O voto de liderança e o fechamento de questão.
Neste caso tive uma decepção com a decisão, posto que a liberdade tão apregoada pelos combatentes da ditadura era confrontada com um ato de expulsão face a um ato de foro íntimo num voto discordante, fazendo da cúpula do PT farsantes democratas.
Há
uma queixa antiga de políticos quanto ao sistema na condução das discussões dos assuntos a serem votados nos
parlamentos brasileiros, desde as Câmaras Legislativas ao Senado Federal!
O
voto de liderança e o fechamento de questão sempre soaram como uma limitação do
exercício do mandato, posto que o indivíduo gasta sandália e fosfato mental para ser eleito, representa milhares de eleitores, pessoas que
acreditam no seu pensamento, e aí se vê subjugado pelo domínio da liderança do
partido, como se o voto a ela atribuído valesse mais.
Quando da ascensão do Partido dos
Trabalhadores ao poder, houve uma queda de braço com o arredio da Senadora Heloisa
Helena, Luciana Genro e João Batista de Araújo, o Babá, que votaram contra a Reforma da Previdência. Por isso foram expulsos. A
Senadora Heloisa, ferrenha militante pró-sigla, foi aos prantos publicamente. A
expulsão deles chamou a atenção dos eleitores, pois não era usual tal postura.
Neste caso tive uma decepção com a decisão, posto que a liberdade tão apregoada pelos
combatentes da ditadura era confrontada com um ato de expulsão face a um ato de foro íntimo num voto
discordante, fazendo da cúpula do PT farsantes democratas.
Mas
a conduta continua no PMDB e é comum a todos, com a suspensão por dois meses de seis deputados por terem
votado pela denúncia do Presidente, são eles: Vitor Valim
(CE), Celso
Pansera (RJ), Jarbas Vasconcelos (PE), Laura Carneiro (RJ), Sérgio Zveiter (RJ)
e Veneziano Vital do Rego (PB).
Tenho dificuldade de me pôr no lugar deles nesta decisão, porque o
país voltou a ficar à deriva depois do encaminhamento desta delação estranha,
sendo que turbulência maior viria com o afastamento do Presidente.
Sempre abominei esta postura - ou temos liberdade e é voto a voto ou
tudo se torna pseudoliberdade. O partido não deveria fechar questão em nada.
Liberdade plena, democracia pura, com a valorização do voto do eleitor através de
seu representante.
Para completar, a Câmara dos Deputados está para sacramentar uma Reforma Política pífia, onde o financiamento de campanha prevalecerá, desprezando todo aparato midiático que possibilita o acesso gratuito do
candidato ao eleitor.
Com 35 partidos políticos registrados, temos uma nuvem de
parasitas que se soma aos servidores sem compromisso com seus deveres previstos
quanto a eficiência, eficácia e efetividade, os quais gozam de direitos infindos.
Somente uma Constituinte
que reveja tudo que aí está poderá colocar o Brasil nos trilhos. Chega de enganação
e exploração do povo: de 3 a 7 partidos, sem nenhum auxílio financeiro.
Cotização entre os coligados. “Tudo mais é exploração do eleitor”. Voto distrital simples, político tem que
gastar sandália, ser conhecido regionalmente por seus pensamentos e atos que o
credencie a liderança.
O Brasil, passado a limpo, seria bem diferente do que querem e
fazem os políticos de agora. Chega de bandalheira, chega de voto de cabresto,
chega de sanguessugas da nação, via partidos políticos!
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