O protagonismo do judiciário como fiel da balança entre os três poderes
Com tanta corrupção a vista, partícipes vários partidos, a quem incumbia o desfecho do Impeachment, foi abortada a denúncia. Eles conseguiram perder nas urnas.
Vemos
hoje um vácuo na expectativa política quanto à eleição, em
relação aos nomes dos principais candidatos a Presidente da República pelo
desgaste dos políticos junto à opinião pública.
Por
outro lado, o protagonismo do judiciário como fiel da balança entre os três
poderes, desde 2005 com o julgamento do Mensalão, forteleceu seus expoentes, pois os agentes políticos no
afã da perpetuação no poder se perderam pelo caminho ao exacerbar o veio ilegal
na captação de recursos, mancomunados com empresários que despudoradamente
mantiveram um ilegal e sórdido compadrio que expõe o lado podre de parte da liderança nacional, pública e privada com prejuízo de bilhões reais. Atitudes abjetas que levaram a
condenação de Lula e à deposição de Dilma. Esta com os bens bloqueados, face
aos indícios de que tinha conhecimento e consentiu, enquanto Presidente do
Conselho Administrativo da Petrobrás que se efetivasse a compra de Pasadena com
prejuízo milionário, assim como era conivente com as nomeações dos agentes
corruptos presos, os quais em suas delações denunciaram os fatos.
Arquitado
o plano de perpetuação no poder desde a
posse, puseram mãos à obra, tanto que em 2005, às vésperas da eleição presidêncial ele corria solto. O revés não era esperado. Com tanta corrupção a vista, com cúmplíces de vários partidos, a quem incumbia o desfecho do Impeachment, foi abortada a denúncia em 2005. Eles conseguiram perder nas urnas. Tristes dias estes para os brasileiros que
só acordaram em 2013, com o povo nas ruas.
Destes
fatos exsurge uma equação bem nítida. "O povo clama por novas lideranças". O
protagonismo de Moro teve alguns esteios: as pessoas nas ruas por duas vezes de forma maciça. Em ambas sem permitir políticos, sindicatos e quaisquer associações, tanto em 2013 como 2015. O outro, lá trás com Jorquim Barbosa, um paradigma ao conduzir as severas condenações vários políticos
no Processo do Mensalão. Brasileiro dotado de extrema competência pessoal, atuou de forma impar.
No momento, não resta dúvida de que as esperanças da nação brasileira recaem no Poder Judiciário, como ponto de equilibrio na despudorada ação política comprovadamente eivada de corrupção. Um expoente como Joaquim Barbosa na campanha
eleitoral diversifica os radicais de referência do eleitor. Já temos um
militar, teremos ao que parece o consagrado economista Henriques Meireles; o jovem
e atuante Rodrigo Maia. Que o Excelso Ministro se convença e venha expor o seu
pensar para que os brasileiros tenham referências novas no discurso político e
saiamos da mesmice.
Este
ano de 2018, face - às ações no processo de julgamento de renomados políticos,
condenados no Mensalão; à iniciativa popular mais autêntica da história do Brasil,
com o povo nas ruas por vários dias, com rejeição a todos entes políticos,
sindicatos e associações de ponta a ponta do território nacional; por duas vezes; às ações da Lava Jato que de forma determinada e efetiva fez desmoronar o plano
de poder, embasado num domínio, “ad aeternum”, impiedoso e espúrio, imagina-se que teremos uma
eleição com o ânimo de redenção. Será mesmo? Bem possível, pois parte deste milagre está no desmascaramento e condenação dos políticos.
A
sociedade merece Joaquim Barbosa como referência alternativa ao discurso dos
mesmos. Se o poder judiciário é o protagonista das mais acertadas ações saneadoras da corrupção, há mais de dez anos - que se junte ao povo nas ruas para um porvir
melhor.
Não
comprometo o meu voto, pois o sigilo dele, é o que faz da eleição um grande
mistério. Mas regozijo do fato de que o leque seja o mais amplo e positivo quanto aos pretendentes a nos representar.
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