Na Trincheira do Poeta

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sábado, 28 de abril de 2018

"Ab absurdo, assinaram a delação"

Esta é a lei da Delação Premiada de que tanto se fala.

O mundo evoluiu, as pessoas viajam, leem, interagem. Um ex-presidente está preso, candidatos em palpos de aranha com acusações, tudo está exposto a população em geral.

Na data de 2 de agosto de 2013 foi assinada a lei  n. 12.850 que no seu prólogo define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; alterou Código Penal e revogou a Lei no. 9.034 de maio de 1995. Esta é a lei da Delação Premiada de que tanto se fala.
De inicio  registra-se dados da Lei de Delação Premiada, com chamamento de que por “ab absurdo”, nossos parlamentares  esqueceram dos métodos praticados no governo como um todo quanto aos mecanismos de busca de numerários via corrupção de servidores detentores de cargos que os abasteciam, como vemos nas delações a todo instante.
Ao imiscuir os recursos  privados  com os públicos e vice-versa, numa sanha ilimitada de valores de forma tão deslavada, transparece que os legisladores esqueceram-se das consequências do que aprovaram a si próprios.
Desde 2005, quando surgiu o caso de Corrupção nos Correios que o esquema de compra de parlamentares foi exposto, havendo condenação de vários políticos e servidores públicos. Então em 2013, eles aprovam esta lei que abre a oportunidade de suas condenações pela  delação de quem os corrompem. É isso mesmo, pois para o particular é corrupção ativa o crime, ao público passiva.
Parece até que foi para bater no peito e arrotar grosso “somos honestos, aí está a lei”. Mera encenação, o esquema do Mensalão, não era nada em face do que acontecia na Petrobras, Furnas, tem fumaça pelos lados do Metrô Paulista, obras da Copa, das Olimpíadas. De forma que multiplicaram-se os casos, a partir da investigação de doleiros no Paraná..
O efeito tsunami está varrendo a República. O país não é o mesmo e tampouco será doravante.  Muitos parlamentares não se deram conta de que são criminosos e que vez deles chegará.
A transparência da justiça torna público tudo que  envolve os processos, sendo que nas redes sociais e no jornalismo informativo, há interpretes das posições de cada ator, desde os indiciados aos julgadores. O mundo evoluiu, as pessoas viajam, leem, interagem. Um ex-presidente está preso, candidatos em palpos de aranha com acusações, tudo está exposto a população em geral,
Concluindo, como vimos na última postagem, o eleitor terá desta vez como separar o joio do trigo. Identificar dentre os candidatos, o mais sábio e focado nas mudanças de rumo. Necessitamos de muitas e profundas mudanças – legais,  estruturais e administrativas com a eliminação de privilégios aos políticos e a alguns setores públicos.
Na Lei de Delação Premiada, o tiro saiu pela culatra. Incautos a aprovaram e se descuidaram dos seus efeitos sobre os mal feitos. Quem sabe assim temos uma chance, num futuro próximo? Que a providência divina ilumine quem se põe a candidatar. Aos presos e condenados que assumam seus crimes renunciem e paguem pelo que fizeram. Horroroso criminosos chorões que pensam que a população é idiota. Assim já é demais, “assinaram a lei porque quiseram, incautos e venais.” Agora, segurem o rojão!

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