Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Rompe-se o escuso liame!

Recíproca proteção entre o Presidente da Câmara Federal e da República.

Aonde chegamos, um Congresso repleto de acusados, um senador e inúmeros empresários presos. 

Tenho insistido neste espaço sobre assuntos abrangentes da administração  - o relacionamento entre os poderes e a participação popular com vista à carência na mudança de posturas do agente público brasileiro, em todos os níveis. Convicto, defendo a instalação do Poder Constituinte para que tenhamos uma nova ordem, com revisão de inúmeros conceitos implementados nestes últimos 30 anos.
Assisti com alento na noite de ontem ao noticiário, onde se vê que o - escuso liame - que prevalecia de recíproca proteção entre o Presidente da Câmara Federal e da República, insinuando  preservar respectivos mandatos.
A admissibilidade do Impeachment que não veio em 2005, oportuno à época, mas abortado por uma oposição dúbia. Este sim, teria evitado esta catástrofe que assistimos. Toda esta podridão via corrupção teria sido cortada pela raiz. Evidente que Mensalão e Petrolão foram instalados ao mesmo tempo, como fonte de arrecadação para negociatas rasteiras num projeto meramente político. Esta era a saga deles, vinte anos no poder!
Expostas as entranhas da administração pública na campanha política, pudemos somar ao que já imaginávamos os graves equívocos das estruturas do poder. É hora de aproveitarmos e rever a  política com a extinção desta parafernália de 33 partidos; a doação particular de campanha, tudo que for mordomia na atividade pública.
É hora também de rever conceitos sobre a excessiva intervenção estatal, regulando os mínimos detalhes das relações sociais, inserindo valores incompatíveis com o consenso do estrato social. Que prospere a cassação dos mandatos do “Triunvirato dos Acusados”, já defendida neste espaço, pois pesam contra eles graves acusações.
Aonde chegamos, um Congresso repleto de acusados, um senador e inúmeros empresários presos. Seja o exemplo do judiciário, em sua reformulação com a criação do Conselho Nacional de Justiça e mais a postura de suas lideranças: Eliana Calmon e Joaquim Barbosa, exemplos nacionais de civilidade. Ele expuseram os vícios de conduta,  entraves e deformação interna, cortando na carne.
É disso que precisamos de norte ao sul do país: uma jornada cívica de toda sociedade e não de um partido dominante que veio para implantar o  - tudo vale se nos  mantivermos o poder. Não é ético e sim perverso e criminoso pensar que:  os “fins justificamos meios, mesmo que ilícitos”. O resultado desta premissa aí está! Muitos em cana.
As mordomias  são abomináveis. O ostentação dos políticos brasileiros e autoridades; incluindo a sanha da perpetuação no poder - resultado de uma  mentalidade retrógada que impede relações propositivas e éticas no âmbito da administração pública e na política brasileira. Lembremos que "toda riqueza vem do suor do trabalhador". Revolvam-se valores, muda Brasil. Poder Constituinte já!

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