Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

domingo, 29 de janeiro de 2017

As drogas e as rebeliões!

Droga é droga, ao homem uma alimentação saudável exercícios/físicos!

 dúbia posição dos governantes pátrios, provocou o afrouxamento da legislação e fiscalização, apesar de criminalizado, tornando-se num prato cheio para os fornecedores, somando-se a fragilidade legal quanto aos adolescentes.


Este é um tema desafiante, sobre o qual constam as postagens “Entre o fumo e a droga", de 04/09/2014; "Altivez e Sobriedade", de 30/06/2014; e "Não às drogas", de 29/09/2014. A minha experiência de vida inclui um período em que vivi num quartel na Avenida Tiradentes, na segunda fase da Escola de Formação de Soldados da  Força Pública de São Paulo - de janeiro a março. Em abril ela foi nominada Polícia Militar, uma infeliz ideia por ter generalizado, quebrando o estigma  da tão elogiada Polícia de São Paulo - bastava acrescer o designativo Militar, como fez a Brigada Militar, no Rio Grande do Sul.
Mas retornemos ao tema. Neste período em fins de semana, interessado em conhecer a Capital, fiz incursões a pé, à noite. Não foram tantas, mas o suficiente para sentir por completo a grandeza de São Paulo. O itinerário, Tiradentes, São João, Praça da República, que atravessava a pé, Rua das Palmeiras, da Rádio Nacional, tão ouvida por nós interioranos, e enveredava ali pela Duque de Caxias e voltava pela Luz.
Esta constatação faço porque me sinto constrangido com a incompetência generalizada dos governantes ao deixarem esta região se tornar refém de drogados e da prática de crimes de toda ordem "Cracolândia".
Imagine nestes dias ver os bandidos assumirem o controle de presídios e terem a condição de desafiarem em grupo as autoridades e se matarem nas prisões, não bastasse  a enxurrada de atos de despropositada ilegalidade da liderança política e empresarial, expoente do Brasil, com a corrupção.
Um diagnóstico bem avaliado que tive acesso refere-se ao conflito entre as lideranças quanto o entendimento do que seja melhor - a liberação ou a criminalização das drogas. O vizinho Uruguai liberou no último governo, porém o atual líder, que inclusive é médico, em recém entrevista à Veja, disse: droga é droga, ao homem uma alimentação saudável e exercícios físicos para um melhor viver. Ele está tratando o tema com muita responsabilidade, ao cadastrar os usuários, a rede de drogarias e fornecedores, liberada (,) controlada.
A questão, segundo a análise, é de que esta dúbia posição do entendimento fez afrouxar a legislação e fiscalização, entretanto  continuou criminalizado, tornando-se um prato cheio para os fornecedores, somando-se à fragilidade legal quanto aos adolescentes, assim como  a idade penal, tão criticada de dezoito anos e frouxidão da fiscalização das fronteiras.
. As cadeias lotam em razão das muitas prisões, e todo sistema entrou numa asfixia de difícil solução.
Com a palavra os governantes, entretanto, dada a urgência, constato que a questão está mais uma vez com as pessoas nas ruas, a partir da busca do consenso do que queremos: reduz a idade penal; liberar a comercialização, alterar o regime de prisão para o uso de tornozeleira em primários. O que queremos? Ajudemos nossos representantes decidirem. Assim é que não pode ficar.
Confesso, nunca tive dúvida, porém ao saber que a Holanda está  transformando presídios em hotéis, e uma das estratégias para a redução dos presidiários foi a boa tratativa com o assunto drogas, entre outras evidentemente, resta-me a incerteza...
O que não podemos é assistir passivos  o que vimos nestas primeiras semanas do ano! Que horror!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A disciplina inerente ao esportista!


Quanto às regras do jogo o veio reformista não alcançou sucesso.

Outros esportes como o atletismo, a natação, a ginástica, o judô, todos, enfim são benéficos, com os mesmos efeitos. 

A constatação da tendência à anomia na sociedade brasileira, que aflora nos casos presentes dos presídios e corrupção desenfreada na administração pública, contrasta com a inerente ao esportista. Infelizmente a cúpula administrativa destoou, conforme se detectou ultimamente na corrupção da administração da Fifa e doping  em inúmeros atletas russos. Mesmo assim, nos dois casos há medidas saneadoras como a prisão e deposição de dirigentes e exclusão da última Olimpíada de todo atleta envolvido, o que tem sido uma rotina no meio, com devolução das medalhas, mesmo em casos remotos.
Fiquemos com o futebol, nas quatro linhas para não nos dispersarmos com perda do foco, pois os torcedores padecem da influência negativa da  degradação do meio, mesmo assim houve o Código do Torcedor, que atribuiu punição ao clube em face do comportamento deles que muito ajuda na contenção dos excessos, mas ainda há muito o que se fazer.
Quanto às regras do jogo o veio reformista não alcançou sucesso: as dimensões do campo, o número de jogadores e elas são as mesmas dezessete. Umas pequenas modificações para melhor. Quanto ao árbitro, idem, sua autoridade foi reforçada com os cartões amarelos, extensão da ação dos fiscais de linha no auxílio das decisões e por aí segue.
Melhor do que isso, muitas das penas são automáticas e os julgamentos são céleres. Resultado: há futebol no mundo todo, movimenta bilhões, é visível numa integração fantástica em todos com raras notícias negativas. Muitos criticam a imutabilidade das regras, mas rendo minhas homenagens a ela.
Aprendi nos bancos da Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo sobre a objetividade dos hábitos e práticas esportivas e seus benefícios ao atleta em sua vida integral e comungo com o conceito. Outros esportes como o atletismo, a natação, a ginástica, o judô, todos, enfim são benéficos, com os mesmos efeitos.  Às crianças, um veículo importantíssimo de sociabilidade, como a música e as artes.
Voltando ao futebol, a dinâmica de jogo evoluiu de forma a deixá-lo mais prazeroso ao espectador, seja ao vivo ou televisionado. A "regra dos três pontos" como valorização da vitória, a inserção do cartão amarelo e apoio a autoridade do árbitro, basilares na melhora. A evolução da preparação física deu maior capacidade de movimentação aos atletas de forma que  os avanços sustentam a hegemonia deste esporte de todos os povos.
Hoje, decide-se a Copa São Paulo, que envolveu mais de 100 equipes de jovens atletas de todo Brasil. Foi detectada irregularidade na idade de um deles por exceder o limite, não houve dúvida - a sua equipe foi eliminada da decisão, apesar da vitória, sendo a disputa da primeira colocação com a equipe perdedora. Decisão esta proferida em vinte e quatro horas.
Confirmo o que aprendi nos bancos escolares e desfrutei deste aprendizado, incentivando o esporte aos meus comandados e a sociabilização de suas famílias através eventos festivos em associações, fator de facilitação do engajamento nos misteres da profissão.

Abro um parêntese nesta postagem por um contentamento particularmente especial. Hoje, os meninos do Fantasma da Mogina, o Batatais Futebol Clube,   adentrarão  no portentoso Pacaembu para enfrentar o Esporte Clube Corinthians, o Time do Coração. Desde já os parabéns aos conterrâneos. Uma ótima surpresa esta. Que vença o melhor!

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Presídios, degradação social!

Conjunto de conceitos e leis espúrias provocam este estado de coisa.

O que se vê nos presídios, nestes últimos dias, dá pena - de nós mesmos, dos nossos filhos e dos próprios presos, somos vítimas, sabe de quem? Dos Salvadores da Pátria!

Em “A ignomínia do cárcere!”, artigo publicado no dia 8 de janeiro, abordo aspectos quanto aos presidiários, e em “Visão Obnubilada e paranóica”, o faço sobre a responsabilidade do líder quanto as suas obrigações, principalmente a do agente público.
Quanto ao tema de hoje, foi publicada no Estadão uma estatística, já denunciada neste mesmo jornal pelo ex-Comandante Geral da Polícia Militar de São Paulo, Coronel PM Meira, quanto à inexistência de detectores de celular em vários presídios do Estado. Está comprovada a denúncia, porque apenas 23% deles os tem!
Veja, leitores, se na unidade mais rica da Federação a situação está assim, que não se estranhe o que acontece no Norte e Nordeste. Enquanto isso, obras caríssimas construídas para a Copa e a Olimpíada estão abandonadas por não ter o que fazer com elas.
Muita festa e empolgação, mas a refrega está aí para todos verem. De que valeu dias de euforia, ante à divulgação continuada da corrupção, com envolvimento sistemático da cúpula dos políticos mancomunada com empresários num abjeto projeto de perpetuação no poder...
Evidente que a eles interessava  ter Copa e Olimpíada, a cada quatros anos continuadamente no Brasil, custasse o que custasse. Eles estavam partilhando para fins escusos do dinheiro de tudo que se construía no país. Triste esta constatação, está comprovada pela Lava Jato e muitos deles estão presos!
O que vemos em pedidos de reforços da Força Nacional, de estranhar que recentemente houve até no Rio Grande do Sul para, guarnecer Porto Alegre, não faz sentido. Veja que não foi para os rincões e sim acredite - a Capital! Estado este que se orgulhava de ter uma das Polícias mais bem preparadas do Brasil, a Brigada Militar. 
O que dizer então dos crimes na USP, escola pública que abriga na grande maioria filhos de famílias abastadas de todo o Brasil e que rejeitam constantemente a ação da força pública de São Paulo, através da Polícia Militar. Uma atitude abjeta, uma rejeição incompatível com o espírito democrático, onde devemos nos submeter ao império da lei.
O que se vê nos presídios, nestes últimos dias, dá pena - de nós mesmos, dos nossos filhos e dos próprios presos. Somos vítimas - sabe de quem? Dos Salvadores da Pátria, sejam eles filósofos, cantadores, poetas e principalmente dos políticos inconsequentes, cujo mote principal nestes últimos 30 anos foi fazer apologia de condutas rebeldes a tudo que fosse ordem, incitando a desobediência generalizada -  em consequência temos a anomia, face a um conjunto de conceitos e leis espúrias que nos leva a este estado de coisa.
Agrava a situação o reflexo da desídia geral quanto ao cumprimento do que prescreve os compêndios administrativos reletivos aos deveres do servidor público, assim resumidos: boa fé, boa atitude, inclusive fora do serviço, pontualidade, assiduidade, residência, urbanidade. Ora, o que vemos nas rebeliões é o total abandono da situação pela administração. Negação da liderança governamental em todas as instâncias!
Devíamos ter ações integradas e regionalizadas como nos grandes eventos para prevenir estas horríveis matanças. Também responsabilização criminal das autoridades constituídas por omissão, em todo escalão de governo.
O Brasil é um imenso, rico e bonito país! Se temos preparo para grandes eventos, haveremos de ter também com relação aos presos. Que renunciem os incompetentes governantes e se responsabilize os omissos que estão na linha de frente do sistema carcerário. Correição periódica pelas autoridades judiciárias criminais, atentar a  tudo que tem que ser feito e não lamentar a própria incúria por não conseguir conter presidiários.  
A Constituição de 1988, desde sua edição, recebeu críticas de descer ao nível da lei ordinária pelo excesso de detalhamento, sendo que nestes trinta anos prevaleceu o veio revolucionário, prescrevendo muitos direitos e poderes e poucos deveres. É hora de uma nova, pois com esta colcha de retalhos que temos - todos se mostram perdidos, em recíprocas acusações estado/município, sendo que a omissão prevalece.
Não à sanha do conformismo dos incompetentes desvirtuadores dos valores maiores e sublimes reservados ao humano, e sim ao profundo pensar que  se reinvente o Brasil - para um novo brasileiro. A sociedade deu mostra nas ruas que está preparada para uma retomada do pensar e agir político. Inclusive para uma nova Constituição!
Diminua-se o custo Brasil! Esqueçamos nossos umbigos para uma ordem que não aceite privilégios no serviço público, desde o salário às horas trabalhadas. Assim como o excesso de impostos para uma máquina administrativa inoperante e autofágica.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Nas ondas do mar!

Conheci o mar aos trinta e três anos, apesar de ter vivido oito  em São Paulo, cinco deles com férias escolares em dezembro e janeiro. Tinha outras prioridades que era ficar com minha família da qual me distanciei nos quatro que permaneci em Brasília. 
Ao mar descemos em nove num fusca, cinco adultos e quatro crianças, ainda pela Rodovia Anchieta. Confesso que emocionou a todos a visão dele à distância, naquelas curvas tão cantadas. Daí para frente, tornou-se imperioso um mergulho anual com a família em suas águas! Em Copacabana nos primeiros quatro dias deste ano, rascunhei parte destes singelos versos que hoje concluí. A próposito - um pensamento não tão poético, mas realista e de profunda importância em minha vida para desfazer qualquer insight do "eu  magnânimo - "nesta vida somos reles mortais". Deste e de mais uns cinco, jamais me apartei embora possa parecer o contrário. Foram sublimes em ensinamentos aqueles dois anos. Agradeço a Deus por tê-los vivido, como vivi! 
Hoje posso referenciar as energias que fluem...foram momentos lindos com a famíla ao longo dos anos, quando no mar!


Nas ondas do mar!

Nas ondas do mar
Distâncias a  navegar
Entreligados  desbravar
Épicos desafios aceitar

Onda que vai e vem
Trazmonte sempre o mar
Ao marujo imaginar
Nas desilusões que tem

Introspecção contida
Dolorosamente no limiar
Do senso, ao amar
Reflexões sobre a vida

Ainda na partida
Qual o caminho
Não vou sozinho
Imagens da despedida

Sim, a missão
Aqui reunidos
Marujos queridos
Destemidos longe vão

Por que assim
Sempre acontece
Não anoitece
Para alguns, fim.

Amenidades no domingo para tomar folêgo e renovar as energias, sob as bênçãos do Senhor. Que sejamos merecedores da Paz de Cristo para um viver justo e solidário. A Ele louvemos e bendizemos sempre!

sábado, 21 de janeiro de 2017

Visão obnubilada e paranóica!

Liderar pessoas reveste-se de condição próxima ao sagrado!

Haverá de  incorporar uma devoção pelo bom cumprimento das missões em relação a família, aos colegas de turma e ao trabalho,as quais serão exercidas no limite de suas capacidades.

Aprendi  o conceito de paranoia e me livrei dela, uma vez que liderar pessoas reveste-se de condição próxima ao sagrado. Nascemos indefesos, dependentes e se não fossem os pais pereceríamos. Então crescemos e em face dos dotes que somos constituídos seguimos pela vida até a transcendência final, ao espirarmos. 
Na vida exercemos funções, atividades diversas, sendo a liderança sobre o nosso próximo, condição a ser exercida como uma benção e assim ser desenvolvida com divinal respeito ao cargo investido e mais ainda àqueles sobre os quais temos ascendência na condução dos misteres do ofício ou mesmo que informal.
Evidente que todo o entorno do ambiente influência quando na maturidade, tais como alimentação, carinho, cultura familiar e regional que somados aos da árvore genealógica resultam no corpo e mente, fatores estes a serem considerados por toda existência. Observe-se que desde cedo, infância e pré-adolescência muitos indivíduos são capazes de mostrar suas potencialidades e se elas existirem de verdade,  é só se conduzirem bem.
Neste contexto, surge a possibilidade da ascendência sobre outro humano e para aquele que acredita na influência além dos sentidos, haverá de  incorporar uma devoção pelo bom cumprimento das missões em relação a família, aos colegas de turma e ao trabalho, as quais serão exercidas no limite de suas capacidades, agradecendo sempre os dons a ele atribuídos.
A paranoia um óbice a tudo isso. Constatei na obra de Joaquim M de Macedo – A Luneta Mágica, que  sobre o mesmo ambiente e pessoas ela mostra interpretação diversa, conforme a  o condicionamento do olhar  e pensar fixos, distinguindo diversamente as mesmas pessoas, atribuindo-lhes ora  o bem, ora o mal.
Em  momento recente da vida nacional não fugimos disso. Passamos por  total paranoia de muitos que se colocando como salvadores da pátria, tudo podiam e nada deviam. Esta atitude contaminou a muitos de norte ao sul do país e hoje sofremos as consequências horríveis de ver cidadãos, homens comuns como todos nós ensandecidos assassinando outros, na mesma condição de presidiário.
Pior que isso, empresários de sucesso, homens de negócios, líderes políticos atrás do xadrez. Por onde passou, enquanto praticavam tais ações o senso comum da honradez. Ele foi obscurecido pela sanha do sucesso, da riqueza fácil e do poder a qualquer custo.  

Que deixemos para traz esta sanha desprezível por paranoica, a qual fez lugar comum a ilegalidade, conduta  que tantos males proporcionou a nação brasileira. Revolver valores é preciso. Muitos são reconhecidos como universais, principalmente a honestidade de propósitos nas ações públicas, onde a legalidade é o norte principal. Fora disso inexiste democracia. Exemplos de outros povos não nos no faltam. Avante Brasil com o culto de valores outros, pois  os fins só justificam os meios se lícitos,  razoáveis e atendam ao bem comum!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Nem tudo posso, nem tudo devo!


Todos os envolvidos  se pudessem recomeçar...

Há que se filtrar com a seriedade dos pensantes desprovidos da máxima ideológica do "tudo posso e devo",  pois sou o Salvador da Pátria!

Sem inveja dos cantadores da loucura que pelo sucesso esquecem do que devem e são seguidos tresloucadamente por quem nada tem e pouco sabe o que deve, prefiro o equilíbrio possível de uma vida psicossomática sadia, extraída dos exemplos do reino animal na sua interação com a natureza. Até eles, com o passar do tempo, são constantemente afetados pelos desmandos dos insanos por diversas formas, seja pelo excesso dos sons ou da ruidosa motosserra e máquinas poderosas que a tudo destroem.
Sem fanatismos quaisquer, sigo o pensamento para uma assertiva sobre o momento atual de difícil entendimento pelo comum do povo quanto à catástrofe vinda dos presídios e alhures e pela tsunami da corrupção que não estanca.
Todos os envolvidos  se pudessem recomeçar e praticar a retidão de caráter, certamente fariam diferente, sendo que o país estaria bem melhor. Triste mesmo ver tantos  administradores públicos pátrios e empresários de renome presos.
São críticas indefensáveis que se faz, aqui e acolá, nas mais diversas áreas, em face a isso o novo governo esperneia, mas parece que o atoleiro da areia movediça faz sucumbir  todas ideias e iniciativas. Isto não é bom para ninguém.
Há que se filtrar com a seriedade dos pensantes desprovidos da máxima ideológica do "tudo posso e devo",  pois sou o Salvador da Pátria! 
Martin Luther King e Mohamad Gandhi, dois líderes do último século, que merecem referências,  não se utilizaram do estratagema  de que “os fins justificam os meios, mesmo que ilícitos”.
A ilicitude deve sempre ser condenada, senão perdemos todos os parâmetros da razoabilidade. Ver insignes autoridades e líderes empresariais presos é a mais evidente prova disso.
Os políticos por se acharem pais e mães da pátria e os empresários ou acreditaram que eram mesmo, por inocência uns e ganância outros, se renderam ao canto da sereia do enriquecimento fácil. Os mentores  queriam mesmo é se perpetuarem no poder, assim tudo fizeram conscientemente.
Poderia enumerar situações diversas, porém como elas já constam das postagens, concluo constrito que a esperança deve animar nossos corações a saber que  - se melhorarmos individualmente tudo melhorará. Para isso os usos e costumes  hão de ser revistos, principalmente quanto à eficiência do servidor público brasileiro em todas as áreas, assim como que sejam extirpadas as mazelas que os envolve quanto a privilégios descabidos.
A democracia é o regime do império da lei. Tudo pela causa  pública e não é isso que infelizmente vemos nos dias atuais. O homem público na verdade é escravo da lei, cumpre mudá-la quando inadequada do contrário observá-la,  por isso nem tudo pode e nem deve, a lei sim é sua guia.


domingo, 15 de janeiro de 2017

Em Brasilia,enquanto Policial Militar!

Deu aquele friozinho na barriga. 

Esclarecido sobre o que era – se é usual e norma da casa, vejo que é melhor pagar. Sem braveza, fui atendido. 

Ingressamos na Polícia Militar do Distrito Federal em dez paulistas, oriundos do Batalhão da Guarda Presidencial:  Álvaro, Xavier, Dascânio,  Camargo, Dias, Pelicério, Tinazi, Perin,  Cruz, José Miguel, os dois últimos já falecidos e Perin. Todos interioranos da região norte do Estado de São Paulo  de Franca a São José do Rio Preto.  Destes, cinco permaneceram  em Taguatinga, na Unidade Escola, empregados que foram:  um na  administração, dois  garçons e dois  caldeireiros, em serviço de apoio no refeitório.
No meu caso fui Caldeireiro e auxiliar de cozinha, onde trabalhei por um ano e meio. Em dias alternados, às 5 horas já estava aquecendo a máquina para o café para mais de duzentas pessoas, sob minha exclusiva responsabilidade.
Não sentimos  diferença, entre a organização e disciplina experimentada no Exército. Um fato que chamou a atenção, foi a primeira ocorrência, uma desordem com agressões, em uma   festa num colégio para qual seguimos de caminhão. Deu aquele friozinho na barriga. Tínhamos experiência militar, mas jamais havia deparado com a possibilidade de confronto. Ao chegar os ânimos tinha serenado. Chamou polícia eles  se acalmavam...Naquele tempo!?
Fato grave mesmo,  foi  o de um policial oriundo do Rio de Janeiro que não sendo sorteado para o lote de casas...surtou. Ele adentrou  no alojamento por voltas das vinte e três horas, aos gritos – jogou a escrivaninha de encontro ao forro e começou a quebrar os beliches, derrubando  quem neles estava. Saltei os armários e fui para o pátio de onde pude assistir o Tenente Oficial de Dia vindo: eles se encontraram na porta – ele pesava 105 Kg e jogava bola, o Tenente  jovem e magrinho, imaginei a cena. Na verdade o oficial caiu sobre ele, as praças acorreram e o amarraram numa pilastra, mas ele se soltou da corda e de posse de um revólver   fez vários disparos, neste momento muitos foram para um prédio distante, inclusive eu. Momentos após, seu corpo estava estendido no chão. Uma experiência dolorosa que muito nos entristeceu. Com boa agilidade, nos raxas, na convivência diária era extrovertido e solícito. Uma pena...Por remanejamento de efetivo, após dois anos  fui para o Plano Piloto, no 1º. BPM/M, onde trabalhei uns três meses no Policiamento Ostensivo e Guarda nas Embaixadas. Uma noite, no policiamento próximo a Rodoviária um altercação numa boate sobre consumação  – o que é isto? Fiquei sem saber:  o porteiro bravo queria receber, enquanto o cliente se recusava pagar. Esclarecido sobre o que era – se é usual e norma da casa, vejo que é melhor pagar. Sem brabeza, fui atendido. Esta foi minha primeira interferência  no policiamento urbano.  Por estudar, voltei para o apoio ao refeitório, agora responsável pela limpeza de amplo refeitório e auxiliar de cozinha,  servia as refeições e ajudava no preparo de saladas e o mais que tinha na rotina da cozinha.
Certa noite, armado me envolvi com dois indivíduos que urinavam defronte a casa da namorada. Um deles, ante a admoestação sacou de uma peixeira e apesar do primeiro disparo estacou, mas não recuou...ante a viagem marcada para o segundo exame na Força Pública de São Paulo, no sábado seguinte, um fleche passou no pensar e a mão foi um pouquinho para a direita. Dois investigadores, num aniversário de criança na casa ao lado me ajudaram na prisão. Estava com a mão esquerda ferida, mas não havia sinal do segundo projetil. Na investigação social para ingresso  em São Paulo, constei  o relato verdadeiro da ocorrência. No dia 10 de setembro publicou minha baixa, sem saber o resultado da investigação. Queria vir para perto da família. No dia 18, a grata confirmação no Departamento de Alistamento: recruta você esta atrasado para incorporar. O graduado com quem deixei o telefone para o favor do aviso, entrara de férias. Felizmente a ocorrência não me prejudicou, mesmo com a sua averiguação. Incorporei na mesma data.Um testemunho de época tempestuosa, vibrante,  de muito esforço e desprendimento.  Agradeço meu pai, familiares e todas as pessoas de bom coração e forte pensar,  exemplos de vida que sempre me incentivaram e foram muitas! Fica aqui o meu tchau ao Distrito Federal!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Chega de ministérios!

Exagero da máquina administrativa da federação.

A área da segurança nos parece a mais caótica de todas. O conjunto que gere as coisas da segurança é precário na estrutura e concepção




Consta em diversas publicações o exagero da máquina administrativa da federação. A evolução do número de ministérios vai de 14 a 39, ao final do governo de Dilma Rousseff, ele que era de 26 no da era FHC. Temer assumiu reduzindo para 23. A proposta  dos deputados de origem da segurança pública não faz qualquer sentido e está na contramão do que pede a população – menos senadores, deputados federais, estaduais e vereadores. Corte em seus salários, privilégios de aposentadoria, auxílio moradias, números de assessores e outras absurdas vantagens que permitem servidores dos três poderes, driblar o teto e receberem numerários astronômicos, em verdadeiro crime de ”lesa majestade”.
Acontece no Brasil uma licenciosidade quanto a regime de trabalho em algumas áreas que provocam letargia no cumprimento das responsabilidades inerentes aos cargos, sendo que a cobrança de eficiência é praticamente nula.
A judiciário deu um passo importante ao criar do Conselho Nacional de Justiça, o protocolo integrado e único de forma a possibilitar o acompanhamento no tempo dos processos. Também o novo Código de Processo Civil, inovou com a audiência de conciliação como preliminar condição a formalização da ação. Relatórios são expedidos periodicamente com avaliação do acompanhamento de situação.
A área da segurança nos parece a mais caótica de todas. O conjunto que gere as coisas da segurança é precário na estrutura e concepção. A dicotomia das polícias Civil e Militar um estorvo a eficiência. A legislação penal e processual penal, incluindo o sistema carcerário e ação quanto aos adolescentes de uma licenciosidade que deteriorou usos e costumes. A visão paternalista e libertária que embasou as discussões na eleboração da Constuituição Cidadã de 1988, um desastre.
Desta forma os criminosos, valendo-se disso evoluíram, formaram facções e hoje na maioria dos estados dão carta e jogão de mão. Governos atônitos veem catástrofes acontecerem, sem a mínima possibilidade de reação.
A própria criação da Força Nacional de Segurança um paliativo para inglês ver. Uma estrutura caríssima que num pais continental como o nosso não faz o menor sentido. Há regionalmente estruturas a partir das Forças Armadas,
Polícia Federal e polícias que deveriam ser únidas para dar respostas às situações emergências. Como foi no caso das Unidades Pacificadoras no Rio de JaneiroHá que rever a legislação quantos a estrutura das polícias nos estados, integração efetiva dos órgõas como aconteceu nos grandes eventos Copa e Olimpadas, atualização da legislação processual penal com redução da idade penal e enrigecimento da carcerária.
Ministério da Segurança mais um elefante branco, entre tantos que já temos.

domingo, 8 de janeiro de 2017

A ignomínia do cárcere!

Sobre este tema como referência os épicos Papillon e Alcatraz!

Porque os conceitos libertários da Carta Magna foram editados sob a orientação de políticos ex-presidiários. “Essa assertiva  ouvi em entrevista da boca de alguns deles”.


Sobre este tema como referência os épicos Papillon e Alcatraz e ainda a história trágica do presídio da Ilha Anchieta. Dentre eles Alcatraz e Anchieta visitei. O filme do presídio da Guiana Francesa, assisti por recomendação didática na Academia!
Vou mais além, porque  em 1979, por mais de um ano comandei a guarda externa da Cadeia Pública de São José do Rio Preto. Ela abrigava 140 presos, apinhados em mais de 15 por sela. Uma vida indigna a qualquer animal, nos zoológicos, certamente eles tem mais conforto.
Esta experiência, deu-me a oportunidade da atuação na rebelião liderada pelo preso Paraná que ao se deslocar de São Paulo a Rio Preto para depor, foi encarcerado separadamente com outros em ambiente restrito. Ele conseguiu sair do xadrez e liderar os 25 detentos da ala superior. Eles arrombaram  as dependências da Divisão de Investigações Gerais (DIG) e por 48 horas o episódio foi notícia, Brasil afora, pois  de armas em punho e ameaçaram um carcereiro, refém!
Paraná tinha um ficha criminal que contava com três homicídios, incluindo aí um Policial Militar. Depois de afrontar seguidamente a segurança, desencadeamos um plano por mim sugerido ao Comandante de fogo intenso em horário pré-determinado, partido de seis pontos. Deu certo, após uns 10 minutos os presos líderes foram presos. Os presos não sublevados expuseram em seguida - bandeira branca no portão. A solução deu-se sem um arranhão em ninguém. Deram e demos sorte, pois a polícia não existe para matar e sim apenas conter. Às vezes o fato morte decorre do embate. Neste caso zero morte, assim como lesões!
Nos últimos acontecimentos, difícil o conhecer dos fatos...vergonhosa a situação narrada que se alastra nordeste afora e  pior que ela, aconteceu em São Paulo em 2005, com o embate de rua, onde sessenta servidores públicos foram sacrificados por marginais.
O Ministro da Justiça apresentou plano emergencial de construção de presídios, mais importante que isso é a reformulação da legislação e a conduta dos agentes públicos, desde o judiciário aos da administração dos presídios  - porque os conceitos libertários da Carta Magna foram editados sob a orientação de políticos  ex-presidiários. “Essa assertiva  ouvi em entrevista da boca de alguns deles”.
Reformulemos conceitos e teremos uma chance, sem isso .... há o terreno movediço da distorção de rumos que nos levaram a esta situação  abjeta e ignominiosa!