Na Trincheira do Poeta

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O PREÇO DA DESEDUCAÇÃO

O esporte deriva da necessidade de competir do homem.

A liberalidade foi tal que as formas de contenção de comportamento dos alunos se esvaíram. A nota era motivo de preparo para os alunos; acompanhamento pelos pais e condição privilegiada do professor quanto a avaliação do educando.

Artigo de minha autoria no jornal Diário da Região de Catanduva nesta data.

A constatação de que a educação no país é falha vem de longe, entretanto nos últimos anos, tem se agravado porque o evoluir da modernidade tecnológica e conceitos de vida não tem sido acompanhadas pelo administrador público pátrio.A questão deriva mais da concepção adotada; dos hábitos, usos e costumes da comunidade educacional que avessa à avaliação e submissão ao critério do mérito, resistem as lideranças a adoção de mudanças. 
Além disso, em vários estados, há mais de duas décadas, foi adotado no ensino fundamental o critério da progressão continuada  para o qual a sociedade não estava preparada.É certo que o indivíduo deve ser ensinado para assumir suas responsabilidades sem opressão, sendo este talvez o maior mérito deste sistema. Todavia não podemos olvidar que tudo haverá de ter uma data para iniciar - porém de forma parcimoniosa. As famílias, os alunos, a sociedade como um todo não estava preparada para esta abrupta mudança.
A liberalidade foi tal que as formas de contenção de comportamento dos alunos se esvaíram. A nota era motivo de preparo para os alunos; acompanhamento pelos pais e condição privilegiada do professor quanto a avaliação do educando. Sem ela perdeu-se a referência. Todos os segmentos envolvidos foram afetados. A reclamação é geral e há várias mudanças no sentido de implantar avaliação por ciclos, uma constatação de que a iniciativa foi mesmo equivocada. Em consequência da deseducação que assola o país, há problemas de concepção e posturas em todos os segmentos e consequentemente muitos desacertos.
Li a notícia de que os clubes de futebol, pela Lei Estadual 15.266, de 27/03/2014, pagam R$ 30,21 a hora para cada PM em serviço nos campos de futebol. Não há no momento alternativa - ou paga ou não tem jogo. Em um só jogo – Corinthians e Palmeiras, em julho, foi pago R$ 123.287,01 pelo trabalho dos PM. 
O reembolso do trabalho deles é um anseio de longa data que agora foi reajustado, no seu devido valor. Triste saber que pela violência praticada no entorno e interior dos estádios, como se deu várias vezes em 2013, inexiste segmento particular preparado para conter os torcedores, e o ônus recai sobre as Polícias Militares, cujos efetivos são cada dia maiores e as dificuldades salariais também, evidentemente.
O esporte deriva da necessidade de competir do homem, assim os aficionados se divertem com seus representantes nas arenas. Não faria esforço excepcional algum o torcedor que lembrasse ser racional. Brigas, agressões, ferimentos, mortes em razão da disputa esportiva, injustificável. Uma conduta animalesca.
Na aldeia global massificada, há ideologias vãs nos quadrantes do mundo. No Brasil piorou muito nos últimos anos a conduta dos torcedores. Todos procuram soluções para o recrudescimento da violência nos estádios, sendo apontada a degradação dos valore e a impunidade, como causas principais.

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