Na Trincheira do Poeta

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domingo, 29 de janeiro de 2017

As drogas e as rebeliões!

Droga é droga, ao homem uma alimentação saudável exercícios/físicos!

 dúbia posição dos governantes pátrios, provocou o afrouxamento da legislação e fiscalização, apesar de criminalizado, tornando-se num prato cheio para os fornecedores, somando-se a fragilidade legal quanto aos adolescentes.


Este é um tema desafiante, sobre o qual constam as postagens “Entre o fumo e a droga", de 04/09/2014; "Altivez e Sobriedade", de 30/06/2014; e "Não às drogas", de 29/09/2014. A minha experiência de vida inclui um período em que vivi num quartel na Avenida Tiradentes, na segunda fase da Escola de Formação de Soldados da  Força Pública de São Paulo - de janeiro a março. Em abril ela foi nominada Polícia Militar, uma infeliz ideia por ter generalizado, quebrando o estigma  da tão elogiada Polícia de São Paulo - bastava acrescer o designativo Militar, como fez a Brigada Militar, no Rio Grande do Sul.
Mas retornemos ao tema. Neste período em fins de semana, interessado em conhecer a Capital, fiz incursões a pé, à noite. Não foram tantas, mas o suficiente para sentir por completo a grandeza de São Paulo. O itinerário, Tiradentes, São João, Praça da República, que atravessava a pé, Rua das Palmeiras, da Rádio Nacional, tão ouvida por nós interioranos, e enveredava ali pela Duque de Caxias e voltava pela Luz.
Esta constatação faço porque me sinto constrangido com a incompetência generalizada dos governantes ao deixarem esta região se tornar refém de drogados e da prática de crimes de toda ordem "Cracolândia".
Imagine nestes dias ver os bandidos assumirem o controle de presídios e terem a condição de desafiarem em grupo as autoridades e se matarem nas prisões, não bastasse  a enxurrada de atos de despropositada ilegalidade da liderança política e empresarial, expoente do Brasil, com a corrupção.
Um diagnóstico bem avaliado que tive acesso refere-se ao conflito entre as lideranças quanto o entendimento do que seja melhor - a liberação ou a criminalização das drogas. O vizinho Uruguai liberou no último governo, porém o atual líder, que inclusive é médico, em recém entrevista à Veja, disse: droga é droga, ao homem uma alimentação saudável e exercícios físicos para um melhor viver. Ele está tratando o tema com muita responsabilidade, ao cadastrar os usuários, a rede de drogarias e fornecedores, liberada (,) controlada.
A questão, segundo a análise, é de que esta dúbia posição do entendimento fez afrouxar a legislação e fiscalização, entretanto  continuou criminalizado, tornando-se um prato cheio para os fornecedores, somando-se à fragilidade legal quanto aos adolescentes, assim como  a idade penal, tão criticada de dezoito anos e frouxidão da fiscalização das fronteiras.
. As cadeias lotam em razão das muitas prisões, e todo sistema entrou numa asfixia de difícil solução.
Com a palavra os governantes, entretanto, dada a urgência, constato que a questão está mais uma vez com as pessoas nas ruas, a partir da busca do consenso do que queremos: reduz a idade penal; liberar a comercialização, alterar o regime de prisão para o uso de tornozeleira em primários. O que queremos? Ajudemos nossos representantes decidirem. Assim é que não pode ficar.
Confesso, nunca tive dúvida, porém ao saber que a Holanda está  transformando presídios em hotéis, e uma das estratégias para a redução dos presidiários foi a boa tratativa com o assunto drogas, entre outras evidentemente, resta-me a incerteza...
O que não podemos é assistir passivos  o que vimos nestas primeiras semanas do ano! Que horror!

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