Proclamavam acordos que lhes assegurassem simpatias dos eleitores
A mixórdia de tantos partidos desfaz qualquer chance de identificação dos responsáveis de pronto por conduzir decisões que prejudiquem futuramente objetivos saneadores das distorções de momento.
A mixórdia de tantos partidos desfaz qualquer chance de identificação dos responsáveis de pronto por conduzir decisões que prejudiquem futuramente objetivos saneadores das distorções de momento.
Vimos
há pouco tempo, nas votações nas duas
denúncias do Presidente Temer uma luta titânica para reunir a maioria dos votos
de forma a garantir que fossem rechaçadas, permitindo-lhe a continuidade do
mandato, senão o país poderia entrar em parafuso, pois o Impeachment por si só
é por demais traumático.
Tal
esforço identificou os deputados em prós e contras, os quais foram assediados
diuturnamente num processo de convencimento de diversas formas e frentes, passando desde a oferta de benesses por cargos, atendimento de emendas com concessão
de verbas e tudo que fosse possível, havendo êxito da situação.
Chamou
a atenção a manifestação das lideranças, a maioria com questão fechada e
pressão total sobre os aficionados que sob ameaça de punições cediam. Assim foi fincada as duas pontes que
devem levar Temer ao final do mandato, mesmo porque um rompimento grave neste momento é só o que
faltava para detonar tudo mesmo. Bastou a greve dos caminhoneiros, superada às duras
penas, mas com reflexos danosos a economia, não bastasse o desconforto e
aflição de diversos segmentos da sociedade e ao povo em geral.
Ao
introito seguem observações às votações de afogadilho do dia de ontem em nome
de um recesso prenunciado, para tanto em mutirão, congressistas e lideranças se reuniam e
proclamavam acordos que lhes
assegurassem simpatias dos eleitores no próximo pleito. Isto foi o que se viu o dia todo e no resumo do
noticiário da noite. Constatou-se que onde as expectativas da continuidade da política econômica de
contenção que fora frustrada pela rejeição antecipada da Reforma da Previdência que nem apresentada foi. Nas votações o que era proposta restritiva foi flexibilizada de
forma que ao próximo Presidente se destina uma terra arrasada e ele que
resolva. Eu é que não vou perder meu voto, pensam os nossos representantes de hoje.
A
mixórdia de tantos partidos desfaz qualquer chance de identificação dos
responsáveis de pronto por conduzir decisões que prejudiquem futuramente
objetivos saneadores das distorções de momento.
Esta
é uma das piores constatações de que a fragmentação da liderança pelo excesso
de partidos só é boa para quem quer ser político, pois abre chances a mais
indivíduos, entretanto descaracteriza a verdadeira política que deve prover
iniciativas a alcançar os objetivos nacionais atuais e futuros. A salada de ideias, a
multiplicação dos caciques, dissipa ideários e na prática as responsabilidades
pela condução dos governos.
Há
sacramentados pensamentos sobre a revisão da Carta Cidadã de forma a adequar os
avanços e retrocessos dela decorrentes – com certeza o desequilíbrio entre o “poder/dever”
é um deles. A mentalidade do “tudo posso nada devo” nos fez muito mal. As
atitudes de descompromisso com a ética do homem público brasileiro está no
cerne da questão do atraso político que vivemos, contemplado com uma corrupção
que nos envergonha perante o mundo!
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