Na Trincheira do Poeta

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A Campeã e o Ditador.


Democratas com democratas, enquanto os ditadores ficam com os ditadores.

Então a marca do contrassenso  na política se estende para outras áreas, contagia e expõe evidências que chocam.  Além disso, há insinuações de que o  enredo teve a colaboração de empresas envolvidas na operação Lava-Jato, também.

Artigo publicado no jornal  O Regional de Catanduva nesta data

 Críticas e constatações não faltam sobre a aproximação do governo brasileiro com regimes extremistas  que um dia já contrariaram princípios do país democrático que somos.
Nos últimos anos, há uma tendência de aproximação do poder central com ditadores africanos e latinos americanos e outros por aí, amiúde. Qual não foi a surpresa saber, quando do anúncio da vitória no carnaval carioca que a escola vencedora foi  patrocinada pelo Ditador da Guiné Equatorial que está no poder há 32 anos e dirige o país com mãos de ferro.
A exaltação da cultura de países é sempre saudável, entretanto nestes aspectos tem evidentemente alguns detalhes protocolares e entre eles se distingue aquele em que povos com tradições antagônicas se distanciam e dentre os detalhes adversos, está o regime político. Democratas com democratas, enquanto os ditadores ficam com os ditadores..
No Brasil tem um grande número de negros, fala-se em 7% da população, os quais tem uma simbiose forte  com o carnaval: o ritmo e a musicalidade está no  sangue deles, é um momento especial para a maioria negra o carnaval,  inegavelmente. Até aqui nenhuma novidade, porém o impasse para a total glória da escola Campeã Beija Flor é exatamente o regime ditatorial político do patrocinador, por ser o Ditador - Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, um   bilionário que explora o povo, paupérrimo. Seu filho e comitiva fecharam um andar do Copacabana Palace Hotel.
Para os menos avisados: é comum naquele país o tráfico e exploração sexual de meninas em tenra idade, sendo que os pais as incentivam para através delas terem como subsistir.
 Então a marca do contrassenso  na política se estende para outras áreas, contagia e expõe evidências que chocam.  Além disso, há insinuações de que o  enredo teve a colaboração de empresas envolvidas na operação Lava-Jato, também.
Recentemente, em despedida o Senador Responsável Comissão da Relações Exteriores no Senado, responsável pelo acompanhamento da diplomacia brasileira nos últimos quatro anos, soltou cobras e lagartos quanto à depauperação das embaixadas do Brasil, em relação a vários aspectos. Desde a expansão sem critério, cujos custos excessivos provocados são as causas do abandono recente que vai dos Estados Unidos e Japão, até Benin na África Ocidental. Tudo está funcionando com restrições: telefone, combustível,  Internet.
Não bastasse isso o país foi rebaixado em suas condições quanto a representação pelo não pagamento de taxas obrigatórias, perdendo a direito a voto na ONU e participação em ações humanitárias como líder, em qualquer situação inclusive no Haiti, sofrendo graves restrições que nos apequena..

De forma que nos é  permitido concluir que está difícil, neste momento, acontecer algo em nosso país,  que esteja imune ao veio do baixo nível. Em que os procedimentos e contatos guardem um mínimo de pragmatismo e atitudes  protocolares elementares que  sejam observados no sentido de que haja o engrandecimento da nossa gente. É uma baixaria só. Pergunta-se até quando vamos suportar isso? 

Um comentário:

  1. Até quando criarmos vergonha na cara e passarmos a viver para e pela sociedade e não para nossos umbigos.

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