Na Trincheira do Poeta

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quarta-feira, 28 de março de 2018

O Alvorecer

Uma reedição atualizada
                                                Referências iniciais!
                                         
                                          Minhas primeiras imagens na vida, registrei em postagem biográfica, é de uma chácara linda às margens da Rodovia Cândido Portinari, a dois KM de Batatais/SP, entre os cinco e onze anos, vivi  entre florestas, cerrados com muitos animais domésticos, silvestres e peixes nos córregos, ribeirões e rios.


                                                 O Alvorecer



O alvorecer é um momento especial do dia, do ano e da vida se o imaginarmos como um início de ciclo que vem com a luz que nos aquece e desperta.
O cantar do galo, o primeiro sinal ao caboclo atento de que o dia está chegando. Há trabalho, atividades diversas, vamos a luta. Nestes dias de vida urbana os horários e turnos são diversos, dia e noite ao homem moderno pouca diferença faz.
No sertão, depois que o galo cantou é a vez dos pássaros ensaiarem o seu gorjear, uns querem sua companheira, outros marcar seu território, o motivo maior porque cantam deixo ao pesquisador e ao poeta, porém não há dúvida -  na floresta  o momento  é lindo.
Nos verdes campos de minha terra, em viagens bem cedinho, o cheiro do marolo, do marmelo,  da gabiroba e do bacupari que colhíamos para o primo querido que, órfão em tenra idade, morava com a avó. Dezoito quilômetros de estrada de terra batida, na  carroça, era necessário  se por a caminho nos primeiros raios do sol para a visita amorosa, semanal.
Hoje, tudo mudou, os cerrados e matas são esparsos. Nossa região é privilegiada pelos grandes lagos. Às suas margens, o citadino busca refúgio para amainar o calor, praticar a pesca e reencontrar a flora e a fauna dos tempos de outrora.
Podemos dizer que a chegada dos primeiros dias de um novo ano, traz a mesma sensação do alvorecer do ciclo do dia. A vida que tem na noite o renovar das energias  propiciada pelo descanso, segue tempos afora, apesar de alterados os costumes.
Num ano muitos dias, muita esperança. Acontecimentos diversos, ainda bem que tem os pássaros sempre com seu gorjear - não a monotonia de galho em galho a cantar.
A nós homens, um pouco mais é exigido, as transformações são profundas, necessário refletir,  instruir-se para a caravana acompanhar -  neste perene evoluir do fazer e pensar.
Certo é que neste alvorecer de um novo ano,  espera-se dias melhores. O de 2013 foi pródigo quanto ao exercício da cidadania pelas pessoas de branco nas ruas a se expressar em união.
Um alento que parece veio do vento, infelizmente seguido pela maldição do ódio e da violência, atitudes que esperamos, fiquem para trás, assim como todas as mazelas praticadas, onde quer que seja.
Neste momento precisamos de juízo, cabeça no lugar e reverenciar os valores maiores que possam pacificar e aproximas as "bandas dos radicais". Inexiste nós e eles, somos uma só nação. Se recebemos de braços abertos imigrantes de todas as nações, por que não nos unirmos, nos irmanarmos num só objetivo: uma democracia da tolerância exigente sim - de valores humanos nobilíssimos. 
Avante Brasil, deixemos a intolerância órfã, à beira do caminho."Ordem progresso, em paz"!

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