“O sol nos aquece toda manhã, trazendo consigo
a esperança do renovar. Que esta energia seja catalisada e surjam futuramente
sociedades, onde parte do desvirtuamento da natural existência humana, hoje tão
afrontada, simplesmente inexista”.
Minha geração teve mais
sorte, pois a cultura comunista/anarquista foi adiada pela ação militar desenvolvida
naquele dia, por vinte e cinco anos. O que se viu na Europa com a instalação do
Muro de Berlim dividindo irmãos; na própria União Soviética pelos registros das
atrocidades e em Cuba com 50 anos de Ditadura, onde centenas de pessoas morreram
afogadas para chegar aos Estados Unidos em travessia marítima em pequenas embarcações,
tal o desespero de uma vida sem liberdade, comprova que aqui viveu-se melhor. Infelizmente,
a transição apesar de se dar sob a égide da anistia ampla, os revoltosos
se arvoram em vencedores e bilhões de
reais foram consumidos em indenizações e pensões; e pior do que isso, a desfaçatez tomou conta
dos líderes de forma que a corrupção desenfreada nas hostes do poder, nestes últimos anos contaminou
toda sociedade em total inversão de
valores, resultando em anomia.
Não bastasse isso, alguns líderes contaminados pelo veio ditatorial de
esquerda, agiram ao arrepio de qualquer consulta
popular, como é o caso da implantação da
“progressão continuada” inciada por
São Paulo, que colocou o estado nas
piores colocações em avaliações nacionais. Este é só um exemplo.
Artigo
– Texto inédito escrito a propósito do 31 de
março de 2013.
Emoção Incontida
A
propósito do 31 de março de 1964, estava me esquecendo de registrar, neste 31
último, tão importante data na história da nação que o futuro há de resgatar,
passado o domínio de terroristas no poder.
Estamos vivendo um momento atípico de
diversas demonstrações de exasperação das emoções por entes
governamentais a propósito do coroar de um objetivo dos mais radicais, anunciado
de longa data que muitos aspiraram que
seria a justificação dos atos perpetrados por agentes do estado, durante o
período de exceção.
O
ápice deste recôndito sentimento foi representado pelas lágrimas palacianas da
mais Alta Autoridade, na presença dos últimos cinco Presidentes da República na
solenidade de posse da Comissão da Verdade, no onze de maio de 2012, uma sexta-feira.
Compreensíveis sob o ponto de
vista pessoal, uma vez que ela esteve no olho do furacão em tenaz ação
revolucionária. Em pronunciamento disse que não se tratava de revanchismo, e
sim no aprofundamento dos esclarecimentos dos fatos em memória das vítimas e do conforto aos seus familiares e pares. Lágrimas representam muito; quem não
as teve? Historicamente, narra a
biografia da matriarca dos Kennedy, que apesar
dos desatinos com a família, jamais chorou em público.
Pessoalmente, confesso que em mais de uma vez, sintetizada por uma só
gotícula em público ou em particular a forte emoção após o arrepiar do corpo é
inevitável. Estes momentos são tão marcantes que não os esquecemos jamais.
Também teve lágrimas copiosas privativas, é a vida, entende-se.
Pela expressão do gesto e seu significado histórico, pois não são
lágrimas de crocodilo e sim da mais
expressiva e significativa personalidade
de nossa pátria(hoje) que daqui a pouco terá um filme também...não podemos nos
omitir em dizer às novas gerações que certamente no mesmo momento, lágrimas
eram derramadas por alguém que teve um descendente ou um companheiro vitimado
por terroristas, à época dos fatos a serem
elucidados.
Certamente aconteceu e acontecerá (lágrimas) toda vez que se falar
deste assunto porque não foram somente os
agentes do estado os algozes a vitimar terroristas, estes estavam no
cumprimento do dever na defesa das instituições; porém os terroristas também vitimaram, inclusive civis desvinculados de qualquer ação formal,
nos tresloucados atentados armados e com explosivos.
Sob outro prisma, vertentes
sintetizam emoções fortes que dão azo a
reflexão profunda de quem não está somente para o pão e circo: a de que em 31 de março de 1964 o Brasil se livrou da
pior ditadura conhecida pela humanidade que é a marxista-leninista e seguiu seu
destino magnânimo sem o espírito sanguinário que quase dizimou a Europa pela
anexação de vários países, cuja imagem emblemática da queda do muro, pôs fim.
Não há dúvida nas narrativas da época que o desembocar da ação governista seria a
implantação do regime comunista no Brasil. O que se deu entre 1964 e 1985 foi fruto disso e o resultado
para ambos os lados que se opuseram foi conseqüência da defesa da sociedade
quanto ao que lhe seria melhor.
A índole pelas soluções
pacíficas das controvérsias ratificadas no preâmbulo da carta magna em 05 de
outubro de 1988, corroboram os argumentos de que nosso povo abomina
terroristas, mesmo assim muitos ocupam expressivos cargos públicos , anistiados
que foram.
A relevância das ações políticas é permanente e envolve todo espectro
social, assim passados vinte e cinco anos
da constituinte, os fatos estão a comprovar que um mandatário maior renunciou, ante
a iminente deposição por impeachment e outro não o foi porque duas ações de
impedimento por corrupção, em quinze anos para uma nação, não seria suportável.
“O
sol nos aquece toda manhã, trazendo consigo a esperança do renovar. Que esta
energia seja catalisada e surjam futuramente sociedades, onde parte do
desvirtuamento da natural existência humana, hoje tão afrontada, simplesmente inexista”.
JOSÉ CARLOS XAVIER
- AUTOR