Lembro-me de levar rotineiramente o almoço ao meu pai.
O primeiro incidente grave que me envolvi e que jamais esqueci porque ninguém quer ferir seu próprio irmão.
O primeiro incidente grave que me envolvi e que jamais esqueci porque ninguém quer ferir seu próprio irmão.
Tem uma sequência as narrativas de domingo, onde falo dos tempos da
infância, às vezes em singelos versos outras não. Na Santana completo sete
anos, com o hábito de estar ao lado do pai na chácara do Romanin, o dia todo.
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Na fazenda dos Tostes, lembro-me de levar rotineiramente o almoço ao meu pai, assim como de ir pegar os animais quando ele montava um e eu, o outro.
Tinha ainda que estar por perto de minha mãe, auxiliando no que ela pedisse de
suas tarefas, como ir pegar algo de mistura, frutas, ovos, bater gemada, enfim atividades do dia a
dia. Água da cisterna, jamais me pediu, ela mesma o fazia, apesar da
dificuldade pela profundeza dela.
Certa
vez faziam linguiça e acabou a tripa que era comprada na venda, próxima
da Igreja. Não houve dúvida: monte o animal e vá buscar! Atravessei a
mata que não era muito densa, distância de uns três quilômetros. Não tinha
altura e nem destreza para montar, recorrendo ao auxílio de obstáculos
onde pudessem me apoiar para ganhar o lombo do bicho. Sorte que apesar de ágil era
manso e assim quebrei a cisma de percorrer trechos maiores e da própria mata.
Neste
período, incidente nefasto me aguardava. Na primeira vez que cavalgou meu irmão
foi na garupa. A frente ia meu pai em animal mais novo e sujeito a algum
refugo. Aconteceu que ele abortou a esquerda no carreador, enquanto eu segui, ao voltar
para acompanhá-lo, olha o desequilíbrio: segundo irmão para um lado; eu para o outro; quando voltamos, fomos os dois para o mesmo lado e tivemos o chão como limite. Fratura exposta do braço
esquerdo dele que segurava no meu quadril.
O primeiro incidente grave que me
envolvi e que jamais esqueci porque ninguém quer ferir seu próprio irmão. Tempos de hábitos primitivos, onde os
desafios eram colocados aos filhos com muita naturalidade, pois os obstáculos
eram muitos e quanto mais cedo perdessem o medo melhor, entendiam nossos genitores.
Dos
saudosos pais uma indelével lembrança com muito carinho e amor, destes tempos. Entre nós irmãos uma amizade e benquerênça que transcende a distância das residências e tempo, pois Antonio é um exemplo de homem, pai e cidadão. Mesmo distante nos vemos regularmente e o
amor é o mesmo dos idos tempos da Morada Cabocla. Felizmente este sentimento reina na numerosa família.
Domingo
dia do Senhor, temas coloquiais em registros às novas gerações. Que o senhor seja
louvado, para sempre louvado seja. Uma boa semana a todos na Paz de Cristo.
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