Se sentiria constrangida, ante a ideal conduta do canadense.
Os registros tem o condão de atestar que há muitas formas de viver. O constante terror em várias regiões do Brasil é porque não elevamos nossa cultura.
Os registros tem o condão de atestar que há muitas formas de viver. O constante terror em várias regiões do Brasil é porque não elevamos nossa cultura.
Na
política, assuntos vão e vem, numa curva sinovial que se estende infinitamente,
pois a dialética do convencimento, a atingir
a consciência dos protagonistas tem interesse econômico, este suficiente para
convencer até os contrários, em seu foro
íntimo, pois o metal remove montanhas ou melhor ainda, dá acesso ao cimo dela,
tudo que os pseudos visionários interesseiros querem!
Nos
Estados Unidos, armar ou desarmar, é assunto que está sempre em evidência, pois
o comércio de armas é incentivado, entretanto face as seguidas matanças
coletivas há um clamor para que a aquisição delas seja restringida.
Quem
quiser um testemunho abalizado sobre este assunto assista: “Tiros em Columbine”
produzido por Michael MOORE. O ataque aconteceu na cidade de Littleton, Colorado
em 20/04/1999. À época houve grade movimento de repúdio às facilidades na
aquisição de armas que continua, pois nos últimos dezoito anos houve mais
mortes por arma de fogo do que em todo século vinte.
Uma
passagem gravada no Canadá, chamou-me a atenção: uma senhora vítima de furto na
residência, disse que por convicção mesmo depois do infortúnio, deixa a chave na
caixinha exposta na rua, pois do contrário se sentiria constrangida, ante a
ideal conduta do canadense.
Aventuro-me
pela reportagem do repórter global Kovalik que ao deixar o Japão, registrou a
conduta do povo – quando afirmou que o dinheiro extraviado nas ondas da tsunami foi devolvido. Como assim a indagação? Quem achou o levou a autoridade; quem procura é fiel ao
quanto perdeu; sendo a autoridade fiel ao seu mister, fechado o circuito pela honestidade de todos, em
confiança dava-se a conclusão, inimaginável onde há a desonestidade dos indivíduos.
Não
vai longe – há um ano em Portugal, registrei a devolução de bagagens sem nenhum
controle no município de Serpa, também a retirada das bagagens do ônibus,
sem nenhum controle no Santuário de Fátima. Horário de estudantes, muitos volumes
e o bagageiro com as portas escancaradas, enquanto o motorista atendeia a fila.
Os
registros tem o condão de atestar que há muitas formas de viver. O constante
terror em várias regiões do Brasil é porque não elevamos nossa cultura. Hoje
sabemos o que é certo, há intensa comunicação por rádio, televisão e redes
sociais. Quem dispõe de acesso a estes meios não pode dizer que lhe falte
conhecimento de qual conduta se espera do cidadão, entretanto aventureiros
políticos de plantão pedem armas ao indivíduo.
O
armamento da população, por convicção ou pelo dinheiro em patrocínio que vai
entrar na campanha, faz-se o lobby da indústria. Nos Estados Unidos, à época da
tragédia e gravação do documentário, quem representava os interesses dos
armamentistas era nada menos do que Charsleston West.
Por
época da votação do Estatuto no Brasil, a discussão foi intensa e nas palestras
houveram vários exemplos que armar a população de nada adianta. A vida em
comunidade nas cidades com intensa aglomeração de pessoas, armar a todos só
aumentará os desatinos em atos passionais.
Concordo que a proposta de
facilitar o acesso da população a armas de fogo tem apelo eleitoral, mas, na
prática, poderia resultar em mais mortes no País, explicita no Fórum de
Segurança Pública, em que o Ministro, Raul Jugmann foi um dos participantes e apontou o risco de
o Congresso “rasgar” o Estatuto do Desarmamento. Ele defendeu, uma comedida “flexibilização”
a legislação atual, ponderando que segmentos específicos, podem ser alcançados
por ela.
A elevação da consciência cidadã individualmente que contemple um
código de valores praticados espontaneamente por todos cidadãos é a solução.
Elevação do padrão educacional, não só de conhecimentos teóricos, mas de forma
a elevar a prática das boas e corretas ações sociais pelo indivíduo, o caminho. “Menos armas e mais
amor”.
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