As condições precárias quanto à segurança e conforto eram totais.
Novo proceder de norte a sul e de leste a oeste para darmos chances às futuras gerações de que a casta política não pense prioritariamente em si, e sim no que de significativo possa fazer aos governados.
Circunstâncias
de momento produzem comportamentos específicos tolerados pelas autoridades,
face às circunstâncias imperiosas em que politicamente é melhor aceitá-las do que coibi-las. Assim em 1890 Aluísio de
Azevedo escreveu Cortiço, resultando no avaliar crítico que o indivíduo é
produto da hereditariedade, do momento e do meio em que vive.
Deveras,
passados mais de um século a conclusão permanece verdadeira, como detectado
agora, em face da tragédia do edifício que veio abaixo no centro de São Paulo
que desencadeou a análise da situação sobre a moradia de Sem Tetos, naquela
região.
Chama
a atenção que as condições precárias quanto à segurança e conforto eram
totais. Os comentários de especialistas detectam que o imperioso dever de coibir
as ações dos invasores, é procrastinado face ao jogo político, pois impotentes para solucionar a demanda de
moradias, preferem esta acomodação da situação do que levar avante as desocupações.
Comparativamente,
é a mesma situação da Cracolândia que se expandiu aos poucos, ocupando ao final,
vasta área no centro de São Paulo, sobre a qual nos últimos dois anos a
administração pública envida esforços para revitalizar a área.
O
imóvel que veio abaixo é originariamente da Uníão, tendo servido a administração
estadual e devolvido a ela. Resta do imbróglio deste evento, um vácuo ocupado
pelas lideranças dos movimentos sociais de apoio aos Sem Tetos e tantos outros segmentos,
nesta área.
Equipes
vinculadas a liderança deles se arvoram no direito de coordenação dos moradores
e cobram tachas, resultando delas direitos e deveres aos moradores que se
sujeitam a eles, ante a extrema necessidade.
Assim,
face a impotência do poder público na solução da questão da moradia popular,
sede com a flexibilização das condutas repressivas, então o caos se implanta e os
desastres acontecem.
Enfim,
de tudo que vemos a conclusão é que neste Brasil do gigantismo territorial e diversidade
cultural, somente o aprofundamento do pensar na essência que provoque o reordenamento
jurídico e político, reinventando mesmo um - novo proceder do norte ao sul e
leste a oeste para darmos chances às futuras gerações de que a casta política
não pense prioritariamente em si, e sim no que de significativo possa fazer aos
governados.
O
prédio que caiu, mais um fato a demonstrar a incompetência de nossos governantes,
não bastassem os métodos criminosos de auferirem recursos para campanhas
políticas e pior ainda de muitos para enriquecerem a si a prole.
A
sua queda, símbolo da incompetência político-administrativa, pois o Cortiço Vertical
nele instalado, o utilizava precariamente. Ao vir abaixo, deixa uma
incontestável urgência aos líderes nacionais – refletir no que fazem, pois a
elite política - é responsável pelos benefícios e malefícios que sucedem aos seus
governados, na ação ou omissão!
O
soterrar daquele prédio aflorou a incompetência de todos órgãos públicos com responsabilidade,
político-administrativa sobre ele, quer seja federal, estadual ou municipal!!!
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