Se o efeito defectivo do que mais temos de excelência na condução dos povos incidir na sua cidade ou estado, interaja no blog. Em 30 dias remeteremos a síntese a quem interessar possa.
Abraços
Xavier
"O amor resume todas as virtudes" (Xavier)
Foto: Ipês floridos em Catanduva/SP
Democracia x Dinastia
A história da evolução dos direitos dos povos através dos tempos é
fascinante. Desde a Grécia Antiga, o berço da democracia pelos conceitos
difundidos por grandes pensadores, tendo como o mais conhecido de todos
Sócrates, e não menos importante Platão e Aristóteles. Em outras paragens a
dinastia, regime onde o poder é transmitido no seio da família, sendo as mais
conhecidas e famosas as egípcias, há mais de mil anos antes de Cristo.
A democracia tem momentos épicos e referenciais, como o capítulo de
João Sem Terra na Inglaterra, porém o marco fundamental acontece com a
Revolução Francesa, com a ebulição de grandes pensadores que ordenam seu
ideário e como conseqüência lutas e mais lutas de conquistas com o intuito
subjugar outros povos.
O ideário e a espada, dois trunfos para conquistas duradouras a
privilegiar os povos que as desenvolviam, em tempos que as riquezas se buscavam
pelo domínio dos espaços e dos gentios.
Demolido o muro de Berlim, emblemático episódio dos tempos
modernos, tivemos a sensação do sepultamento da mais recente manifestação do
pensamento ditatorial via sindicato, que ultrapassou fronteiras, após o êxito
da revolução bolchevista em campos russos, tendo na garupa os anarquistas.
Há na literatura relato da utilização da riqueza dos czares, nos
núcleos de divulgação das novas idéias proletárias. O ouro subtraído era
argumento de convencimento circulando em malas. Lamarca tinha uma em Registro
com que comprava alimentos e a mente dos camponeses para a adesão à guerrilha
rural. As mesmas malas que até hoje compram consciências mundo afora. Na última
década se tornou tão corriqueira a conduta que em período eleitoral todos sabem
aqueles quem buscam as alças delas. Basta olhar ao nosso redor.
Voltando ao tema, ao terminar o III Ciclo da Escola Superior de
Guerra, cursado em São José do Rio Preto, visitamos Itaipu, obra gigantesca,
binacional que deu ao país sustentação energética por décadas. Na volta, longa
viagem e numa daquelas conversas interessantes de fim de curso, eis que alguém
contra-argumentou a análise que fazíamos sobre alguns aspectos da democracia
que nascia: “Não é bem assim; se olharmos com atenção veremos que das
capitanias hereditárias restaram muitas famílias que ainda mandam no país”.
Evidente que naquele momento de descontração turística não
forçamos a memória à época das capitanias, porém foi fácil constatar alguns
caciques: Sarney, Magalhães, Maciel, Maluf, e enumeraríamos uma ou duas
famílias por estado, pouco mais de treze como a tese defendida pelo
interlocutor.
Mesmo na América do Norte, a repetição de nomes em família; de
artistas pela exposição na mídia, por aqui está se tornando moda os boleiros,
ainda bem que de participação fugaz. O pior é que a introdução de novas
lideranças se dá pela riqueza e não pelo exercício dos dons da cidadania.
Tivemos até pai e filho na presidência das casas legislativas, ao mesmo tempo.
E nos campos do Cerradinho corre mala de dinheiro também? Quantas
estórias as esquinas contam e as histórias registradas na grande imprensa que o
povo não lê e quem lê se faz de esquecido. Tem político profissional que sempre
luta com unhas e dentes pelo aumento de seu salário e de funcionários
parlamentares e convence os não profissionais (!?) a gozar das benesses.
Ao leitor, a meditação de que entre tantas contradições, o
conceito de que a verdadeira revolução se dá indivíduo a individuo pelo
enriquecimento do seu referencial de conhecimento geral e da incorporação de
valores positivos de convivência humana.
Há luz no fundo do túnel, vemos isto em vários aspectos, o de
maior alento a intensificação da comunicação. Sabemos que muitas câmaras
começam revogar absurdos: lei do nepotismo; aumento desregrado do número de
cadeiras e de assessores etc. Não vai longe aqui perto: Pindorama e acolá. A democracia
direta há de chegar!
Podemos quase tudo, só depende de nós. Tem que participar: seja
com democracia, dinastia ou monarquia, e até mesmo anarquia. A essência são os
seus valores. Manipuladores, inescrupulosos, arbitrários sempre haverá. Eles
diminuirão a partir do momento que o seu interior, leitor, repelir, impedir que
você aja da mesma forma.
Do indivíduo constitui o estado, a nação, a sua comunidade, o seu
bairro, de você e de quem está ao seu lado, agora. Felizmente a roda social
gira no sentido de um futuro evolutivo: assim, pela educação e esclarecimento,
ditadores, quer sejam militares, quer sejam terroristas ou mesmo anarquistas, eles terão seus conceitos e
fonte motivadora revistos e adequados ao
futuro que suscitarmos aos corações e
mentes das novas gerações.
Chega de retórica repetitiva, chega da mesmice, chega de malas e
privilégios, chega de donos de partido, cada dia a fundar mais um!
José Carlos Xavier
Catanduva, 25 de janeiro de
2012
Acredito que a mudança será facilitada pelo aumento de fontes informadoras individuais e mais diretas da internet, fazendo que o monopólio da informação das grandes fontes(emissoras de TV) as quais costumam distorcer o conteúdo perca poder, agora só resta ao Brasil a parte mais difícil e menos atrativa para os poderosos, fazer seu povo entender o que lê!
ResponderExcluirValeu Pri o exercício da cidadania por todos pode mudar o status quo!
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