A paranoia consiste num pensamento fixo que toma conta do indivíduo
Incidindo a hipótese de uma terceira denúncia de crimes, suficientes para afastá-lo do cargo. É dever também dele de colaborar com a credibilidade popular e cumprir o que disse.
Escrevi
em “Visão obnubilada e paranoica”, sobre as tergiversações e contradições do
discurso político. A paranoia consiste num pensamento fixo que toma conta do
indivíduo e o faz desconsiderar qualquer argumento que contrarie minimamente, o
que lhe vai pela mente. Quanto a obnubilada é a escuridão que de tudo faz
trevas pior que a cegueira, pois nesta seu portador conhece seus limites,
enquanto naquela ilude-se sempre com sua mente saturada, inexistindo espaço a contra
argumentação.
Houve
no processo da deposição de Dilma Rousseff, a fermentação da hipótese de golpe que
não houve, mas para os incautos quem seria
o líder dos golpistas, senão o próprio Temer para quem assim comprou o
discurso. Este estigma ainda está bem latente em muitos, recai em Temer, com a
pecha de golpista mor, por ser o Vice-Presidente da República.
Ele
liderou a elaboração de um plano de governo pelo MDB– “ Uma ponte para o futuro”,
lançado com muita ênfase. Muitas propostas contidas m no plano foram por ele, Temer quando na
Presidência implementadas. Desta forma a pecha de traidor ainda paira no ar.
Ora, depois de duas denúncias recusadas às duras penas pelo Parlamento que lhe
permite continuar presidindo o país e um índice de rejeição altíssimo de 70%,
agora demonstra intenção de candidatar-se.
Assim a dissimulação dos políticos, acresce a tudo que está sendo denunciado e não é
pouco. Paira ainda inúmeras outras acusações, além das que foram politicamente
rejeitadas. Aquelas serão criminalmente apuradas quando ele deixar o cargo. Nesta
semana vários amigos seus foram presos,
suspeitos da prática de irregularidades, incidindo a hipótese de uma terceira
denúncia de crimes, suficientes para afastá-lo do cargo. É dever também dele de
colaborar com a credibilidade popular e cumprir o que disse quando assumiu a
Presidência – “não serei candidato”.
Sendo
ele peremptório ao afirmar e reafirmar de que não seria candidato a Presidente
da República, ao final de seu mandato tampão, deve cumprir sua palavra, mas não
é isso que vemos hoje. Ele começou com essa história de candidato, após a Intervenção
Militar no Rio de Janeiro, até parece que necessitava de um fato extraordinário,
para cacifar sua candidatura.
A lógica do razoável aponta o caminho que é o
bem cumprir seus desígnios até 31 de dezembro de 2018 e depois enfrentar a
justiça para o que lhe resta junto aos tribunais. A lei é para todos! Assim,
confirmará o que disse várias vezes em rede nacional. Não serei candidato a
Presidência da República, quero contribuir com este momento da melhor forma
possível. Candidato jamais. Meu papel nesta história será encerrado em 2018!!!