Na Trincheira do Poeta

Na Trincheira do Poeta

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Se as pétalas não caíssem?

Uma reverência aos pais que igualmente as pétalas se vão num renovar constante da vida!

Feliz dia dos pais àqueles qua se habituaram me fazer companhia nestas singelas reflexões vivências!



Em viagem a São Paulo para visita aos filhos, saúdo todos os pais, a começar "in memórian" ao meu que se foi há 29 anos...  As emoções vividas em tenra idade sempre foram mais fortes do que tudo que aprendi. Irreverente e de ágil pensar, destemido, criativo, polivalente - barbeiro, pedreiro, eletricista, carpinteiro, cozinheiro, motorista, comerciante, agricultor. Com sentimento comunitário, esportista - tocava sanfona que aprendeu depois dos  trinta, violão, cavaquinho e pandeiro, na infância. Na viuvez animou bailes nos vilarejos. Brincalhão a moda cabocla se enturmava muito fácil . Na Folia de Reis era quem afinava os intrumentos. Na velhice ao sair da barbearia, vez ou outra alguém lhe trazia um violão, quando de passagem por bares; e ali tocava, animando  a turma. Na longa internação nas clínicas não falava da doença se eu não lhe perguntasse. Gostava da verdade e desestimulou briga entre irmãos. Este a fonte de inspiração, de onde exssurgiu a coragem e ânimo de fazer o que fiz como fiz e o que ainda poderei fazer. 
Agradeço aos grandes mestres, aos escritores...aos líderes profissionais expoentes, cujos exemplos deram asas às energias em mim contidas, possibilitando aflorar a alegria de viver que aprendi na infância de forma contagiosa, com meus pais. Neste dia deles, ao lado de meus queridos filhos e netas,  com saudosa lembrança da esposa e agradecido a companheira pelos momentos vividos, consigno publicamente este pleito ao meu pai. Aos irmãos meu carinho e abraço! Aos irmãos de fé e companheiros no sevir obrigado por juntos darmos sentidos às nossas vidas. Sou feliz pela vida,vivida! 


Se as pétalas não caíssem!

Imaginação que perpassa o tempo
Distância que não barra o vento
Esvoaçam as pétalas multicoloridas
Arco-ires delas, rosas e margaridas!

Amores que ficaram, calientes
Terra querida de muitas flores
Hoje apenas em nossas mentes
À volta da abadia quantos amores!

Viajantes emocionados a visitar
Fulgurante paisagem em renovação
Pétalas pelo ar  imitam o valsear
Espetáculo da natureza, emoção!

Inegável sensibilidade a provocar
As pétalas do roseiral ao chão
Não renovaria o canteiro ao luar
Sim aos devaneios, sonhos, ilusão!

Flores, música, alegria! O trabalho mais uma referência, sem ele nada se faz. Vida que segue!  Domingo dia do Senhor que ele seja louvado para sempre louvado seja!
Feliz dia dos pais àqueles que se habituaram me fazer companhia nestas despretenciosas reflexões vivências!


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