Na Trincheira do Poeta

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sábado, 26 de agosto de 2017

A mansidão da planície!

Tudo indicava que em 2014, tivéssemos a substituição dos mandatários

As pessoas atônitas e decepcionadas dão a entender que não tem a quem recorrer e muito menos aclamar. Este é o pior momento imaginado

Atravessamos um momento propício às travessuras dos políticos, o processo do Impeachment foi árduo para todos. Ele vem desde 2013, quando do nada as ruas ficaram repletas e os políticos todos rejeitados pela massa. Foram sete dias contínuos em que dia após dia mais pessoas foram para as ruas. Por onde as passeatas passavam manifestantes das janelas acenavam freneticamente, até que conseguir que não se aumentasse a passagem de ônibus. Este foi o mote inicial que deu asas a protestos por objetivos mais profundos. A decisão sobre o Mensalão era recente e o povo não gostou do que viu.
Tudo indicava que em 2014, tivéssemos a substituição dos mandatários, mas não houve e hoje sabemos porque – o pleito foi uma disputa entre aqueles que mediram a força do poder econômico. A candidata da  situação de posse da riqueza nacional jamais iria perder. Então o jogo de cena fez água, toda argumentação enganosa se desfez e os equívocos palacianos apareceram para desnudar uma crise que está difícil de ser superada.
A tese de golpe não prevaleceu e temos hoje, mais denúncias e são tantas que líderes sob suspeitas estão a nos governar, sem que haja reação das ruas. Acredito por sentir na pele a decepção dos comuns que sou. A liderança que aí esta transparece serem todos iguais aos destituídos e merecedores de igual afastamento.
As pessoas atônitas e decepcionadas dão a entender que não tem a quem recorrer e muito menos aclamar. Este é o pior momento imaginado, pois os mesmos estão pelos corredores dos palácios, articulando não mudanças significativas, pois estas extinguiriam seus privilégios econômicos no exercício do cargo, o que não lhes interessa, principalmente os meios espúrios pelos quais chegam ao poder, pois sem eles ficariam a ver navios.
A iniciativa mais coerente defendida por muitos é a de que aos políticos atuais é defeso, proibido mesmo promover a reforma política, posto que os princípios são constitucionais e somente o Poder Constituinte poderia revê-los. Sendo assim, a iniciativa não passa de um jogo de esperteza dos mandatários atuais.
Citam mesmo que até a votação  da admissibilidade da denúncia contra Michel Temer, ninguém se aventurou tocar no assunto. De lamentar que o povo não esteja de novo nas ruas para pautar o que fazer com esta República aos frangalhos. Profundas mudanças circulam em matérias pelas redes sociais, sobre as quais a população tem acesso. É fazer uma síntese das melhores e colocá-las aos políticos, porque eles farão o que for melhor para si mesmos, se não forem pressionados. O embate no Congresso acontece entre os interessados de sempre.
A pauta tem que vir das ruas! Exercício de cargos - sem reeleição, sem mordomias, sem dinheiro para campanha; sem partido de aluguel,  chupins de verbas públicas.
Que o momento de descanso das massas termine logo, pois somente sua energia nas ruas poderá dar o rumo que a política do país precisa. Chega dos mesmos. São trinta anos de incompetência e desídia!

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