Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Resenha semanal VI

Difícil acompanhar o noticiário brasileiro. O momento é crítico. Mas se faz necessário, pior é ser alienado!
 Bandidos constroem versões por ouvir dizer', diz Planalto 12/09/17
Está muito triste ver o noticiário em geral sobre as atitudes dos envolvidos em corrupção no Brasil, quer seja dos particulares ou dos políticos. Fora catastrofes, só se fala disso. Cansou, a impressão é que todos se perderam num mar de lama, ante a expectativa de que velassem pela honestidade. Todos, pois em ambos os polos são criminosos pela prática da corrupção ativa ou passiva. O país nos trilhos é todos querem ver!
Professor é agredido com tijolo e tem carro depredado por alunos em São Carlos 13/09/17
Faz é tempo que o princípio da autoridade fez água nas escolas do Brasil. O descalabro que vemos na política em que líderes nacionais estão sendo desmascarados pelo envolvimento com a corrupção, contaminou a sociedade num estado de coisa difícil de reverter.
 Sabia de custo por enfrentar modelo político corrupto, discursa Janot em despedida 15/9/17
O exercício da autoridade é um ônus personalíssimo. Em que pese o caráter objetivo dos atos praticados, a decisão sobre a oportunidade em matérias tão intrincadas como as denúncias ao Presidente cabe a avalição da oportunidade e outras vertentes. Janot sai mesmo como homém forte, neste tumultuado momento da política nacional.
 Discurso de Posse de Raquel Dodge 18/09/17
Marcante foi a votação da PEC que tirava os poderes investigativos sobre atos administrativos/políticos do Ministério Público, um cala boca propício aos corruptos. Já haviam tentado no início do mandato,2002/04 calar a imprensa, via órgão de classe, sob o controle do viés ideológico. A votação foi 400 contra para 9 a favor, da permanência deles, uma vez exigida a votação pelo povo nas ruas em 2013. Sucesso Procuradora Dodge. Os brasileiros, pedem e merecem honestidade e eficiência dos homens públicos.  
 Marco Aurélio prevê revisão de afastamento e recolhimento de Aécio pelo Senado. 20/09/17

Políticos de todo jaez, desde vereadores a senadores esperneiam nas garras da justiça. Este dia chegou! Que atravessemos esta etapa de tantas frustrações para os populares que assistem sem acreditar no que os noticiários divulgam quanto a nomes e mais nomes, inclusive de candidatos a cargos importantíssimos da República, sendo que a eleita presidente descansa em casa faz tempo. Quando será a vez do Renan?

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Entrevista do Comandante do Exército!

Fardado, o entrevistado deu show de civilidade e competência.

Permeou com propriedade os mais diversos temas da vida nacional e se ateve com especial atenção à causa amazônica, região onde serviu por vários anos.

Ocorreu na segunda-feira desta semana, no programa "Conversa com o Bial", inédita entrevista com o General Comandante Villas Boas, Comandante do Exército Brasileiro. Evidentemente não fui dormir, ainda bem! Consta de minha biografia que em 1949, em plena Segunda Guerra Mundial, meu genitor foi dispensado, após o alistamento militar e lamentava o fato, ao contrário de muitos.
O tempo passou, e em 1966 lá estava eu no Batalhão da Guarda Presidencial depois de muitas peripécias, a prestar continência ao General Humberto de Alencar Castelo Branco, Presidente da República. Em 8 de maio de 1970, nos Campos de Registro, interior de São Paulo, cumpriu a mim combater terroristas detratores da Pátria.
Fardado, o entrevistado deu show de civilidade e competência. Tratou com naturalidade o caso do Gen. Humberto Mourão ao dizer que a fala dele foi em âmbito restrito, ao responder questionamento sobre assunto específico à competência das Forças Armadas, que tem mesmo o poder de intervenção no caso do exaurimento de outros meios quanto ao resgate da ordem constitucional. Mourão é um bom Soldado, já conversamos e não haverá punição.
Permeou com propriedade os mais diversos temas da vida nacional e se ateve com especial atenção à causa amazônica, região onde serviu por vários anos, destacando sua importância para o mundo no aspecto ambiental e ao país pela sua riqueza incomensurável. Riqueza esta que é de tal magnitude que sofre influência internacional, devendo ser tratada com especial atenção a área quanto a soberania nacional pela indevida influência estrangeira na região.
Disse que na época de chumbo, como é chamado o auge do período da repressão militar, era muito jovem, suas funções por isso foram estritamente de caserna e operacionais sem nenhum vínculo com com a atividade antiterrorista.
Villas Boas deu tambêm belo exemplo de superação e humanidade, pois mesmo sob tratamento de doença degenerativa não abandonou o posto, falou da sua fé em Deus e com a participação de sua simpática filha, por ela foi citado os hábitos familiares e preferência musical dele pelo folclore de vários países e músicas raízes, inclusive a  sertaneja.
Dignificante a conduta exposta como constou às Forças Armadas do Brasil. Como bom soldado e simples ente comunitário que me esforço ser... o aplaudo General Vilas Boas. Parabéns!

terça-feira, 19 de setembro de 2017

A ética e o gol do Jô!

Há na fisiologia toda descrição de uma queda no salto!

A ressalvar que três dos participantes, inclusive o apresentador do programa afirmaram que não dá para prever se ele teve plena consciência de pronto do toque.


Nos tempos em que apitei jogos internos entre equipes amadoras, pedia aos atletas que tolerassem erros, pois a decisão do árbitro é instantânea, portanto em parte reflexa, sendo que  na primeira aula sobre arbitragem de futebol, aprendi que para não ter sentimento de culpa, o árbitro deve ter a noção de que nem sempre apita o houve e sim o que viu. A justificar o equívoco, o refrão: “o árbitro é boçal e soberano, apita o que viu e não o que foi”.
Parece coisa de ditador, mas é o que ocorre na prática, pois não dá para voltar atrás. O tempo passou, as atitudes vão se  flexibilizando na busca do ideal. Hoje existe toda uma equipe, com mais dois árbitros na linha de fundo e o  coordenador da equipe também pode emitir opinião em lances complexos, sempre que for de encontro com a certeza de um equívoco na decisão, no campo de jogo.
O caso Jô, uma palhaçada o que estão falando dele, vejam só: ele teve dois gols anulados por impedimento, um nos últimos minutos contras o Curitiba que tirou dois pontos do Timão e outro contra o Flamengo, senão seria o artilheiro, mesmo sem contar este contra o Vasco. A discussão de ontem no “Bem Amigos” de doer a consciência, pois alguns analistas esqueceram da fisiologia do movimento e da anatomia. Se para consignar falta, a  regra considera mão toda extensão dos membros superiores, contrário senso para a análise do contesto não é assim que se faz. Os membros superiores estão divididos em: mão, antebraço e braço. Há na cinésiologia toda descrição de uma queda no salto quanto a se proteger de ferimentos, principalmente a cabeça e pescoço – a esta análise não se podem furtar os comentaristas.
A atitude do Jô na jogada foi de rara infelicidade porque a bola entraria. Ele lançou-se num salto e mesmo assim não tocou a cabeça; a posição de  seus braços são de proteção a queda e não voluntária para atingir a bola, tanto que  ele caiu e se enrolou todo com a rede. Se salta com os braços junto ao corpo pode quebrar o pescoço!
A ressalvar que três dos participantes, inclusive o apresentador do programa afirmaram que não dá para prever se ele teve plena consciência de pronto do toque. O Jô, todos os futebolistas sabem que se recupera de situações difíceis na vida e todos cronistas tem ciência  disso...milhões de pessoas passam por estes problemas. Muita hipocrisia do simpático jornalista Caio Ribeiro da TV Globo, ao se fazer de paladino da honestidade e crucificar Jô,  e ainda bater no peito dizendo que é seu amigo. Com um amigo destes ninguém precisa de inimigos!
Luiz Roberto, apresentador  salvou o final do programa quanto à análise do fato. De minha parte vejo que  na lógica do futebol a ética nas atitudes sempre caberá, porém há que ser relativizada pela cultura do momento e particularidades do esporte, onde a malícia sempre fez parte do contexto e sem escrúpulos. Aprofundar na análise de como se deu o lance, principlmente sob o aspecto da cinésiologia do movimento faltou para alguns debatedores do programa, o que também revela  deficiência no ato profissional praticado quanto aos participantes do programa!

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A corrupção empana o viver sem inflação!

O efeito prático e psicológico devastador da alta inflação

Pois bem, a infração, cai mês após mês e a economia, principalmente o comércio dá sinal de recuperação.



Já escrevi sobre o efeito prático e psicológico devastador da alta inflação sobre o indivíduo, pois vivemos esta situação por mais de quinze anos, seguidamente nas décadas de 70/80. O despropósito era tal que havia a fila da vergonha nacional do “Overnight”, recebíamos o pagamento e corríamos para a fila da aplicação porque o dinheiro desvalorizava do dia para noite. Nesta época participei da divulgação do Lema Rotário : “integridade amor e paz”. Fomos em equipes na maioria das faculdades  da cidade, sendo que numa delas fui tomado pela emoção e fiz um desabafo: “estou despersonalizado pela insegurança provocada pela inflação, tenho reajuste anual sempre negociado para menos, num momento dou conta de saldar meus débitos fixos, daí a pouco não dou mais, tenho que sair com cheque ou cartão porque não sei quanto custa o lanche no próximo sábado. Indigno viver assim”;

Pois bem, a infração, cai mês após mês e a economia, principalmente o comércio dá sinal de recuperação, mas as notícias sobre os crimes praticados pelos políticos, em conluio com empresários tomam conta do noticiário empanando o brilho do noticiário econômico. Índices e mais índices são batidos, mas os congressistas em confusão, não conseguem fazer mais nada do que resolver os imbróglios provocados por eles mesmos. Até quando viveremos assim, sai um corrupto entra outro pior.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Viés ideológico possibilitou a corrupção.

Reeditado por oportuno!

O mais  perverso: “os fins justificam os meios mesmo que escusos”.

Em consequência a corrupção foi se tornando consensual.  Apropriar-se dos bens alheios para a manutenção ou conquista do poder, somente um estratagema comum a todos.

Encantados com a assunção ao poder, os militantes de outrora mantiveram entre si os laços dos ideais que os uniram em luta por vinte anos. Não só os laços, mas os estratagemas e dentre eles o mais  perverso: “os fins justificam os meios mesmo que escusos”.  Infindos são os conceitos que ao longo da história embasaram os líderes na conquista do poder, sendo que eles evoluíram, conforme surgiam  as armas, entretanto desde o princípio está presente, a corrupção, seja pelo dinheiro ou pela sedução do poder pelo poder, ela teve seu espaço de destaque.
Quantos são as películas em que a trama é embasada neste dilema humano a sorver a atenção dos espectadores. As novelas televisivas, a modernidade das décadas de cinquenta e sessenta, explicitavam o viés cultural, mesmo sob censura e depois desta  liberada então, foi  uma orgia de pensamentos com um só viés, que sórdida e sub-repticiamente serviram de venda para uma cegueira generalizada da sociedade  que propiciou este triste desfecho.
Uma das autoridades  de maior destaque no últimos dias, o Procurador Geral da República Janot disse ontem que entre a coragem e o medo em seus atos, sentia-se nutrido pelo último. Uma confusão própria de nossos tempos, pois entre a precaução e o medo há grande diferença e o medo não é para os fortes, a precaução sim deve embasar atitudes das altas autoridades de um país. Então se agiu por medo sua consciência pelo dever foi prejudicada.
Por este simples axioma, detectamos o despreparo que ronda as inteligências dos líderes desta nação. Não foram poucas as gafes da mandatária maior Dilma Rousseff  ao expressar pensamentos em análises de dificuldades momentâneas da nação brasileira, algumas delas em vexames internacionais.
Nesta esteira do despreparo maior, tivemos o carro chefe desta plêiade de líderes dos últimos trinta anos, Lula duas vezes Presidente que elegeu um “poste” para continuar liderando, o qual  encantou até mesmo o intelectual de expressão grandiosa, como ele também duas vezes Presidente da República, FHC! A questão crucial nem é tanto a incompetência, mas o viés ideológico, carimbado na luta anti-militar que propiciou licenciosidade recíproca no exercício do poder!
O resultado obtido pela Lava Jato, deveria  ter sido o do Mensalão. Seria fácil o  Impeachment de Lula ante tanta corrupção. Mas difícil a tomada da decisão porque ele era um filhote, pois líder do segundo partido mais forte do momento. O Mensalão é originário, hoje está às escancaras comprovado, no governo de Minas Gerais, (o Mensalinho) por integrante do PSDB.
Em consequência a corrupção foi se tornando consensual.  Apropriar-se dos bens alheios para a manutenção ou conquista do poder, somente um estratagema comum a todos. Assim, o crime teve o poder nas mão, mas os criminosos foram pegos no contra pé, pelo judiciário pela aprovação da Lei da Delação Premiada.
Em conclusão pela ação da justiça, toda farsa está sendo desfeita e o despreparo ético dos políticos severamente penalizado. Que a modernidade dos meios de comunicação, mostre que a política hodiernamente  pode ser  exercida pelo talento e dons individuais, com idealismo e desprendimento e não como meio de vida de  inescrupulosos grupos  através do dinheiro público.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Resenha semanal V

 Veja algumas manchetes semana por mim comentadas!
Lava Jato afeta avaliação, afirmam especialistas 27/08/17
Diz a matéria que políticos e alguns ministros do STF e citam Carmen Lúcia, Fachim e Gilmar Mendes. Não haveria de ser diferente que os políticos estejam mal avaliados pois o que apura nesta apuração deixa rubro o amis insensível dos cidadãos que dirá os de bem. Quanto aos ministros deles se espera celeridade e contundência quando fraquejam o povo repudia!
‘Acreditamos no Brasil’, diz Doria sobre encontro com Fernando Henrique 27/08/17.
Que surjam novos líderes! As conclusões  sobre a política brasileira levam a constatação do  “modus operandi consensual” do levar vantagem em tudo que puder, “vide máxima popular do jeitinho brasileiro”. As delações no Mensalão e  Lava Jato, inclusive a última da JBS; a infinidade de empresários e políticos presos, indicam que todos os empossados devem ser substituídos, pois foram pelo menos coniventes com o que aconteceu Brasil afora. Doria uma esperança realmente!
Cármen abre contracheque de todos os ministros e servidores do Supremo 28/08/17
 Precisamos de transparência na administração pública e não só ela, como o sentimento  de justiça quanto ao salário e vantagens recebidos.  Uma nação forte se faz a partir da soma das energias positivas de cada cidadão. O servidor público deve ter o desprendimento e a noção da razoabilidade que suas mordomias significam exploração originária no suor do trabalhador e muitos ainda recebem o salário mínimo. Não aos sanguessugas encastelados. Parabéns Ministra!
Falta de idade mínima para aposentadoria privilegia mais ricos, diz Leal 01/09/17.
Nestes últimos quinze anos, não se fez nada para reestruturar o estado brasileiro, conforme a evolução social, mormente quanto a restrições. Quem tem a pretensão doentia de se perpetuar no poder,  só pensa no popular que dá mais voto, elas foram descartadas. Há necessidade premente das mudanças. Se vivemos mais de vinte anos em média do que  em 1950. Evidente que a Reforma da Previdência é premente!
Justiça mantém preso homem que ejaculou em passageira em SP 03/09/2017
Quatro dias antes,  após 14 condutas repetitivas o juiz e promotor criminal entendeu que conduta deste mesmo criminoso, não se enqudrava no tipo penal estupro e simplesmente liberou-o. Em comentário anterior assinante críticou a decisão, com o que concordei e acresci que pelo menos avaliação psicológica deveria ter sido determinada para se evitar reincidência pela 15ª. vez. Já ocorreu, verdadeiro lava mãos que não deu certo. Reincidiu, consumada a desídia da autoridade judiciária.
Áudio mostra Miller atuando para a JBS antes de se exonerar, 05/09/17
Desde o início esta deleção pareceu mesmo uma arapuca bem armada pelo seus autores. Audazes beneficiários da simpatia do Planalto, via BNDS que encheu os cofres de Dilma e Lula no exterior. Espertalhão buscou benefícios no ato de  se defender de gravíssimos crimes. Que o feitiço vire mesmo contra o feiticeiro, com a prisão do falastrão  e criminoso empresário.