Na Trincheira do Poeta

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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Segunda de carnaval, o que esperar?


Confesso que de pronto decidi conhecer de perto o Rei Momo

Um aniversário muito diferente. Voltei a curtir carnaval nas férias acadêmicas, quando coincidia a  sua  realização, antes da reapresentação aos estudos.

Destaque da Escola de Samba Vila Izabel, Martinho da Vila, cantor e compositor consagrado desfilou todo garboso em carro alegórico, nesta segunda feira, data do seu nascimento, a televisão exibiu. Por onde começar? Ao exaltar este ícone do samba que curto e me identifico em inúmeras de suas canções que falam dos usos e costumes populares e pelo menos no detalhe do aniversário dele tenho algo em comum, pois  diziam meus pais que também nasci neste mesmo dia da semana, coincidindo ser carnaval.
Sem muita curiosidade de consultar o calendário, o tempo foi passando. A afirmativa você nasceu numa segunda-feira de carnaval começou  cair na dúvida da imprecisão da memória. Sem muita atenção aos festejos, enquanto vivia no campo ficava indeciso, porém indiferente. Acontecu que certo dia ao voltar a Brasília, após um mês de férias em São Paulo, interregno que prestei meu primeiro concurso na Força Pública de São Paulo, detectei que finalmente meu aniversário coincidiria com  o afirmado - uma segunda-feira de carnaval.
Por obra do acaso, fora reprovado no concurso que para mim representava duplo objetivo: retornar para mais perto da família, numa cidade efervescente em que não faltava trabalho e preservar o serviço público, considerando ainda que a milícia paulista,  era muito respeitada. O acaso, não quis que meu contentamento com as férias, somasse ao êxito da aprovação tão esperada, desde o dia que o colega paulista, casualmente dissera no alojamento, sobre a possibilidade da realização deste concurso, durante um mês de férias.
Um vazio me acompanhava no retorno, até tomar conhecimento que o aniversário coincidiria com a data monística. Confesso que de pronto decidi conhecer de perto o Rei Momo e foi o que fiz. Trabalhava numa função durante diurna em regime de dias alternados, portanto brincar os cinco dias,  era plenamente compatível. Ainda conseguia um tempo para um cochilo, mesmo que precário, numas cadeiras enfileiradas.
 Foi assim que em eventual  e fugaz encontro,  reciprocamente nos animamos e mal nos conhecemos,  mas o canto em coro e o brincar dos jovens sonhadores foi compartilhado alegremente, um aniversário muito diferente. Voltei a curtir carnaval nas férias acadêmicas, quando coincidia a  sua  realização, antes da reapresentação aos estudos e depois de muito tempo, duas ou três vezes, já Capitão, no Clube de Tênis de Catanduva, quando permitido revezamento de comandantes, nas obrigações funcionais. Nele trabalhei todas as noites, por vários anos.
Esportista, contemplo e me alegro ao acompanhar competições de alto nível das mais diversas modalidades, sendo o futebol a mais envolvente. Registro o carnaval pela sua peculiaridade e da especial motivação de expor ao leitor o quanto a vida nos reserva surpresas, assim como o detalhe importante deste extravasar momentâneo das emoções, afugentando uma frustração que foi superada em seguida pela concretização do objetivo. Ficasse remoendo o fracasso de nada adiantaria. Me diverti com os folguedos do Rei Momo e  perseverei no objetivo,  ao gozar outra férias e repetir o exame. Mais uma oportunidade de refletirmos juntos, passou o domingo mais vem a quarta-feira de cinzas e quaresma. Fé, companheira inseparável da perseverança. Caminhos que nos levam ao porto seguro. Que o Senhor nos abençoe na prática do bem. Uma boa semana a todos!






















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