Recíproca proteção entre o Presidente da Câmara Federal e da República.
Aonde chegamos, um Congresso repleto de acusados, um senador e inúmeros empresários presos.
Tenho insistido neste espaço
sobre assuntos abrangentes da administração - o relacionamento entre os
poderes e a participação popular com vista à carência na mudança de posturas do
agente público brasileiro, em todos os níveis. Convicto, defendo a instalação do Poder Constituinte para que tenhamos uma nova ordem, com revisão de inúmeros conceitos
implementados nestes últimos 30 anos.
Assisti com alento na noite de
ontem ao noticiário, onde se vê que o - escuso liame - que prevalecia de recíproca proteção entre o Presidente da Câmara Federal e da República, insinuando preservar respectivos mandatos.
A admissibilidade do Impeachment
que não veio em 2005, oportuno à época, mas abortado por uma oposição dúbia. Este sim, teria evitado esta catástrofe que assistimos. Toda esta
podridão via corrupção teria sido cortada pela raiz. Evidente que Mensalão e
Petrolão foram instalados ao mesmo tempo, como fonte de arrecadação para
negociatas rasteiras num projeto meramente político. Esta era a saga deles, vinte anos no poder!
Expostas as entranhas da
administração pública na campanha política, pudemos somar ao que já imaginávamos
os graves equívocos das estruturas do poder. É hora de aproveitarmos e rever a política com a extinção desta parafernália de
33 partidos; a doação particular de campanha, tudo que for mordomia na
atividade pública.
É hora também de rever conceitos sobre a
excessiva intervenção estatal, regulando os mínimos detalhes das relações
sociais, inserindo valores incompatíveis com o consenso do estrato social. Que
prospere a cassação dos mandatos do “Triunvirato dos Acusados”, já defendida
neste espaço, pois pesam contra eles graves acusações.
Aonde chegamos, um Congresso repleto
de acusados, um senador e inúmeros empresários presos. Seja o exemplo do
judiciário, em sua reformulação com a criação do Conselho Nacional de Justiça e
mais a postura de suas lideranças: Eliana Calmon e Joaquim Barbosa, exemplos
nacionais de civilidade. Ele expuseram os vícios de conduta, entraves e deformação interna, cortando na
carne.
É disso que precisamos de norte
ao sul do país: uma jornada cívica de toda sociedade e não de um partido dominante
que veio para implantar o - tudo vale se
nos mantivermos o poder. Não é ético e
sim perverso e criminoso pensar que: os “fins justificamos meios, mesmo que
ilícitos”. O resultado desta premissa aí está! Muitos em cana.
As mordomias são abomináveis. O ostentação dos políticos
brasileiros e autoridades; incluindo a sanha da perpetuação no poder - resultado de uma mentalidade retrógada que impede relações
propositivas e éticas no âmbito da administração pública e na política
brasileira. Lembremos que "toda riqueza vem do suor do trabalhador". Revolvam-se
valores, muda Brasil. Poder Constituinte já!
Análise perfeita do cenário podre que vivemos hoje.
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