A desmoralização que atingiu o Presidente da Câmara Federal
Constata-se agora, em parte, um parlamento liderado por acusados que ombreiam com a Presidente nos malfeitos ao longo destes anos, frustrando as esperanças daqueles que acreditaram na redemocratização da Nação Brasileira
Artigo publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 15/11/2015
Vimos nesta semana que se finda escabrosa articulação na Câmara dos Deputados para dar fôlego ao que denomino de conluio antidemocrático o qual visa ganhar tempo, contemporizando através de argumentos pseudo legalistas, a desmoralização que atingiu o Presidente da Câmara Federal pelas comprovadas contas que dispõe no exterior. Líderes de 13, dentre o estratosférico número de 32 partidos, assinaram manifesto de apoio ao acusado no Conselho de Ética daquela casa.
Vimos nesta semana que se finda escabrosa articulação na Câmara dos Deputados para dar fôlego ao que denomino de conluio antidemocrático o qual visa ganhar tempo, contemporizando através de argumentos pseudo legalistas, a desmoralização que atingiu o Presidente da Câmara Federal pelas comprovadas contas que dispõe no exterior. Líderes de 13, dentre o estratosférico número de 32 partidos, assinaram manifesto de apoio ao acusado no Conselho de Ética daquela casa.
Enquanto de Curitiba vem ação,
vemos que no parlamento exsurge muita embromação. É um tal de olhar para o
próprio umbigo e jogar fichas no futuro, sem a preocupação de reverter o caos
implantado no Brasil da ação inescrupulosa da perpetuação no poder - “a qualquer meio mesmo que ilícito”.
A constatação desta artimanha, é
vergonhosa, posto que o manifesto, conforme exposto na grande imprensa, foi
redigido do gabinete do líder do partido detentor do poder executivo, primeiro
e principal interessado, uma vez que o pedido de Impeachment da Presidente depende da decisão do
acusado.
Enquanto o país afunda no mar de
lama da corrupção, em proporção jamais vista, implantada lá atrás no início
deste governo, a partir de 2002, quando
a indigitada autoridade exercia fortes influências nos destinos da empresa na
condição de Presidente do Conselho Administrativo da Petrobras. Constata-se agora, em parte, um parlamento liderado por
acusados que ombreiam com a Presidente
nos malfeitos ao longo destes anos, mergulhando
as esperanças daqueles que acreditaram na redemocratização da Nação Brasileira,
na sua mais profunda crise de credibilidade, interna e externamente, com
consequências que muito fará sofrer seu explorado povo.
Afora os ricos privilegiados pelo
draconiano e voraz sistema financeiro; os empresários amigos do Rei; a claque
de funcionários que mamam nas tetas do governo, principalmente os comissionados,
resta os demais segmentos de desvalidos pagadores de altos impostos e os manipulados
que se veem minimamente aquinhoados com
as míseras ajudas de um governo que quer ser eterno. O desemprego, as
catástrofes fruto da falta de fiscalização, a criminalidade um quadro
desolador.
Salvou-se desta pequenez uma uma parte da oposição consciente que pediu publicamente a condenação do Presidente da
Câmara. Já era tempo de ser mais contundente e o foi. Caminha célere na busca
do Impeachment e que ele que venha logo!
Esgrimo solo da trincheira em que
Guilherme de Almeida nos legou pela poesia – Oração ante a última trincheira - na qual exalta a lembrança do Soldado
Constitucionalista e num dos versos, assim está consignado:
Essa é a trincheira que não se
rendeu: a que atenta nos vigia, a que invicta nos defende, a que eterna nos
glorifica!
Unidos no caminho do bem
venceremos! Sempre foi assim, diz o espirito poético - não há mal que sempre dure!
Que o manifesto "Conluio antidemocrático" seja um exercício de auxílio na prospecção de juízo de valor para aos que se enfileiram em cima do muro. A situação moral e política que a nação brasileira está vivendo exige posicionamento claro.
ResponderExcluir