Na Trincheira do Poeta

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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Voto de cabresto, mandato restrito!

O voto de liderança e o fechamento de questão.

Neste caso tive uma decepção com a decisão, posto que a liberdade tão apregoada pelos combatentes da ditadura era confrontada com um ato de expulsão face a um ato de foro íntimo num voto discordante, fazendo da cúpula do PT farsantes democratas.

Há uma queixa antiga de políticos quanto ao sistema na condução das discussões dos assuntos a serem votados nos parlamentos brasileiros, desde  as Câmaras Legislativas  ao Senado Federal!
O voto de liderança e o fechamento de questão sempre soaram como uma limitação do exercício do mandato, posto que o indivíduo gasta sandália e fosfato  mental para  ser eleito, representa milhares de eleitores, pessoas que acreditam no seu pensamento, e aí se vê subjugado pelo domínio da liderança do partido, como se o voto a ela atribuído valesse mais.
Quando da ascensão do Partido dos Trabalhadores ao poder, houve uma queda de braço com o arredio da Senadora Heloisa Helena, Luciana Genro e João Batista de Araújo, o Babá, que votaram contra a Reforma da Previdência. Por isso foram expulsos. A Senadora Heloisa, ferrenha militante pró-sigla, foi aos prantos publicamente. A expulsão deles chamou a atenção dos eleitores, pois não era usual tal postura.
Neste caso tive uma decepção com a decisão, posto que a liberdade tão apregoada pelos combatentes da ditadura era confrontada com um ato de expulsão face a um ato de foro íntimo num voto discordante, fazendo da cúpula do PT farsantes democratas.
Mas a conduta continua no PMDB e é comum a todos, com a suspensão por dois meses de seis deputados por terem votado pela denúncia do Presidente, são eles: Vitor Valim (CE), Celso Pansera (RJ), Jarbas Vasconcelos (PE), Laura Carneiro (RJ), Sérgio Zveiter (RJ) e Veneziano Vital do Rego (PB).
Tenho dificuldade de me pôr no lugar deles nesta decisão, porque o país voltou a ficar à deriva depois do encaminhamento desta delação estranha, sendo que turbulência maior viria com o afastamento do Presidente.
Sempre abominei esta postura - ou temos liberdade e é voto a voto ou tudo se torna pseudoliberdade. O partido não deveria fechar questão em nada. Liberdade plena, democracia pura, com a valorização do voto do eleitor através de seu representante.
Para completar, a Câmara dos Deputados está para sacramentar uma Reforma Política pífia, onde o financiamento de campanha prevalecerá, desprezando todo aparato midiático que possibilita o acesso gratuito do candidato ao eleitor.
Com 35 partidos políticos registrados, temos uma nuvem de parasitas que se soma aos servidores sem compromisso com seus deveres previstos quanto a eficiência, eficácia e efetividade, os quais gozam de direitos infindos.
Somente uma  Constituinte que reveja tudo que aí está poderá colocar o Brasil nos trilhos. Chega de enganação e exploração do povo: de 3 a 7 partidos, sem nenhum auxílio financeiro. Cotização entre os coligados. “Tudo mais é exploração do eleitor”.  Voto distrital simples, político tem que gastar sandália, ser conhecido regionalmente por seus pensamentos e atos que o credencie a liderança.
O Brasil, passado a limpo, seria bem diferente do que querem e fazem os políticos de agora. Chega de bandalheira, chega de voto de cabresto, chega de sanguessugas da nação, via partidos políticos!

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