Na Trincheira do Poeta

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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Brasil, gigante também nas contradições!

Reforçada por 120 homens da Guarda de Defesa Nacional.

A restruturação da Segurança Pública quanto a competência entre as Polícias Civil e Militar e seu “modus operandi” somada a mudança da legislação penal. 


Dias atrás noticiou a centenária Hora do Brasil – Rio Grande do Sul será reforçada por 120 homens da Guarda de Defesa Nacional. Sobressaltado imaginei o prestígio que já teve a Brigada Militar na condição de uma polícia de escol, assim como, o caráter ordeiro do povo gaúcho a se destacar pelas lutas cívicas quanto ao ordenamento nacional com  líderes, desde Getúlio Vargas, o expoente maior daquela plagas.
A notícia é de surpreender a quem se dispõe a  refletir sobre a razão do deslocamento de tão ínfimo efetivo, ante os 24.909 homens daquela prestimosa  Corporação Militar. A decisão deu-se em razão do acirramento da criminalidade em Porto Alegre. Aliás, quanto ao tema criminalidade, acompanhei o noticiário sobre o  emprego das forças armadas na ação de pacificação das favelas no Rio de Janeiro, na Copa do Mundo e agora nas Olimpíadas que contou com 22 mil homens.
Surpreendente a onda de homicídios em Porto Alegre, da mesma forma da necessidade de reforço  e mais ainda que seja designado tão pouco efetivo, ante uma população próxima a 1.500.000 habitantes.
Sobre a Força Nacional desde seu surgimento em 2004, paira dúvida da real necessidade deste dispositivo. Melhor seria que os estados contassem com maior mobilidade de suas tropas para casos excepcionais, apoiados pelas Forças Armadas, como acontece em casos de catástrofes. Ao meu singelo senso de apreciação, considero esta medida mais um elefante branco, entre tantos existentes. Um paliativo mais político do poder central do que de eficiência na prática. Se  as Força Armadas são empregadas na maioria das excepcionalidades, para que esta caríssima estrutura.
Quanto ao caso do Rio Grande do Sul, mais parece mesmo uma piada. Uma medida de quem quer jogar para a torcida, porque sabem tantos quantos lidam com distribuição de efetivo que 120 homens, nada significam ante a situação que se noticia. Um paliativo meramente político para dizer que se está fazendo alguma coisa que satisfaça a quem requer e ao requerido, mas o resultado à população  é  inexpressivo, certamente.
O recrudescimento do crime em Porto Alegre  e no  Brasil como um todo decorre de distorções e inadequações no âmbito legal/criminal, nas estruturas judiciárias e das polícias que há muito tempo são reconhecidas como inadequadas, entretanto o descaso se perpetua.

 A restruturação da Segurança Pública quanto a competência entre as Polícias Civil e Militar e seu “modus operandi” somada a mudança da legislação penal desde o cumprimento da pena, até a tipificação de crimes e dosagem de penas que reconhecidamente são excessivamente benévolas aos criminosos, isto sim se faz urgente.  De norte a sul do país  pipocam notícias escabrosas diárias, não é só na Capital Gaúcha.  O reforço da Guarda de Defesa Nacional,  como nesse caso, só um paliativo para ”inglês ver”!

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