Aécio, Serra e Alckmin queriam a candidatura.
Ora, qual é o meio mais democrático de se decidir sobre quem será o candidato, pelo voto dos quadros do partido, entretanto não adotaram as prévias.
Ora, qual é o meio mais democrático de se decidir sobre quem será o candidato, pelo voto dos quadros do partido, entretanto não adotaram as prévias.
Da
política não sou mero espectador. Filiado por dez anos em três partidos
diferentes, tenho juízo próprio do meio e lamento que tenhamos chegado ao estágio
de anomia constatado.
Sobre
o tema tenho a dizer que pelo menos três erros capitais identifico na condução
da política nacional – a adoção da reeleição, a não deflagração do impeachment
em 2005 e a proliferação dos partidos políticos.
São
temas complexos que vez ou outra já teci pinceladas, mas neste escrito
refiro-me às prévias no PSDB. Avesso a elas, apesar de ter quadros valorosos,
principalmente para o cargo máximo da nação, acompanhei o imbróglio do período da
pré-candidatura na eleição de 2006.
Aécio,
Serra e Alckmin queriam a candidatura. Eles, ciceroneado por Fernando Henrique
estiveram em alguns restaurantes de São Paulo, em longas reuniões e prévias
nada. Ora, qual é o meio mais democrático de se decidir sobre quem será o
candidato, pelo voto dos quadros do partido, entretanto não adotaram as
prévias. Enquanto isso a imprensa divulgava as idas e vindas nos restaurantes,
um
hábito burguês de discutir à mesa sobre negócios e decisões importantes, mas se
tratando de eleições, os mínimos detalhes contam para o eleitor, principalmente
para a profissional claque oposicionista petista que em 2002 promoveram prévias
entre Lula e Suplicy apenas para atiçar as bases.
Então com as reuniões à mesa, ofereceram um
prato cheio para se configurar a imagem elitista e burguesa da sigla, com o que o povão concorda.
Lá
se foram as esperanças apesar da larga folha de serviço do Ex-Ministro da Saúde
Serra que deu bis nas derrotas do partido para o Metalúrgico. É apenas um
detalhe, mas que julgo importante naquela eleição.
Agora,
a experiência das prévias não foi de todo feliz, pois apesar de restrita a Capital,
mesmo assim houve quebra-quebra em seções de votação. A prática sempre será válida, pois vejo que a
votação dos quadros do partido estimula o aprendizado democrático e formará
gerações diferentes, às retrógadas de hoje.
Estamos
mesmo a espera do impeachment da Presidenta, mas se ele não vier é melhor que
os quadros do partido estejam estimulados pelo exercício das prévias para a
escolha daquele que será o candidato na próxima eleição.
Prévias
no PSDB ao nível nacional. Antes tarde do que nunca. Sim, ao exercício
democrático em todas as instâncias do partido Brasil afora!
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