Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Atividades extraordinárias!

Já consignei nos escritos sobre estes tempos que meus dias eram repletos de pequenas tarefas, isto desde os seis anos, lá na chácara.

Conforme o tempo passou elas se tornaram mais complexas , havendo vários incidentes que jamais resultaram em qualquer dano físico mais grave, felizmente.
Exemplifico com as várias quedas de animais, os cavalgava em pelo, então a qualquer refugo ou falsear da marcha, atravessa seus pescoços, sendo limite o chão.
Tombei carroças duas vezes. Uma ao atravessar uma porteira, me distrai olhando o pai e não percebi o barranco. Na outra, o animal saiu para o lado errado, antes que tivesse o controle da rédea. No carreador corrigi a direção. Ao sair do eucalipto o instiguei a correr, quando olhei para o tio que trabalhava ao lado a roda bateu num toco, sendo que fui com o banco para uma lado e a carroça tombada para o outro. Até hoje não sei se meu pai soube disso. Meu tio João era  muito legal. O velho não falou nada e nem eua ele.
Insiro aqui o encontro do jacaré por mim e o primo Jerônimo, depois de levarmos o almoço aos pais. Contamos para minha mãe que em companhia da sobrinha Luzia o matou a machadadas. A tarde já estava nas panelas. Subsistência da prole!
Reputo como extraordinárias as vezes que fomos na Barrinha buscar alimentos. Somos da mesma idade, eu e o Jerônimo, à época entre 9 e 10 anos. Nos recomendavam alguns produtos alimentícios e lá íamos nós. Certa vez ocorreu um fato pitoresco em que um filho de comerciante da nossa idade quis nos intimidar, segurado o animal pelo bridão - arremecei a giboia no chão e ele soltou na hora.
Giboia um reio comprido, com um parte mais grossa ao meio que busca a ponta da orelha do animal e também do atrevido garoto citadino.
Não há sentido de vanglória e sim mostrar a auto afirmação que nos era passada pelos genitores.   Entendo positiva a capacidade de autodefesa e o desprendimento e segurança do deslocamento por seis quilometros, atravessar a ponte de mão  única sobre o Rio Mogi Guaçu e ainda sem relação escrita comprar o que nos era pedido. Tempos outros,  procedimentos à avaliação do leitor. Domingo dia do Senhor que ele seja louvado para sempre louvado seja. Que sejamos dignos da Paz de Cristo num viver justo e solidário.

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