Na Trincheira do Poeta

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domingo, 28 de janeiro de 2018

Finalmente Professor!

Mais uma vez meus dois anos de seminário me salvaram

O Estado como ente universal em seus objetivos sociais, seria por mim compensado quanto ao investimento realizado.

Ser professor, um sonho. Esta meta foi incorporada e nela centrei atenções. O concurso de 1976 envolveu oitenta inscritos para 18 vagas considerando que as outras  seriam preenchidas por “estrangeiros”, alcunha  dos colegas de outros estados que neste curso foram 12.
Sem estudar, após quarenta dias de passeio, fui para a batalha com outros oitenta inscritos. Muito apreensivo, pois dentre eles havia quem estava em curso de engenharia, de oficial de bombeiros, enfim um pessoal afiado.
Às duras penas fiz os exames práticos, com certeza a aprovação foi na rapa do tacho. Mais uma vez meus dois anos de seminário me salvaram. Lembra-se que lá nós praticávamos de tudo um pouco. No Exército também.
Ao contrário no intelectual fiz a prova sem complicações, senti-me muito bem. O casamento, um objetivo cultuado por muito tempo, pareceu-me que aliviara meu coração e mente, de sorte que um daqueles instrutores de quem gozava apreço, disse-me: Xavier, aqui entre nós, você faturou o concurso, teve a melhor nota. Comemorei particularmente e sem comentário, mas hoje exponho pelo caráter do registro biográfico.
Para maior satisfação, o colega de turma Antonio dos Santos, que me apresentou a prima, agora esposa, também foi aprovado, sendo que por residir sob o mesmo teto, de fusca seminovo   dele,  lá  íamos nós, diariamente.  Com certeza tive nele o parceiro que já éramos, agora fortalecido  pelos laços familiares,  dias antes concretizados pelo enlace matrimonial.
A Escola dispunha  de muitos equipamentos para os exercícios práticos de ginástica olímpica,  sala de halteres, pista de corrida, piscinas, quadras, campo de futebol. Tínhamos aulas de remo na raia olímpica da USP, assim como, aulas de polo aquático e natação na piscina aquecida daquela Universidade, quando do inverno rigoroso.
Este um ano e meio foi uma sublimação de minha visão da vida profissional, pois não bastasse meu ânimo pessoal pelo curso, aprendi que se após conclui-lo,  me envolvesse em atividade física, com  conduta distinta pela  formação superior, face ao aprendizado do curso, o Estado como ente universal em seus objetivos sociais, seria por mim compensado quanto ao investimento realizado.
Se tinha ânimo espontâneo, ele se materializou pela expressão deste pensamento e me empenhei nessa missão. Minha conduta já descrita e a escrever deixará inequívoco ao leitor, resguardadas as minhas limitações pessoais, que exerci à exaustão, os misteres apregoados pelo conceito no curso incorporado.
Era isso mesmo que almejava - ser instrutor em escolas, participar da formação dos policiais militares. Minha transferência para o interior limitou minimamente este anseio que foi desenvolvido, o quanto possível internamente e na administração de clubes.
Ao final, digo que satisfeito e sempre honrado, portei e tenho em mãos o: Registro de Professor de Educação Física, conferido a José Carlos Xavier, sob o n. 7.604, pelo Ministério da Educação e Cultura. Licenciado pela Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Em 10/08/1978.
Domingo um dia de reflexão! O Curso de Educação Física um aprimoramento profissional que potencializou para melhor o exercício profissional. De forma espontânea e prazerosamente me envolvi em atividades que me fizeram feliz. Consciente de que me esforcei por fazê-las bem, dou Graça e Glória sempre ao Senhor! Bom domingo a todos!!! 

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