A ação corruptiva foi banalizada
Nos tempos atuais no Brasil: ser honesto ou bandido dá na mesma, o que importa sãos os fins da ação. "O político sempre será um bom ladrão".
Quando ainda se ensinava
filosofia no colegial, havia as referências a Sócrates, Platão e outros sábios da Antiguidade, cujos
ensinamentos provinham da Grécia. Também aos franceses com sua magnânima
Revolução, em recentes ensinamentos sobre a organização social que pôs abaixo as castas, logo mais a
escravidão, outros e bons tempos da evolução social na história da humanidade. No meu caso, o curso
colegial completado na Academia de Polícia Militar de São Paulo, assim como o curso de fomação de oficial, Direito e pós para Oficial Superior sedimentaram os conhecimentos num homem
militar, que popularmente se poderia dizer casca grossa pelo suor derramado
desde os primeiros anos de vida e do sangue de companheiros que viu jorrar, ainda soldado, no
confronto com revolucionários de seu tempo, conforme constado no livro “Tributo a um Herói”. No qual foi relatado os fatídicos acontecimentos da tempestuosa noite de 8 de
maio de 1970, em que eles fizeram refém e depois assassinaram o jovem oficial
da PMSP Alberto Mendes Júnior.
Voltando ao título, lógico seria
vermos um Brasil pujante que o povo pudesse reverenciar as ações de seus
líderes revolucionários. Mas não é isso que vimos e vemos, prevaleceu ao longo destes cinquenta anos a máxima deles de que “os fins
justificam os meios”. Assim para ter o poder tudo se justifica, portanto a ação
corruptiva foi banalizada de sorte que contaminou de tal forma o comum do povo
que vivemos num estado de anomia: “onde as leis são letra morta”. O irrazoável superou a lógica. Líderes às dúzias estão
presos. Magistrados da mais alta corte, descem do pedestal da sabedoria para
apartes chulos, sem qualquer pudor!
O Presidente da República é
duplamente acusado e apesar das fartas provas é politicamente absolvido duas
vezes. A conduta parlamentar faz eco
contaminando outras decisões, haja vista a absolvição de Senador Aécio e dos políticos cariocas, nesta semana.
Numa pendência entre a Suprema
Corte e o Parlamento sobre o caso Aécio, prevaleceu a voz política e para esta “os
fins sempre justificarão os meios”. Em conclusão, nos tempos atuais no Brasil:
ser honesto ou bandido dá na mesma, o que importa sãos os fins da ação. "O político
sempre será um bom ladrão". Estará absolvido pelos seus pares, contrariando tantas quantas
forem as sentenças na Lava Jato, fosse possível isso. Que as instâncias da
justiça e o eleitor nas próximas
eleições não corroborem com os políticos, não compactuem com este estado de coisa.
Todos os juramentos na diplomação,
desde a mais modesta formação profissional até o Presidente da República contemplam
em seu bojo: “lealdade aos princípios do ordenamento jurídico, social e
humanitários”. Também o agir com competência
e dedicação em seus afazeres de forma a tornar a ambiência a sua volta melhor”.
Isto é o que o cidadão espera e merece de todos que sãos providos do dom da
liderança e da nomeação em cargos públicos!
O irrazoável na Pátria amada do
Brasil está a vencer a lógica nos dias atuais. Infelizmente todos pagamos caro por
isso.
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