Na Trincheira do Poeta

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terça-feira, 5 de março de 2019

Brasil ex-paraíso de sindicatos!


No Brasil havia dezessete mil sindicatos.

Na verdade eles se transformaram numa casta privilegiada de onde muitos saíram para galgar postos de decisão e muitos foram surpreendidos com a mão na cumbuca do dinheiro público



Dados divulgados  na época da Reforma Trabalhista levada a efeito em 2016, sob a administração de Michel Temer mostraram que no Brasil havia dezessete mil sindicatos. Notícia de hoje registra que a arrecadação deles caiu 90% e que estão se reunindo em blocos para sustentarem reivindicações! Mais assustador do que o número deles é a verba auferida que registra RS 3,64 bilhões em 2017 R$ 500,00 milhões no ano passado. O número deles país afora era de dezessete mil.
Pior que isso era o dispositivo constitucional que impingia ao trabalhador recolher um dia de trabalho anualmente, além da contribuição mensal obrigatória!
Vemos é fácil, uma ostentação descabida de diversos deles. Ora é certo que a riqueza nacional é fruto do suor do trabalhador, por isso mesmo, a concentração dela em custear excesso de membros de diretoria e a proliferação deles com os privilégios que víamos não é razoável.
Na verdade eles se transformaram numa casta privilegiada de onde muitos saíram para galgar postos de decisão e muitos foram surpreendidos com a mão na cumbuca do dinheiro público. A começar daquele que alcançou a Presidência da República, preso que está há quase um ano – Lula.
Faça a conta a partir do assustador número (17.000), se considerarmos um pelo outro em 5 dirigentes, temos (85.000) pessoas cuidando só de sindicatos, mas este número é subestimado, portanto em que pese a importância deles, tínhamos uma autêntica fabrica de burocratas a cuidar de quem dá duro na linha de frente. Na verdade se transformaram numa casta perpetuada pelo rodízio na liderança e outros em funções burocratas.
Há gordura por tudo quanto é lado, no arcabouço da estrutura burocrática desse nosso país dos sindicatos aos conglomerados políticos, o que não falta são distorções aproveitadas pelos que ascendem à política e burocracia estatal.
Temos ventos novos sobre o Planalto, mas enquanto eles não soprarem de dentro para fora no reconhecimento de que as mazelas do tempo do Império, encalacrada no arcabouço do poder no Brasil, tudo será muito difícil  de se resolver. O equilíbrio que já está listado nas redes sociais, em boa parte delas, há que ser buscado nas ruas porque a auto abstração deles por quem os desfruta, em autêntica  renúncia, é inviável, esqueçamos!
Assim caminha a roda social, aos trancos representados pelas contradições de épocas que ao cansar a todos, dá lugar a outras, às vezes até pior. Hoje temos meios para aprimorá-las pela universalidade instantânea da comunicação, indivíduo a indivíduo crescendo nossa responsabilidade sobre o que fazemos. Ao futuro a esperança, a nós a reflexão do que é melhor para todos, principalmente às futuras gerações!
Dezessete mil sindicatos um despropósito, certamente!!!

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