Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sábado, 26 de dezembro de 2015

Pequeno dano ecológico!

Ao chegarmos para pescar no entardecer, os peixes boiavam no ribeirão

Na fazenda São Sebastião no município da Barrinha, deparamos com a abundância de peixes por estarmos próximos a três cursos de água- o rio Mogi Guaçu, um ribeirão e córrego. O rio e ribeirão eram limites da propriedade e o córrego estava nos fundos de casa. Ocorreu certo dia que ao chegarmos para pescar, no entardecer constatamos que os peixes boiavam no ribeirão. Alguns ainda se mexiam em agonia, foi horrível. Uma vez por semana íamos, eu e meu pai àquele local, tinha até o poço certo, buscar peixe. Uma fonte de alimento – era chegar, iscar  a minhoca no anzol e o bagre, estava fisgado. Com a foz  do rio Mogi Guaçu próxima, pescávamos outros pequenos peixes, mas a maioria era de bagres. Enchia uma fieira numa rama de galho e retornávamos.  Com mistura para mais de um dia, o objetivo fora alcançado. Na manhã seguinte,  trabalho e escola.

Após esta matança dos peixes, por um bom tempo  evitamos a pesca no ribeirão. A notícia de que um engenho de pinga soltara garapão na água nos deixou indignados.  Ficamos tristes porque por um bom tempo, deixamos de pescar naquele local.  Certo que pescávamo no rio e córrego em frente de casa, mas os bagres do ribeirão eram especiais, muito saborosos. No rio íamos de sábado a tarde, dava muito peixe - piava, piapara, mandi e traíras nas lagoas. Os patrões que tinham linda ceva pescavam de tudo e dos grande. Lembro-me de dias que meu pai tinha dificuldade de pescar com duas varas, então nestes momentos  eu fisgava - ele iscava e tirava o peixe. Vida boa não? Era tal a quantidade que vez ou outra ele salgava e estendia no varal - atividade de subsistência. Neste local tomei gosto pela pesca, um lazer especial praticado nos rios Grande e Tiete com minha volta ao interio.onde deparamos com ações mais graves de dano ecológico, inclusive da pesca predatória.
De minha parte me senti muito mal vendo os peixinhos mortos, cena que se repete amiude, infelizmente. Foi uma atividade muito prazerosa de minha infância que fortaleceu o companheirismo paterno, mesmo com este incidente.  

Neste domingo que sucede ao Natal, renovo os votos de louvor ao Senhor que ele seja louvado, para sempre louvado seja e que sejamos merecedores da Paz de Cristo, num viver justo e solidário.












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