No início de
novembro viajamos com um dos filhos para o México, mais precisamente Cancun,
região da Riviera Maya com suas praias
lindíssimas; o Mayan Palace Hotel onde
ficamos muito bom, ampla piscina a beira mar, floresta em volta, aconchegante e
confortável.
Fomos
a Tulum um sítio arqueológico
correspondente a uma antiga cidade na muralha, com as suas ruínas: a história dos maias ali
presente. Fomos também à Praya Del
Carmen, muito bem indicada.
Quanto
ao social, a periferia de Cancun não foge regra de algumas cidades brasileiras,
muita pobreza. No aspecto segurança, vimos
armamento pesado em viaturas grandes circulando de forma ostensiva no
perímetro urbano; nas estradas, sacos
de areia protegendo as bases rodoviárias
e os policiais em posição de alerta, quando não de tiro mesmo que contrastava
com a beleza da região.
Inevitável
comparar o que vi e senti com a expectativa da Copa do Mudo no Brasil, uma vez
que aqui como lá campeia a criminalidade selvagem sob o comando de traficantes.
Era do meu conhecimento a ação do
tráfico, entretanto quando se vê, tanta arma e dispositivos defensivos, difícil
não lembrar o que se passa por aqui. Os últimos acontecimentos foram horríveis.
Manifestantes encapuzados praticando crimes sob o manto da impunidade, afrontam
o estado de direito, os valores democráticos
e ficam impunes.
Os
jornais desta semana registram 50.108 assassinatos, número que superou 2012, e
o índice só aumenta. Somado a 40.OOO
mortes no trânsito, temos 90.000, para agravar o país é campeão mundial
de óbitos juvenil no trânsito e os homicídios até trinta anos, consistem na
maioria.
Não
dá para mudar tudo isso em um ano, sem contar que a corrupção e a desídia na
administração pública só aumentam, é só abrir os jornais para constatar. Na
semana que passou foi muito comentada a estratégia protocolar para se aprovar o
aumento do IPTU em São Paulo que foi submetido a justiça e suspenso.
O
um milhão de pessoas nas ruas em junho decretou o fim do ciclo iniciado em
1985. Primeiro foram os vinte anos de
militarismo, agora a população nas ruas disse que repudia a estratégia atual e
pede reformas.
A política equivocada pela contumaz
identificação de grupos minoritários e a proteção governamental descabida que
eles próprios às vezes repudiam, estimulando o rancor entre as pessoas. O ranço
contra os militares, expresso pela Comissão da Verdade, sepultou
temporariamente um traço positivo do perfil do
brasileiro, a tolerância entre as mais diversas nações que imigraram e foram sempre muito bem aceitas.
Amor palavra milagrosa da qual deriva todas as outras virtudes. Que
a ela cada um acrescente a sua fé e um cadinho de tudo que fortaleça o caráter.
Esta é a mudança que haverá de acontecer.
Chega
de violência; menos corrupção; menos manipulação do povo humilde de nosso país,
da exploração da classe produtiva; privilégios de políticos; impunidade daqueles indivíduos que praticam crimes da pior espécie,
agredindo autoridades e depredando o patrimônio público e particular.
Fosse
possível, os donos do poder teriam
mudado o superficial urgentíssimo para cacifar votos, depois de junho; não deu,
expirou o prazo. A rejeição da PEC-37,
um bom sinal da ação nas ruas.
Terminou
o ciclo militar há vinte e cinco anos, porque não haverá de terminar o ciclo
dos subversivos e terroristas. Vai ser no voto.
Milhões estão se comunicando
pelas redes. A corrupção, a violência, a impunidade, os privilégios como
munição.
Muda Brasil urgente,
é o anseio de todos!!!
Catanduva,
08 de novembro de 2013
José Carlos Xavier
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