Ecoou das arquibancadas o grito do “Eu Acredito".
Mais forte que a manifestação coletiva é a fé que embala o coração de cada cidadão brasileiro que desde 2013 não sai das ruas.
Publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 04/09/2018
Publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 04/09/2018
No esporte vez ou outra surge
slogan motivador da torcida para os atletas
em disputa. Nas Olimpíadas, em várias
situações nos esportes coletivos, ecoou das arquibancadas o grito do “Eu Acredito”.
Ele surgiu recentemente no Estádio Independência utilizado pelos torcedores do
Atlético Mineiro, enquanto o Mineirão passava por reforma para a Copa do Mundo.
Considerado um verdadeiro alçapão
pela proximidade do público com os atletas, o ecoar do slogan pareceu mesmo
miraculoso. Foram muitos jogos de invencibilidade daquele Clube com reversão de placares de forma emocionante
para os amantes do Galo das Alterosas.
Tem o termo o lado místico da
religiosidade que tanto se vê nos rincões de Minas. Ao visitar as cidades de Ouro
Preto e Congonhas dos Campos, há anos, constatamos eu e familiares, as várias
igrejas, cada qual mais rica que a outra pela demonstração de pujança das
irmandades que as construíram e a própria narrativa dos guias nos deixou
impressionados, sendo que a volta ao passado histórico se fez de forma contagiante.
Natural que o “Eu Acredito” tenha surgido deles, os mineiros, muita fé mesmo!
Mais forte que a manifestação
coletiva é a fé que embala o coração de cada cidadão brasileiro que desde 2013
não sai das ruas, não daqueles baderneiros estimulados, e pagos mesmo por
mentores da situação, massa de manobra de um projeto de poder que espirou a
pouco, felizmente.
Com o governo tenazmente
contestado, com flagrante repulsa aos
políticos de agora, vimos surgir o movimento do Impeachment . Desacreditado
inicialmente, tomou corpo pelos tentáculos da operação Lava Jato e prosperou
ante aos descalabros detectados a cada dia.
Particularmente, fiz da
“Trincheira do Poeta” título inspirado no texto do Poeta Guilherme de Almeida,
revolucionário constitucionalista de 32 que na poesia “Oração ante a última
trincheira, na sua
última estrofe exalta, em ladainha, clama aos soldados santos de 32 que velem pela pátria
amada do Brasil.
Em que pese os desatinos diários
que a vida nos apresenta, jamais me curvei ao desânimo e descrença. Aqueles que
um dia foram a esperança de mudança para melhor, apeiam do poder após a triste
constatação de que decepcionaram os
brasileiros pela prática danosa da corrupção que contaminou todo o sistema
político administrativo do Brasil, incluindo pior ainda, boa parte do
empresariado.
Que os ensinamentos de tudo que
vimos exaustivamente neste desfecho do impedimento legal da mandatária maior da
nação, seja a mola propulsora de novos tempos, pois fé e esperança não nos
podem faltar como alento ao futuro. Acreditei
que haveria um basta e ele aconteceu.
Compartilho o ânimo dos otimistas com o qual lutaram por este desfecho!