Na Trincheira do Poeta

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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Futebol burocrático, chega!

A tática foi atingida por uma burocratização das atitudes dos atletas...

Agora ficou pior, é um tal de atrasar a bola para os zagueiros, estes para os goleiros que jogam com os pés, com este comportamento, um a zero virou goleada


Tivemos uma rodada de pouquíssimos gols  no Campeonato Brasileiro. Completada ontem, apenas um gol a mais de todas da história da competição nestes moldes de hoje. Houve nos dez jogos: três empates por 1x1 e outros três por OxO. Um 2x0/2x1 e dois 1xO. 
Aficionado a este esporte como atividade recreativa e interativa, pratiquei e estimulei sua prática e de outros, como dirigente de associações desportivas por mais de trinta anos. Acompanho diariamente programas esportivos direcionados a este esporte.
Reconheço que a evolução de apoio ao praticante profissional do futebol é fantástica, entretanto a parte técnica e principalmente a tática foi atingida por uma burocratização das atitudes dos atletas que está tolhendo a habilidade e versatilidade individual deles, de forma a padronizar atitudes que as tornam previsíveis, subtraindo no campo de jogo, a originalidade e individualidade deles, cujos dons diversificados submetem-se aos caprichos da estratégia do dia, lá se foi o encanto do improviso!
As federações tem parte de culpa por  desenvolver competições simultâneas: Campeonato Brasileiro,  Copa do Brasil, Copa Sul Americana  e Libertadores.
Face ao elevado número de jogos, nove para diversos clubes neste mês, eles colocaram equipes mistas e mesmo assim se pouparam, porque tem muitas e longas viagens.
Por conseguinte, ocorre que a um tempo longínquo - a cera; a embromação nos jogos se davam pelo excesso de devolução de bola para o goleiro, por serem ilimitadas: chutar a bola em cemitérios próximos; simulações de  faltas e contusões que ainda hoje persistem. A competição era muitíssimo prejudicada, uma droga. Inúmeros OxO e 1x1, tal qual ontem!
Agora ficou pior, é um tal de atrasar a bola para os zagueiros, estes para os goleiros que jogam com os pés, com este comportamento, um a zero virou goleada: foi decretado o fim dos placares dilatados - eles ficaram previsíveis. A melhora do rendimento físico foi absorvida pela marola com infinta troca de bola, sem objetividade. Ela permite a todos descansar em pleno jogo e ao narrador contar umas historinhas e falar dos patrocinadores, face enfadonhas manobras retardatárias no campo de jogo. 
Com quatro competições simultâneas, haverá marola até em mata-mata. E
de quem é a culpa?
De todos -  dirigentes insensíveis que  desenvolvem excesso de competições internacionais com calendários incompatíveis; aqueles que as aceitam por omissão; dos atletas que não tem quem os representem, a não ser parceiros comerciais, agenciadores que os exploram! Eles  não  tem órgão  representativo a cuidar de  seus direitos perante os clubes e federações.
Nós, os torcedores  que assistimos jogos ruins e não desligamos os televisores!
Até onde isso vai é difícil saber. Desde 2002 os latinos, patinam, patinam  e assim  assistem  o futebol europeu vencer  as Copas  -1996 - Espanha,  2010 - Itália, 2014 - Alemanha e 2018 - França.
Nos resta assistir times cansados ou com reservas  promoverem cera técnica, em troca de passes para trás e laterais; empates em profusão, pois evitam críticas contundentes a ambos times. Inexiste ofensividade efetiva e sim muita embromação. Ser rebaixado já não consiste em constrangimento nem para as  equipes de maior torcida. Pobre futebol brasileiro, vários jogadores ainda juvenis, saindo do país, alguns dirigentes presos no exterior. Quanto a resultados está dezesseis anos na fila, sem contar os 7x1 da Alemanha sobre o escrete nacional de 2014!
Parem de embromação, bola pra frente - de lado e para trás qualquer um joga. Mais objetividade e chutes a gol com precisão, treinem isso e não fazer marola com passes laterais e para trás. Sigam o exemplo do resultado  final da Copa/2018: França 4x1 Croácia! Os torcedores agradecerão!!!

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