Mais uma vez meus dois anos de seminário me salvaram
O Estado como ente universal em seus objetivos sociais, seria por mim compensado quanto ao investimento realizado.
Ser professor, um sonho. Esta meta foi incorporada e nela
centrei atenções. O concurso de 1976 envolveu oitenta inscritos para 18 vagas
considerando que as outras seriam
preenchidas por “estrangeiros”, alcunha
dos colegas de outros estados que neste curso foram 12.
Sem estudar, após quarenta dias de
passeio, fui para a batalha com outros oitenta inscritos. Muito apreensivo, pois dentre eles havia quem estava em curso de engenharia, de oficial de
bombeiros, enfim um pessoal afiado.
Às duras penas fiz os exames práticos, com
certeza a aprovação foi na rapa do tacho. Mais uma vez meus dois anos de
seminário me salvaram. Lembra-se que lá nós praticávamos de tudo um pouco. No
Exército também.
Ao contrário no intelectual fiz a prova
sem complicações, senti-me muito bem. O casamento, um objetivo cultuado por
muito tempo, pareceu-me que aliviara meu coração e mente, de sorte que um
daqueles instrutores de quem gozava apreço, disse-me: Xavier, aqui entre nós,
você faturou o concurso, teve a melhor nota. Comemorei particularmente e sem
comentário, mas hoje exponho pelo caráter do registro biográfico.
Para maior satisfação, o colega de
turma Antonio dos Santos, que me apresentou a prima, agora esposa, também foi
aprovado, sendo que por residir sob o mesmo teto, de fusca seminovo dele, lá íamos nós, diariamente. Com certeza tive nele o parceiro que já
éramos, agora fortalecido pelos laços familiares, dias antes concretizados pelo enlace matrimonial.
A Escola dispunha de muitos equipamentos para os exercícios práticos de ginástica
olímpica, sala de halteres, pista de
corrida, piscinas, quadras, campo de futebol. Tínhamos aulas de remo na raia
olímpica da USP, assim como, aulas de polo aquático e natação na piscina
aquecida daquela Universidade, quando do inverno rigoroso.
Este um ano e meio foi uma sublimação
de minha visão da vida profissional, pois não bastasse meu ânimo pessoal pelo
curso, aprendi que se após conclui-lo, me envolvesse em atividade física, com conduta distinta pela formação superior, face ao aprendizado do
curso, o Estado como ente universal em seus objetivos sociais, seria por mim compensado quanto ao investimento realizado.
Se tinha ânimo espontâneo, ele se
materializou pela expressão deste pensamento e me empenhei nessa missão.
Minha conduta já descrita e a escrever deixará inequívoco ao leitor,
resguardadas as minhas limitações pessoais, que exerci à exaustão, os misteres
apregoados pelo conceito no curso incorporado.
Era isso mesmo que almejava - ser
instrutor em escolas, participar da formação dos policiais militares. Minha transferência
para o interior limitou minimamente este anseio que foi desenvolvido, o quanto
possível internamente e na administração de clubes.
Ao final, digo que satisfeito e sempre
honrado, portei e tenho em mãos o: Registro de Professor de Educação Física,
conferido a José Carlos Xavier, sob o n. 7.604, pelo Ministério da Educação e
Cultura. Licenciado pela Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado
de São Paulo. Em 10/08/1978.
Domingo um dia de reflexão! O Curso de Educação Física um
aprimoramento profissional que potencializou para melhor o exercício profissional. De forma espontânea e
prazerosamente me envolvi em atividades que me fizeram feliz. Consciente de que
me esforcei por fazê-las bem, dou Graça e Glória sempre ao Senhor! Bom domingo
a todos!!!
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