Na Trincheira do Poeta

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terça-feira, 19 de setembro de 2017

A ética e o gol do Jô!

Há na fisiologia toda descrição de uma queda no salto!

A ressalvar que três dos participantes, inclusive o apresentador do programa afirmaram que não dá para prever se ele teve plena consciência de pronto do toque.


Nos tempos em que apitei jogos internos entre equipes amadoras, pedia aos atletas que tolerassem erros, pois a decisão do árbitro é instantânea, portanto em parte reflexa, sendo que  na primeira aula sobre arbitragem de futebol, aprendi que para não ter sentimento de culpa, o árbitro deve ter a noção de que nem sempre apita o houve e sim o que viu. A justificar o equívoco, o refrão: “o árbitro é boçal e soberano, apita o que viu e não o que foi”.
Parece coisa de ditador, mas é o que ocorre na prática, pois não dá para voltar atrás. O tempo passou, as atitudes vão se  flexibilizando na busca do ideal. Hoje existe toda uma equipe, com mais dois árbitros na linha de fundo e o  coordenador da equipe também pode emitir opinião em lances complexos, sempre que for de encontro com a certeza de um equívoco na decisão, no campo de jogo.
O caso Jô, uma palhaçada o que estão falando dele, vejam só: ele teve dois gols anulados por impedimento, um nos últimos minutos contras o Curitiba que tirou dois pontos do Timão e outro contra o Flamengo, senão seria o artilheiro, mesmo sem contar este contra o Vasco. A discussão de ontem no “Bem Amigos” de doer a consciência, pois alguns analistas esqueceram da fisiologia do movimento e da anatomia. Se para consignar falta, a  regra considera mão toda extensão dos membros superiores, contrário senso para a análise do contesto não é assim que se faz. Os membros superiores estão divididos em: mão, antebraço e braço. Há na cinésiologia toda descrição de uma queda no salto quanto a se proteger de ferimentos, principalmente a cabeça e pescoço – a esta análise não se podem furtar os comentaristas.
A atitude do Jô na jogada foi de rara infelicidade porque a bola entraria. Ele lançou-se num salto e mesmo assim não tocou a cabeça; a posição de  seus braços são de proteção a queda e não voluntária para atingir a bola, tanto que  ele caiu e se enrolou todo com a rede. Se salta com os braços junto ao corpo pode quebrar o pescoço!
A ressalvar que três dos participantes, inclusive o apresentador do programa afirmaram que não dá para prever se ele teve plena consciência de pronto do toque. O Jô, todos os futebolistas sabem que se recupera de situações difíceis na vida e todos cronistas tem ciência  disso...milhões de pessoas passam por estes problemas. Muita hipocrisia do simpático jornalista Caio Ribeiro da TV Globo, ao se fazer de paladino da honestidade e crucificar Jô,  e ainda bater no peito dizendo que é seu amigo. Com um amigo destes ninguém precisa de inimigos!
Luiz Roberto, apresentador  salvou o final do programa quanto à análise do fato. De minha parte vejo que  na lógica do futebol a ética nas atitudes sempre caberá, porém há que ser relativizada pela cultura do momento e particularidades do esporte, onde a malícia sempre fez parte do contexto e sem escrúpulos. Aprofundar na análise de como se deu o lance, principlmente sob o aspecto da cinésiologia do movimento faltou para alguns debatedores do programa, o que também revela  deficiência no ato profissional praticado quanto aos participantes do programa!

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