Na Trincheira do Poeta

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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Redução de salário dos comissionados



Melhor seria que não houvesse comissionados no serviço público.

Quando das eleições os candidatos  confirmam a eles que se forem eleitos  o ganha pão deles será mantido


A notícia veiculada sobre a iniciativa em Catanduva de reduzir salários dos funcionários comissionados pelo executivo municipal é alvissareira. Melhor seria que não houvesse comissionados no serviço público, em nenhuma instância de governo.
Após as eleições municipais de 1996, em que o Partido dos Trabalhadores foi o vencedor a cidade foi invadida por vários forasteiros. Ao perder em 2004 boa parte dos filiados migraram para onde a sigla conseguiu êxito, alguns privilegiados estão em Brasília até hoje, na época outros  fizeram uma ponte em Hortolândia e assim vai, não importa a competência.
Espantoso de se ver, a hoje, dissidente Marta Suplicy transformar 600 cargos técnicos de carreira em comissionados quando Prefeita de São Paulo. Cargo em comissão igual a fiel escudeiro do apadrinhado, na hora da eleição. Quando das eleições os candidatos  confirmam a eles que se forem eleitos  o ganha pão deles será mantido. Este é o cabrestão da política, não importa eficiência, nada é considerado a não ser o apoio na hora da urna. Inquestionavelmente, uma fonte da ineficiência no serviço público, imperando em muitas áreas a mediocridade.
Quanto a redução de salários, a experiência é de que em todas as iniciativas tomadas pelo executivo estadual que preteriu direito adquirido de servidor ele foi derrotado, com consequências milionárias em  pagamentos de ações na justiça, portanto o assunto merece mesmo estudo aprofundado.
Já consignei que ouvi atento e esperançoso, notícia em 1966 de que - o acesso ao serviço público a partir daquele momento seria somente por concurso. Aqui estou   no meu recanto a ouvi-la soar aos meus ouvidos e o pensar - o Brasil agora vai.
A mudança da capital federal para Brasília fora um atitude muito contagiante; com a indústria automobilística  implantada em São Paulo que  efervescia em empregos e progresso. Não se imaginava que um bando de terroristas, começassem a atacar inocentes vítimas país afora e sim que a ordem retornasse às mãos dos civis em breve e sem o comunismo que fora extirpado, após a revolução de 1964.
Tudo tumultuou para desgraça do país, hoje vemos a corrupção, a impunidade, a desídia e os comissionados fazendo a festa por todos os cantos  do país. É a cultura da manutenção do poder a qualquer custo.
Vejo que falar em reduzir -  salários; números de cargos políticos; número de mandatos; de impostos soa como bom mocismo, porque é tudo que o eleitor quer ouvir. Ocorre que os mandatários brasileiros em todos os níveis estão desacreditados, por isso suas propostas soam sempre como balão de ensaio para o marketing político. Haja vista, o sucesso eleitoral da Presidente.
Para o otimista, resta a esperança de que o povo nas ruas, na internet e todos os meios de comunicação formais e informais,  irá reverter este quadro. Somente esta conduta salva o país, porquanto a  cultura das esferas de domínio destes últimos 30 anos precisam de radical reciclagem. Suas premissas ficarão bem melhor se colocadas no lixo da história do Brasil como o período onde o grande mote das lideranças foi a prática da corrupção. Avante Brasil!

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