O humor do rei fosse mantido nas alturas.
Está nítido que todos os partidos desfrutaram da via clandestina do caixa 2. Falou que havia uma terceirização da propina que era intermediada pela Odebrecht.
Artigo publicado na íntegra no jornal " O Regional" de Catanduva!
Artigo publicado na íntegra no jornal " O Regional" de Catanduva!
A
expressão “bobo da corte” é originária de um cenário das reuniões nababescas em
que todos se sentavam a volta do Rei para se locupletarem enfastiados das
mordomias da coroa - comidas, bebidas, orgias e tudo mais que ainda reina mundo
afora. Nelas haveria de ter um palhaço para que o humor do rei fosse mantido
nas alturas, então aquele que mais fizesse patacoadas o seria, mesmo que por
uma noite o bobo da corte. Havia dentre os serviçais aquele oficial que estava
em todas as reuniões, cujos trejeitos
divertiam o monarca.
Numa
delação que desnuda os bastidores fedentinos dos porões da República, Marcelo
Odebrecht e toda cúpula da empresa assinaram delação premiada - são mais de
setenta membros ouvidos. Entretanto, a fala dos líderes-proprietários dá o
norte de tudo que acontecia, corroborando com o que já foi visto no Mensalão -
esquemas e mais esquemas de dinheiro para custear as eleições e enriquecer
políticos e suas proles.
Está
nítido que todos os partidos desfrutaram da via clandestina do caixa 2. Falou
que havia uma terceirização da propina que era intermediada pela Odebrecht, não
bastassem as altas somas que disponibilizou diretamente, além disso, quis se
fazer de vítima ao dizer que era induzido a conduzir empreendimentos que nem
mesmo queria participar.
São
de estarrecer as informações sobre as altas somas destinadas aos políticos, por
conta deste caixa 2. Todos eles negam, com a recorrente alegação que as verbas foram
apresentadas ao Tribunal de Justiça Eleitoral e aprovadas. Entretanto o cipoal
que se apresenta e a condenação de tantos desmentem cabalmente as declarações
de todos os políticos.
A
pergunta que se faz: como a sabedoria empreendedora dos líderes de tão renomada
empresa se renderia à imagem do “Bobo da Corte”? Empresário de tanto sucesso e seu
clã são definitivamente cúmplice do que mais abjeto aconteceu neste país, ou
seja, a promiscuidade do público com o privado, sob a égide de que “os fins
justificam os meios, mesmo que ilícitos”. Aos políticos o que importava é “nos
perpetuarmos no poder, somos a redenção do povo!”. Aos empresários, o
enriquecimento a qualquer custo!
O
pior é que institucionalmente está comprovado que a sanha pelo dinheiro está
presente na cobrança de impostos para custear altos salários de alguns
segmentos do serviço público, comprometidos também pelo excesso de mordomias, principalmente
dos políticos e de seus asseclas.
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