmo. Se elas foram pelos que morreram durante a luta armada, também temos muitos por quem chorar.

Com a deferência devida a autoridade da Presidência da Republica enquanto instituição, abordo a situação constatada na terça feira última quando ao receber o relatório da Comissão da Verdade, houve choro em público da ocupante do Palácio do Planalto.
Diante das câmaras interrompeu a fala, suspirou fundo e derramou algumas lágrimas; seguiu então a fala  enaltecendo o significado do documento que se referiu aos mais de 300 integrantes ds grupos terroristas e ativistas assassinados pelas forças regulares dentre os quais conseguiram identificar.
No dia seguinte representantes de clubes militares das Forças Armadas publicaram relatório dos  mais de 100 militares e civis, também assassinados pelos seus oponentes em atos terroristas.
Cinjo-me às páginas 99 a 129 e  148 a 167, do livro Tributo  a um Herói de minha autoria, lançado em 8 de fevereiro de 2014, na Associação dos Oficiais da Polícia Militar. Nelas registrei que ele ainda jovem, idealista, pronto para constituir família teve a vida ceifada barbaramente. Na  mesma época Mário Kozel Filho, aos 18  também  foi cruelmente assassinado e tantos outros. Tudo começou no Aeroporto dos Guararapes,  em 12 de junho de 1966 quando um jornalista e um militar foram mortos e 14 pessoas ficaram feridas, algumas gravemente, sendo este o marco do início da luta armada.
Quando intitulo lágrimas nossas, reporto ao passado e ao presente, pois com 102.000 mortes por ato violento em 2013, é inconteste que a sociedade brasileira mudou muito no últimos 26 anos do pós  Constituição Cidadã. Um só indivíduo confessou ontem à polícia  a morte de 43 pessoas.
O crime  e  a corrupção foram banalizados, incidindo nela os poderosos políticos e ricos empreiteiros. A droga  disseminou, os drogados perambulando pelas cidades praticando tudo quanto é tipo de crime, um lugar comum.
Se as lágrimas se deram pelo aviltamento de governar um país nestas condições, são nossas também porque a situação é triste mesmo. Se elas foram pelos que morreram durante a luta armada, igualmente temos muitos por quem chorar.
Esta é a realidade de uma nação que patina, patina evolui na riqueza dos mais ricos, faz de conta que contempla os pobres  e empobrece de vez os usos e costumes de todos. Que haja um novo porvir. Sem choro dos humildes e tampouco dos poderosos e sim a satisfação do dever cumprido com honestidade e amor.
Dia  7 de dezembro 2014, assisti a missa de 7º. Dia do Sr Alberto Mendes na Igreja da  Paróquia  do Jesus do Bom Conselho, na rua da Mooca em São Paulo. Desde o dia 10/05/1970 quando seu filho querido foi barbaramente executado por Carlos Lamarca e seus Terroristas, jamais pode abraçá-lo.
São Paulo parou em 10 de setembro quando seu corpo foi localizado. Este é um capítulo triste da história  que jamais será esquecido pelas pessoas de bem, honestas, ordeiras e trabalhadoras da pátria amada do Brasil. Avante sem terror e nem corruptos. Se possível sem lágrimas.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

LIDERANÇA PELO EXEMPLO

Ministro dos países baixos indo trabalhar de bicicleta.
A racionalidade passa longe  da administração que persiste há 12, com projeção para 16 anos. Os exemplos  são os piores possíveis, o noticiário diz tudo.
Artigo de minha autoria publicado hoje no Diário da Região de Catanduva

Há vasta matéria sobre os tipos de liderança de forma a caracterizar o líder  que  não caberia neste espaço e não é este o nosso propósito. Entretanto,   duas das formas mais populares da condução de uma empreitada, estão maciçamente identificadas pela postura autocrática e democrática.
Na primeira as decisões são mais impositivas e centralizadas, enquanto na segunda  participativas, a partir de discussões dos objetivos a alcançar. Elas se prestam tanto à administração civil quanto a militar, havendo aqui ligeiro equívoco em relação à segunda que pela estética é confundida como centralizadora. 
Afirmo com convicção que não. Os trabalhos de estado maior na militar envolvem pesquisa sobre a realidade a ser encontrada na execução da missão, a partir da avaliação das circunstâncias que envolvam aspectos quanto ao pessoal, material e  às informações pertinentes sobre os antagonismos vindos dos oponentes.
A chamada para o tema da liderança supera os aspetos da formalidade ou informalidade, para cingir-se a força do exemplo. No início de minha carreira como soldado,  um dos ensinamentos chamou minha atenção ao saber que no Japão, o policial era capaz de cumprir sua árdua missão de combate a criminalidade e entregar flores. Essa lição procurava nos sensibilizar para a abrangência da atividade a ser desenvolvida.
Muito comentado à época o elogio da Rainha da Inglaterra ao guarda que a multou. Recentemente, houve renúncia no Japão de ministra por  comprovação de  ilegalidade na propaganda eleitoral; ministro dos países baixos indo trabalhar de bicicleta. O exemplo não é tudo, mas é fortíssimo em termos de liderança, se torna num paradigma. Em total descompasso a isso está  a sociedade brasileira, instalada num território continental cujas riquezas naturais existem em abundância. Na  América Latina e Caribe, patinamos no índice de desenvolvimento humano (IDH), por aqui  estamos na 17ª; e, no mundo entre 100, ocupamos a  75ª, posição.
Vivemos na segurança pública uma guerra com 102.000 mortes em 2013. Ao considerar ações violentas do crime e do trânsito verifica-se que  morre muitos jovens masculinos, negros, brancos, rico, pobre, em proporção  maior pobres e negros, mas não escapa ninguém.
A proporção de morte masculina em relação à feminina é assustadora. No Amapá a estatística acusa o percentual de 24,4 homens para 6,1 mulheres, média que prevalece para o nordeste. No país todo, ela é de 14,5 para 3,7. Veja o disparate que passa despercebido da propaganda oficial: morreram   14.790 homens e 3.774 mulheres, em 2013.  A racionalidade passa longe  da administração que persiste há 12, com projeção para 16 anos. Os exemplos  são os piores possíveis, o noticiário diz tudo. É o que sempre afirmo: democracia rima, mas é o oposto de dinastia. Reforma política já!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

SÃO PAULO E A EDUCAÇÃO

Tudo contribuiu para o declínio constatado no aprendizado escolar.


Recentemente, na rede estadual paulista, foram  criados os ciclos para minimizar a questão do aluno concluir o ensino médio sem saber ler, escrever e interpretar texto e outras tarefas elementares.


Tanto os municípios, quanto o estado entraram de cabeça no método da progressão continuada em São Paulo. Ela decorreu das Diretrizes de Bases, implantadas em 1996, entretanto demonstrou ao longo destes anos um equívoco para muitos. Diria que dada a falta de investimento na educação com os professores recebendo salários irrisórios que somente no último quadriênio teve leve melhora e o recrudescimento da violência pelo aumento do uso de drogas na população juvenil, criou-se um ambiente propício ao abandono do ensino por completo pelos discentes.
O que se viu nesta geração da virada do século, até os nossos dias em termos de aprendizado  escolarnas periferias é lamentável. O abandono dos pais, neste caso pelas necessidades materiais e mesmo por falta de condições dada a  precária formação escolar, deles também,  é um horror. Ao retirar abruptamente a condição da avaliação periódica, o professor se viu desarmado, recebeu um choque  para o qual não fora preparado. De inopino  ficou sem um instrumento importante na avaliação e controle  dos alunos. A  Prefeitura de São Paulo, noticiou o jornal de ontem está com dificuldade de aplicar as notas como avaliação do aprendizado, mesmo nos ciclos. São os conflitos de interpretação de métodos. O Rio de Janeiro aboliu de vez a progressão continuada.
Tudo contribuiu para o declínio constatado no aprendizado escolar. Ao entregar material sobre campanha educativa da qual participava, no inicío da década passada,  vi as portas se fecharem com os alunos em área restrita do pátio. Pedi para abrir a grade e fui conversar com pessoa que conhecia entre os alunos. Ao falar com a Diretora sobre o meu sobressalto, ela esclareceu – olha Senhor se eu deixar uma destas portas abertas, a escola vira um inferno no segundo período.
Fui a outras escolas, todas com grades. Sinal da degradação da sociedade que tantos dizem democrática. Só o rótulo de  democrática e alguma riqueza, no mais vamos de mal a pior.
Recentemente, na rede estadual paulista, foram  criados os ciclos para minimizar a questão do aluno concluir o ensino médio sem saber ler, escrever e interpretar texto e outras tarefas elementqares.
A  Prefeitura de São Paulo, noticiou o jornal de ontem está com dificuldade de aplicar as notas como avaliação do aprendizado, mesmo nos ciclos. São os conflitos de interpretação de métodos. O Rio de Janeiro aboliu de vez a progressão continuada.
Certo mesmo, é  que a escola em tempo integral desponta como uma solução, que  aliada a valorização dos professores e adequação de currículos prometem tempos melhores. Criança nas creches desde tenra idade e ensino sem viés ideológico que deturpe os conceitos de vida, prejudicando a formação integral com plena liberdade que todos merecem. Uma esperança para o futuro!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O ESPORTE E O SOCIAL

A mera atividade profissional jamais exauriu minhas energias.

Específico ao futebol, seu perde e ganha, ilustra a vida e todo esporte é assim. Eles a retratam, principalmente no ânimo e frustração da vitória e derrota, respectivamente.


Nesta abordagem a pretensão é dar ênfase a função educativa e lúdica do esporte, em contrário ao que assistimos na vida diária - o que passa no social e político. Sou agradecido a Deus por frequentar o curso de Educação Física. Ele proporcionou-me exaurir os  anseios da expansão de minha vida além do quadrilátero dos quartéis que servi. Foram grupos e mais grupos desde o Palestra em S.J. Rio Preto, até hoje conto: Oficiais-AOPM; ADPM/Rio Preto; CRH; C-50, CTC, Velha Guarda; Rotary e ADPM/Catanduva.
A mera atividade profissional jamais exauriu minhas energias e foi na atividade complementar esportiva e de lazer que pude sentir-me partícipe, como indivíduo do congraçamento comunitário ao exercitar o dons a mim consagrados em sua plenitude. Tudo que foi oficial decorre da dedicação ao  dever da profissão, o mais não, sempre foi doação mesmo.
Específico ao futebol, seu perde e ganha, ilustra a vida e todo esporte é assim. Eles a retratam, principalmente no  ânimo e frustração da vitória e da derrota, respectivamente.
No Campeonato Brasileiro que se findou a mostra de que quem planeja melhor; quem está com menos área de atrito e equipe equilibrada vence, se não é o primeiro, está entre eles. E mais, o final da disputa, em que pese todas as restrições ao futebol, como objeto de alheamento individual, deu mostra pela atitude de Curitiba, Santos e Atlético Paranaense que o acochambrar sem igual da política ainda não o atingiu. Nele, como na maioria dos esportes a vitória decorre  muito do:  treino,  organização,  dedicação e aptidão mesmo.
Diferentemente da política que se faz pelo dinheiro que roda solto comprando consciências. As arenas por aí, estão sem grades, nem muros e o torcedor não as invadiu. É hora do extrato social refletir para eliminar os nichos de  mordomias e diminuir a corrupção; importar um mínimo do racionalismo de países consagrados: como EUA; Japão; Alemanha; Reino Unido e outros. Chega dessa vergonha do toma lá da cá. De milhões apinhados pelos cantos dos palácios a mamar nas tetas, onde corre o sangue e o suor do trabalhador explorado.
Os casos Mensalão e Petrobrás e qualquer outro que envolva político que são tantos, todos abomináveis. Melhor seria que ao currículo político fosse exigida iniciação no esporte e na carreira suas regras. A vitória pela vitória, com meios não fraudulentos, com corrupção também não valeria. Vergonhoso este conluio dos empresários com políticos. Até quando vamos suportar isso?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

AVANÇO X RETROCESSO

Ligou para o setor responsável.

Ora, quando se faz necessário a presença de intercessor, a espontaneidade desaparece e  esvai a prioridade prevista no Código Nacional de Trânsito.

Pessoa de meu relacionamento deixou um bolsa com vestimentas num taxi. Ligou para o setor responsável , sendo informado que havia grande incidência de devolução. No dia seguinte me identifiquei ao atendente ao telefone, dizendo estar dando um apoio pelas atividades do interessado que não poderia ligar, sendo bem atendido. Disse que haviam identificado o taxista e estavam tomando as providências.  No dia seguinte o departamento ligou para o reclamante e passou o telefone do taxista. Este por sua vez  apenas indagou do local de entrega, uma empresa. Foi paga uma nova corrida e o assunto encerrado. Houve de nossa parte satisfação no atendimento, contando um ponto para o Rio de Janeiro, cidade de intenso turismo, local e internacional.
Enquanto isso observei neste final de semana  que o Agente de Trânsito do DEMUTRAN  de Alphaville fazia a travessia de pedestres na faixa, uma novidade, pois o local é conhecido pelo respeito a faixa de trânsito, ante  aproximação do pedestre. Ora, quando se faz necessário a presença de intercessor a espontaneidade desaparece e se esvai a prioridade prevista no Código Nacional de Trânsito.
Alpfaville ainda está na frente de muitos municípios, pelo menos lá o responsável pelo departamento municipal de trânsito sabe que uma das funções dos AFT é apoiar, intervir, auxiliar condutores e pedestres nos intermináveis conflitos do trânsito. Mesmo assim, inquestionável o retrocesso na conduta adotada quando comparada a pronta priorização sem o a presença do servidor público. O Brasil em termos de hábitos e costumes parece andar de ré. Aqui deu empate, menos mal. Segue a nau, as futuras gerações verão em que porto vai dar. A elas o estímulo de auxiliar no leme da política, esta  é a nau mais sem rumo de todas, e pior: a deriva  no mar  lama da corrupção.

domingo, 7 de dezembro de 2014

INSPIRAÇÃO DA SINFONIA


Cantinho seu

Nestes versos dominicais um culto ao dia da reflexão e buscas maiores no reconforto do  interior de nós mesmos na paz do Senhor!  Bom dia, bom domingo!



Falo a mim, a você,  a todos,
Escrevo também, deixe a paixão,
Quem é ela  e para que serve,
Dói, dói mente e coração.

Pássaros cantam bem perto, quase em mim,
Cantam para todos como é bom assim.
Os pedestres passam e  seu gorjear animador ,
O canto da busca, acalenta como o perfume da flor.

Vamos todos comemorar com a natureza,
A sinfonia em acordes  inspiradores.
Como está você e seus  entes queridos?
Como eles são especiais, suas ramas, suas flores.

O piar  curto ou  longo,  não demora,
O Canto nos galhos e copa das arvores,  arredores.
Gorjeia  pra cá, saltita pra  lá, baixo ou alto,
É a busca apaixonada de seus amores.

De manhã  e  ao entardecer, todos eles,
Com inebriante alegria, nos contemplam.
Aurora e por do sol enigmático momento,
Inspira os humanos a refletirem em quem amam.

Um recanto do qual não me aparto,
Tempo que vai, aqui estou na toada,
Variando o passo, outros argumentos,
Valores , amores,  viver sempre , a amada.

Um dia distante, sob o som dos acordes, 
Os silvos que ouço, fazem lembrar com emoção,
Sempre por perto,   o ambiente  a animar,
Naquele salão com o valsear, foi um coração.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

OPERAÇÃO INTEGRADA



Necessitamos de medidas estruturantes e não de arroubos isolados.

Há que se reduzir ao máximo o sistema cartorário para uma pronta condenação, como se dá em vários países do mundo, a começar pelos Estados Unidos.

Acabo de ouvir notícia do resultado preliminar de operação integrada nos estados onde tem os equipamentos utilizados na Copa. São muitas prisões, armas apreendidas que deixaram o Ministro da Justiça empolgado. Segunda feira sairá o relatório completo, noticiou a agência nacional responsável pela Hora do Brasil. Amanhã os jornais noticiarão com certeza.
É assim, com a corda no pescoço pelos estragos do maior escândalo de corrupção da história brasileira; o povo indo pra rua, não dá para dormir em berço esplêndido, “então vamos a luta”. A integração das forças de segurança no Brasil tem que ir mais longe; envolver outros seguimentos; mudar as estruturas urgentíssimo e o procedimento dos políticos que dão mau exemplo constantemente pela deslavada prática da corrupção.
A estrutura da federação envolve 26 unidades administrativas, um continente.  Necessitamos de medidas estruturantes e não de arroubos isolados. As anunciadas de ação integrada, devem se estender às   mudanças no modo operacional entre as polícias; guardas municipais, agentes de trânsito, sistema prisional e da ação  do judiciário. Há que se reduzir ao máximo o sistema cartorário para uma pronta condenação, como se dá em vários países do mundo a começar pelos Estados Unidos. Há que manter toda uma  estrutura de plantão permanente. Praticou crime de menor potencial ofensivo que seja  apenado com todas consequências do ato delituoso de imediato. Isto do Oiapoque ao Chuí, sair do plantão condenado para o cárcere, assim também deverá acontecer com as mais diversas penas e medidas já abordadas em "Penas Alternativas".
Antes  pouco do que nada,  no caso da operação de hoje. Entretanto mais eficiente será agilizar procedimentos em todos segmentos da administração, principalmente no judiciário e estendê-los por todo o país. Servir sem se envolver em corrupção e tampouco privilégios quer sejam remuneratórios ou mordomias descabidas dos agentes públicos. 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

TRÂNSITO SEM MORTE

Soubemos da situação da criminalidade naquelas cidades.

Estudo comprovou que esta pequena diminuição é suficiente para reduzir os atropelamentos pela metade, acidente que afeta principalmente crianças e idosos. A meta, mais uma vez é  zerar as  mortes no trânsito em 10 anos.


A cidade de New Yok que há 25 anos deu início a um projeto ousado no combate a criminalidade com a denominação de “Tolerância Zero” que  combinou agravamento de penas  com aplicações  instantâneas delas  e  ação social, resultando a  iniciativa no saneamento do problema como acontecia, o que se dá em várias cidade do Brasil, havendo na época áreas com restrição a locomoção por estar  tomada por drogados.
Nesta época estive em Los Angeles e São Francisco para conhecer os métodos dos trabalhos da polícia naquelas cidades. A implantação do projeto de prevenção ás drogas em no Estado de São Paulo teve importante participação de Major  integrante do grupo da viagem pelos conhecimentos adquiridos.
Soubemos da situação da criminalidade naquelas cidades. Em São Francisco fomos surpreendidos com aviso  na parede do estacionamento dos cuidados que deveríamos tomar com os pertences, assim como recomendação para não sair sozinho a noite e em algumas  esquinas para não passar mesmo. O crime  está em todo mundo, porém New York se tornou exemplo quanto a redução dele por este programa.
Recentemente, a imprensa noticiou a redução da velocidade naquela urbe de 29 para 25 milhas ou seja de 48 Km para 40. Estudo comprovou que esta pequena diminuição é suficiente para reduzir os atropelamentos pela metade, acidente que afeta principalmente crianças e idosos. A meta, mais uma vez é  zerar as  mortes no trânsito em 10 anos.
O índice nos EUA em recente estatísticas  é de 11,4 contra 22 mortes por  100 mil habitantes no Brasil, enquanto na União Europeia é de 7,8. Para satisfazer a curiosidade do leitor,  o país que mais mata  é China, seguido de India e Nigéria, sendo o nosso  o 4º. Enquanto o  Japão é o que menos mortes registra com 4.373 em 2013  para uma frota de 70 milhões de veículos. Lá também declararam morte zero em 1970, sendo o número naquele ano de 17 mil.
 A   legislação vigente por aqui, vem sendo reformada para melhor, periodicamente. Ainda agora, as multas foram agravadas. Autoridades judiciais tem aplicado com maior  incidência a tese do dolo  presumido nos acidentes fatais; a fiança proporcional à posse do infrator; restrições ao direito de dirigir como suspensão e cassação da CNH; a fiscalização da lei seca; a posse dos dados dos infratores eletronicamente em tempo real pelas autoridades. São possibilidades até pouco tempo inexistentes que permitem medidas coercitivas significativas,  que certamente reduzirão os acidentes. A melhor prevenção é a eficiência na repressâo.
Mesmo com o número elevadíssimo de 46.000 mil mortes em 2013, houve uma redução de 10% em relação a 2012, sendo que especialistas  relacionam o resultado à fiscalização da lei seca e também, uma mínima conscientização sobre a gravidade da equação: álcool x direção!
Resta-nos de mais objetivo melhorar a educação do condutor  e pedestres pela conscientização de que no trânsito não há só as mortes; o triplo das vítimas ficam mutiladas,  boa parte por toda vida. Famílias inteiras doentes pela desolação da perda de entes queridos. Há solução, só depende de nós.  Reaja Brasil!