Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Reforma política primeiro!

Temos pouquíssimos políticos que passariam pelo crivo da Ficha Limpa.

Vejo que cochilaram ao votar a delação premiada; tantos envolvidos, um contrassenso aprovarem se estivessem conscientes!? Equivocaram-se no ato.


Por que a Reforma Política, primeiro? Legalmente a partir de primeiro de outubro não há como alterar o sistema, ele se torna  “imexível”... como disse o ministro um dia!
Ora, hoje temos pouquíssimos políticos que passariam pelo crivo da Ficha Limpa, apesar da não condenação que demora, mas sim face às evidências probatórias, às escâncaras para toda nação ver, pois felizmente eles não conseguiram pôr freio na imprensa. Tentaram via sindicato dos jornalistas, lembram-se, mas não obtiveram êxito. Tentaram calar o Ministério Público com a PEC 409 e não conseguiram também, a partir do movimento do povo nas ruas em 2013, em que ela logo após sofreu uma derrota de quatrocentos a nove votos.
Vejo que cochilaram ao votar a delação premiada; tantos envolvidos, um contrassenso aprovarem se estivessem conscientes!? Equivocaram-se no ato. O sistema político de hoje é um faz-me rir e chorar ao mesmo tempo. Com os votos de liderança prevalecendo, muitos assuntos caminham com total alheamento de todos.
Sobre a reforma política, concordo com que pleiteiem a não destinação de dinheiro público para partido algum. Pois basta tempo proporcional nos canais estatais. Expurgar da vida nacional o elo criminoso da corrupção ativa e passiva com a depuração da ação bandida da política, comprovada pelo caos reinante.
Fui filiado ao PL, PT e depois PSDB, foram dez anos; abortei a minha participação na política com uma sucinta carta, em que afirmei que o meu eu não suportava os caprichos da militância. Jamais bajulei ninguém e nem participei de falcatruas - a que detectei, corrigi de imediato e comprovo!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Nó Górdio, dificílima a retidão na Política


Vemos, lemos e ouvimos acusações generalizadas quanto à prática corrupta de se fazer política!

Dons e sabedoria não se confundem com a esperteza maléfica, desprovida de quaisquer parâmetros éticos. Há países exemplos. Por que nós fiarmos naqueles que praticam o  pior no mundo:  “o princípio de que os fins justificam os meios, mesmo que escusos”.

De tudo que se lê e ouve, uma constatação inexorável: difícil detectar no seio político “retidão de conduta de seus agentes hoje em dia”.  Esta constatação faz  tábua rasa a todos, opondo sério óbice a solução da estabilidade política, ante aos graves fatos de que são acusados, como soe acontecer agora ao Presidente da República e também ao deposto presidente do PSDB. Seguidas e graves acusações aos líderes maiores do país, incluindo Lula e Dilma, que enquanto no poder também entraram na lista da JBS, constando cinco indiciamentos criminais na Lava Jato do primeiro.
Nó Górdio ceifado pela espada de Alexandre, o Grande, em solução ao enigma de como desatá-lo, não parece tão simples de solucionar no caso de possível vacância da Presidência da República pelo afastamento de Michel Temer. Este colosso continental chamado Brasil é constituído de vários matizes.
Perfis personalíssimos constituem a população, a diversidade geopolítica incomensurável pela gigantesca extensão geográfica. Os problemas são de toda ordem, sempre estratosféricos, e a nível cultural geral da população ainda temos o alheamento a normas e abraço ao crime dos últimos trinta anos, constatável a olhos nus, estado de anomia. Desta forma este ciclo em colapso deixa perplexo a todos, dada a extensão inimaginável da expropriação da riqueza nacional via administração pública, que deveria ser revertida às causas gerais da população, seja através da educação, saúde e segurança pela ordem, pois a primeira é a base de tudo.
Vemos, lemos e ouvimos acusações generalizadas quanto à prática corrupta de se fazer política, de forma que, perplexos, todos torcemos por uma saída menos traumática no caso da efetivação da sucessão presidencial. A sorte está lançada! Sejam os dias atuais históricos às futuras gerações.
Reformemos a política, a Constituição, o serviço público e principalmente nossos valores, num sentido de que haja menos busca de riqueza e mais inspiração e determinação no homem público de forma a ir no mais profundo âmago das soluções de todos os problemas que envolvem a sociedade, sem o veio de ideologias canhestras que não respeitam a lógica do bem comum, em primeiro lugar. A todo indivíduo a certeza de que isso se faz a partir do amor e da honestidade de propósitos.
Dons e sabedoria não se confundem com a esperteza maléfica, desprovida de quaisquer parâmetros éticos. Há países exemplos, por que nos fiarmos naqueles em que há de pior no mundo e praticam “o princípio de que os fins justificam os meios, mesmo que escusos”.
O patrimônio sagrado de muitos de renome na vida pública desta geração está sendo sepultado na vala fétida da corrupção. Não adianta dizer que não é comigo, são 1892 só os relacionados na delação da JBS, há para toda estirpe. Fim de uma biografia honrada... Eis o Nó Górdio para eles e para a nação brasileira. Como recuperar suas biografias e principalmente o sentimento de honradez do político brasileiro? Fé e esperança num futuro melhor haveremos de ter – Reformas Já!
Se melhorarmos individualmente, tudo melhorará. Acredito nisso, você também? Então vamos para as ruas pacificamente colocar a pauta de nós todos! Todo poder emana do povo, e em seu nome será exercido, inclusive diretamente – parágrafo único do artigo 1º. da Constituição Federal.  Avante, Brasil!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Cracolândia, inacreditável sua existência!

Tenho como incompreensível omissão a postura de todos

As autoridades constituídas em todos os níveis devem exaurir suas energias  no sentido de sanar graves situações. A Cracolândia desafiou a competência dos administradores.

Consta de minha biografia já registrada, nos idos de 70, o caminhar à noitinha, sozinho e desarmado pela Avenida Tiradentes, Vale do Anhangabaú, Praça da República, Rua das Palmeiras, Avenida Duque de Caxias, Estação da Luz de volta ao Batalhão Tobias de Aguiar, para me distrair e conhecer o centro de São Paulo, uma vez que eu era interiorano e interno durante o curso de soldado.
Tenho como incompreensível omissão a postura de todos prefeitos e governadores, assim como dos secretários, afetos à área da Segurança e Promoção Social, constituindo-se em grave descaso à Constituição deste feudo da droga em pleno centro da Capital.
Quantas foram as pessoas incontroláveis que no policiamento  tivemos que usar camisa de força, pois a ação das drogas potencializa energias que as tornam insanas. Incompetentes administradores públicos nos últimos trinta anos se preocupam mais com a perpetuação no poder a qualquer custo do que tocar o dedo nas feridas. Assim, não reformam nada, e pior, nem seus canhestros conceitos. Infelizmente denotam as delações que foi isto mesmo que prevaleceu na administração pública. Para a maioria governar é fazer obras, arrebanhar boa parte da grana, em conluio com os grandes empresários, dos pedágios, lucros da Petrobrás e impostos.
Os vulneráveis ou desajustados pelas drogas que fiquem como estão. O ser humano tem o direito de viver como quiser, sou favorável à liberação das drogas. Assim, o alheamento aos problemas de maior dificuldade ficam para o meu sucessor.
As autoridades constituídas em todos os níveis devem exaurir suas energias  no sentido de sanar graves situações. A Cracolândia desafiou as competências dos administradores. Instalou um circuito da droga no coração da cidade. Terra de ninguém, onde o crime se dá a céu aberto, dia e noite.
Há quatro anos houve incipiente investida que se renova agora com o ânimo de revitalização da área. Sob o aspecto humano, as pessoas que ali habitavam em precárias condições merecem amparo da administração municipal, coadjuvada pela estadual e iniciativa privada no apoio de ação humanitária permanente.
A existência de tão extensa área e quantidade de pessoas que só aumentou ao longo do tempo, difícil de acreditar. Que a iniciativas desta feita tenha êxito para que todos sintam daqui a alguns anos os efeitos desta medida que alguém haveria de implementar.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Devassidão que abalou a República

Tudo se fez  de forma escamoteada e desavergonhada!

Uma festa pela má politização de tudo, contaminada negativamente que resultou neste execrável estado de coisas, de um futuro com péssimos e incontroláveis reflexos.

Todos sabem que este blog tem o condão de inserções com apreciação circunstancial  muito própria, com  a liberdade e autenticidade compatível com o anseio de participação cívica independente, fiel a uma contrapartida a tudo que o Estado me proporcionou quanto à atuação pública, na segurança pública e advocacia, além da participação comunitária diversa.
As delações já conhecidas, somadas a esta última, a mais escabrosa de todas, dão conta do abandono da retidão de conduta de boa parte do administrador público brasileiro, principalmente dos políticos, de como nossas riquezas foram jogadas no lixo, face a sanha do poder pelo poder. Tudo se fez de forma escamoteada e desavergonhada!
A quem interessa a delação exposta que abalou o governo e o Brasil? Com certeza a muita gente, principalmente aos destituídos, completaria que sim, porque apeados do governo não se conformam com o que classificam de traição de Michel Temer. A argumentação de Golpe exposta mundo afora não deu resultado. A Presidenta foi destituída, antes passou um dia inteiro diante dos parlamentares, como a mais incólume das figuras públicas, depois de arrasar o país.
A compra dos políticos diretamente e de suas decisões em atos de ofício em votações de matérias de interesse dos empresários quanto às áreas específicas ao seu ramo de negócios, demonstraram rara perícia na tergiversação da verdade e na dissimulação do real interesse de seus atos, nos quais muitos defenderam o que pedia e propunham os delatores da JBS.
Todos envolvidos negaram seus próprios desígnios, as virtudes e dons de que foram imbuídos, sem qualquer vínculo que seja com a nobre transcendência seja espiritual, seja quanto a honra pela conduta ética compromissada em juramento quando da posse, seja em nome de suas famílias, antepassados e filhos.
Ao contrário, puseram no lixo fétido da corrupção tudo que lhes era esperado pela possibilidade da ascendência aos seus concidadãos. Total anomia, temos lido repetidamente, total alheamento de sentimentos nobres, o poder pelo poder e a riqueza pela riqueza, algumas migalhas aos miseráveis e seguimentos encabrestados, feito besta no pasto, sindicatos, associações e mais associações de viés distorcido pela alienação fanatizada por ideologias execráveis.
Uma festa pela má politização de tudo, contaminada negativamente que resultou neste execrável estado de coisas de um futuro com péssimos e incontroláveis reflexos. Está provado que nada se consegue no parlamento sem os conchavos resultantes da compra dos votos seja em espécie ou cargos.
O fortalecimento político, resultado do controle da inflação, esvaiu-se com o que de pior houve de mudança substancial na política: a reeleição. A sanha da perpetuação no poder foi facilitada por ciclos maiores das mesmas pessoas, propondo assim os conchavos, haja vista, os 13 anos da mais vociferante corrupção. JBS, o escândalo para todo mundo saber que o Gigante foi abatido pelos seus próprios corruptos filhos. É triste, mas é assim, o mundo inteiro assiste estupefato o que nos acontece. Uma geração de políticos a ser esquecida!

domingo, 14 de maio de 2017

Delação do marqueteiro onisciente!

Pois a estratégia era se manter no poder a qualquer custo.

Certamente as pessoas simples, distantes dos conceitos e amarras próprias da política, mais ainda se empolgaram com sucesso dele pela identidade popular.

Na delação de João Santana e Mônica Moura, disseram escancaradamente o que desde 2005 todos já sabiam, de que nada aconteceu sem que a cúpula partidária soubesse, pois a estratégia era se manter no poder a qualquer custo. A deduzir que tivemos mais dez anos de poder exercido sob os mesmos princípios, onde os bons resultados da extirpação do câncer da inflação que provocou uma séria de acertos, sendo  o principal - um estado de ânimo geral nas pessoas. A inflação, já disse, transformou-se num monstro a devorar os contribuintes, o descrédito nos administradores e políticos, maléfico até na formação individual do brasileiro que assistia de longe, vários países, dentre eles os Estados Unidos conviverem com índices próximos a zero.
Perdemos a oportunidade da decretação de um segundo Impeachment com o desmascaramento deste método perverso de alcançar o poder sem o mínimo pudor, às custas do suor do próprio trabalhador porque nenhuma riqueza é produzida se ele não estiver a frente de tudo que acontece no mundo real.
Houve sim, uma ilusão de que o ícone, hoje totalmente desmascarado  fosse o tão sonhado líder que o socialismo precisava para dar voz aos apaixonados deste sistema político.  Certamente as pessoas simples, distantes dos conceitos e amarras próprias da política, mais ainda se empolgaram com sucesso dele pela identidade popular, como representante de todos os humildes cidadãos.
Ao que vimos nestes três anos de denúncias que se sobrepõe, as quais já levaram uma infinidade de agentes públicos e empresários às barras dos tribunais, a riqueza nacional foi partilhada por muitos de uma forma vã e inconcebível que arruinou tudo o quanto se conseguiu, nos idos da década de noventa.
A cultura das benesses a caça do voto impediu uma reflexão aprofundada sobre reformas estruturantes e até onde as iniciativas que trariam mais volume de dinheiro e popularidade seriam oportunas e suportáveis pelo país. Cito uma que todos hão de concordar - que a Copa do Mundo, seguida das Olimpíadas fez que tudo no país parecesse uma alegria interminável.
Expostos os métodos, motivos e as próprias consequências, se conclui que o exagero parece estar vinculado ao quanto mais riqueza circulando, mais possibilidade de custearmos nossas campanhas milionárias e nos perpetuarmos no poder.
Está tudo denunciado por muitos, independente do resultado na justiça, a máscara  caiu e não foi de um só líder não e sim é do sistema político como um todo que deve ser revisto urgentemente por uma pauta a partir das ruas de forma a expurgar, mazelas e mais mazelas que excluíram da atividade pública o anseio do servir para o se servir, principalmente na atividade política.
Sobre as escancaras do poder, com a palavra os coordenadores das campanhas de muitos líderes expressivos desta geração política detentores dos mais altos cargos da Federação do Brasil, seja no executivo ou parlamento.
Juízo e sabedoria a todos e um porvir que as novas gerações merecem, assim espero para os nossos filhos e netos!

terça-feira, 9 de maio de 2017

Oitiva do Lula, entre a decepção e a redenção!

Enriquecimento fácil, extensivo à prole.

Esta é a grande decepção do povo brasileiro, ele, Lula, preso ou não, sua biografia está borrada pela lama fétida da corrupção.

Desde que a Veja estampou na capa, em 2005, a imagem de Lula como de Ali Babá e seus Quarenta Ladrões; desde aquela entrevista na França, nesse mesmo ano, em que minimizou os problemas da corrupção no Brasil, ninguém teve dúvida de que o Deputado Federal Roberto Jefferson tinha razão em suas acusações, tanto que apontou o dedo em riste para a tela da TV e pediu a cabeça de José Dirceu, que rolou em 48 horas, como chefe de todo esquema da compra de parlamentares com o fito da perpetuação do PT no poder.
Infelizmente no congresso de preparação da liderança do PSDB à época, realizado no Anhembi, com a presença de mais de duas mil pessoas, o Impeachment de Lula era a bola da vez, mas houve recuo da liderança e coube a José Serra o mais cotado a se candidatar à Presidente da República dizer que a via política para expurgar o metalúrgico do poder com menor esforço era a eleitoral.
De tudo que vemos hoje na Lava Jato, fácil deduzir que entre os políticos brasileiros, comprar votos, ser aliciado e aliciar através do vil metal é uma prática corrente, então houve mesmo uma condescendência daqueles que não acham tão grave assim - corromper para vencer.
O descalabro praticado entre pares foi escancarado pelas delações dos empresários, marqueteiros e políticos até Senador, como Delcídio do Amaral. Várias CPIs arquivadas a partir da compra de votos dos parlamentares estão neste catálogo...
Sobre Lula, não recai somente a pecha do enriquecimento fácil, extensivo à prole, incide também culpa maior de ser o chefe intelectual do esquema criminoso - muitos implicados e de vários elos dos esquemas já o acusaram de viva voz e imagem, vistas em todo país.
Caso haja algum detalhe técnico ou mesmo barreira legal que impeça sua condenação e prisão, os três tesoureiros do Partido dos Trabalhadores presos e tantos outros políticos da sigla também são suficientes para atestar que liderou uma claque criminosa.
Esta é a grande decepção do povo brasileiro, ele, Lula, preso ou não, sua biografia está borrada pela lama fétida da corrupção. A redenção do país será o resultado final da saga de jovens profissionais da justiça, atirados e competentes agentes policiais federais que já prenderam centenas de políticos e empresários corruptos.
Quiçá as novas gerações entendam que o crime não compensa, em postura antítese a do atual Presidente do Senado, Eunício, que disse textualmente em entrevista – “a política com dignidade empobrece”. Eles são todos indignos dos cargos empossados, lógica conclusão - os fatos atestam isso. A redenção é a condenação de tantos quantos forem desmascarados. Assim as novas gerações terão novos parâmetros para o agir político, assim como na conduta cívico-cidadã! Avante, Brasil, “sem a foice e o martelo”. Que o nosso peito varonil ponha abaixo a corrupção e todos os corruptos na prisão!

domingo, 7 de maio de 2017

Ao vivenciar os primórdios da ROTA

Dessa simbiose se faz o homem, seja comum ou letrado!

Com a minha consciência em paz, registrei neste espaço minha biografia até os 24 anos. ”Feliz de quem vive em bons ambientes, não tenho dúvida disso”.

Bem sei ou não sei, tudo é incerto.  Do  eterno esclarecer da dúvida exsurge a sabedoria, bem possível - uma máxima filosófica. Assim, para dizer sobre o que “faz o homem” infinitas teses são formuladas e em síntese, somam-se às físico-biológicas com as sociológicas. Os estudos da biologia e da química concentram-se na formação a partir da herança hereditária, com ênfase ao DNA. Tese há da importância dos impulsos positivos e negativos da primeira década de vida. A sociologia complementa com as afirmativas da preponderância do meio social em que nasce e cresce. Ao religioso a importância da ligação com o sobrenatural e vínculo com os valores cultuados.
Dessa simbiose se faz o homem, seja comum ou letrado, as suas emoções e caráter são reféns de muitos estímulos ao logo da vida. Cito um só exemplo para a constatação do quanto o ser humano é surpreendente. Da biografia de Paulo Coelho, atualmente o escritor brasileiro  campeão de vendagem de livros e entre os primeiros do mundo, registra duas internações em manicômios na juventude. Superação é a palavra.
Ao militar, considerada a análise preliminar, certamente as unidades em que serve vão acrescentando valores profissionais específicos de suas características de forma a influenciar seu perfil, sendo que as atribuições   específicas lhe proporcionam  oportunidades de participação em missões extraordinárias.
Servir como soldado no Batalhão da Guarda Presidência - um privilégio dos paulistas durante uma década. Servir na primeira turma de soldados da Polícia Militar do Distrito Federal, um aprendizado riquíssimo, tudo se iniciou com a gente em interação com os cariocas.
Ver a Rota nascer, é poder relembrar os conceitos puros e idealistas de novos tempos para a Polícia Militar de São Paulo. Lá estávamos nós do Pelotão de Recruta no dia 09/03/1970, sendo Porta Bandeira o 2º. Ten PM Alberto Mendes Júnior, a quem veríamos um mês depois ser assassinado pelas mão de perversos terroristas.
A formação das equipes, a constituição do Centro de Controle de Viaturas na unidade, a Ronda Bancária com missão  (antiterror) na qual atuei por mais de três meses, cujo itinerário da nossa equipe era a área específica de bancos ´do Bom Retiro, Lapa e Pinheiros. Das 09h às 15h,  muitos quilômetros de Schmaisser em punho e olhar atento, sempre no banco traseiro em posição invertida a do motorista.
Do Comandante não me lembro  o nome, um Sargento de estatura alta,  cor branca, rosto fino. Caso veja sua foto da época, o reconheceria. A estratégia pessoal: proteger-me e revidar, porque morto serei inútil e preocupação para os colegas sobreviventes. Àquela época não existia os manuais de procedimento de hoje.
 Coincidentemente, o primeiro documento “ Plano Para Execução” ROTA – Ronda Ostensiva “Tobias de Aguiar” foi concebido ainda na Força Pública do Estado de São Paulo, sendo a ordem para sua execução de 09 de março de 1970. Fonte  Quartel da Luz “Mansão da Rota” – Cel PM Paulo Adriano L.L. Telhada.
No dia 01 de agosto de 1970, ingressei em 7º. lugar entre 200 e  concluí em 3º. o Curso de Formação de Cabo, no dia 18 de dezembro.  Período que fui atingido por um disparo acidental que não me impediu de em cinco dias depois, prestar e ser aprovado em 11º. de 100, no  Concurso para a Academia do Barro Branco, o qual conclui em 11º. de  também dentre 162 formandos.
Com a minha consciência em paz, registrei neste espaço minha biografia até os 24 anos. Frequentei meu 1º. dia de aula acadêmica, na data do aniversário 17 de fevereiro de 1971.  Face  a esta aprovação não fui promovido por ato de bravura, apesar do Comando da Academia Militar do Barro Branco, aprovar meu pleito e encaminhá-lo às instância superiores.
Agradeço a Deus a vida vivida da qual esta foi a época mais tumultuada. Sempre a incerteza do que seria de mim a cada manhã, foi registrada. Tudo fiz para honrar as famílias - paterna Xavier e materna Joli. Minhas energias e dotes foram exauridos no extremo limite, diariamente.
Agradeço os exemplos dos familiares, professores, religiosos, seminaristas e militares com quem convivi - alentos inspiradores e energizastes. Ao Herói Alberto Mendes Júnior, reverenciei no livro Tributo A Um Herói. A vida um eterno aprendizado.  "Feliz de quem vive em bons ambientes, não tenho dúvida disso".

terça-feira, 2 de maio de 2017

Autoestima cidadã em baixa!

Os da terra estão decepcionados, envergonhados de serem brasileiros.

 Pelo  imiscuir do interesse particular ao público, dando prioridade ao primeiro, mancomunados  empresários e governantes em diversas instâncias de poder.

Pesquisa da última semana registrou que os da terra estão decepcionados, envergonhados de serem brasileiros. A reação negativa deve-se pelas atitudes dos governantes e empresários com a constatação  da desenfreada corrupção. Se em 2010 tivemos um pique de otimismo  quando  apenas 7%  tinha avaliação depreciativa, desta feita foram 34%, que se envergonharam, o maior índice já registrado.
Um tema delicado para minha biografia de militar, esportista e advogado. Eles foram vividos  com o otimismo de quem sempre acreditou no amanhã. Caboclinho na infância, assimilei o encanto do amanhecer ao compartilhar com os animais domésticos e a passarada na mata ao derredor da moradia simples - de barro as paredes, sendo  de terra  batida, o piso. Ele ficava fresquinho depois de ser cuidadosa e mesmo carinhosamente varrido.
Difícil ver as novas gerações viverem este momento da máxima negatividade fluir do âmago do cidadão. Evidente que o indivíduo brasileiro ante as possibilidades futuras do país pela sua grandeza e diversidade biofísica,  acredite  no seu  futuro . Com certeza  o resultado da pesquisa publicado pelo jornal a Folha de São Paulo, envolva o lado cidadão que espera muito mais destes políticos que aí estão há 30 anos no poder da Nação. De que adiantou os 20 anos de luta na clandestinidade?
O desenlace após conciliação pela lei da anistia criou uma expectativa positiva de que  seria esta a época de   nos consolidarmos como  país, face a  riqueza incomensurável do Brasil, sob diversos aspectos, principalmente os naturais.
Depreende-se das pesquisas e outras análises do momento vivido  que a grandeza e riqueza não nos bastou, pois nos perdemos no conflito das ideias mundiais. Despersonalizados e de caráter frágil, nossos líderes inverteram os valores, fazendo do poder uma fonte de massagear  egos, seja pelo exercício dele como salvadores da pátria ou pelo  imiscuir o interesse particular ao público, dando prioridade ao primeiro, mancomunados empresários e homens públicos em diversas instâncias de poder.
Envergonhados e frustrados manifestaram-se os entrevistados. Lamentável registro principalmente quanto a responsabilidade  ética inerente ao exercício do poder.
Mudemos agora para dar uma chance às novas gerações. Cidadãos brasileiros, não deixem de participar ordeiramente para se antepor aos algozes destes tempos – os apaniguados do poder, sanguessugas da nação que viveram de uma politicagem rasteira e desavergonhada nestes últimos tempos! São dezessete mil sindicatos no país, 33 partidos, há desacertos a serem revistos por todos lados. Que se efetivem as reformas necessárias!