Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Da PMDF para a Força Pública!


Depois de oito dias, em 10/09/69, estava liberado.

Incorporado, frequentei o curso de soldado pela terceira vez, uma no EB, outra na PMDF e agora no Batalhão de Guarda da Força Pública de São Paulo.

A transferência de Taguatinga para o Plano Piloto, reprovação em São Paulo e incidente do entrevero com civil já narrados alteraram muito meu ânimo quanto a uma conclusão do Científico para decidir o rumo de minha vida. Ao saber da possibilidade de transferência, via concurso sem sair da PMDF, ascendeu a chama do retorno para São Paulo e perseverei, fiz o concurso pela segunda vez, nas férias de julho.
Diante da demora da informação sobre o resultado da investigação social pelo contato compromissado em fazê-lo, ao depor na Companhia Militar sobre o disparo, decidi deixar Brasília, mesmo que fosse reprovado. Fiz contato com o protocolo comando e relatei minha situação – "preciso agilizar minha baixa". Estou sob investigação e não sei o resultado, tem um procedimento em curso e quero dar baixa. Ele orientou que fizesse o documento que iria se empenhar quanto à brevidade - depois de oito dias, em 10/09/69, estava liberado.
Eram outros tempos, deixei Brasília apreensivo e após o final de semana em Batatais viajei a São Paulo. O trecho entre a rodoviária velha e a rua Tiradentes, bem ao lado de onde hoje é a estação do Metrô, foi caminhado com as pernas trêmulas. No Departamento de Alistamento incrustado, entre o Regimento de Cavalaria e o 1º Batalhão “Tobias de Aguiar”, a resposta que precisava – você está atrasado para incorporar, e o fiz no mesmo dia. Datas importantes são anotadas ao longo da vida, mas esta comemoro de forma muito especial dia 18/09/1969, pois se fosse outra a resposta, teria que procurar emprego incontinenti; com a afirmativa da aprovação, segui meus desígnios como Policial Militar que sou até hoje.
Incorporado, frequentei o curso de soldado pela terceira vez, uma no EB, outra na PMDF e agora no Batalhão de Guarda da Força Pública de São Paulo. Pertenci ao  22B9 Pelotão, nele conheci Thomaz Alves Cangerana. Ele, Aluno Soldado, pertencente à família com outros familiares já Oficiais, e juntos estudamos para o concurso à Aluno Oficial. Passamos na prova de Português, que eliminou 80% dos candidatos, e mais uma vez a barreira do psicotécnico.
Segui para a segunda fase da Escola de Soldado no Batalhão Tobias de Aguiar, nela aliamos aulas teóricas com atuação no policiamento a pé na área central de São Paulo, como atividade prática, sendo  aprovado em primeiro lugar do pelotão; vejo que mais pela repetição do curso do que mérito intelectual. Este ano foi tumultuado em minha vida, do qual participei de episódio escrito no livro “Tributo a um Herói”.
Dou sequência aos registros biográficos, intervalados à constatação da realidade social, objeto deste blog que tem o condão de suscitar discussão sobre o extrato social, sob o ponto de vista de quem trabalhou desde os seis anos e a pós adulto atuou na segurança pública por trinta e dois anos e advocacia por onze anos!

sábado, 25 de fevereiro de 2017

O enésimo acusado!


A população está enojada de tantos acusados.

Não fosse o princípio legal da "presunção da inocência", não teríamos quem dirigir os destinos da nação brasileira.

Ao buscar na história dos romanos a figura do Triunvirato dos Acusados dei ênfase ao absurdo das mais altas autoridades políticas estarem na berlinda sendo que dois deles foram depostos, “Dilma e Eduardo Cunha", e o outro, Renan, certamente perderá o mandato porque são várias e graves as acusações. Mas neste momento de desolação nacional, não pelas iniciativas da administração, que parecem dar resultados, demonstrando que há competência político-administrativa dos empossados, mas pela falta de  credibilidade pelo cipoal de denúncias de que são alvos quanto à lisura procedimental do passado recente, em face da corrupção desenfreada que atinge a maioria deles.
Assim, saio do triunvirato para me valer do conceito do enésimo que, em sentido amplo,  caracteriza a situação porque pela elevada incidência se tornou cansativa para o povo brasileiro a constastação de tão abjetas condutas corruptivas detectadas, no Mensalão de tantas prisões e agora na Lava Jato que parece não sobrar ninguém. A corrupção  foi elevada à enésima potência, está destruindo a riqueza e o caráter nacional.
A população está enojada de tantos acusados. Não fosse o princípio legal da presunção da inocência, não teríamos quem dirigir os destinos da nação brasileira, uma catástrofe política que afetou negativamente os destinos do povo, negativando sua imagem mundo afora.
Estamos piores em vários índices - seja  educação,  segurança,  justiça, saúde. Grave crise econômica e institucional se instala, com empresários e políticos presos. Aspectos graves de quebra da ordem acontecem, em algumas unidades da Federação. A descrença popular só aumenta. Não bastasse isso, temos um estado caríssimo pela exacerbação dos impostos cobrados para uma prestação de serviço pífia.
Com o Presidente atual também acusado, emergindo pelos poros do extrato social acusações irrefutáveis sobre a maioria daqueles que poderiam assumir cargos, ele veio a público para dizer que uma vez denunciado, ao se tornar réu, será deposto o detentor do cargo de confiança. Uma equação de última hora para viabilizar a governança, pois da condição de acusados poucos estão isentos. Vejam só onde chegamos!
Na verdade os culpados são todos eles, pois  está comprovado que fizeram do público, o privado. Esqueceram as leis para exercerem a política sem nenhum escrúpulo e com ânimo despudorado do poder a qualquer custo.
Somente uma profunda reforma do poder político, para resolver a situação atual e quem irá promovê-la. Os mesmos? A chance foi dada, é melhor que acelerem medidas saneadoras, senão somente um novo Poder Constituinte o fará!
O povo deve ordeiramente permanecer nas ruas e conseguir o que todos hoje sabem pelas rede sociais – diminuir o custo Brasil e sanear a corrupção. A pauta deve passar pelo crivo da população, seja por plebiscito ou diretamente das ruas, através dos cidadãos de bem para uma nova ordem constitucional da República Federativa do Brasil.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Atos políticos eivados de dissimulação!

Vem de tal forma eivada de dissimulação que extrapolou o limite. 

A modernidade na constatação de falcatruas, pelo cruzamento de dados via sistemas informatizados, não foi suficiente para inibi-la. 



Hoje, 08:53
Título! Atos políticos eivados de dissimulação! De tudo que lemos e assistimos, resta-nos a impressão de que a astúcia que é uma característica essencial para o líder vitorioso, em nossa pátria amada do Brasil, vem de tal forma eivada de dissimulação que extrapolou


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Cármen Lúcia - publicidade ao que é público!

Dispensar ostentação e mordomias.

Desde os pequenos atos até a expropriação que assistimos decorrente de ações criminosas de nossos representantes políticos.


A República do Brasil parece ter encontrado quem a remende. Aliás, remendar, um bom conselho a quem quer fazer economia, que é o caso nestes tempos de vacas magras, inclusive a toda elite dirigente de nosso país. Lembro-me que por cultura familiar a  italianinha, minha mãe, afirmava que as roupas de passeio deveriam durar sete anos, e as guardava no baú com muito carinho.
Li nestes dias a trajetória que dá o perfil da Ministra Presidente do STF, Carmen Lúcia, de dispensar ostentação e mordomias. Simples, tem costumes que chegam à trivialidade e passa sempre despercebida, quer seja no táxi, ao comer um petisco de seu agrado, dispensando apoios que tantos adoram na função pública.
Recentemente decidiu, em sede do CNJ, pleito de servidores do Estado do Tocantins, que pugnavam pela privacidade de seus atos, sob alegação de que estavam sendo expostos quanto à produtividade, indevidamente. Ela refutou a tese da relatora ao afirmar que o artigo 37 da Constituição, que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, obedecerá aos princípios da legalidade, da moralidade e da publicidade.
Assim, bateu o martelo e negou razão aos requerentes. Desde Denise Brossard, que algemou todos os bicheiros do Rio de Janeiro de uma só vez, mais recentemente Eliana Calmon e Joaquim Barbosa, que escancararam as mazelas internas, este último atendo-se inclusive aos “conluios de advogados e juízes em relações promíscuas”, dizeres públicos textuais dele, a exemplar condução do Mensalão e agora a força tarefa da  Lava Jato, dão sentido ao surgimento de uma nova era.
Não tenho dúvida e já escrevi, “Se melhorarmos individualmente, tudo melhorará”.  E melhorar significa renegar o ilícito a nossa volta, desde os pequenos atos até a expropriação que assistimos decorrente de ações criminosas de nossos representantes políticos, mancomunados com empresários, tal como eles corruptos, também.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Policiais Militares - restrição a greve!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Eunício - a política com dignidade empobrece!

A conclusão é do atual Presidente do Senado, Eunício  Oliveira.

Está fácil entender o que houve na prática corrente, evidenciada no Mensalão e na Lava Jato e seus desdobramentos.

em recente entrevista cujo resumo da fala consta da postagem de ontem sob o título “Eleição no Senado – de acusado para acusado”. Pergunto a você, leitor, e peço que comente, deixe sua opinião: foi “ato falho” ou “o uso do cachimbo deixa a boca torta”. Observo, mesmo sem carecer, que “ato falho” deriva de um equívoco momentâneo, face às tensões de toda ordem – cansaço, contrariedades, expectativas desmesuradas etc e assim vai, enquanto que “o uso do cachimbo deixa a boca torta”, nem precisaria de referência, pois consiste em jargão popular, entretanto o faço para constar ser - conduta usual, costumeira, que provoca na boca do fumante pequena deformação.
Ouso manifestar que, pela experiência do entrevistado, descarto ato falho para ficar com a segunda assertiva, pois o constante repetir expressões correntes em ambientes comuns, os mesmos dão origem a jargões que acreditam de forma a incrustar no subconsciente com afloramento espontâneo.
A realidade atual quanto à impressão sobre o exercício da política nos leva a concluir que jargão – “político pobre, sinônimo de burrice”, se encaixa como uma luva no pensamento do Presidente do Senado, constituindo-se, numa aberração.
Está fácil entender o que houve na prática corrente, evidenciada no Mensalão e na Lava Jato e seus desdobramentos. Também por todas as informações sérias, com dados expressos e não contestados por quaisquer governos de que o custo do político brasileiro é um dos mais altos do mundo e os impostos, idem; que pouco trabalhamos pelo excesso de feriados, fator que eleva o custo Brasil porque a cada 30 dias todos vão aos cofres. Não dá tempo de pensar, executar com esmero, nada.
A justiça é lenta, as três esferas da Federação disputam fatias do orçamento a unhas e dentes; omitem-se quantos a suas responsabilidades, atribuindo uma a outra não ter cumprido seu dever, como ocorreu no caso da matança nos presídios do norte e nordeste.
De bom somente o despertar dos brasileiros para uma nova forma de viver e agir; o exemplo da equipe da Lava Jato; as ações recentes em busca de reformas preteridas há 10, 15 e 20 anos. Que aconteça como a que eliminou a hedionda inflação. É mais difícil agora, pois os focos são dispersos – segurança, previdência, política, econômica. Passos gigantescos já foram dados; que venham outros, e o povo sempre nas ruas como acontece desde 2013!
Que os envolvidos sejam condenados e expurgados da política e um novo pensar se anteponha à cultura do vale tudo. Que tenha sido somente um equívoco momentâneo do Senhor Eunício. A liderança é uma dádiva a ser cultuada com nobres sentimentos para quem a riqueza é apenas um detalhe na vida e que não deve ser buscada a qualquer custo. Mais vale a de espírito e uma vida vivida com honestidade e amor no se que faz!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Eleição do Senado - de acusado para acusado!

O rol dos não acusados será reduzidíssimo...

"A política empobrece se você a fizer com dignidade [...] estaria numa condição muito diferenciada se tivesse, como empresário, aproveitado as oportunidades econômicas".

Consciente de que o escrito não se desfaz por mera vontade ou casualidade, reservo-me o privilégio da modernidade ao registrar, através deste Blog, impressões constatadas da realidade conjuntural da vida nacional pela liberdade de imprensa que felizmente temos. Este, que direito, está entre aqueles mais sagrados do regime democrático.
Assim, constato que o fim do “Triunvirato dos Acusados” não acontecerá pela via expulsória e sim eleitoral. Contrastando com as céleres decisões da instalação do Impeachment da Presidente Dilma e incisiva decisão do STF de afastar o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A vez do Renan, através da liminar do Ministro do STF Celso de Mello não vingou. Ele articulou os bastidores do poder de forma que lhe foi dada a chance de sair ileso, por enquanto das diversas acusações que sobre si recaem.
Constatada pelos mais diversos meios de comunicação Eunício Oliveira, candidato a Presidência do Senado, é outro acusado. São tantos nesta condição que está difícil de encontrar quadros para compor o governo. Enquanto isso, o processo no TSE contra a chapa 'Dilma e Temer' caminha, constituindo-se em  sério embaraço do qual tem que  se livrar o atual Presidente da República.
Neste cipoal, será acrescida a lista da Odebrecht, a de Eduardo Cunha e de Eike Batista, que certamente virão. Em consequência, o rol dos não acusados será reduzidíssimo, resultando  que a renovação da atual da liderança política dar-se-á pela via legal, se aplicada com critério a Lei da Ficha Limpa. Ela que derivou da iniciativa popular, encampada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros).
Por absurdo dos absurdos, ocorreu  infeliz exposição de raciocínio na entrevista  de Eunício quando a afirmou que “a política empobrece se você a fizer com dignidade”... que estaria numa condição muito diferenciada se tivesse, como empresário, aproveitado as oportunidades econômicas. Páginas amarelas da revista Veja da edição de 01/02/2017!
É de tamanho contrassenso o raciocínio que denota onde chegamos! A honestidade é valor que distingue o humano! Como assim poderá ser fator de prejuízo na vida de todos nós? Os fatores da eficiência em qualquer ramo de atividade humana certamente estão desatrelados da apreciação negativa quanto ao aspecto dessa natureza - fosse assim o Japão não seria a potência que é, pois que se faz sabida a retidão de caráter que prevalece na conduta dos nipônicos.
Que não se eleja e se sendo eleito, que entre no rol dos acusados, substituindo negativamente sob este aspecto a Rena... A presunção de inocência é uma máxima valorosa como princípio legal a ser acatado. Que todos sejam contemplados por ela, pois os direitos são para os políticos também.
Entretanto, o equívoco cometido pelo nosso líder na entrevista merece uma retificação na próxima edição... se ela acontecer registrarei, mas também pode ser resultado da inculturação do meio político mesmo, sendo que o resultado desastroso está aí – povo às mínguas, e os políticos, riquíssimos!
Se o estado de coisa não mudar na elite dominante, as chances serão remotas para os brasileiros.  Conclusão infeliz do candidato! Estes são os nossos líderes... Renovação já!