Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O caminhoneiro e a greve!


Mais um pulsar democrata pela reunião e ação de cidadãos.

Neste momento os comparo com aqueles encastelados que tem 60, 80 sabe-se  lá, quantos dias de descanso por ano.

Nestes tempos midiáticos que o universo cabe em nossas casas, ou melhor salas por mais pequenas que sejam, mais precisamente assistimos “O Herói da Estrada”  como protagonista de mais um pulsar democrata pela reunião e ação de cidadãos, indispostos a suportar determinada postura ativa e coordenada de forma que impressione a população, mesmo que provoque danos e contratempos alhures.
Driblo o tema, em hiato proposital, ao registrar o paralelo que tanto fiz dos segmentos dos operários de atividades em turnos ininterruptos por esse país afora, promovendo a riqueza nacional. Neste momento os comparo com aqueles encastelados que tem 60, 80 sabe-se  lá, quantos dias de descanso por ano.
Nesta condição o caminhoneiro é o mais visível de todos. Há algum tempo fiz o percurso Florianópolis a São Paulo num domingo. Uma viagem turística esplendorosa, por entre montanhas e florestas, sob uma névoa num mosaico, multiforme que inebriava somada, às lembranças das lindas praias da Ilha de Florianópolis.
Ao cessar o hiato, difícil esquecer das prontidões no Batalhão Tobias de Aguiar de onde saíamos para conter os revoltosos dos anos setenta que as promoviam motivados pelo ideário democrático, diziam e que veríamos, não era bem assim, pois escamoteavam o comunismo, este sim o mote de quem os patrocinavam.
Voltando a figura exposta sempre dos caminhoneiros pelas estradas, confesso que os admiro enquanto dotados para uma atividade desafiadora, própria do aventureiro, "a vida toda a viajar".
Quanto a ação paredista, do resumo exposto na mídia a concluir que incidiu o administrador de preços do petróleo, numa elevação dele repetitiva em curto espaço de tempo sem que  justificasse o pensamento motivacional lógico do custo benefício, uma vez que o frete não acompanhava a despesa gerada. Este um resumo primário da justificativa central.
Acontece que ao ver alguns caminhões perfilados nas rodovias, não se tem a dimensão da somatória deles e da real importância do segmento para a vida nacional.
Para gáudio de toda população, o noticiário dá conta de que as estradas estão sendo liberadas. Quiçá a ordem seja restabelecida e não haja motivo para novas paralizações. De meu interior, sempre o querer distinguir este segmento pelas peculiaridades desafiadoras da profissão, assim como todos aqueles que atuam em turno porque a produção não pode parar! Seus esforços são capitais para o giro da roda da vida. Sem greve sempre melhor, com ela que o seja por uma causa justa. Esta é a essência democrática, rumo ao futuro!!!

terça-feira, 22 de maio de 2018

A pífia reforma política!


Instalada, os temas de maior interesse popular foram rechaçados.

Dos 3,6 bilhões propostos inicialmente, foi aprovada uma verba de 800 milhões, que será coberta pela supressão de emendas com pedidos de verbas pelos parlamentares.

Dos 3,6 bilhões de reais propostos inicialmente, foi aprovada uma verba de 800 milhões, que será coberta pela supressão de emendas com pedidos de verbas pelos parlamentares.
O turbilhão de políticos envolvidos em falcatruas deixa poucas opções ao voto, mesmo porque a tíbia reforma política por muito pouco não vota apenas a fixação da verba de campanha. Sob alegação de que a verba advinda da doação de particulares fora vedada.  Assim que foi derrubada a denúncia de Temer pela Câmara Federal , alvoraçaram os parlamentares pela reforma e com o fito exclusivo neste objetivo de interesse corporativos. congressistas em articulação urgente, pois o prazo urgia.
Instalada, os temas de maior interesse popular foram rechaçados, sendo que a conquista da verba ganhou espaço e pouca coisa a mais foi votada, sendo que os assuntos com teor polêmico teve sua vigência para 2020. Desta forma, ao final a proposta de 3,6 bilhões de reais, abaixou para 800 milhões, entretanto os temas mais polêmicos: como voto distrital; extinção do suplente de senador; extinção dos vices; proibição de coligações e votos de legenda, foram abortadas da discussão, enquanto a verba para os partidos políticos vinculada a supressão de emendas parlamentares do orçamento anual.
Dos 3,6 milhões propostos inicialmente, foi aprovada uma verba de 800 milhões, que será coberta pela supressão dos pedidos de verbas pelos parlamentares.
Houve pequeno avanço quanto às cláusulas de barreiras aos partidos nanicos e novos, no seguinte teor: na eleição de 2018, os partidos precisam alcançar, no mínimo, 1,5% do total de votos válidos distribuídos em 9 estados ou mais. E em cada um desses estados a legenda precisa ter, no mínimo, 1% dos votos válidos, ou eleger nove deputados distribuídos em, no mínimo, no estados. Essas exigências vão aumentar gradativamente até 2030. A mudança deve impactar principalmente os pequenos partidos, menos representativos.
Também  foi exigido um desempenho eleitoral mínimo para que os partidos tenham direito ao tempo de propaganda e ao fundo partidário. Esse desempenho mínimo exige o cumprimento de pelo menos uma de duas exigências: na eleição de 2018, os partidos precisam alcançar, no mínimo, 1,5% do total de votos válidos distribuídos em 9 estados ou mais. E em cada um desses estados a legenda precisa ter, no mínimo, 1% dos votos válidos ou eleger 9 deputados distribuídos em, no mínimo, 9 estados. Essas exigências vão aumentar gradativamente até 2030.
A mudança deve impactar principalmente os pequenos partidos, menos representativos. Ante os descalabros e absurdos da representatividade federativa, onde o voto dos brasileiros não tem valores proporcionais, discriminação esta centenária, vista no ensino médio, quando já era criticada.
 Aprovado  o fundo eleitoral , mesmo que distante da quantia pretendida, várias sugestões de aperfeiçoamento do modelo foram rechaçadas, como visto, sendo sugerido inclusive que a reforma seja discutida fora do âmbito do legislativo eleito. Na ocasião por cidadãos de conhecer ilibado, numa  Constituinte Específica à Reforma Política, referendada popularmente, tal é a importância deste assunto para o país.
Cidadãos o clamor agora é para que valorizemos a democracia, votando conscientemente em quem demonstre maturidade e equilíbrio para bem governar, escolhendo candidatos que tenham serviços relevantes a nação, a sua cidade e de conduta ilibada, sem retoque quanto a honestidade de propósitos e radicalismos quaisquer!

domingo, 20 de maio de 2018

Eleições e a gangorra dos candidatos!


Lula foi expelido, incidente que é na ficha limpa.

Ao que consta da resenha de ontem hoje, terça-feira próxima abrirá  chance a Henrique Meirelles que a tanto tempo esperava por isso.

Dia 7 de outubro, ocorreram as   eleições gerais no país. Serão eleitos, deputados estaduais, federais,  governadores estaduais e  seus vices, dois terços dos senadores, assim como,  o Presidente da República e seus vices. Neste espaço abordo os aspectos principais quanto a presidencial, em relação aos pretendentes ao cargo máximo da federação.
Muitos tentam, mas a gangorra tem expelido alguns. O principal motivo do bota fora é a corrupção que atinge um exagerado número deles, exagerado não por culpa do agitado vai e vem do aparelho e sim pela desídia generalizada que os atinge de norte a sul do país.
Lula foi expelido, incidente que é na ficha limpa pela condenação em segunda instância, cuja pena cumpre em Curitiba, tantos outros estão presos: governador, presidente de câmara, senador indiciado, enfim são muitas as baixas. Pior que isso quem não tiver isento de participação, que não se candidate porque o eleitor vai negar o voto àquele sob suspeita.
Dessa forma a lista dos excluídos, abre vaga à ascensão do “Ficha Limpa” que boa a iniciativa da CNBB, Conferência dos Bispos do Brasil, cuja adesão foi maciça.
Nestes últimos dias Joaquim Barbosa, Ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal,  seu Presidente por dois anos e responsável pela condução do julgamento do  processo do Mensalão que culminou com condenações de vários políticos, abrindo espaço para o surgimento da Lava Jato, após assinatura de filiação no Partido Socialista Brasileiro (PSB), deu ares de que se candidataria. A inclusão de seu nome na pesquisa seguinte lhe rendeu (9%) das intenções de voto para Presidente da República. Foi um alarido só, pois há nomes que não saem do (1%).
Mesmo o Presidente Temer que passou  todo o tempo, negando uma possível candidatura, não resistiu e se pôs a promover seu nome, entretanto a reincidência de acusações que lhe impingem suspeitas, além dos processos que aguardam o término de seu mandato para o devido julgamento, é mais um que sucumbiu.
Ao que consta da resenha de hoje, terça-feira próxima abrirá chance a Henrique Meirelles que a tanto tempo   esperava por isso. Ele deixou o Ministério da Economia, que pela segunda vez conduziu com maestria, para viabilizar sua candidatura a Presidente do Brasil.
Pelos lados do PSDB ecoam vozes a pedir a substituição de Alkmin por Doria, publicação de hoje na grande imprensa. Contra o já candidato sem sucesso em 1996, algumas frentes de acusações quanto a desvios em algumas obras, seja metro, rodoanel e por aí vai. Ficha limpíssima está difícil entre os militantes na política brasileira de hoje.
Para que tem a política quanto às eleições como o “mosaico das nuvens que altera continuamente”; Joaquim Barbosa seria um fato novo e somado a Henrique Meireles daria maisopções aos eleitores, na desistência dele que tenhamos pelo menos um político veterano com relevantes serviços prestados a nação, como alternativa de voto.
Toda eleição se reveste de suma importância. Nesta a Justiça dará a máxima colaboração pela eficiente ação do Juiz Sérgio Moro, do Ministério Público Federal, em trabalho eficientíssimo com a Polícia Federal, sediada em Curitiba, pois muitos trastes, já estão excluídos do pleito por estarem presos.
Cabe agora ao eleitor excluir todos aqueles que sabem não tem conduta compatível aos valores positivos nos quais acredita, quer seja a honestidade, a destemperança, o radicalismo. Ao comum do povo, a elite, a todos é dado o direito ao voto, isto se chama Democracia. Pensemos bem antes de votar.
O xadrez da política está agitado. Os lances definitivos serão os nossos votos. Salve a Democracia!!!

domingo, 13 de maio de 2018

A Copa vem aí!


Hoje domingo, escolhi, pela proximidade, falar sobre a Copa do Mundo. A edição de 2018,  é na verdade a 21ª. Edição. Ela terá inicio no dia 15 de junho e terminará em 16 de julho , envolverá 32 seleções e será disputada em 64 partidas, em  11 cidades sede e 12 estádios, sendo a abertura e final no Estádio Olímpico Luzbniki em Moscou e terá como mascote o lobo Zabinaka, sendo país sede a Rússia.
O Brasil é o cabeça de chave, enfrentará a Suíça em Rostov em seu primeiro jogo, depois a Costa Rica, no dia 22 de junho  em Kaliningrado e finalmente contra a Servia  no dia 27 em Moscou.
Nossa seleção mantém o status de melhor do Ranking  e tem na Espanha, Alemanha, França, Inglaterra e Argentina outras cinco concorrentes ao título. Dificilmente ocorrerá surpresa, porém as resenhas esportivas não descartam a da Dinamarca.  Em se tratando de futebol muita coisa diversa pode fugir dos prognósticos, como  ocorreu com os 7x1 no Mineirão.
A convocação será anunciada no dia 14, amanhã;  e os 23 já são conhecidos do grande público. Ela se classificou em 1º. Lugar nas eliminatórias, invicta depois da assunção de Tite como técnico. Têm muitos bons jogadores, a maioria atuando na Europa, como expoentes de seus times, a exemplo de Neymar, Firmino, Filipe Coutinho, Allison, Marcelo, Gabriel Jesus, Marquinhos, Miranda, Willian enfim, a expectativa é positiva.
Num contraponto, mais uma vez a coincidência com as eleições. Estes quadriênios são coincidentes com o que há de mais importante no país, a escolha da liderança ao nível federal e estadual,  tanto a executiva quanto a legislativa. São na verdade trinta dias de refresco aos políticos, pois as atenções se concentram no futebol e mais que isso, o resultado da Copa influência no das eleições, ora mais, ora menos!
Desta feita temos um quadro muito indefinido e o melhor seria que não houvesse copa, para se discutir mais sobre os candidatos, mas na impossibilidade que ganhemos o caneco e elejamos bem aqueles que irão nos dirigir. O que não podemos é nos alienar por causa de futebol. Isto jamais. Até o dia 17 de julho, com caneco ou sem caneco.

sábado, 5 de maio de 2018

Cortiços verticais!


As condições precárias quanto à segurança e conforto eram totais. 

Novo proceder de norte a sul e  de leste a oeste para darmos chances às futuras gerações de que a casta política não pense prioritariamente em si, e sim no que de significativo possa fazer aos governados.


Circunstâncias de momento produzem comportamentos específicos tolerados pelas autoridades, face às circunstâncias imperiosas em que politicamente é melhor aceitá-las  do que coibi-las. Assim em 1890 Aluísio de Azevedo escreveu Cortiço, resultando no avaliar crítico que o indivíduo é produto da hereditariedade, do momento e do meio em que vive.
Deveras, passados mais de um século a conclusão permanece verdadeira, como detectado agora, em face da tragédia do edifício que veio abaixo no centro de São Paulo que desencadeou a análise da situação sobre a moradia de Sem Tetos, naquela região.
Chama a atenção que as condições precárias   quanto à segurança e conforto eram totais. Os comentários de especialistas detectam que o imperioso dever de coibir as ações dos invasores, é procrastinado  face ao jogo político, pois impotentes para solucionar a demanda de moradias, preferem esta acomodação da situação do que levar avante as desocupações.
Comparativamente, é a mesma situação da Cracolândia que se expandiu aos poucos, ocupando ao final, vasta área no centro de São Paulo, sobre a qual nos últimos dois anos a administração pública envida esforços para revitalizar a área.
O imóvel que veio abaixo é originariamente da Uníão, tendo servido a administração estadual e devolvido a ela. Resta do imbróglio deste evento, um vácuo ocupado pelas lideranças dos movimentos sociais de apoio aos Sem Tetos e tantos outros segmentos, nesta área.
Equipes vinculadas a liderança deles se arvoram no direito de coordenação dos moradores e cobram tachas, resultando delas direitos e deveres aos moradores que se sujeitam a eles, ante a extrema necessidade.
Assim, face a impotência do poder público na solução da questão da moradia popular, sede com a flexibilização das condutas repressivas, então o caos se implanta e os desastres acontecem.
Enfim, de tudo que vemos a conclusão é que neste  Brasil do gigantismo territorial e diversidade cultural, somente o aprofundamento do pensar na essência que provoque o reordenamento jurídico e político, reinventando mesmo um - novo proceder do norte ao sul e leste a oeste para darmos chances às futuras gerações de que a casta política não pense prioritariamente em si, e sim no que de significativo possa fazer aos governados.
O prédio que caiu, mais um fato a demonstrar a incompetência de nossos governantes, não bastassem os métodos criminosos de auferirem recursos para campanhas políticas e pior ainda de muitos para enriquecerem a si a prole.
A sua queda, símbolo da incompetência político-administrativa, pois o Cortiço Vertical nele instalado,  o  utilizava  precariamente. Ao vir abaixo, deixa uma incontestável urgência aos líderes nacionais – refletir no que fazem, pois a elite política - é responsável pelos benefícios e malefícios que sucedem aos seus governados, na ação ou omissão!
O soterrar daquele prédio aflorou a incompetência de todos  órgãos públicos com responsabilidade, político-administrativa sobre ele, quer seja federal, estadual ou municipal!!!