Ocorreu que esta coincidência não se repetia
Apesar das dúvidas, mas obediente à perseverança, no ano seguinte, prestei o exame novamente
Publicado na íntegra em 07/02/15 no jornal O Regional de Catantuva.
Pelo que dizia meus pais, nasci numa segunda feira de carnaval. Ocorreu que esta coincidência não se repetia nunca e começava duvidar, quando em 1969, ela se deu, 17 de fevereiro – carnaval.
Neste ano sofri um grave revés que foi a reprovação para o curso de soldado da Força Pública do Estado de São Paulo. Após dois anos de intenso estudar, terminado o primeiro ano cientifico em Brasília, soube que numa férias era possível fazer o exame na polícia paulista e assim fiz. Para minha decepção, não tive sucesso. Então voltei muito contrariado e ficava me perguntando onde foi que errei?
Ao regressar ao trabalho, a coincidência – meu aniversário numa segunda feira de carnaval. Aí fui para a folia. Encontrei alguém como eu perdida no salão e lá se foram quatro dias, no último levei um cano, mas uma vez no salão lá fiquei, afetividade de carnaval, efêmera. É comum!?
No ritual duas dozes de destilado antes e uma a cada intervalo e dançar, pular, num efeito catarse completo de aliviar o coração. Lá se foram uns quilinhos que recuperei em breve. Juventude tempos de muita energia e esperança e alguma pequena extravagância também, porque não ninguém é de ferro.
Apesar das dúvidas, mas obediente à perseverança, no ano seguinte, prestei o exame novamente e aqui estou nesta cidade maravilhosa, como a minha terra natal com um carnaval de muitas tradições.
Em minha opinião as regiões deveriam cultuar suas tradições e dar ênfase a elas e o feriado de carnaval ser regional e variar por municípios, conforme suas tradições. Esta farra que retarda na prática, o início do ano civil em efetividade de ações no Brasil, não acrescenta nada e sim vejo prejudicial ao rítmo dele e aos usos e costumes, também.
Trabalhei como comandante de unidade operacional em vários carnavais. A ocorrência de destaque - a morte de um adolescente por excesso do uso de éter e não se tem certeza, se de outras dogras.
Ele foi apreendido em um ônibus e entregue na delegacia de Ibirá, porém ante a inexistência de dependência própria para menores, foi liberado e lá estava o corpo estendido no chão, por volta de meia noite, quando fazia minha ronda no Campestre Clube, pelo idos de 1981.
Vemos em nossa região, exceto Catanduva e Iibrá que tem tradição, um verdadeiro forçar de barra na organização destes festejos, como ocorre em tantas outras plagas de outros hábitos e costumes, onde a liberalidade da época não condiz com a cultura local.
Nada contra, onde seja condizente aos hábitos, mas generalizada como é com o destaque que tem, em minha particular opinião, não faz sentido, apesar de ter me valido dela, lá atrás! Contraditória, mas esta é minha conclusão!
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