Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

domingo, 8 de maio de 2016

As travessias da vida!

Entretanto de excepcional turbulência no velejar.

Uma constatação de que a esperança há que estar sempre em nós, perseverar, ir em frente, receita a quem queira alcançar objetivos, até os que pensares inatingíveis.

A vida é como a onda do mar com o barco a navegar e o timoneiro atento no seu pelejar. Um sentido que parece poético, entretanto  excepcional na turbulência ao velejar. Assim, plagiando a História Sagrada, represento os momentos agitados e mais difeceis por travessias, pois se a do deserto demorou quarenta anos com dificuldades de toda ordem, as da nossa existência não ficam atrás.
Consigno o nascimento como a primeira das travessias do indivíduo. Atualmente os meios modernos médicos amenizaram este momento, porém em 1947 a maioria dos partos eram naturais, sendo o primeiro filho uma dificuldade a mais. O índice de morte infantil altíssimo. Não me consta que tenha havido qualquer problema no meu caso, porém ao deixar o ventre materno, todo neném sente o impacto de um ambiente adverso ao que esteve por nove meses. Outrora cuidados especiais de proteção eram intensos ao nascituro. As  mães observavam  quarenta dias de resguardo. Hoje, mudou muito os procedimentos pós  parto que é visto com mais naturalidade.
Tudo fluía bem até que no dia 7 de janeiro de 1958, como registrado, minha mãe deixou este plano terrestre, sendo este momento e o período de um ano após,  até ir para o seminário de dificuldades e incertezas. O vazio deixado pela sua ausência foi amenizado nos dois anos de estudo religioso, porém ao sair dele e depois em breve tempo dos estudos regulares,  foi criada uma situação nova de intensas dificuldades - foram cinco anos de um faz de tudo sofrível, onde as perspectivas de futuro se exauriam, expirando em mim qualquer esperança de estudar. Restava-me um tênue liame de que no Exército, sendo mais específico seguir para o Batalhão da Guarda Presidencial como voluntário, seria minha definitiva chance.
Na próxima semana narrarei estes cinco anos de extremo viver...uma constatação de que a esperança há que estar sempre em nós, perseverar, ir em frente, receita a quem queira alcançar objetivos, até os que pensares inatingíveis. Neste dia das mães homenageio a todas elas,  particularmente   a  minha mãe Izabel Joli Xavier e Ivanir Arão Xavier, minha esposa querida e mãe de  nossos dois filhos. A elas as minhas particulares e devotadas preces.
Domingo dia do Senhor que ele seja louvado para sempre louvado seja. Que sejamos dignos de uma vida justa e solidária. Uma ótima semana a todos.

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