Se era noite acordávamos, tal eram os solavancos que o ônibus dava.
As estradas no trecho de Minas, mesmo que em pista simples, tem terceira faixa e sinalização adequada de forma a não se distinguir da qualidade das paulistas.
Publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 07/08/2016
Publicado na íntegra no jornal O Regional de Catanduva em 07/08/2016
Há
exatos 50 anos atravessei o Rio Grande com destino a Brasília, repetidas vezes
fiz isso, se era noite acordávamos, tal eram os solavancos que o ônibus dava ao
atravessar aquela divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
Por
este caminho foram quatro anos, até que em 1987, no dia 2 de janeiro lá vou eu
a um endereço que já voltei por mais de vinte vezes, a casa de meu segundo
irmão em Montes Claros. São quase 800 quilômetros que àquela época eram
sofríveis, sendo que este estado de coisa se repetiu até uns cinco anos atrás.
Certa
vez, lá pelos anos dois mil, de volta em Pirapora já havia estourado um pneu.
Ao comprar o substituto fiz uma auto reflexão
dirigida ao comerciante – estou dirigindo muito mal, nem comecei a
viagem e já estourei o pneu, ao que ele respondeu: de forma alguma, conheço o
trecho e estourei dois, recentemente. O carro seminovo quase estourou, entortou
roda, problema na suspensão. Escrevi para a coluna do Estadão questionando quem
pagaria a conta pelos danos materiais e sugeri: Itamar pergunta para o Covas
como faz? Texto que foi publicado na íntegra.
Para
minha alegria, na última viagem a Montes Claros as estradas estavam muito boas
e recentemente estive no município de Capitólio, paraíso
dos catanduvenses de agora. Admirei o lugar pelo visual dos Cânions e
represas, mas gostei mais foi de ver os trechos de estradas de Minas Gerais nas
mesmas condições das paulistas.
As
estradas no trecho de Minas, mesmo que em pista simples, tem terceira faixa e
sinalização adequada de forma a não se distinguir da qualidade das paulistas.
Até o momento que escrevo estas linhas, o
caso mais grave comentado pela mídia nas Olimpíadas foi o equívoco de uma guarnição que o GPS levou para favela,
sendo os policiais alvejados. Há sim, inúmeros motivos de elogios, na
mobilidade urbana carioca com a inauguração de equipamentos sobre trilhos e
ônibus com destino exclusivo.
Estamos
num momento de virada de página política do grave estado de degradação moral pela voracidade
de políticos corruptos quanto ao desmesurado assaque aos cofres públicos.
Entretanto,
sejamos otimistas, o Impeachment é favas contadas; que as competições não
tenham seu brilho ofuscado por nada e assim no seu ocaso se dê o fim de uma era
a ser esquecida, na política nacional e que celeremente se altere condutas, com expurgos
dos corruptos de agora, principalmente dos gestores públicos para gáudio das
novas gerações.
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