A propósito da comemoração dos 45 anos de morte do Capitão Alberto Mendes Júnior por terroristas no Vale do Ribeira.
.
.
Se as lágrimas se deram pelo aviltamento de governar um país nestas condições, são nossas também porque a situação é triste mesmo. Se elas foram pelos que morreram durante a luta armada, também temos muitos por quem chorar.
Com a deferência devida a autoridade da Presidência da Republica enquanto instituição, abordo a situação constatada na terça feira última quando ao receber o relatório da Comissão da Verdade, houve choro em público da ocupante do Palácio do Planalto.
Diante das câmaras interrompeu a fala, suspirou fundo e derramou algumas lágrimas; seguiu então a fala enaltecendo o significado do documento que se referiu aos mais de 300 integrantes os grupos terroristas e ativistas assassinados pelas forças regulares dentre os quais conseguiram identificar.
No dia seguinte representantes de clubes militares das Forças Armadas publicaram relatório dos mais de 100 militares e civis, também assassinados pelos seus oponentes em atos terroristas.
Cinjo-me às páginas 99 a 129 e 148 a 167, do livro Tributo a um Herói de minha autoria, lançado em 8 de fevereiro de 2014, na Associação dos Oficiais da Polícia Militar. Nelas registrei que ainda jovem, idealista, pronto para constituir família teve a vida ceifada barbaramente. Na mesma época Mário Kozel Filho, aos 18 também foi cruelmente assassinado e tantos outros. Tudo começou no Aeroporto dos Guararapes, em 12 de junho de 1966 quando um jornalista e um militar foram mortos e 14 pessoas ficaram feridas, algumass gravemente, sendo este o marco da luta armada.
Quando intitulo lágrimas nossas. Reporto ao passado e ao presente, pois com 102.000 mortes por ato violento em 2013, é inconteste que a sociedade brasileira mudou muito no últimos 26 anos do pós Constituição Cidadã. Um só indivíduo confessou ontem à polícia a morte de 43 pessoas.
O crime e a corrupção foram banalizados, incidindo nela os poderosos políticos e ricos empreiteiros. A droga disseminou, os drogados perambulando pelas cidades praticando tudo quanto é tipo de crime, um lugar comum.
Se as lágrimas se deram pelo aviltamento de governar um país nestas condições, são nossas também porque a situação é triste mesmo. Se elas foram pelos que morreram durante a luta armada, igualmente temos muitos por quem chorar.
Esta é a realidade de uma nação que patina, patina evolui na riqueza dos mais ricos, faz de conta que contempla os pobres e empobrece de vez os usos e costumes de todos. Que haja um novo porvir. Sem choro dos humildes e tampouco dos poderosos e sim a satisfação do dever cumprido com honestidade e amor.
Dia 7 de dezembro 2014, assisti a missa de 7º. Dia do Sr Alberto Mendes na Igreja da Paróquia do Jesus do Bom Conselho, na rua da Mooca em São Paulo. Desde o dia 10/05/1970 quando seu filho querido foi barbaramente executado por Carlos Lamarca e seus Terroristas, jamais pode abraçá-lo.
São Paulo parou em 10 de setembro quando seu corpo foi localizado. Este é um capítulo triste da história que jamais será esquecido pelas pessoas de bem, honestas, ordeiras e trabalhadoras da pátria amada do Brasil. Avante sem terror e nem corruptos. Se possível sem lágrimas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário