Na Trincheira do Poeta

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terça-feira, 18 de abril de 2017

Propinas, o poder pelo dinheiro!

O primeiro foi tragado pelo encantamento pelo poder.

O segundo, pelo seu total despreparo seja intelectual ou moral.


Afirma Emílio Odebrecht que dar dinheiro a político para obter preferência em licitações  é uma prática que vem  de trinta anos atrás. 
Sim,  suspeitávamos disso, porém o super esquema que o envolveu com os políticos tratado com tanta naturalidade, transpareceu deboche do próprio crime duplamente cometido por ele  corruptor e corrompidos, ambos incursos em crime de  corrupção ativa e passiva, um descalabro.
Se as ações criminosas vem desde este tempo, o encantamento pelo poder é milenar. Ele foi dinástico com os faraós e ainda o é no Brasil. Vejam leitores os casos nos estados - Bahia com os Magalhães; Maranhão os Sarney; Alagoas os Calheiros,  enquanto por São Paulo  Brunos Covas vem aí e Alckmin afilhado, não deixa o osso por nada deste mundo. Inexiste oxigenação e reforma que reveja as distorções do processo eleitoral no Brasil. A desproporção entre os votos do eleitor do norte/nordeste em relação ao do sudeste/sul, continua a mesma de quarenta anos atrás. A política não muda é um campo árido e asqueroso que muitos não ousam suportar.
Em nosso país sua história mais recente passa pela bipolarização entre militares e civis.  A anistia proporcionou ascenção dos últimos, sendo este o capítulo que vivemos. Se no primeiro tivemos o flagelo da inflação, neste temos o da corrupção.
Destacam-se como líderes exponenciais  FHC e Lula, neste período. O primeiro foi tragado pelo encantamento pelo poder. O segundo, pelo seu total despreparo seja intelectual ou moral.
Não fosse o flagrante erro de FHC do apego ao poder, o Brasil não teria caído nas garras de despreparados políticos. Após a  estabilização da economia,  deveria haver o apoio às classes menos favorecidas como iniciara FHC e à  educação, várias mudanças constitucionais acenavam para a valorização do indivíduo.
FHC abortou a sequência lógica do jogo com a reeleição,  eliminando do páreo seu sucessor natural Mário Covas, abriu brecha para o Metalúrgico Sindicalista que tornou o país numa  republiqueta de corruptos. Os fatos falam por si, vejam os políticos acusados às centenas, um horror. Tomara que as prisões de tantos quantos forem os incriminados, provoque o renascer de um novo homem brasileiro. Alegre, espirituoso, versátil, solidário  sejamos sempre. Necessitamos de uma  educação de base pautada no amor, solidariedade cidadã  e honestidade. Ter orgulho de fazer o que é certo seu mote principal. Todos os presos e acusados  de agora escolheram a ilicitude. Aplausos aos componentes da Operação  Lava Jato, sejam eles policiais federais, promotores ou juízes, no momento os redentores da dignidade do brasileiro honesto e trabalhador. Um futuro promissor aos jovens deste belo e rico país. Prisão e cassação sempre dos corruptos. 
Que o poder seja exercido para todos e não para si mesmo, como provam o Mensalão e Lava Jato!

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