Seminário debate proposta de
Ciclo Completo da Polícia
O Ciclo Completo de Polícia consiste em que uma mesma corporação
policial concentre atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação
criminal e de prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública.
Reproduzo o texto do site da AOPM por ser de relevante
interesse da sociedade brasileira. Durante o evento fez uso da palavra representando – Associação dos Oficiais da Polícia Militar de
São Paulo - o Cel PM Flammarion Ruiz. Em comentário a matéria, assim me
expressei:
Em 1987 escrevi artigo na Revista “O 30BPMI n. 1”, comemorativa ao
1º. Aniversário da unidade com o seguinte título - Duplicidade de Ação: Polícia x
Polícia e Polícia x Justiça, até quando?
Passados 28 anos, deparamos com
iniciativas que finalmente devem corrigir a distorção que ocorre no Brasil.
Comandante de tropa por mais de 15 anos e ao advogar por mais de 10, sempre me coloquei contra o sistema e metodologia atual. Tenho processos criminais suficientes para
defesa de tese da ineficiência e inespressiva efetividade como resultado finall da duplicidade de ações policiais
e judiciárias, também.
"Sempre haverá esperança quando se tem amor no que se faz" - expressão de um sentimento do autor.
Segue o texto:
Segue o texto:
Câmara Federal promove Seminário
Revista AOPM News
Seminário debate proposta de
Ciclo Completo da Polícia
Assembleia Legislativa de São Paulo foi
sede do seminário por uma nova arquitetura institucional da Segurança Pública:
pela adoção no Brasil do Ciclo Completo de Polícia, realizado nesta
sexta-feira, 9/10.
A
audiência pública aconteceu no plenário Franco Montoro. Ela faz parte de uma
série de 12 seminários que acontecerão em diversas capitais do Brasil. Já houve
encontros em Santa Catarina, Pará, Minas Gerais, Distrito Federal e Sergipe.
Neste sexto seminário, o presidente da mesa, deputado federal Raul
Jungmann (PPS/PE), membro da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e de
Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, declarou que o objetivo é contribuir
para assegurar a segurança nacional, tão importante para a cidadania. "É
impossível discutir qualquer mudança no âmbito de segurança nacional sem um
amplo debate. E este é o debate do contraditório. Conviveremos com opiniões
contrárias, porém, com democracia", declarou o parlamentar.
O
deputado estadual Coronel Camilo (PSD) ressaltou que o foco das discussões deve
ser direcionado em benefício do cidadão brasileiro e não para uma ou outra
instituição. "O cidadão brasileiro está sofrendo muito para chegar à
Polícia. O Ciclo Completo pode ser um poupatempo para a população
brasileira", completou Camilo.
O deputado
estadual Delegado Olim (PP) entende que a união se faz necessária para o Ciclo
Completo e ressaltou que, se cada um fizesse a sua parte, tudo estaria melhor.
"O povo quer contar com as polícias para levantar de manhã, sair para
trabalhar e voltar para casa vivo, em segurança", disse Olim.
O Ciclo
Completo de Polícia consiste em que uma mesma corporação policial concentre
atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal e de
prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública, efetuada com presença
ostensiva de policiais uniformizados nas ruas. A Constituição Federal, nos
parágrafos 4º e 5° do inciso IV, do artigo 144, dispõe sobre duas corporações
policiais estaduais de ciclo incompleto prevendo o exercício da polícia
judiciária pelas polícias civis e a função de polícia ostensiva e preservação
da ordem pública para as polícias militares.
Cada
uma delas atua de forma isolada, havendo contato apenas no momento da
apresentação, pelos policiais militares, de presos em flagrante nas delegacias
da Polícia Civil para as providências de polícia judiciária.
Sete PECs em avaliação
O deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT/MG), autor da PEC (431/2014), afirmou que todas as sete propostas de emenda à Constituição (PECs) que estão sendo discutidas neste momento fazem a crítica à imposição do modelo de segurança existente hoje no país. "O que difere são as formas de implantação sugeridas por elas", complementa Gonzaga.
O
deputado federal Major Olímpio (PDT/SP) considera que este é momento de construção
e melhoria para a sociedade. Segundo ele, não se trata de um digladio entre as
polícias Civil e Militar. Ao contrário, é necessário dar suporte às duas
polícias para que possam atender à sociedade. "Em momento algum se falou
em exclusividade. Nós vamos fazer todo esforço do mundo para mostrar à
população o modelo escolhido ou os modelos que forem apresentados. Vamos
legislar a partir do modelo aprovado pela população", declarou Olímpio.
Durante
o seminário, foram ouvidos representantes de 20 entidades representativas da
sociedade, entre elas a OAB, além do Tribunal de Justiça do Estado e do
Ministério Público.
Participaram
da mesa, além dos já citados, o deputado estadual Davi Zaia (PPS) e os
deputados federais Celso Russomano (PRB/SP) e Capitão Augusto (PR/SP).
Compareceram especialistas em segurança pública, oficiais das polícias Militar
e Civil, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal, e representantes dos
Ministérios Públicos dos Estados, do Poder Judiciário e de associações de
bairros. As próximas audiências públicas serão em Goiás, Rio de Janeiro, Ceará,
Pernambuco e Rondônia e a última, em Brasília.
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