Tudo indicava que em 2014, tivéssemos a substituição dos mandatários
As pessoas atônitas e decepcionadas dão a entender que não tem a quem recorrer e muito menos aclamar. Este é o pior momento imaginado
Atravessamos um momento propício
às travessuras dos políticos, o processo do Impeachment foi árduo para todos.
Ele vem desde 2013, quando do nada as ruas ficaram repletas e os políticos
todos rejeitados pela massa. Foram sete dias contínuos em que dia após dia mais
pessoas foram para as ruas. Por onde as passeatas passavam manifestantes das
janelas acenavam freneticamente, até que conseguir que não se aumentasse a passagem
de ônibus. Este foi o mote inicial que deu asas a protestos por objetivos mais
profundos. A decisão sobre o Mensalão era recente e o povo não gostou do que
viu.
Tudo indicava que em 2014, tivéssemos
a substituição dos mandatários, mas não houve e hoje sabemos porque – o pleito
foi uma disputa entre aqueles que mediram a força do poder econômico. A
candidata da situação de posse da
riqueza nacional jamais iria perder. Então o jogo de cena fez água, toda
argumentação enganosa se desfez e os equívocos palacianos apareceram para
desnudar uma crise que está difícil de ser superada.
A tese de golpe não prevaleceu e
temos hoje, mais denúncias e são tantas que líderes sob suspeitas estão a nos
governar, sem que haja reação das ruas. Acredito por sentir na pele a decepção
dos comuns que sou. A liderança que aí esta transparece serem todos iguais aos destituídos
e merecedores de igual afastamento.
As pessoas atônitas e
decepcionadas dão a entender que não tem a quem recorrer e muito menos aclamar.
Este é o pior momento imaginado, pois os mesmos estão pelos corredores dos palácios,
articulando não mudanças significativas, pois estas extinguiriam seus
privilégios econômicos no exercício do cargo, o que não lhes interessa,
principalmente os meios espúrios pelos quais chegam ao poder, pois sem eles
ficariam a ver navios.
A iniciativa mais coerente defendida
por muitos é a de que aos políticos atuais é defeso, proibido mesmo promover a reforma
política, posto que os princípios são constitucionais e somente o Poder
Constituinte poderia revê-los. Sendo assim, a iniciativa não passa de um jogo
de esperteza dos mandatários atuais.
Citam mesmo que até a
votação da admissibilidade da denúncia
contra Michel Temer, ninguém se aventurou tocar no assunto. De lamentar que o
povo não esteja de novo nas ruas para pautar o que fazer com esta República aos
frangalhos. Profundas mudanças circulam em matérias pelas redes sociais, sobre
as quais a população tem acesso. É fazer uma síntese das melhores e colocá-las
aos políticos, porque eles farão o que for melhor para si mesmos, se não forem
pressionados. O embate no Congresso acontece entre os interessados de sempre.
A pauta tem que vir das ruas! Exercício
de cargos - sem reeleição, sem mordomias, sem dinheiro para campanha; sem
partido de aluguel, chupins de verbas
públicas.
Que o momento de descanso das
massas termine logo, pois somente sua energia nas ruas poderá dar o rumo que a
política do país precisa. Chega dos mesmos. São trinta anos de incompetência e desídia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário